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DIREITO CONSTITUCIONAL II PODER LEGISLATIVO PROCESSO LEGISLATIVO

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PODER LEGISLATIVO 
 
A separação de poderes – Noções introdutórias 
Separação de poderes – distribuição de funções a determinados órgãos: 
 
 
- Liberalismo – preservação das liberdades 
políticas e econômicas e Igualdades individuais - Constitucionalismo século XVII 
- Montesquieu século XVIII 
Doutrina da separação de poderes: Analise é a prescrição dos equilíbrios e limitações 
entre os grupos sociais. 
Bases: a) A ideia iluminista da Lei; b) relativação do poder estatal em nome das garantias 
dos direitos fundamentais. 
Montesquieu século XVII O Espirito das Leis: Concepção de três funções estatais, 
independentes e harmônicas, não concentradas nas mãos de um único soberano. 
Princípio: “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou mesmo corpo dos principais, ou 
dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: O de fazer as Leis, o de executar 
as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”. 
Questão fundamental: Quando dois poderes, se acharem em sua plenitude, 
concentrados em uma só mão, todos os princípios de um governo livre ficam 
subvertidos/ ausência de interferência de um poder sobre o outro. 
Pessimismo antropológico: a doutrina da divisão de poderes se sustenta na ideia de que 
o poder tende a corromper-se onde não encontra limites 
Princípio da separação de poderes: Refere-se a estrutura do poder político-estatal. 
Divisão normativa dos poderes. 
Divisão de poderes segundo José Afonso da Silva: “Cumpre, em primeiro lugar, não 
confundir distinções de funções do poder com divisão ou separação de poderes, embora 
entre ambas haja uma conexão necessária. A distribuição de funções constitui 
especialização de tarefas governamentais à vista de sua natureza, sem considerar os 
órgãos que as exercem; quer dizer que existe sempre distinção de funções, quer haja 
órgãos especializados para cumprir cada uma delas, quer estejam concentradas num 
órgão apenas. A divisão de poderes consiste em confiar cada uma das funções 
governamentais (legislativa, executiva e jurisdicional) a órgãos diferentes, que tomam 
os nomes das respectivas funções, menos o Judiciário (órgão ou Poder Legislativo, órgão 
ou Poder Executivo e órgão ou Poder Judiciário). A divisão de poderes fundamenta-se, 
em dois elementos: 
DOUTRINA DA 
SEPARAÇÃO DE PODERES 
 
PRÍNCIPIOS DA 
SEPARAÇÃO DE PODERES 
 
 
a- Especialização funcional: significa que cada órgão é especializado no exercício de 
uma função, assim, as assembleias (Congresso, Câmara e Parlamento) se atribui 
a função legislativa; ao Executivo a função executiva; ao Judiciário a função 
jurisdicional; 
“O Legislativo - na sua função de criar comandos imperativos, gerais e abstratos 
– não poderá legislar em desacordo com os direitos e garantias fundamentais. 
O Executivo - no munus da função administrativa - deve acatar a magnitude das 
liberdades públicas. O Judiciário - na sacrossanta tarefa de dizer o direito - 
também deve preservar os direitos humanos” (BULOS, pág. 1076). 
b- Independência orgânica: Significa que cada órgão seja efetivamente 
independente uns dos outros, que postula ausência de meios de subordinação”. 
 
 
 
Poder estatal 
 (Soberania) - Uno/indelegável/Indivisível – identificado com a 
Que se manifesta própria manifestação da soberania. 
através dos órgãos; - Internamente – Supremacia sobre os poderes 
Legislativo, Executivo e internos. 
Judiciário. - Externamente- independência em relação a todos os 
 Órgãos externos ao espaço estatal. 
 
ÓRGÃOS FUNÇÕES TÍPICAS FUNÇÕES ATÍPICAS 
Legislativo Legislar 
Fiscalizar, contábil, financeira, 
orçamentária e patrimonial 
do Executivo. 
Férias, licença de membros, julgar 
Presidente da República nos casos de 
crime de responsabilidade fiscal. 
Executivo Prática de atos de chefia de 
Estado, chefia de governo e 
administração pública. 
Ministério Público, medida provisória 
julga recursos administrativos, por 
exemplo, Receita Federal, recurso 
contra multa de trânsito. 
Judiciário Julgar, dizendo o direito no 
caso concreto e dirimindo os 
conflitos que lhe são levados, 
quando na aplicação da lei. 
Regimento interno. Férias, licença e 
membros. 
 
FUNÇÃO: Constitui um modo particular e caracterizado do Estado manifestar sua 
vontade. 
ÓRGÃO: Constituem os instrumentos de que se vale o Estado para exercitar suas 
funções, cuja eficácia é assegurada pelo Poder que a embasa. 
 
 
Quanto à organização dos Poderes no Texto brasileiro de 1988, devemos observar: 
• a proeminência do Poder Legislativo não é regra, pois, a partir da Carta de Outubro, o 
Executivo passou a expedir medidas provisórias com força de lei; e 
• criou-se a ilusão de que elaborar leis é providência capaz de sanar a maioria dos 
problemas nacionais. Disso promana a inflação legislativa. No receituário legal existe 
remédio para todos os males. Do constituinte originário ao legislador comum formou-
se uma espécie de positivismo exacerbado, vertido numa pletora de mais de quarenta e 
cinco mil leis em vigor, só para ficar nos atos formalmente legislativos, cujo teor a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro presume que seja do conhecimento de todos 
(art. 3). 
 
