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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA E ENGENHARIA Volta Redonda, 04 de Fevereiro de 2016 MANUTENÇÃO MECÂNICA Prof. MSc. Gabriel Gonçalves Pessoa de Castro PLANO DE AULA AVALIAÇÃO: N1 = (AV1x0,7 + TBX0,3) Unidade 1 N2 = (AV1x0,7 + TBX0,3) Unidade 2 N – Nota do bimestre AV – Nota da avaliação escrita TB – Trabalho (Lista) Média Md = (N1 + N2)/2 Média Final Mf = (Md + Pf)/2 PLANO DE AULA Inicio da Aula: 18:30hrs Chamada: Às 19:00hrs (2 primeiros tempos); Após o intervalo 20:30hrs (2 tempos finais) Dia de vista de prova é dia letivo, vista acontece nos últimos 30 min de aula; EMENTA: UNIDADE 1: Conceito Geral de manutenção; Falhas das Máquinas; Fabricação, danos típicos e manutenção; Lubrificantes e Lubrificação. UNIDADE 2: Manutenção preditiva. Fontes comuns de vibrações em máquinas. Controle de balanceamento de massas rotativas. Aplicação da manutenção preditiva pelo nível global de vibrações. PLANO DE AULA BIBLIOGRAFIA BÁSICA: SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2005. XENOS, H. Gerenciando a manutenção produtiva: o caminho para eliminar falhas nos equipamentos e aumentar a produtividade. Novo Lima Indg. Teconologia e Serviços Ltda., 2004. PEREIRA, M. J. Engenharia de manutenção: teoria e prática: ed. Ciência Moderna. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: FOGLIATO, F.; RIBEIRO, J. Confiabilidade e manutenção industrial. ed. Campus. MIRSHAWKA, V. Manutenção preditiva: caminho para zero defeitos. São Paulo: Makron Books, 1991. NEPOMUCENO, L. X. Técnicas de manutenção preditiva. São Paulo: ed. Edgard Blucher. v.1. NEPOMUCENO, L. X. Técnicas de manutenção preditiva. São Paulo: ed. Edgard Blucher. v.2. PLANO DE AULA CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA E ENGENHARIA Volta Redonda, 04 de Fevereiro de 2016 UNIDADE I “Ato ou efeito de manter; cuidar de algum objeto ou bem. Conservação.” Manutenção é o conjunto de tratativas e cuidados técnicos, indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de nossas máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação, a restauração, a substituição e a prevenção. CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO Conservando Prevenindo Substituindo Reformando HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO “A manutenção teve 3 momentos históricos” CONCEITOS INICIAIS 1˚ Geração Antes da 2˚ Guerra Mundial 2˚ Geração Posterior a 2˚ Guerra Mundial Até os anos 60 3˚ Geração A partir da década de 70 HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Primeira Geração Antecedeu a 2ª guerra mundial : perfil industrial Pouco mecanizada; Equipamentos simples e super dimensionados; Produtividade era prioritária; Manutenção não era sistematizada; Registros manuais de serviços e controles apontados; Serviços de limpeza, lubrificação e reparos corretivos executados após a quebra; HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Primeira Geração Antecedeu a 2ª guerra mundial : perfil industrial Os serviços eram fundamentados apenas na Manutenção Corretiva!!! CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO CORRETIVA Espécie de manutenção onde o equipamento está defeituoso e deixa de funcionar. É o conceito do reparo. É prejudicial à produção por não poder ser programada , acontece junto com uma parada da produção. Essa correção pode ser dada de forma emergencial ou de forma programada. Corretiva Emergencial: O equipamento parou de funcionar e necessita prontamente de retomar suas atividades. Corretiva Programada: Um acessório de um equipamento quebrou e sua troca será programada para um certa data. CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO CORRETIVA Desvantagens: O problema da manutenção corretiva é quando ela não é adotada como uma estratégia e apenas pelo fato de não existir atividades preventivas. Podemos destacar as principais desvantagens: - Altos custos de mão-de-obra, peças e serviços; - Tempo de máquina e instalações inoperantes; - Causar perda de produção; - Causar acidentes, danos ao meio-ambiente; Vantagens: Muitos profissionais acreditam que não existe vantagem na manutenção corretiva, porém, quando existem equipamentos de baixa criticidade e que os custos envolvidos em um eventual reparo são inferiores aos custos de um acompanhamento por inspeções ou manutenção preventiva, pode ser adotada a manutenção corretiva como a melhor estratégia de manutenção. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Segunda Geração Após 2ª guerra até anos 60 Pressões do período pós-guerra devido a escassez e a precariedade de recursos; Aumento da demanda por todo tipo de produtos; Mão de obra industrial diminui sensivelmente; Forte apelo ao aumento de mecanização; Aumento da complexidade das instalações industriais. Maior evidência da disponibilidade e confiabilidade; Aumento da busca por maior produtividade; HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Segunda Geração Após 2ª guerra até anos 60 Maior dependência do bom funcionamento das máquinas; Busca de soluções para evitar as falhas dos equipamentos; Intervenção nas máquinas passam a ser realizadas em intervalos fixos; custo da manutenção elevado se comparado com outros custos operacionais; aumenta-se o planejamento e controle da manutenção; registros de manutenção realizados em computadores de grande porte. