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Direitos e Deveres das Pessoas Naturais

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LIVRO I
DAS PESSOAS 
TÍTULO I
 DAS PESSOAS NATURAIS 
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE DAS PESSOAS NATURAIS
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Art. 1º - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Personalidade é a aptidão de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem civil.
Só os seres humanos têm personalidade. 
Os animais, as almas, os santos, os seres fantásticos não a têm.
Por outro lado, os infantes, os idosos, os doentes, os presos, os condenados a morte, os falidos, todas as pessoas a têm.
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Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa 	 do nascimento com vida; mas a lei põe a 	 salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
		Nascer com vida significa respirar livremente. Denomina- se “nati-morto” o feto que não respirou. Se respirou, adquiriu a personalidade; se não respirou, não adquiriu.
		Concepção é o momento em que o espermatozóide paterno fecunda o óvulo materno. 
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	Nascituro é o feto na barriga da mãe. Só tem direitos sob a condição de nascer com vida. Se nascer morto ( nati-morto ), não adquire direitos.
	Em raros casos, a lei protege também o concepturo, que é a pessoa que ainda não foi concebida. Porém, nem o nascituro nem o concepturo tem ainda a personalidade. Só a terão se nascerem com vida.
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Capacidade é a medida da personalidade; pode ser dividida em capacidade de gozo ou de direito e capacidade de fato ou de exercício. A primeira, todas as pessoas a têm, sem exceções. Já a capacidade de exercício só as pessoas plenamente capazes têm. 
Capacidade não se confunde com legitimação. A primeira é um conceito genérico. A legitimação é uma espécie de capacidade especial exigida em certas situações.
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	Incapacidades são restrições à capacidade de exercício que se estabelecem, em atenção ao grau de imaturidade, deficiência física ou mental, para fim de proteção das pessoas. 	
						
	Tais restrições podem ser maiores ( incapacidade absoluta ) ou menores ( incapacidade relativa ). Os incapazes podem adquirir direitos mas para exercê-los precisam ser auxiliados por outras pessoas. Os absolutamente incapazes são representados; os relativamente incapazes são assistidos.
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	As pessoas absolutamente incapazes não podem exercer os seus direitos. Sua vontade não é considerada.Seus direitos são exercidos pelos seus representantes legais ( pais, tutores ou curadores ). Isso é feito para protegê-las, pois a lei presume que eles não sabem o que fazem. 
	As pessoas relativamente incapazes, por outro lado, podem praticar sozinhas alguns poucos atos. No entanto, em geral, só exercem seus direitos juntos ( assistidos ) com seus representantes legais. 
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	ART. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
	I – os menores de 16 ( dezesseis ) anos;
 	II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
 	III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
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	Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
	I – os maiores de dezesseis ( 16 ) e menores de dezoito ( 18 ) anos;
	II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
	III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
	IV – os pródigos;
	Parágrafo único - A capacidade dos índios será regulada por legislação especial ( Lei nº 6.001/73 ( Estatuto do Índio )
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	Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
	Par. único – Cessará, para os menores, a incapacidade:
	I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos;
	II – pelo casamento;
	III – pelo exercício de emprego público efetivo;	
	IV – pela colação de grau em curso de nível superior;
	V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos, tenha economia própria. 	
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	Art. 6º - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
	A morte pode ser real ou presumida. A real ocorre quando um médico, examinando o cadáver, atesta que a pessoa faleceu. A presumida verifica-se nos casos dos arts. 6º e 7º do C. Civil.
	Ausência ( ausentes ) ocorre quando alguém desaparece de seu domicílio: decreta-se então a curatela do ausente, com arrecadação de seus bens ( art.22 )
	Um ano depois, abre-se a sucessão provisória do ausente, entregando-se seus bens a seus sucessores a título provisório ( art. 26 ).
	Após 10 anos ( art. 37 ), ou 5 anos, se o ausente já tivesse 80 anos de idade ( art. 38 ), decreta-se a sucessão definitiva, passando os bens do ausente definitivamente para seus herdeiros, com as ressalvas do artigo 39. 
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	Art. 7º - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
	I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
	II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
	Parágrafo único – A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá se requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
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	Art. 8º - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
	Comoriência ( comorientes ) ocorre quando duas pessoas morrem na mesma situação ( acidente, guerra, desgraças da natureza, etc. ) e não se consegue descobrir quem morreu primeiro. Se se souber que um deles morreu primeiro, não há nenhum problema. Também se fala em comoriência quando duas pessoas morrem em lugares diferentes, mas ao mesmo tempo e não se sabe quem morreu primeiro.
	Isso só interessa ao direito se as duas pessoas mortas eram reciprocamente herdeiras; se não o eram, a questão não apresenta interessa prático.
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	A Lei de Registros Públicos ( Lei nº 6.015/73 ) regula os principais registros no Brasil. Estão regulados nessa lei:
	1) Registro Civil das Pessoas Naturais (arts.29 a 113)
	2) Registro Civil das Pessoas Jurídicas (arts.114 a 121)
	3) Registro de Títulos e Documentos (arts. 127 a 166)
	4) Registro de Imóveis (arts. 167 a 288)
	No Registro Civil das Pessoas Naturais são registrados os principais atos de nossa vida civil ( arts. 9º e 10 do Código Civil e art. 29 da Lei nº 6.015/73 . ), tais como nascimentos, casamentos, óbitos, emancipação voluntária, interdição, ausência, anulação de casamentos, separação e divórcio, reconhecimento de filhos, adoções, etc. )
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	Modos de Individualização da Pessoa Natural:
	1) Nome; 2) Estado: 3) Domicílio.
	Nome é a designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa identifica-se no seio da família e da sociedade. Os elementos do nome são o prenome e o sobrenome ( art. 16 do CC. ). O prenome é o nome próprio de cada pessoa, podendo ser simples ou composto. O sobrenome ( patronímico- apelido familiar ) é o sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando sua filiação.
	O prenome é definitivo, podendo ser substituído por apelidos públicos notórios ( art. 58 da LRP ) e só será mudado nos casos da lei.
		Casos de retificação do prenome: 
	a) Erro gráfico evidente ( arts. 110 da LRP );
	b) Prenome ridículo ( art. 55, § único da LRP ) ; 
	