FORMAS DE CONTROLE EXERCIDOS RECIPROCAMENTE PELOS ÓRGÃOS ESTATAIS 
Controle de cooperação: observa-se sempre que no desempenho de suas funções um 
órgão “PODER” coopera com outro, segundo determinação de disposição constitucional 
ou legal. 
Exemplo: Art 84 CF, III e IV: Compete privativamente ao Presidente da República: III – 
iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nessa Constituição; IV- 
sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para sua fiel execução; 
Controle de fiscalização: é aquele exercido valendo-se de funções de vigilância, exame 
e sindicância de um órgão estatal “PODER” sobre outro a fim de verificar a ocorrência 
de ilegalidades e ilegitimidades em sua atuação. 
Exemplo: Art. 49 CF, refere-se a competência exclusiva do Congresso Nacional: IX- julgar 
anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios 
sobre a execução dos planos de governo. 
 
 Ativismo judicial está ligado à judicialização da política. 
 
Liberalismo: está ligado a separação de poderes. Restrição do Poder Estatal, não 
permitindo que o Estado interfira em alguns direitos fundamentais como o 
direito à vida, à liberdade. Surgido se assim os direitos individuais. 
 
 Para Locke o Estado deve funcionar como um juiz imparcial. 
- Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação; igualdade 
perante a lei. 
- Defende o direito a rebelião (Revolução dos Bichos) 
- Evitar concentração de poderes – tripartição de poderes (regra indelegabilidade 
de poder). Evitar arbitrariedade. 
PODER LEGISLATIVO 
 
Cumpre-lhe exercer a função típica de criar leis. Pouco importa se o produto legislado é 
fruto de um momento, quiçá de uma aspiração passageira ou ocasional, erigida para 
satisfazer meros anseios da sociedade de consumo. 
O certo é que ao Poder Legislativo incumbe produzir a lei, com suas características 
universais, tanto intrínsecas como extrínsecas. Mas o Poder Legislativo, do ponto de 
vista atípico, também administra e julga: 
• administra - quando dá provimento a cargos, promove seus servidores, 
organiza e operacionaliza sua estrutura interna; e 
• julga - quando avalia atos de improbidade do Presidente da República por 
crime de responsabilidade. 
 (BULOS, pág. 1076) 
 
SEPARAÇÃODE PODERES - Modelo flexível de separação de funções estatais: Controle 
recíproco, funções típicas e atípicas. Um poder controla o outro. 
 
REPRESENTAÇÃO POLÍTICA 
 
 
 
 
“No bicameralismo brasileiro [“bicameralismo igualitário”], não há predominância 
substancial de um câmara para outra. Formalmente, contudo, a Câmara dos Deputados 
goza de certa primazia relativamente a iniciativa legislativa, pois é perante ela que o 
Presidente da República, o STF, o STJ e os cidadãos promovem a iniciativa do processo 
de elaboração das leis”. (SILVA, José Afonso. Pág.510) 
 
LEGISLATIVO NOS ESTADOS, DF E MÚNICIPIOS; Representação unicameral composta 
por câmara única de representantes do povo. 
 Ausência de bicameralismo nos Estados e DF: a estrutura do federalismo 
brasileiro não comporta a participação de municípios nos processos legislativos 
de quaisquer outros entes federados. 
- UNICAMERALISMO – Não há estado autônomo para representar; um único Estado, por 
isso, não há a necessidade do Senado Federal. Não há o que representar. 
CÂMARA DOS DEPUTADOS – REPRESENTAÇÃO DO POVO 
SENADO FEDERAL- REPRESENTAÇÃO DOS ESTADOS FEDERAIS 
Legislativo 
Bicameral 
• No unicameralismo ou monocameralismo, o processo legislativo teria maior 
celeridade. 
• O caráter unitário do Parlamento melhoraria a representação política. 
• A existência de uma só Casa legislativa congregaria, com maior resultado, as relações 
travadas entre o Parlamento e o governo. 
• A adoção do unicameralismo seria menos dispendiosa, pois a duplicidade de Casas 
legislativas oneraria, consideravelmente, os cofres públicos. 
• O unicameralismo favoreceria os avanços democráticos, porque exprimiria melhor os 
anseios da soberania popular, diferentemente do bicameralismo, tendente ao 
conservadorismo. 
 (BULOS, pág.1078) 
 
Legislativo – estadual/distrital Legislativo municipal 
Assembleia legislativa (número de 
deputados variável entre 24 e 94). 
Câmara Distrital - no caso do DF Sistema 
Proporcional. 
Câmara dos vereadores, mínimo de 9 
vereadores nos municípios até 15 mil 
habitantes. Art 29. IV CF. Sistema 
Proporcional. 
 
CONGRESSO NACIONAL 
“A função legislativa de competência da União, é exercida pelo Congresso Nacional, que 
se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”. (SILVA, José de Afonso. 
Pág.508) 
Em regra: atua por meio de manifestação das duas casas Legislativas, em sessões 
separadas tramitam pelas duas casas, e essas de forma autônoma sem subordinação, 
sobre elas deliberam. Ou seja, sessões separadas, em cada casa legislativa, segundo o 
regimento interno. 
Excepcionalmente: Há situações excepcionais em que a Constituição exige o trabalho 
simultâneo das duas casas, a chamada sessão conjunta. 
SESSÃO CONJUNTA: O Congresso Nacional atua bicameralmente, embora a discussão 
ocorra no mesmo lugar e no mesmo tempo. A maioria deverá ser verificada entre 
membros de cada casa, separadamente. Exemplo: Art. 57, §3º, I – inaugurar sessão 
legislativa. Exemplo 2: Art. 166 CF, reunião para a discussão de lei orçamentária. 
SESSÃO UNICAMERAL: O Congresso Nacional atua como uma só casa, composta de 594 
congressistas e a maioria seja atingida pelo voto desses parlamentares em conjunto. 
 PRESIDE NO CONGRESSO NACIONAL, O PRESIDENTE DO SENADO. 
 
