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INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES II.
Mora. Juros. Cláusula penal. Arras.
Prof. Alexandre Guerra
2
 	MORA
“Mora é o cumprimento imperfeito da prestação”
Lugar, forma ou tempo diverso do estabelecido no vínculo jurídico
Não é somente o retardamento. É todo cumprimento IMPERFEITO.
Possibilidade de purgação (emenda) da mora.
Critério distintivo: UTILIDADE DA PRESTAÇÃO PARA O CREDOR (CC, 394).
Festa de casamento. Venda a prazo de veículos.
Abuso do direito na negativa injustificada de purgação da mora. Apuração deve ser objetiva, com boa-fé e manutenção do equilíbrio contratual (“favor contractus”)
3
 	ESPÉCIES DE MORA
Mora do devedor (“mora debitoris”)
Mora do credor (“mora creditoris”)
Mora “ex re”: “Dies interpellat pro homine”
Mora “ex persona”: Necessária a interpelação judicial ou extrajudicial do credor para que assim o seja.
NOTIFICAÇÃO PREMONITÓRIA (mora “ex persona”)
Adquirentes de imóveis loteados em prestações (Dec.Lei n. 58/37, art. 14). Notificação judicial ou por CRI com prazo de 30 dias para purgação (Lei n. 6.766/79, art. 32).
Compromisso de compra e venda de imóvel não loteado. Notificação premonitória com prazo de 15 dias para purgação da mora. Decreto-Lei n. 745/69.
EXTINÇÃO DE COMODATO para caracterização de esbulho possessório
4
 	REQUISITOS DA “MORA SOLVENDI” (DO DEVEDOR)
Exigibilidade da prestação
Inexecução culposa pelo devedor
Constituição em mora (se mora “ex persona”)
 	EFEITOS DA MORA DO DEVEDOR
Responsabilidade do devedor por todos os prejuízos causados ao credor
PERPETUAÇÃO DA OBRIGAÇÃO: responde o devedor em mora pela impossibilidade da prestação ainda por caso fortuito e força maior
Exceção: não responde o devedor mesmo em mora se provar a isenção de culpa ou que a coisa se perderia ainda que a obrigação tivesse sido cumprida a termo (morte do animal)
5
 	REQUISITOS DA MORA DO CREDOR
Vencimento da obrigação
OFERTA da prestação pelo devedor
Recusa INJUSTIFICADA em receber
Constituição em mora mediante consignação em pagamento?
 	EFEITOS DA MORA DO CREDOR
Devedor não é mais responsável pela conservação da coisa.
Credor fica obrigado a ressarcir as despesas do devedor com a conservação.
Credor fica sujeito a receber a prestação pela ESTIMAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO DEVEDOR se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
6
COEXISTÊNCIA DE MORAS: elimina-se. Não se exige perdas e danos.
Simultaneidade de moras?
PURGAÇÃO DA MORA: “é a neutralização dos efeitos da mora” (CRG). É a emenda da mora.
Prestação deve ainda ser ÚTIL AO CREDOR
A purgação da mora pelo devedor ocorre com a OFERTA DA PRESTAÇÃO E OS PREJUÍZOS AOS QUAIS DEU CAUSA
Por parte do credor, ocorre quando se OFERECE A RECEBER a prestação e sujeitando-se aos efeitos da mora até então.
MOMENTO DE PURGAÇÃO: não se exige a imediata consignação em pagamento da prestação (no dia do vencimento). É possível purgar sempre enquanto útil a prestação ao credor.
7
JUROS
Conceito: “juros são o rendimento do capital”. “É o preço do uso do capital” (SR)
Frutos civis. Bens acessórios
É o pagamento pelo uso do capital alheio
JUROS COMPENSATÓRIOS (juros remuneratórios ou juros-frutos): 
É a compensação pelo uso do capital alheio.
São LIMITADOS À TAXA PARA A MORA DO PAGAMENTO DE IMPOSTOS DEVIDOS À FAZENDA NACIONAL – CC, art. 406 e 591 – SELIC (STJ, prevalecente)
V. CTN, art. 161, § 1º: 1%
Somente permitida capitalização anual (anatocismo) – CC, art. 591
8
JUROS MORATÓRIOS: 
Incidentes no RETARDAMENTO DO CUMPRIMENTO da prestação (mora)
São devidos desde o inadimplemento (correm desde a constituição em mora)
Não há limite previamente estabelecido em lei.
Juros moratórios LEGAIS (CC, art. 407)
Juros legais são implícitos no pedido inicial.
Lei n. 4.595/96: NÃO HÁ LIMITAÇÃO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Lei de Usura (Dec. 22.262/33): há limitação de 1% ao mês. Vedado anatocismo. Não se aplica a instituições bancárias.
9
 	DISPOSIÇÕES LEGAIS
Art. 406 - Quando os JUROS MORATÓRIOS não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Código Tributário Nacional: Art. 161 - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
Parágrafo primeiro - SE A LEI NÃO DISPUSER DE MODO DIVERSO, OS JUROS DE MORA SÃO CALCULADOS À TAXA DE 1% (UM POR CENTO) AO MÊS.
STJ: SELIC
Art. 407 - Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
10
CLÁUSULA PENAL (pena convencional ou multa contratual)
“É obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento do principal ou o retardamento de seu cumprimento” (CRG)
Natureza jurídica: REFORÇO AO PACTO PRINCIPAL. Pacto secundário e acessório. Acessório segue o principal. Na invalidade, cabível a REDUÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO (“favor contractus”)
Estipulada quando do nascimento da obrigação ou em momento posterior (CC, 409).
Serve como meio de coerção ao cumprimento
Serve como prefixação de perdas e danos (livram-se dos incômodos de comprovação dos prejuízos e seu valor)
11
 	LIMITE DE VALOR DA CLÁUSULA PENAL: é o valor da obrigação
REDUÇÃO: É dever do magistrado nas hipóteses legais:
QUANDO ULTRAPASSAR O LIMITE LEGAL
Loteamentos: 10%
CDC: 2%
Condomínio: 2% (CC. Art. 1336, § 1º)
QUANDO DO CUMPRIMENTO PARCIAL DA OBRIGAÇÃO, por equidade judicial.
QUANDO MANIFESTAMENTE EXCESSIVA diante da natureza e finalidade do negócio
Redução judicial “ex officio”. Matéria de ordem pública.
12
CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA
Visa ao total descumprimento da prestação
É prefixação de perdas e danos (valor é elevado)
No inadimplemento, a CP compensatória autoriza pretendê-la OU o cumprimento da prestação.
VEDAÇÃO DE CUMULAÇÃO de pedido de execução específica e prestação principal
Escolha compete ao credor (CC, 410)
CLÁUSULA PENAL MORATÓRIA
Assegura o cumprimento de outra cláusula determinada ou visa evitar o retardamento (mora)
Cobra-se CUMULATIVAMENTE com a prestação principal
Depende do valor e da estipulação negocial (CC, 411).
13
Art. 408 - Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
  