	
	
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	c) Substituição do prenome oficial pelo prenome de real uso.
	d) Acréscimo de apelidos notórios;
	e) Adoção( art. 1.627 do CC )
	f) Tradução de nome estrangeiro por ocasião da naturalização.
	O nome completo também pode ser alterado nos termos da lei.
		Casos de alteração:
	a) Por ocasião da maioridade ( art. 56 da LRP )
	b) Após, do por exceção e motivadamente ( art. 57 da LRP )
	c) No casamento ( art. 1.565, § 1º, do Código Civil )
	d) Na separação e no divórcio (arts. 1.571 e 1.578 do Código Civil )
	e) Na adoção ( art. 1.627 do Código Civil )
	f ) No reconhecimento de filhos;
	g) Na união estável ( art. 57, §§ 2º a 5º da LRP )
	h) No transexualismo
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			 O Estado
	
	Designa os vários predicados integrantes da personalidade. É a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos.É o modo particular de existir.
	Divide-se em: a) Estado individual; b) Estado familiar; c) Estado político.
	O individual é o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde, etc. O familiar indica sua situação na família podendo ser, quanto ao casamento, solteiro, casado, viúvo, divorciado, companheiro; quanto ao parentesco, pai, filho, irmão, etc. O estado político indica a posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional ( nato ou naturalizado ) e estrangeiro. Leia-se o art. 12 da Constituição Federal.
Os estrangeiros gozam dos direitos reconhecidos aos brasileiros ( art. 95 da Lei nº 6.815/80.
	Não se confunda nacionalidade com cidadania. Esta é a qualidade de possuir e exercer direitos políticos. Cidadão é o eleitor. O brasileiro que não é eleitor não é cidadão.
	O estado civil é objeto das chamadas ações de estado.
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 O Domicílio
	Domicílio é o lugar onde as pessoas, naturais e jurídicas, podem ser encontradas para responder por suas obrigações. Ele é muito importante em processo civil para determinar o foro competente.
	Art. 70 – O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua residência com ânimo definitivo.
	Art. 72 – É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
	Pode haver pluralidade de domicílios ( arts. 71 e 72, § único )
	Art. 73 – Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. 
	Pode ocorrer a mudança do domicílio ( art. 74 e § ùnico ).
	Existe ainda o domicílio necessário ou legal ( art. 76 ) e o domicílio ( ou foro ) contratual ou de eleição ( arts. 78 do CC. e 111 do CPC. )		
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	O domicílio necessário ou legal é aquele fixado em lei ( art. 76 ):
 