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL 
• sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
• plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, 
dívida pública e emissões de curso forçado; 
• fixação e modificação d o efetivo das Forças Armadas; 
• planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; 
• limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; 
• incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, 
ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas; 
• transferência temporária d a sede do Governo Federal; 
• concessão de anistia; 
• organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública 
da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito 
Federal (Redação dada pela EC n. 69/2012); 
• criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado 
o que estabelece o art. 84, VI, b (redação dada pela EC n. 32/2001); 
 
CÂMARA DOS DEPUTADOS 
Composição: Representantes do povo, do Estado, do DF e dos territórios. 
Representação Proporcional da Câmara dos Deputados: 
Lei Complementar n. 78, de 30 de dezembro de 1993 (arts. 1°a 3°), nos seguintes termos: 
• número máximo de deputados - proporcional à população dos Estados e do Distrito 
Federal, o número de deputados federais não ultrapassará 513 representantes; 
• número mínimo de deputados - nenhum dos Estados-membros terá menos de oito 
deputados federais; 
• número de deputados em territórios federais - quando vierem a ser criados, deverão 
ser representados por quatro deputados federais; e 
• número de deputados em Estado mais populoso - o Estado mais populoso será 
representado por setenta deputados federais. 
Regra do art. 41 §1° “Com fixação de um número de no mínimo 8 deputados e máximo 
de 70, não se encontrara meios de fazer uma proporção que atenda o princípio de voto 
com o valor igual para todos, [...] É fácil ver que um Estado com 400 mil habitantes terá 
oito representantes enquanto um de 30 milhões terá apenas 70, o que significa brutal 
desproporção”. (SILVA, José Afonso. Pág.511) 
 
Requisitos para ocupação do cargo de Deputado Federal 
Arts. 12 e 14, CF. 
- Idade mínima de 21 anos, (art. 14, VI,” c”); Ser filiado a partido político (art. 14, V); Ter 
domicílio eleitoral no Estado onde irá concorrer a vaga (art. 14, IV); Ter nacionalidade 
brasileira (nata ou naturalizada) Salvo Presidente da Câmara dos Deputados, que deverá 
ser nato, por ocupar linhas sucessórias do Presidente da República (art.12, §3°). 
Mandato: 4 anos. 
 
Atribuições da Câmara dos Deputados (Art. 51, CF) 
Trata-se, na realidade, de competências exclusivas, e não privativas, porque a Câmaras 
Baixas exerce sem qualquer interferência ou participação indireta de qualquer outro 
segmento. Se não bastasse, elas afiguram-se indelegáveis, porque só os deputados 
federais, e mais ninguém, podem desempenhá-las. Feita essa observação, compete à 
Câmara dos Deputados (CF, art. 51, I a V): 
• I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o 
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
• II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa; 
• III - elaborar seu regimento interno; 
• IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para 
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias (redação dada pela EC n. 1 9/98); 
• V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do are. 89, VII, da Carta 
Maior. 
 
SENADO FEDERAL 
Composição: Representantes eleitos pelo voto popular, para representar os Estados 
Federados, e o Distrito Federal. São eleitos pelo princípio majoritário. São eleitos 3 
senadores por estado, com 2 suplentes cada um. Com o mandato de 8 anos sendo 
renovada de 4 em 4 anos, alternadamente por um e dois terços. 
Atribuições do Senado Federal: (vide art. 52, CF) 
CONTAGEM DO TEMPO NO LEGISLATIVO 
LEGISLATURA: Legislatura é o períodode funcionamento do Congresso Possui enorme 
importância, pois marca o tempo em que cada Casa Legislativa irá desempenhar suas 
atividades, e. g., fixar a remuneração dos congressistas (CF, art. 49, VII), compor as 
comissões permanentes, extinguir, à luz do regimento interno, as comissões 
temporárias etc. Cada legislatura terá a duração de quatro anos (CF, art. 44, parágrafo 
único). O constituinte tomou como base o tempo de duração do mandato dos membros 
da Câmara dos Deputados. Isso porque o Senado é contínuo, renovando-se, 
parcialmente, a cada quatro anos (CF, art. 46, § 2-º). O prazo de quatro anos vai do início 
do mandato dos deputados até o seu término. Sua contagem inicia-se no dia 1º de 
fevereiro seguinte à eleição, findando em 31 de janeiro do quarto ano subsequente. 
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA: é o período anual em que o Congresso Nacional se 
reúne, em Brasília, para o desempenho de tarefas legislativas. Vai de 2 de fevereiro a 17 
de julho e de 12 de agosto a 22 de dezembro, sendo esta a data de seu encerramento 
(CF, art. 57, caput - com redação dada pela EC n. 50/2006). Tal sessão não deve ser 
interrompida sem que seja aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (CF, 
art. 57, § 22). É também chamada de reunião ordinária, quando os parlamentares se 
reúnem nos dias úteis (segunda a sexta-feira), para realizar o seu trabalho. Quem deve 
disciplinar os expedientes dessas sessões são os regimentos internos das Casas 
congressuais, e nenhum outro veículo normativo, sob pena de se invadir área de atuação 
exclusiva do Parlamento. 
SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA: Reuniões legislativas realizadas durante o 
recesso parlamentar, (convocação extraordinária realizada pelo Presidente do Senado, 
ou pelo Presidente da Câmara dos Deputados ou Presidente da República), o Congresso 
deliberará a matéria em que foi convocado e sobre medidas provisórias que estejam na 
pauta da casa. * proíbe pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação 
extraordinária*. 
SESSÕES ORDINÁRIAS: Reuniões diárias realizadas, de segunda a sexta-feira, em dias 
uteis, com duração de 5 horas. Dividindo-se em Pequeno expediente com duração de 1 
hora, grande expediente com duração de 90 minutos, e ordem do dia que são 2:30hs 
até quando durar a votação. 
PERIODO LEGISLATIVO: Período semestral em que o Legislativo se reúne, entre os 
recessos parlamentares. 
 