Art. 409 - A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
  
Art. 410 - Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
14
Art. 411 - Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, JUNTAMENTE COM O DESEMPENHO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL.
Art. 412 - O valor da cominação imposta na cláusula penal NÃO PODE EXCEDER O DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL.
  
Art. 413 - A penalidade DEVE ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
15
 	Art. 416 - Para exigir a pena convencional, NÃO É NECESSÁRIO que o credor alegue prejuízo.
 	Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiversido, a pena vale como mínimo da indenização, COMPETINDO AO CREDOR PROVAR O PREJUÍZO EXCEDENTE.
16
Arras (sinal)
“É a quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro como confirmação do acordo de vontades e princípio de pagamento” (CRG)
Roma: anel simbólico de conclusão do contrato
Cabimento em contratos bilaterais translativos de propriedade
É pacto acessório
Caráter real: pressupõe a entrega da coisa
17
ARRAS CONFIRMATÓRIAS: confirma a celebração do contrato
ARRAS PENITENCIAIS: se as partes convencionam o direito de arrepender-se (DIREITO DE ARREPENDIMENTO). Serve como pena convencional (sanção para quem se arrepende).
Não exige prova do prejuízo. Não admite cobrança de indenização suplementar.
FUNÇÕES: a) CONFIRMAR O CONTRATO – “pacta sunt servanda”; b) PREFIXAÇÃO DE PERDAS E DANOS (quando fixado o direito de arrependimento) e c) PRINCÍPIO DE PAGAMENTO
18
 	Das Arras ou Sinal
Art. 417 - Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
  
Art. 418 - Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, RETENDO-AS; 
 	se a INEXECUÇÃO FOR DE QUEM RECEBEU AS ARRAS, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e EXIGIR SUA DEVOLUÇÃO MAIS O EQUIVALENTE, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
19
 	ARRAS CONFIRMATÓRIAS
Art. 419 - A parte inocente pode pedir indenização suplementar, SE PROVAR MAIOR PREJUÍZO, valendo as arras como taxa mínima. 
Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
 	ARRAS PENITENCIAIS
Art. 420 - Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. 
Em ambos os casos NÃO HAVERÁ DIREITO A INDENIZAÇÃO SUPLEMENTAR.

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