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Segunda Geração Após 2ª guerra até anos 60 Os serviços já são focados na redução de custos e produtividade, surge: Manutenção Preventiva !!! CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREVENTIVA A manutenção preventiva tem como objetivo principal a prevenção da ocorrência de uma falha ou parada do equipamento por quebra, bem como apoiar os serviços de manutenção corretiva com a utilização de uma metodologia de trabalho periódico, ou ainda responsável pelo conjunto de análises que pode interromper ou não um processo produtivo de uma maneira planejada e programada. Os serviços de manutenção preventiva devem ser planejados e programados, ou seja, todas as etapas do serviço a ser executado devem estar bem definidos, levando em consideração, material, mão de obra necessária e até mesmo a contratação de serviços de empresas especializadas, sendo assim, não podem ser considerados imprevistos na manutenção preventiva. Todo e qualquer tipo de imprevisto é na realidade uma ação corretiva e não deve ser tratado como parte do serviço preventivo. CONCEITOS INICIAIS Desvantagens : Má concepção ou definição dos trabalhos; Má preparação de trabalho, falha em tempos ou fases; Erros no aprovisionamento ou gestão de estoques; Má organização da manutenção dos tipos preventivo e corretivo; Erros na contratação e sub-contratação; Maus métodos operacionais que afetam o rendimento ou qualidade de execução. MANUTENÇÃO PREVENTIVA CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREVENTIVA Vantagens: Reduzir o envelhecimento ou degeneração dos equipamentos; Melhor estado técnico operacional dos equipamentos; Atuar antes das intervenções corretivas que geram altos custos; Reduzir os riscos de quebras nos equipamentos; Realizar os reparos nas melhores condições para a operação; Programar os trabalhos de conservação. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Terceira Geração A partir da década de 70 Acelera-se o processo de mudança nas indústrias; A paralisação da produção - aumenta os custos; Afeta a qualidade dos produtos; Necessidade de visualização instantânea dos fatos. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Terceira Geração A partir da década de 70 Acelera-se o processo de mudança nas indústrias; A paralisação da produção - aumenta os custos; Afeta a qualidade dos produtos; Necessidade de visualização instantânea dos fatos. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Terceira Geração A partir da década de 70 Sistemas “Just in Time”; Pausas na produção - paralisação da fábrica; Crescimento da manutenção e da mecanização indica confiabilidade e disponibilidade; Enfoque dos pontos chaves: Saúde, Processamento de dados e telecomunicações, Segurança e Meio Ambiente Maior automação pode significar falhas mais frequentes; Regulamentações legislativas podem impedir funcionamento de empresas. EFEITOS DOS PERÍODOS DE PARALIZAÇÃO PROVOCAM A TENDÊNCIA MUNDIAL DE SE UTILIZAR: HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Terceira Geração A partir da década de 70 As intervenções devem ser reduzidas ao máximo, evitando gastos, tempo, pessoal e desvio da produtividade. Reforça-se o conceito da MANUTENÇÃO PREDITIVA!!! CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREDITIVA Manutenção preditiva, que se baseia na determinação do estado da máquina em funcionamento, o conceito baseia-se em máquinas para dar um tipo de notificação antes da caída e esta manutenção vem a perceber os sintomas, em seguida, tomar ações características: o computador ou o dispositivo apresenta sintomas de falha, que deve ser analisado pelo usuário. É ensaios não destrutivos, como o petróleo, análise de medição de vibrações e análise de partículas de desgaste, medição de temperatura, termografia infravermelha, etc. Manutenção preditiva permite decisões até que ocorra a falha: alterar ou reparar a máquina em uma parada nas proximidades, detectar condições anormais das alterações do equipamento e corrigi-los, etc. CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREDITIVA Vantagens: • Reduz os tempos de inatividade. • Permite acompanhar a evolução de um defeito no momento. • Otimiza a gestão do pessoal de manutenção. • Saber exatamente o prazo para a ação que não envolve o desenvolvimento de uma falha inesperada. • Tomada de decisão em uma linha de máquinas parar em momentos críticos. • Elaboração de formas internas de operação ou compra de novos equipamentos. • Permitir o conhecimento da história das ações, a ser usado para manutenção corretiva. • Facilita a análise de falhas. • Permitir a análise estatística do sistema. CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREDITIVA Principais métodos de Análise e diagnóstico Preditivo Analise vibracional Analise de lubrificantes (ferrografia, cromatografia e viscosimetria) Ensaios não-destrutivos (Raios X, Raios σ, ultra-som, partículas magnéticas, líquidos penetrantes, ensaios acústicos) Termográfica Ensaio visual (endoscopia, direto ou indireto) Estanqueidade (leak-test) CONCEITOS INICIAIS MANUTENÇÃO PREDITIVA Muitas vezes, a prática correta da “Manutenção Preditiva” também ajuda a reduzir o custo da “Manutenção Preventiva”. OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS De modo geral, a manutenção em uma empresa tem como objetivos: Manter os equipamentos e máquinas em condições de pleno funcionamento, para garantir a produção normal e a qualidade dos nossos produtos (concreto); Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das máquinas Gerir de forma ideal os recursos (acessórios) de forma a obter o melhor rendimento dos equipamentos; Otimizar os processo de manutenção, operação e segurança das máquinas e equipamentos (retrofitting); Reduzir as intervenções o menor número possível; Reduzir os custos de manutenção; Cuidar do ativo da empresa. RESPONSABILIDADE PELA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS Os serviços de manutenção não são de responsabilidade exclusiva do pessoal da manutenção, mas também de todos os operadores, auxiliares, e responsáveis de uma forma direta ou indireta pelas máquinas e equipamentos, e ou pelas instalações. Os serviços periódicos de manutenção consistem de vários procedimentos que visam manter a máquina e equipamentos em perfeito estado de funcionamento. Esses procedimentos envolvem várias operações: Monitorar as partes da máquina sujeitas a maiores desgastes; Ajustar ou trocar componentes em períodos predeterminados; Examinar os componentes antes do término de suas garantias; Replanejar, se necessário, o programa de prevenção. CONCEITOS INICIAIS Paradigma do Passado “O homem da manutenção sente-se bem quando executa um bom reparo.” CONCEITOS INICIAIS Paradigma Moderno “ O homem da manutenção sente-se bem quando consegue evitar falhas.” DIAGRAMA DA MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS ($) (ocorrência) Preditiva Preventiva Corretiva 0 CONCEITOS INICIAIS ($) (ocorrência) Preditiva Preventiva Corretiva 0 Corretiva: quanto maior a ocorrência, maior custo, relação proporcional. Preventiva: quanto maior a ocorrência, menor custo, até a um estágio de estabilidade (estoques, paradas programadas,...). Preditiva: Inicialmente, um custo elevado, por questões de investimentos e a tendência é quanto maior a ocorrência, menor o custo. A ação é dada na hora e no ponto certo. DIAGRAMA DA MANUTENÇÃO BALANÇOS DAS MANUTENÇÕES CONCEITOS INICIAIS Em primeiro plano, o maior lado, a base, a “Manutenção Preventiva”, logo, a preventiva deve estar em maior escala para a manutenção, sua aplicação é total. Em segundo plano, sequencialmente “Manutenção Preditiva”, logo, este tipo de manutenção mais refinada deve estar principalmente para os equipamentos críticos da planta. Em terceiro e último plano, a “Manutenção Corretiva”, representado que em pequena escala e em casos especiais essa manutenção também tem a sua aplicabilidade. TIPOS DE MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS TIPOS DE MANUTENÇÃO CONCEITOS INICIAIS De uma forma geral, há dois tipos de manutenção: a manutenção planejada e a manutenção não planejada. A manutenção planejada classifica-se em quatro categorias: Manutenção preventiva; Manutenção preditiva; TPM (MPT) – Manutenção Produtiva Total; Manutenção Detectiva A manutenção não-planejada classifica-se em duas categorias: Manutenção corretiva; Manutenção ocasional MANUTENÇÃO DETECTIVA CONCEITOS INICIAIS É a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando DETECTAR FALHAS OCULTAS ou NÃO PERSEPTÍVEIS ao pessoal da Operação ou Manutenção. Tarefas executadas para verificar se um sistema de proteção ainda está funcionando representam a Manutenção Detectiva. MANUTENÇÃO DETECTIVA CONCEITOS INICIAIS Utilização de Computadores Digitais em instrumentos e controles de processo nos diversos tipos de plantas industriais Sistemas Supervisórios – sistemas de aquisição de dados; CLP – Controlador Lógico Programados; SDCD – Sistemas Digitais de Controles Distribuídos; Multi-loops com Computador Supervisório; Sistemas de Check-Lists automáticos em Comandos de Máquinas dotados de Sistemas de Segurança e Comunicação com Operador e Mantenedores. TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL CONCEITOS INICIAIS O lema: “Do meu equipamento cuido eu”. A operação tem uma visão horizontal e, capacitada, assume algumas atividades simples de manutenção. O fato de um parafuso da máquina estar solto ou precisar lubrificá-la, não significa que deverá ser acionada o equipe de manutenção. O sucesso da Manutenção Autônoma está diretamente relacionado ao perfeito entrosamento entre Operação e Manutenção. A metodologia utilizada em grande escala no mundo e que já mostrou resultado extremamente satisfatório é o programa TPM (Manutenção Produtiva Total). É o tipo de manutenção que está relacionado com quem a faz. TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL CONCEITOS INICIAIS A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida no Japão em 1950. Até então, a indústria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manutenção corretiva, após a falha da máquina ou equipamento. Isso representava um Custo e um obstáculo para a melhoria de qualidade. Na busca de maior eficiência da manutenção produtiva, por meio de um sistema compreensivo, baseado no respeito individual e na total participação dos empregados, surgiu a TPM, em 1970, no Japão. TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL CONCEITOS INICIAIS A visão da TPM é muito ampla, podemos dizer que é uma das ferramentas-conceitos mais abrangentes e generalistas. Exemplo de aplicação de TPM: Verificação: O operador de uma pá carregadeira verifica