DECISÕES POR VOTO 
Maioria Absoluta: Maioria absoluta é o primeiro número inteiro superior à metade. 
Para apurar a maioria absoluta não se deve levar em conta o número dos presentes, mas 
sim o número total dos integrantes da respectiva Casa legislativa. Exemplo: a maioria 
absoluta na Câmara dos Deputados, composta de 513 membros, será de 257 deputados, 
e no Senado Federal, formado de oitenta e um integrantes, será de quarenta e um 
senadores, independentemente do número de parlamentares presentes na sessão. 
Maioria Simples: Maioria simples, também denominada maioria eventual, relativa ou 
ocasional, é aquela em que o cálculo para a sua obtenção baseia-se no número de 
parlamentares presentes no aro da votação. 
Maioria Qualificadora: Maioria qualificada é a obtida em decorrência da totalidade dos 
parlamentares pertencentes à Casa legislativa. Para o seu cálculo não se levam em conta 
os parlamentares que estejam ocasionalmente presentes no aro de votação. 
• maioria qualificada de 1/3 - para proposta de emenda à Constituição (art. 60, I); 
• maioria qualificada de 2/3 - para aprovação de lei orgânica municipal (art. 29, caput), 
ou para apreciação de contas anuais apresentadas por prefeitos à Câmara de 
Vereadores (art. 31, § 2°); e 
• maioria qualificada de 3/5 - para discussão de propostas a emendas constitucionais 
(Art. 60, § 2°). 
 
ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS CASAS DO CONGRESSO 
COMPETENCIA PARA ORGANIZAÇÃO INTERNA DO LEGISLATIVO GERAL (Arts. 51, III e 
IV, 52 XII e XIII) 
• Compete a cada casa regularizar internamente, criando a independência das casas. 
Compete ao Senado e a Câmara dos Deputados; 
- Organizar o regimento interno; 
- Dispor sobre a sua organização, funcionamento, policia, transformação e extinção de 
cargos, empregos funções e serviços; 
- Fixação da respectiva remuneração, observados apenas os parâmetros estabelecidos 
nas leis de diretrizes orçamentarias. 
Fundamento: Independência de funcionamento (Regimento Interno do Congresso 
Nacional RICN; Regimento Interno da Câmara dos Deputados RICD; Regimento Interno 
do Senado Federal RISF). 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO E COMPETENCIA DOS ÓRGÃOS INTERNOS DO CONGRESSO NACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MESA DIRETORA: “É o órgão administrativo de direção das casas Legislativas, 
responsável pela as funções meramente administrativas, bem como a condução dos 
trabalhos legislativos que ocorrem em cada casa”. Art.57, §4º Cada uma das casas se 
reunirá em sessões preparatórias a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da 
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas mesas, para 
mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subsequente. José Afonso da Silva: como o texto “proíbe Eleição 
imediatamente subsequente” isso representa proibir também a reeleição de membros 
da última mesa de uma legislatura para a primeira seguinte. Uadi L Bulos diz que: Mesas, 
para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subsequente (CF, art. 57, § 42, com redação dada pela EC n. 50/2006) . 
Mas é possível a recondução para membro da Mesa, desde que seja para outro cargo 
diverso do que o parlamentar ocupava. Isso era proibido na ordem constitucional 
pretérita. A Constituição atual permitiu. 
 A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados é responsável pela direção dos trabalhos 
legislativos e dos serviços administrativos da Casa. Compõe-se de Presidência - 
Presidente e dois Vice-Presidentes - e de Secretaria, composta por quatro Secretários e 
quatro Suplentes. Os membros efetivos da Mesa não podem fazer parte de Liderança 
nem de Comissão Permanente, Especial ou de Inquérito (art. 14 do Regimento Interno 
RICD). O Senado Federal é dirigido pela Comissão Diretora, composta pelo Presidente, 
Primeiro e Segundo Vice-Presidentes e quatro Secretários. São indicados também, 
quatro suplentes de Secretários para substituir os titulares em caso de impedimento. Os 
MESA DIRETORA 
COMISSÕES TEMÁTICAS 
(OU PERMANENTES) 
COMISSÕES ESPECIAIS 
OU TEMPORÁRIAS 
 PLENÁRIO 
senadores se reúnem, em sessão preparatória, para eleger os componentes da 
Comissão Diretora. A votação é secreta, por maioria de votos, presente a maioria dos 
senadores e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das 
representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Casa 
(Regimento Interno do Senado Federal, arts.3º e 46 RISF). Mesa do Congresso Nacional 
não existe por si só, se constitui por membros do Senado Federal e da Câmara dos 
Deputados. É presidida pelo Presidente do Senado Federal, os demais cargos serão 
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes dos cargos equivalentes na Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal (art. 57,§5º). Sua função consiste especialmente em 
dirigir os trabalhos do Congresso Nacional quando suas casas se reúnem em sessão 
conjunta. A Constituição em seu Art. 140 atribui importante função que é designar 5 
congressistas para acompanhar e fiscalizar o Estado de Sítio. 
Estado de Sítio: É o instrumento através do qual o Chefe de Estado suspende 
temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos e os poderes legislativo e 
judiciário são submetidosao executivo, tudo como medida de defesa da ordem pública. 
Para a decretação do estado de sítio o Chefe de Estado, após ouvir o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, submete o decreto ao Congresso Nacional 
a fim de efetivá-lo. O estado de sítio poderá ser decretado pelo prazo máximo de 30 
(trinta) dias, salvo nos casos de guerra, que poderá acompanhar o período de duração 
da guerra. Poderá ainda ser decretado quando ocorrer casos extremos de grave ameaça 
à ordem constitucional democrática ou for caso de calamidade pública. 
PLENÁRIO 
É o órgão deliberativo máximo do Poder Legislativo, absolutamente soberano em suas 
decisões e composto somente por deputados. No Plenário, realizam-se as Sessões 
Plenárias, nas quais os deputados se reúnem para discutir e votar os projetos depois de 
analisados pelas comissões. OBS: Somente se o deputado tiver mais de 10% de 
representação na bancada, o projeto vai direto para o Plenário. Votação somente de 
assuntos polêmicos, com a maioria absoluta, Ex: Desarmamento, redução da maioridade 
penal. 
COMISSÕES PARLAMENTARES 
São órgãos colegiados, de natureza técnica, nascidos na Câmara dos Deputados ou no 
Senado Federal, com número restrito de membros, para analisar preposições legislativas 
e emitir pareceres. 
TIPOS DE COMISSÕES PARLAMENTARES 
Comissões temáticas ou permanentes Art.58, §2º: São as que subsistem através de 
legislaturas, são organizadas em função da matéria, geralmente coincidente com o 
campo funcional dos ministérios. Atribuições: Discutir e votar projetos de lei que 
dispensar na forma de regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso 
de um decimo dos membros da casa, realizar audiências públicas e etc. Ex: Comissão de 
Minas e energia, Comissão de justiça. 
Comissões especiais ou temporárias: São aquelas criadas para apreciar matéria 
especifica, extinguindo com o termino da legislatura ou cumprindo finalidade para a 
qual foram criadas. Tipos: Internas – modalidades especificas, Externas – modalidades 
solenes, Parlamentares de Inquérito – Art. 58, §3º. 
Comissões Mistas: São criadas no âmbito do Congresso Nacional e se compõe 
juntamente de Deputados e Senadores, podendo ser permanente ou temporária. Ex. 
Comissão mista permanente; comissão para examinar medidas provisórias e a comissão 
de orçamento. 
Comissões representativas: tem natureza diversa das comissões técnicas. Tem a função 
de representar o Congresso Nacional durante o recesso parlamentar. É eleita na última 
sessão ordinária de cada período da sessão legislativa e está prevista no art. 58, § 4º da 
CF. 
Comissões parlamentares de Inquérito CPI’S: Comissão parlamentar de inquérito é o 
órgão colegiado, que constitui uma projeção orgânica do Poder Legislativo, destinado, 
nos parâmetros da constituição e das leis, a investigar fatos determinados que 
impliquem atos de improbidade. São comissões temporárias, criadas pela Câmara dos 
Deputados ou pelo Senado Federal ou pelo Congresso Nacional, com o fim de investigar 
o fato determinado de interesse público. 
 
