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RESUMO SOBRE O QUE É A FILOSOFIA DA EXISTENCIA EM JASPERS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
ALUNO: WILLIAM GUSTAVO DA SILVA MACEDO 
CURSO: LICENCIATURA EM FILOSOFIA
COMPONENTE CURRICULAR: ESTÉTICA I
PROFESSOR: JORDI CARMONA HURTADO
RESUMO
	
Hannah Arendt aponta em seu texto “O que é a filosofia da existência?”, especificamente no fragmento intitulado: Características da existência humana: Jaspers, que dentro da história da filosofia da existência há inúmeros nomes a serem citandos, mas que o filósofo alemão Karl Jaspers, na última parte desse texto merece destaque, ao passo que rompe com a visão tradicional de compreensão de ser, aquela em que o ser aparece sob o viés de estruturações filosóficas que o define.
Nesse sentido, temos inicialmente uma abordagem em que a autora apresenta que seria mais adequado começar a falar sobre a filosofia da existência a partir da filosofia de Karl Jaspers, mas que, no entanto, assim não faz devido uma sequência de fatores, entre estes a publicação da obra o Ser e tempo do filósofo Heidegger cinco anos antes de uma das mais famosas obras de Jaspers intitulada Filosofia da existência. Assim, percebe-se a autora sugere uma espécie de comparação entre os dois filósofos, enaltecendo de certa forma a imagem de Jaspers, ao passo que considera que Heidegger deve romper com sua filosofia para progredir enquanto que Jaspers, segunda a visão da autora terá uma voz decisiva no contexto da filosofia da existência.
 A filosofia de Jaspers aponta desse modo para um quebra de estruturação da filosofia sistemática, haja visto que o filósofo alemão propõe um filosofar que não se pretenda instruir, mas que se transforme a filosofia num filosofar em que se proporcione uma comunicabilidade. Assim, pode-se fazer um paralelo desse filosofar que consiste numa agitação, num apelo com a maiêutica socrática, porém diferente desta última o apelo não possui um caráter pedagógico, mas um comunicar-se espontâneo, sem estabelecer uma ordem ou um resultado, mas somente o ato de estimular a comunicação.
Diante disso a autora sugere que a existência para Jaspers associasse a liberdade humana, não a definição de ser, de modo que o homem é no Dasein uma existência possível. E o Aquilo da realidade não compete a intepretação clássica, pois, a partir do momento que eu defino algo eu tiro minha liberdade. Desse modo, jamais poderei me definir, porque se assim fizesse então poderia me prever, não sendo, portanto livre, mas, um ser previsível e definido.
Ainda nesse contexto Hannah Arendt aponta para um dos conceitos chaves na leitura de Karl Jaspers, a questão do transcender, em que há possibilidade de pensar até os limites do pensável. Nessa perspectiva o filosofar seria uma espécie de preparação para enfrentar o a realidade de mim no mundo, como defender a autora. E a comunicabilidade seria um elemento tal por meio da ação e das situações-limites que o homem possa filosofar e criar, portanto sua liberdade. Sua ação no mundo, pode de certa forma fazer com que o homem pense certas experiências, e se há o fracasso do pensamento, o qual a autora aponta para um sinal de transcendência.
Assim, o fracasso segundo a autora não pode ser comparado com a filosofia heideggeliana conhecida como a queda, mas uma espécie de afastamento do ser real, distinta da explicação feita pela psicologia, por meio de definições, bem como faz a ontologia. Ainda no que compete ao ser, a autora compreende esse como uma transcendência, uma realidade que não é potencialidade, haja visto que meu pensar não corresponde ao Aquilo da realidade. Assim, o fracasso do pensamento surge como uma possibilidade de existência, sendo essa livre e cabendo ao ser humano escolher.
No que se refere a falha, esta aparece no texto como uma limitação do ser, o qual por não conseguir transcender acata o que lhe é dado e se limita a tal. Desse modo, a autora nos sugere que a filosofia possui o importante papel de libertar o homem desse mundo ilusório, que o pensamento filosófico não pode ficar restrito a contornar os fatos, mas a possibilitar ao homem a verdadeira liberdade, isto é, imbuir a ele a capacidade de determinar seu próprio pensamento.
Desse modo a autora mostra que não somos capazes de captar a essência da filosofia do filósofo fenomenólogo Karl Jaspers, mas que esta se opõe a antiga busca ontológica, haja visto que o ser não é cognoscível, mas oniabrangente. E sugere que o ser deve deixar de lado aquele espectro do ser e tomar o ser como ser fragmentado, que esta no mundo que não é seu lar, mas pode se tornar.
Por fim, a autora retorna para a importância da comunicabilidade dessa perspectiva fenomenológica, ao passo que a existência não pode ser isolada, e no que compete essa comunicabilidade encontra-se a possibilidade do surgimento de um novo conceito de humanidade e dignidade, ao passo que segundo os movimentos de transcendência e fracasso do pensamento o homem percebe-se como senhor dos seus próprios pensamentos.
Referências:
ARENDT, Hannah. Características da existência humana: Jaspers. In. O que é a filosofia da existência? Disponível em: <http://copiapop.com/rbya/livros-libros-9968/hannah-arendt-filosofia-da-existencia,27584.pdf> Acesso em: 24 mai. 2016.
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