um pneu vazio, com baixa calibragem Ação: Ele se dirige ao calibrador e corrige a calibragem Ganho: Um mecânico se requisitado, poderia ter perdido um grande tempo em uma tarefa simples. Investimento: Um pequeno treinamento de como calibrar, verificar um pneu e um treinamento de como operar o calibrador. Algumas funções de TPM são até confundidas com operação. MANUTENÇÃO OCASIONAL CONCEITOS INICIAIS A Manutenção Ocasional é a forma mais abrangente e menos expressiva da manutenção não-planejada, pois para efetua-la, não é necessário um controle preciso, nem mesmo uma coleta e manipulação de registro de manutenção. A Manutenção Ocasional é a manutenção efetuada em um determinado equipamento quando estiver em uma parada, entre turnos ou repouso (stand-by) e aproveita-se para efetuar pequenos reparos e ou modificações, sejam elas para melhora de performances e pequenos ajustes. Neste processo devemos encará-lo como uma ação de simples execução e não como uma preventiva Apesar da similaridade com a preventiva, ela não tem qualquer estudo ou indicação de fabricante, norma ou procedimento. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS A origem das falhas em máquinas estão nos danos sofridos pelas peças componentes. A máquina nunca quebra totalmente de uma vez, mas para de funcionar quando alguma parte vital de seu conjunto se danifica. A parte vital pode estar no interior da máquina, no mecanismo de transmissão, no comando ou nos controles. Pode, também, estar no exterior, em partes rodantes ou em acessórios ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ORIGEM DOS DANOS: Erros de especificação ou de projeto A máquina ou alguns de seus componentes não correspondem às necessidades de serviço. Nesse caso os problemas, com certeza, estarão nos seguintes fatores: dimensões, rotações, marchas, materiais, tratamentos térmicos, ajustes, acabamentos superficiais ou, ainda, em desenhos errados. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ORIGEM DOS DANOS: Falhas de fabricação A máquina, com componentes falhos, não foi montada corretamente. Nessa situação pode ocorrer o aparecimento de trincas, inclusões, concentração de tensões, contatos imperfeitos, folgas exageradas ou insuficientes, empeno ou exposição de peças a tensões não previstas no projeto. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ORIGEM DOS DANOS: Instalação imprópria Trata-se de desalinhamento dos eixos entre o motor e a máquina acionada. Os desalinhamentos surgem devido aos seguintes fatores: fundação (local de assentamento da máquina) sujeita a vibrações; sobrecargas; trincas; corrosão. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ORIGEM DOS DANOS: Manutenção imprópria Trata-se da perda de ajustes e da eficiência da máquina em razão dos seguintes fatores: sujeira; falta momentânea ou constante de lubrificação; lubrificação imprópria que resulta em ruptura do filme ou em sua decomposição; superaquecimento por causa do excesso ou insuficiência da viscosidade do lubrificante; falta de reapertos; falhas de controle de vibrações. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ORIGEM DOS DANOS: Operação imprópria Trata-se de sobrecarga, choques e vibrações que acabam rompendo o componente mais fraco da máquina. Esse rompimento, geralmente, provoca danos em outros componentes ou peças da máquina. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ANÁLISE DO DEFEITO: A análise de defeitos e danos em peças tem duas finalidades: 1. Apurar a razão da falha, para que sejam tomadas medidas objetivando a eliminação de sua repetição. 2. Alertar o usuário a respeito do que poderá ocorrer se a máquina for usada ou conservada inadequadamente. Não basta examinar a peça que acusa presença de falhas; É preciso fazer um levantamento estatístico e determinar fatores que levaram aquela máquina á falha; ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ANÁLISE DO DEFEITO: ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS ANÁLISE DO DEFEITO: A desmontagem completa do conjunto mecânico deve ser evitada, uma vez que é cara e demorada. A desmontagem deve ocorrer de forma organizada e as peças dispostas sobre a bancada de modo ordenado. A limpeza das peças deve ser realizada pelo próprio analisador, a fim de evitar a destruição de vestígios importantes. As peças depois de limpas devem ser etiquetadas para facilitar na identificação e na sequência de montagem da máquina. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CARACTERÍSTICA GERAIS DOS DANOS DOS DEFEITOS: Os danos e defeitos de peças, geralmente, residem nos chamados intensificadores de tensão (acumuladores de tensão), e estes são causados por erro de projeto ou especificações. Se os intensificadores de tensão residem no erro de projeto, a forma da peça é o ponto crítico a ser examinado, porém, se os intensificadores de tensão residem nas especificações, estas são as que influirão na estrutura interna das peças. O erro mais frequente na forma da peça é a ocorrência de cantos vivos. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CARACTERÍSTICA GERAIS DOS DANOS DOS DEFEITOS: As figuras mostram linhas de tensão em peças com cantos vivos. Com cantos vivos, as linhas de tensão podem se romper facilmente. Quando ocorre mudança brusca de seção em uma peça, os efeitos são praticamente iguais aos provocados por cantos vivos. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CARACTERÍSTICA GERAIS DOS DANOS DOS DEFEITOS: Por outro lado, se os cantos forem excessivamente suaves, um único caso é prejudicial. Trata-se do caso do excesso de raio de uma peça em contato com outra. Por exemplo, na figura abaixo, a tensão provocada pelo canto de um eixo rolante, com excesso de raio, dará início a uma trinca que se propagará em toda sua volta. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Cabos de aço Não devem apresentar nós nem ser atritados na lateral de polias ou do solo. Nós e atritos indesejados diminuem a vida útil do cabo de aço. Quando em serviço, os cabos de aço podem apresentar os seguintes defeitos: Cabo rompido “Gaiola de passarinho” Cabo amassado (Dobra) ‘Alma saltada’ Quebra de fios externos ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Cabos de aço ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Cabos de aço Cabo Rompido: Em caso de rompimento de um cabo novo ou seminovo e o cabo mantendo-se reto, a causa provável é o excesso de carga ou choque. “Gaiola de passarinho”:- É provocada pelo choque de alívio de tensão, ou seja, quando a tensão, provavelmente excessiva, é aliviada instantaneamente. Nesse caso, o operador deverá ser treinado para operar com cabos de aço. A figura seguinte mostra o fenômeno da “gaiola de passarinho”. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Cabos de aço Quebra de fios externos: Esse fenômeno ocorre em razão das seguintes causas: · diâmetro da polia ou tambor excessivamente pequenos; · corrosão; · abrasão desuniforme; · excesso de tempo de trabalho do cabo. As causas de quebra de fios externos devem ser eliminadas. Para evitar a corrosão de cabos de aço, estes deverão ser lubrificados e, no caso de cabos que já atingiram o limite de vida útil, devem ser substituídos por novos. Se o problema for incompatibilidade entre o diâmetro da polia ou do tambor com o diâmetro do cabo, deve-se trocar ou o cabo, ou a polia, ou o tambor. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Cabos de aço Cabo amassado - O fenômeno ocorre devido ao cruzamento de cabos sobre o tambor ou da subida deles sobre a quina da canaleta das polias. O problema é evitado mantendo o cabo esticado, de forma tal que ele tenha um enrolamento perfeito no tambor. Alma Saltada: Causada por um alívio repentino de tensão. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Chaveta Chavetas são usadas para fixar elementos dos mecanismos sobre eixos. Suas dimensões são, usualmente, mais do que suficientes para a transmissão de forças existentes nas máquinas. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Chaveta Na substituição de chavetas, é preciso considerar o acabamento superficial, bem como o ajuste e o arredondamento dos cantos para evitar atrito excessivo. Os canais de chaveta devem estar em boas condições, principalmente quanto à perpendicularidade, pois além dos esforços de cisalhamento, as chavetas sofrem torção. O esforço de torção tende a virar as chavetas em suas sedes. forças de cisalhamento atuando em uma chaveta ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Chaveta Para evitar o efeito de cunha que poderia partir o cubo do elemento colocado no eixo, a chaveta exige um perfeito ajuste no sentido lateral e vertical. Outro ponto a observar é o acabamento dos cantos, que devem apresentar o chanfro ou o raio reto um pouco maior do que os cantos do rasgo, para evitar o surgimento de fissuras e trincas. A figura mostra essa falha. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas Uma mola devidamente especificada durará muito tempo. Em caso de abuso, apresentará os seguintes danos: Quebra Flambagem Amolecimento ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas Quebra: Causada por excesso de flexão ou de torção. Recomenda-se aplicar um coxim ou encosto no fim do curso previsto da mola. Essa medida fará com que a mola dure mais tempo sem se quebrar. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas Flambagem: Ocorre em molas helicoidais longas, por falta de guias. A flambagem pode ser corrigida por meio da verificação do esquadro de apoios. Recomenda-se aplicar guia interno ou externo, devidamente lubrificado. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas Amolecimento: Causado por superaquecimento presente no ambiente ou por esforço de flexão. Recomenda-se diminuir a freqüência ou curso de flexões. Recomenda-se, também, aplicar uma mola dupla com seção menor. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas – Recomendações Finais Evitar a sobrecarga da mola. Ela foi especificada para uma solicitação determinada, não devendo ser submetida a um esforço maior que o previsto. Impedir a flambagem. Se a mola helicoidal comprimida envergar no sentido lateral, providenciar uma guia. Evitar o desgaste não uniforme das pontas, pois isto criaria um esforço adicional não previsto. ANÁLISE DE FALHA EM MÁQUINAS CUIDADO COM OS COMPONENTES: Molas – Recomendações Finais Testar as molas nas revisões periódicas da máquina e trocar as molas que estiverem enfraquecidas. Evitar as tentativas de consertar a mola quebrada, esticando-a, por exemplo. A tentativa será inútil. Somente em caso de quebra das pontas de molas muito pesadas é possível o conserto. Nesse caso, soldam-se as pontas quebradas com eletrodo rico em