Objetivo da CPI: Podem ser objeto de investigação do Poder Legislativo, qualquer 
assuntou ou matéria que lhe compete direta ou indiretamente. A CPI não se destina a 
apuara crimes nem a puni-os pois é competência dos Poderes Executivo e Judiciário. 
Limites da CPI: Restringe-se ao aspecto investigativo, não podendo determinar 
reparação, repressão ou punição. 
Regramento da CPI: Art. 58, §3º As comissões parlamentares de Inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos 
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 de 
seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao MP, para que promova a responsabilidade 
civil ou criminal dos infratores. 
Controle Judicial: A CPI de sujeita ao controle do STF. “As CPI’S não são órgãos distinto, 
mas emanações do Congresso, competindo ao STF o controle de seus atos.” 
Depoimento prestado por membro do Congresso Nacional: Na CPI está protegido pela 
imunidade material. Sob o prisma da reponsabilidade penal; a imunidade material 
protege o deputado federal ou senador no desempenho do mandato, especialmente 
quando a narração dos fatos, contiverem supostas ofensas, guarde intima conexão com 
o exercício da atividade legislativa e com a necessidade de esclarecer os episódios 
envolvidos na investigação parlamentar. 
 CPI’s Estaduais, Distritais e Municipais: Os entes federados não poderão estabelecer 
outros requisitos além daqueles previstos na CF. O município não dispõe de jurisdição 
nem de poder jurisdicional. A criação de CPI constitui na matéria a ser 
compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais, podem essas comissões 
estaduais requerer quebra de sigilo de dados bancários com base no Art.58 § 3º da CF. 
Requisitos para criação da CPI: 
- Requerimento de no mínimo 1/3 da casa: 1/3 do SF + 1/3 da CD = CPMI 
- Ter por objeto o fato determinado: É o acontecimento de grande relevância para a vida 
pública e a ordem constitucional e legal do país. 
* a minoria parlamentar tem direito de criar CPI’s, direito de oposição atingido o quórum 
de 1/3, mesmo que 2/3 sejam contrários a CPI é instalada. Mas deverá obedecer a 
proporcionalidade dos partidos e blocos parlamentares da casa. * 
- Prazo de funcionamento: a CPI terá o prazo de 120 dias. 
Extinção da CPI: 
- Conclusão da tarefa; 
- Término do prazo; 
- Término da Legislatura; 
A CPI tem o prazo de 120 dias, prorrogável até metade, ou seja 180 dias. Por deliberação 
do Plenário desde que haja justificativa nada impede de sucessivas prorrogações (Lei 
1579/52) desde que não ultrapasse a legislatura. Pois encerram-se todas as CPI’s ao fim 
da legislatura. 
Relatório da CPI LEI 10.001/2000: “Art. 1º o relatório da Comissão Parlamentar de 
Inquérito respectiva, e a resolução que o aprovar, aos chefes do Ministério Público da 
União ou dos Estados, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder 
de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência. Art. 2º A 
autoridade a quem for encaminhada a resolução informará ao remetente, no prazo de 
trinta dias, as providências adotadas ou a justificativa pela omissão. 
Parágrafo único. A autoridade que presidir processo ou procedimento, administrativo 
ou judicial, instaurado em decorrência de conclusões de Comissão Parlamentar de 
Inquérito, comunicará, semestralmente, a fase em que se encontra, até a sua 
conclusão.”. 
PROCESSO LEGISLATIVO 
Processo legislativo é o conjunto de atos preordenados que permitem a feitura, a 
mudança e a substituição de espécies normativas (CF, art. 59). Esses atos preordenados 
são: I- iniciativa legislativa; II- emendas; III- votação; IV- sanção e veto; e V -promulgação 
e publicação. 
 - Iniciativa de Lei 
 - Emendas parlamentares 
ATOS PREORDENADOS - Votação 
 - Sanção e Veto 
 - Promulgação e Publicação 
 