 	a) O do incapaz é o do seu representante legal;
	b) O do servidor público é o lugar onde exerce suas funções.
	c) O do militar é onde servir;
	e) O militar da Marinha ou Aeronáutica é o da sede do comando.
	f) O do marítimo é onde o navio estiver matriculado;
	g) O do preso é onde cumprir a sentença. 
	O domicílio contratual ou de eleição, também chamado de foro contratual ou de eleição, está regulado no art. 78 do CC. e 111 do CPC.
	Art. 78 – Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
	O art. 111 do CPC. usa as expressões foro de eleição e foro contratual. 
	 
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	O domicílio das pessoas jurídicas está regulado no art. 75.
	O domicílio das pessoas jurídicas de Direito Privado está no inciso IV do art. 75:
	Art. 75, IV – Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionaram as respectivas diretorias, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
	§ 1º - Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferenters, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
	As pessoas jurídicas com sede no estrangeiro, terão domicílio no Brasil no lugar do estabelecimento de suas agências, para os atos por elas praticados ( art. 75, § 2º ).
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 Direitos da Personalidade.
	São direitos inerentes à pessoa humana e a ela ligados de maneira perpétua e permanente. São totalmente protegidos pela Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X, pelo Código Civil, nos arts. 11 a 21 e em várias outras leis. São direitos subjetivos que têm por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual.	
	Art. 5º, X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
	Podem ser divididos em três tipos, conforme digam respeito a:
	a) Integridade física ( vida, integridade corporal, alimentos, corpo vivo, cadáver, voz, etc. )
	b) Integridade intelectual ( liberdade de pensamento, criações intelectuais científicas, artísticas e literárias, privacidade, etc. ) 
	c) Integridade moral ( honra, recato, dignidade, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social, nome, imagem, etc.)	
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			Características. 
	Eles são:
	a) Intransmissíveis;
	b) Irrenunciáveis;
	c) Indisponíveis; ( art. 11 do Código Civil );
	d) Absolutos;
	e) Número ilimitado ( os arts. 11 a 21 do CC. e o art. 5º, incisos IV, VI, X e XXVII só se referem a alguns;
	f) Imprescritíveis;
	g) Impenhoráveis;
	h) Vitalícios.
 Da Proteção dos Direitos da Personalidade.
	Está regulada no art. 12 do Código Civil:
	Art. 12 – Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 		
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	 Atos de Disposição do Próprio Corpo
	Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
 	Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
	Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
 	Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
 
		 Tratamento Médico de Risco
	Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
 
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	 O Direito ao Nome
	Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
 
	Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público,ainda quando não haja intenção difamatória.
	 Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
 
	Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
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 Proteção à Palavra e à Imagem	
	Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
	Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
 
  Proteção à Intimidade 
	 
	Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
 
	
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 Da Ausência – A Curatela do Ausente
	Ausência ocorre quando a pessoa natural desaparece de seu domicílio, sem dar notícias suas. Pode ocorrernos casos dos arts. 22 e 23 do Código Civil.
	Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
 
	Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
 	
	Nessa primeira fase, arrecadam-se os bens do ausente e nomeia-se um curador para ele nos termos dos arts. 24 e 25 do Código Civil.	
	 
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 Da Sucessão Provisória
	É a passagem dos bens do ausente provisoriamente para seus herdeiros, nos termos dos arts. 26 e 28 do Código Civil.
	Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
	
	Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
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 Da Sucessão Definitiva
	É a entrega praticamente definitiva dos bens do ausente aos seus herdeiros.
	Ela ocorre nos termos dos arts. 37 e 38 do Código Civil.
	Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. 
 
	Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
	O ausente pode reaparecer. Nesses casos, procede-se nos termos dos arts. 36 e 39 do Código Civil.

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