cromo. As molas helicoidais podem ser enroladas a frio, desde que o arame de aço não ultrapasse 13 mm de diâmetro. TRABALHO MANUTENÇÃO Assunto: Fabricação, danos típicos e manutenção; Mínimo de 5, máximo de 6 pessoas por grupo! Trabalho: Escrito (capa, contra capa, indice e bibliografia) Apresentação: 3 grupos por dia Mínimo: 30 min Slide Recurso áudio visual 04/04 e 11/04 LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Conceito e Objetivos: A lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância apropriada entre superfícies sólidas que estejam em contato entre si e que executam movimentos relativos. Essa substância apropriada normalmente é um óleo ou uma graxa que impede o contato direto entre as superfícies sólidas. Sem Lubrificação Com Lubrificação LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Conceito e Objetivos: Quando recobertos por um lubrificante, os pontos de atrito das superfícies sólidas fazem com que o atrito sólido seja substituído pelo atrito fluido, ou seja, em atrito entre uma superfície sólida e um fluido. Nessas condições, o desgaste entre as superfícies será bastante reduzido. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Conceito e Objetivos: Além dessa redução do atrito, outros objetivos são alcançados com a lubrificação, se a substância lubrificante for selecionada corretamente: redução da temperatura redução do desgaste redução da corrosão redução de vibrações e ruídos menor dissipação de energia na forma de calor LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Tipos de lubrificantes: Os lubrificantes podem ser classificados de acordo com seu estado físico: Líquido (Óleos Lubrificantes); Pastoso (Graxas); Sólido (grafita, bissulfeto de molibdênio, talco e mica); Gasoso (ar, nitrogênio e gases halogenados). LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias: óleos minerais, óleos vegetais, óleos animais e óleos sintéticos. Tipos de lubrificantes: Óleos minerais - São substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos naftênicos. Óleos vegetais - São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona, oiticica, babaçu etc. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Óleos animais - São extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc. Óleos sintéticos - São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas etc. Tipos de lubrificantes: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Petróleo: Pela teoria orgânica, o petróleo, tal como é encontrado hoje na natureza, resultou da matéria orgânica depositada em conjunto com partículas rochosas durante a formação das rochas sedimentares milhões de anos atrás. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Petróleo: O petróleo é constituído quase inteiramente por carbono e hidrogênio em várias combinações químicas (hidrocarbonetos). Dependendo dos tipos de hidrocarbonetos predominantes em sua composição, o petróleo pode ser classificado em base parafínica e base naftênica. No caso de não haver predominância de um tipo de composto sobre o outro, o petróleo é classificado como base mista. Certas características físico-químicas do petróleo, como fluidez, cor e odor, podem variar em função de sua composição e do local extraído. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Petróleo: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Petróleo: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Nas refinarias, o petróleo é processado e uma grande quantidade de subprodutos é obtida. Algumas das refinarias possuem unidades especiais para tratamento e processamento destes subprodutos que depois de tratados serão denominados “óleos básicos”. Os óleos básicos são a matéria-prima principal para a produção dos diversos tipos de lubrificantes. Lubrificantes e Graxas - Óleos Básicos: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Os básicos obtidos do petróleo são classificados conforme abaixo: Lubrificantes e Graxas - Óleos Básicos: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Lubrificantes e Graxas - Óleos Básicos: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Os aditivos são compostos químicos que melhoram ou atribuem propriedades aos óleos básicos que serão usados na fabricação de lubrificantes e graxas. Esses aditivos químicos têm diferentes funções e normalmente pertencem a uma das categorias descritas abaixo. Lubrificantes e Graxas - Aditivos: Anticorrosivos Antidesgaste Estes aditivos protegem as superfícies metálicas lubrificadas do ataque químico pela água ou outros contaminantes. Estes aditivos formam um filme protetor nas superfícies metálicas, evitando o rompimento da película lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas. A formação deste filme ocorre a temperaturas pontuais de até 300°C. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Lubrificantes e Graxas - Aditivos: Antiespumantes Antioxidantes Têm a propriedade de fazer com que esta espuma formada na circulação normal do óleo se desfaça o mais rápido possível. Têm a propriedade de aumentar a resistência à oxidação do óleo. Retardam a reação com o oxigênio presente no ar, evitando a formação de ácidos e borras e, conseqüentemente, prolongando a vida útil do óleo. Evitando a oxidação, minimizam o aumento da viscosidade e o espessamento do óleo. Têm a propriedade de manter limpas as partes do motor. Também têm basicidade para neutralizar os ácidos formados durante a combustão. Detergentes LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Lubrificantes e Graxas - Aditivos: Dispersantes Extrema Pressão Têm a propriedade de impedir a formação de depósitos de produtos de combustão (fuligem) e oxidação (borra) nas superfícies metálicas de um motor, mantendo estes produtos indesejáveis em suspensão de modo que sejam facilmente retidos nos filtros ou removidos quando da troca do óleo. Estes aditivos reagem com o metal das superfícies sob pressão superficial muito elevada, formando um composto químico que reduz o atrito entre as peças. Minimizam o contato direto entre as partes, evitando o rompimento da película lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas. Esta reação se dá a temperaturas pontuais elevadas (cerca de 500°C). Estes aditivos são comumente utilizados em lubrificantes de engrenagens automotivas e industriais e também em graxas. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Lubrificantes e Graxas - Aditivos: Rebaixadores do Ponto de Fluidez Têm a função de reduzir a tendência dos óleos lubrificantes variarem a sua viscosidade com a variação da temperatura. Melhoram a fluidez dos óleos quando submetidos a baixas temperaturas, evitando a formação de cristais que restringem o fluxo dos mesmos. Melhoradores do Índice de Viscosidade LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Óleo Lubrificante: Os óleos lubrificantes apresentam certas características próprias que lhes são conferidas pela sua composição química (resultante do petróleo bruto), pelo tipo de refino, pelos tratamentos adicionais realizados e pelos aditivos utilizados. Abaixo esquema simplificado da produção de óleos lubrificantes: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Viscosidade A viscosidade é a resistência ao movimento (fluxo) que um fluido apresenta a uma determinada temperatura. O método de medição mais empregado atualmente é o de viscosidade cinemática. Neste método, é medido o tempo que um volume de líquido gasta para fluir (sob ação da gravidade) entre dois pontos de um tubo de vidro capilar calibrado. A unidade de viscosidade cinemática é expressa em centistokes (cSt) ou em mm2/s, conforme o sistema métrico internacional. Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Viscosidade A viscosidade é uma das propriedades mais importantes a serem consideradas na seleção de um lubrificante, pois este deve ser suficientemente viscoso para manter uma película protetora entre as peças em movimento relativo, e também não ser tão viscoso que ofereça resistência excessiva ao movimento entre as peças. Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Índice de Viscosidade É um número empírico que expressa a taxa de variação da viscosidade com a variação da temperatura. Quanto mais alto o IV de um óleo lubrificante, menor é a variação de sua viscosidade ao se variar a temperatura. De um modo geral, os óleos parafínicos possuem um IV maior que os óleos naftênicos. Óleo Lubrificante - Propriedades: Ponto de fluidez É a menor temperatura em que um óleo flui livremente, sob condições preestabelecidas de ensaio. Esta característica é bastante variável, e depende de diversos fatores como: origem do óleo cru, tipo de óleo e processo de fabricação. Ponto de fulgor É a menor temperatura na qual um óleo desprende vapores que, em presença do ar, provocam um lampejo ao aproximar-se de uma pequena chama da superfície do óleo. Este ensaio permite estabelecer a máxima temperatura de utilização de um produto, evitando riscos de incêndio e/ou explosão. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Cor Dentre vários métodos empregados para a determinação de cor, o mais usual é o ASTM - 1500. Neste método, uma amostra líquida é colocada no recipiente de teste e, utilizando uma fonte de luz, esta amostra é comparada com discos de vidro colorido, que variam em valor de 0,5 a 8,0. Quando não é encontrada uma equivalência exata e a cor da amostra fica entre duas cores padrão, relata-se a mais alta. Assim, um óleo que tenha a cor entre 2,5 e 3,0 será reportado L3,0. A cor dos óleos não tem relação direta com as características lubrificantes e nem com a viscosidade, um óleo mais claro não é necessariamente menos viscoso. Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Cor Qual a importância da cor em um lubrificante? 1) Identificação de vazamentos. Por esta razão muitas vezes são adicionados corantes nos óleos para facilitar a identificação dos mesmos. 2) Atrativo comercial. Óleos mais claros ou coloridos artificialmente podem dar uma idéia de produtos de maior qualidade. 3) Facilitar a visualização das peças (nos casos de produtos para usinagem). 4) Não interferir na cor do produto final quando o óleo fizer parte da composição do mesmo. Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Densidade É a relação entre o peso do volume do óleo medido a uma determinada temperatura e o peso de igual volume de água destilada. Também é conhecida como massa específica. A maior parte dos produtos líquidos de petróleo são manipulados e vendidos por volume, porém, em alguns casos, é necessário conhecer o peso do produto. Conhecendo-se a densidade, é possível converter volume para peso e vice-versa. Óleo Lubrificante - Propriedades: LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Uma graxa lubrificante pode ser definida como um material sólido a semi-sólido, constituindo de um agente espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo). O lubrificante líquido, que em geral compõe 70 a 95% em peso da graxa acabada, proporciona a lubrificação propriamente dita, enquanto o espessante oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante líquido no lugar. Graxa Lubrificante LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Muitas vezes, acrescenta-se aditivos para intensificar certas propriedades a graxa. Devido a sua consistência semelhante ao gel, prefere-se as graxas em lugar dos óleos em aplicações onde ocorreria um vazamento de óleo, onde a ação de vedação natural da graxa é necessária ou onde é requerida a espessura extra da película da graxa. Em geral, quase todas as graxas amolecem em serviço, porém recuperam sua consistência original quando deixadas em repouso. Graxa Lubrificante LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Onde usar a graxa? Graxa Lubrificante - Aplicação Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade; Onde existem dificuldades e condições inseguras para realizar a relubrificação; Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar; Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa; Onde o tempo de relubrificação for reduzido; LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Onde usar a graxa? Graxa Lubrificante - Aplicação Onde se quer reduzir a freqüência de lubrificação; Onde existem equipamentos com lubrificação intermitente; Onde é importante a redução de ruídos; Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões, cargas de choque e baixas velocidades com cargas elevadas. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Consistência É a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração. É determinada pelo método que consiste em medir a penetração (em décimos de milímetros) exercida por um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de carga padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250C. O aparelho utilizado nesta medição é chamado penetrômetro. Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um sistema de classificação para as graxas definidos de consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000 (muito macia) a 6 (muito dura). LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Consistência - Penetrômetro LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Consistência - Classificaçãoo LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Ponto de Gota Indica a temperatura em que a graxa passa do estado sólido ou semi-sólido para o líquido. Na prática, esta medida serve como orientação para a mais alta temperatura a que certa graxa pode ser submetida durante o trabalho. Deve-se considerar como limite operacional uma temperatura 20% inferior ao seu ponto de gota. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Bombeabilidade É a capacidade de fluir de uma graxa pela ação de bombeamento. Os fatores que afetam o bombeamento são: a consistência da graxa, a viscosidade do óleo e o tipo de espessante. A bombeabilidade afeta o método de aplicação da graxa (adequação ao sistema centralizado, por exemplo) e a movimentação interna da graxa dentro do elemento mecânico, influindo diretamente na capacidade de lubrificação da mesma. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante - Propriedades Bombeabilidade LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação NLGI LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação NLGI LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação DIN Por exemplo, uma graxa KP2K-10 é uma graxa do tipo “K” com aditivos do tipo “P”. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação DIN Por exemplo, uma graxa K SI 3 R é do tipo ‘K’, com óleo sintético do tipo SI. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação DIN Por exemplo, em KP2K, o último K indica +1200C. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Graxa Lubrificante – Classificação DIN Opcionalmente, o limite mínimo da temperatura de trabalho pode ser especificado. A temperatura mais baixa, um múltiplo de -100C e na escala -10 a -60, é adicionado como um sufixo. Por exemplo, em KP2K-20, -20 é o limite requerido para baixa temperatura. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação A escolha do método de aplicação do óleo lubrificante depende dos seguintes fatores: − Tipo de lubrificante a ser empregado (graxa ou óleo) − Viscosidade do lubrificante − Quantidade do lubrificante − Custo do dispositivo de lubrificação Quanto ao sistema de lubrificação, esta pode ser: − Por gravidade − Por capilaridade − Por salpico − Por imersão − Por sistema forçado − A graxa. LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Gravidade LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Gravidade LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Capilaridade LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Salpico LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Salpico LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Imersão LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – Por Sistema Forçado LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÇÃO Métodos de Lubrificação – A Graxa
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