* Técnicas de elaboração, redação e alteração: Regulamentação do par único do Art. 59 
da CF – LC 95/98 (alterada pela LC 107/2001). 
Objetivo fundamental da observância das regras do Processo Legislativo – evitar 
inconstitucionalidade da espécies normativa. 
Tipos de processo legislativo: Autocrático - é o processo legislativo das constituições 
outorgadas. Nele, o governante centraliza para si a função legiferante, excluindo a 
participação popular ou representativa da competência de editar leis ou atos 
normativos. É ínsito às ditaduras, às monarquias e aosgovernos de fato. Direto - é 
aquele discutido e votado pelo próprio povo. Indireto (ou representativo) - nele o povo 
escolhe os legisladores, os quais decidem sobre assuntos de sua competência 
constitucional. É o modelo da Constituição de 1988. Semidireto - concretiza-se por meio 
de referencio popular. 
Devido processo legislativo: É o princípio da legalidade. (Art.5º, II), publicidade, ampla 
defesa, contraditório e provas lícitas. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
- Controle prévio legislativo(CCJ) 
- controle repressivo- judiciário (de modo concentrado ou difuso) 
a) Vício Formal: Processo Legislativo 
a1) Vício formal subjetivo: Fase Iniciativa – Pessoa incompetente para realizar tal 
função, faz a iniciativa de Lei. (Ilegitimidade) 
a2) Vicio formal objetivo: Demais fases do processo legislativo – Pode se referir a não 
observância para o aumento de despesas. 
b) vício material: Refere-se ao conteúdo / matéria – Ex. Deputado propõe projeto de lei 
de natureza animal. 
FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO 
Fase de iniciativa (deflagradora, iniciadora ou instauradora): 
• Iniciativa Geral - se couber a qualquer membro ou comissão da Câmara dos 
Depurados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, 
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da 
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição (CF, art. 61, 
caput). Ex: Lei complementar e Lei Ordinária. 
• Iniciativa Concorrente - se partir de vários legitimados ao mesmo tempo. É o caso da 
concorrência de iniciativa legislativa entre o Presidente da República e o Procurador-
Geral da República, quanto à elaboração de lei complementar, destinada a organizar o 
Ministério Público da União, do Distrito Federal e dos Territórios (CF, art. 61, § 1º, II, d, 
ele o art.128, §5º). Competência reconhecida a mais de uma pessoa ou órgão. 
• Iniciativa Exclusiva - se pertencer, apenas, a determinado cargo ou órgão, a exemplo 
da Presidência da República (CF, art. 61, §1º). O constituinte originário rotulou essa 
iniciativa de privativa. Equivocou-se, porque a esfera dessa competência legislativa é 
indelegável. Só o Magistrado Supremo da República - o Presidente - detém esse munus, 
e mais ninguém. Portanto, o qualificativo exclusiva é bem mais apropriado que privativa. 
Na jurisprudência inexiste maior rigor terminológico, prevalecendo o uso da voz 
privativa, tal como grafada na Constituição. 
Princípio da Simetria: As normas constitucionais relativas ao processo legislativo são de 
obediência obrigatória pelas constituições estaduais e pelo legislador das unidades 
federadas. Governadores/ Prefeitos. 
OBS: Cabimento de emenda parlamentar; 
1 – pertinência temática; 
2- Não acarretar aumento de despesas. 
 
INICIATIVA POPULAR – (Art. 61, §2º) 
Regulamentação – Lei 9709/1998 
 Lei ordinária/Lei complementar 
Popular: Legitimado – Cidadão – capacidade ativa; título eleitoral; pleno gozo dos 
direitos políticos. 
OBS: Não pode ser rejeitado por vício de forma (Art. 13,§2º Lei 9709/1998) 
“A Constituição de 1988 consagrou a iniciativa popular de lei, que tem corno pano de 
fundo o exercício da soberania do povo (art. 12, parágrafo único). Prevista no art. 14, III, 
da Constituição e regulamentada pela Lei n. 9. 707, de 1 8 de novembro de 1998, a 
iniciativa popular é o instrumento da democracia semidireta que permite ao povo 
apresentar projetos de lei ao Poder Legislativo. Para tanto, é necessário haver um 
número razoável de eleitores, pois o projeto precisa ser subscrito por, no mínimo, 
800.000 eleitores, aproximadamente, ou seja, 1 % do eleitorado nacional, distribuídos 
pelo menos em cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles 
(CF, art. 61, §22). No âmbito do processo legislativo estadual, a lei disporá sobre a 
iniciativa popular (CF, art.27, § 4º). Nesse ponto, registre-se que as constituições dos 
Estados-membros da nossa Federação, promulgadas em 1 989, disciplinaram o assunto. 
Quanto aos Municípios, cumpre à Lei Orgânica Municipal regular o instituto, 
adequando-o ao interesse específico da municipalidade, cidade ou bairro, pela 
manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado (CF, art. 29, XIII). Por simetria, esse 
preceito se aplica ao Distrito Federal.” (Bulos, pág. 1183). 
Iniciativa Conjunta: Presunção de consenso de vontades – competência a diversas 
pessoas/ órgão. Ex: Art.37, XI / Art.47 CF. 
Iniciativa: Art. 67, CF. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá 
constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da 
maioria absoluta de qualquer das Casas do Legislativo Federal. 
OBS: “Iniciativa extra parlamentar” – legitimado externo ao legislativo. 
 
 Fase de iniciativa Fase de constitutiva Fase de deliberação Fase 
 Deliberação parlamentar Executiva Complementar 
 
 
PROCEDIMENTO LEGISLATIVO 
É o modo pelo qual os atos do processo legislativo se realizam. 
Ordinário (ou comum) – Destinado a elaboração de leis ordinárias, é mais demorado 
por não ter prazo estabelecido. 
Sumário - Procedimento legislativo sumário é aquele que demarca prazo para o 
Congresso Nacional deliberar projetos de lei. Encontra-se previsto no art. 64, §§ 1º a 4º 
da Carta Maior. É também conhecido como regime de urgência constitucional ou 
procedimento abreviado. 
- Hipóteses: a) Art. 223, §1º, disciplina o regime de urgência para os projetos de lei de 
outorga, renovação, concessão e permissão. b) Art. 64, §1º, Prevê regime de urgência 
para os projetos de lei de iniciativa exclusiva do Presidente da República, mediante 
solicitação do Congresso. 
- Etapas: 45 dias para apreciação do projeto/ caso sofra emenda parlamentar no Senado, 
a apreciação pela Câmara deve ocorrer em até 10 dias. 
Especial –São procedimentos estabelecidos para elaboração de EC, de leis financeiras, 
de leis delegadas, de medidas provisórias e de leis complementares, essas ultimas, 
constituem em caso de procedimento ordinário de quórum especial, por exigirem a 
maioria absoluta. 
LEIS DELEGADAS: Lei delegada é a espécie normativa feita e editada pelo Presidente da 
República, após prévia autorização do Poder Legislativo. Nela ocorre uma delegação 
externa da atividade legiferante, porque os membros do Congresso Nacional transferem 
o poder de criar leis para alguém que está fora do ambiente parlamentar, no caso o 
Chefe do Executivo da União. Leis delegadas apresentam a natureza de atos normativos 
primários, porquanto retiram seu fundamento de validade da Carta Magna, do mesmo 
modo que as demais espécies normativas. Para serem aprovadas, é preciso que o 
Congresso Nacional as autorize por meio de resolução. Cumprida essa formalidade, o 
Presidente da República poderá editá-las, ensejando-lhes o ingresso na ordem jurídica, 
como atos normativos primários, extraídos, diretamente, da Carta Magna, à semelhança 
das outras categorias do art. 59 
 
MEDIDAS PROVISÓRIAS: Medida provisória é o ato monocrático do Presidente da 
República com força de lei, editada em caso de relevância e urgência, que deve ser 
imediatamente submetida à apreciação do Congresso Nacional (CF, art. 62, caput, com 
redação dada pela EC n. 32/2001). A justificativa para o Presidente da República editar 
medidas provisórias, com força de lei, é a existência de um estado de necessidade, que 
impõe ao Poder Público a adoção imediata de providências, de caráter legislativo, 
inalcançáveis segundo as regras ordinárias de legiferação, em face do próprio periculum 
in mora que fatalmente decorreria do atraso na concretização da prestaçãolegislativa. 
As medidas provisórias são, portanto, instrumentos de uso excepcionalíssimo, uma vez 
que propiciam o afastamento pro tempore do princípio da separação de Poderes (CF, 
art. 2º). Traduzem, na esfera de organização política do Estado e no âmbito das relações 
institucionais entre os Poderes Executivo e Legislativo, um mecanismo delicado que, se 
desbordar as raias da Carta Magna, submete-se ao crivo do controle jurisdicional de 
constitucionalidade. 
 
CASA INICIADORA – Câmara dos Deputados Art. 51, IV CF. 
Em regra: Câmara dos deputados, provém os projetos de lei do Presidente da República, 
STF, STJ, Tribunais superiores, Procurador geral da república, membros da Câmara dos 
Deputados, iniciativa popular e concorrente. 
Exceção à regra: Projetos de lei com iniciativa no Senado Federal ou comissão do 
senado, iniciativa de comissão mista do CN. 
CASA REVISORA – Senado Federal Art. 52, XIII CF. 
Em regra: O senado Federal 
Exceção à regra: A Câmara dos deputados. 
APROVAÇÃO: projetos aprovados sem modificações seguem para o presidente da 
República (Art. 66, caput). Aprovação com alteração: os projetos emendados devem 
voltar a casa iniciadora para que aprecie as emendas (aceitas- seguem para sanção-veto/ 
rejeitadas – o projeto é enviado sem emendas para sanção ou veto). Após aprovação na 
Casa iniciadora não pode ser feias alterações por meio de bemenda. Casa as alteração 
não modifiquem o sentido do texto não há necessidade de retorno. 
REJEIÇÃO: a matéria tratada em projetos rejeitados somente poderá constituir objeto 
de novo projeto de lei na mesma sessão legislativa (anual), mediante proposta da 
maioria absoluta de qualquer casa do Congresso. Dispensa-se formalidade se a 
reapresentação for feita na sessão legislativa seguinte. 
FASE DO AUTÓGRAFO 
O autógrafo é "o instrumento formal consubsranciador do texto definitivamente 
aprovado pelo Poder Legislativo". Deve "refletir, com fidelidade, em seu conteúdo 
intrínseco, o resultado da deliberação parlamentar. Na realidade, o autógrafo equivale 
à verdadeira cópia da aprovação parlamentar do projeto de lei, devendo refletir todas 
as transformações introduzidas, mediante emenda, na proposição legislativa. Vê-se, 
desse modo, que o exercício do poder de sanção/veto, pelo Chefe do Executivo, incide 
sobre o texto formalmente consubstanciado no autógrafo, que não pode, e nem deve, 
divergir do resultado final da manifestação parlamentar". Logo, "o Presidente da 
República não pode sancionar texto de projeto de lei cujo autógrafo contenha, 
indevidamente, cláusulas que foram expressamente suprimidas pelo Congresso 
Nacional, na fase da deliberação parlamentar" (STF, ADin 1 .393, Rei. Min. Celso de 
Mello, D] de 1 1 - 1 0- 1 996). 
EMENDA PARLAMENTAR 
Emenda parlamentar é a proposição modificativa dos projetos de lei apresentados, 
originalmente, pelos deputados e senadores. Não se confunde com emenda à 
Constituição (CF, arts. 59, I, e 60, §§ 12 a 52) – espécie normativa correspondente ao 
exercício do poder de reforma constitucional. Funciona como providência acessória, 
pois acompanha o projeto principal de feitura de qualquer das modalidades normativas 
inscritas no art. 59 de nossa Constituição. A emenda parlamentar aos projetos 
legislativos pode ser: 
• aditiva - acrescenta matéria nova à proposição original dos projetos de lei; 
• aglutinativa - propicia a fusão de emendas parlamentares; também permite fundir 
essas emendas a projetos de lei; 
• redacional (ou de redação) - sana vícios de linguagem, problemas vernaculares, 
incorreções técnicas, lapsos manifestos no projeto de lei original; 
• supressiva- elimina impropérios, enganos, erros, dúvidas de qualquer parte da 
proposição principal do projeto de lei; 
• modificativa- muda a forma do projeto de lei, sem, contudo, alternar-lhe a substância; 
e 
• substitutiva - modifica a forma e a substância do projeto de lei. Quando apresentada 
como sucedâneo de outra proposição legislativa recebe o nome de substitutivo. Ao 
incidir sobre a forma do projeto de lei, tem em vista o seu aperfeiçoamento técnico-
legislativo. E, ao modificar a substância dele, almeja mudar o seu conteúdo. 
Como o próprio nome já diz, a emenda é parlamentar. Logo, só pode ser apresentada, 
exclusivamente, pelos membros do Parlamento, isto é, por deputados federais e 
senadores da República. 
- Comissão de constituição e justiça – CCS: A primeira comissão a analisar o projeto é a 
CCJ. A ela cabe analisar se o projeto é constitucional ou inconstitucional, no todo ou em 
parte, emitindo um parecer. 
- Comissão temática: Caso o parecer seja favorável, o projeto segue para a comissão 
temática respectiva. Cabe à comissão temática analisar técnica. Caso o projeto seja 
aprovado, ele segue para a discussão e votação no plenário. 
 
Princípio geral da reserva de Plenário: regra segundo a qual a discussão e votação dos 
projetos de lei pelo Plenário da Casa Legislativa é de observância obrigatória, não sendo 
admitida quaisquer subversões de sua ocorrência, somente sendo possível afasta-la em 
situação de absoluta excepcionalidade prevista no Art.58, §2º, I da CF. 
Delegação interna corporis: Designação doutrinária para a possibilidade de aprovação 
definitiva do projeto de lei pelas comissões. 
VOTAÇÃO 
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das Casas do Congresso. 
• Sufrágio: é o direito de votar e ser votado 
• Voto; é a forma de exercer o direito ao sufrágio. 
• Escrutínio: é a forma como se pratica o voto seu procedimento, apuração. Aberto – 
procedimento normal. Secreto- voto secreto. Eletrônico- através de painel. Aberto 
nominal – quando há procedimento especial. 
São tipos de contagem dos votos; 
Maioria simples (ou relativa) - maioria dos membros presentes, quando se tratar de lei 
ordinária; 
Maioria Absoluta- maioria dos membros da Casa, quando se tratar de lei complementar; 
Maioria qualificadora- votos de 3/5 dos membros das Casas do Congresso Nacional para 
aprovação de EC. 
Prazo: a constituição não estabelece prazo para o legislativo legislar, exceto em caso 
excepcional de regime de urgência 
 
Processos de votação 
Simbólico: processo usado na votação das preposições em geral. Somente iram se 
levantar os que optarem pela rejeição. 
Nominal: Será observado no sistema eletrônico de votos, incumbindo a Mesa 
discriminar, os votos favoráveis, contrários e abstenções. Será utilizado nos seguintes 
casos; quando houver exigência de quórum especial, quando houver deliberação do 
plenário; quando houver pedido de verificação de votação, e os demais casos previsto 
no RICD. 
Secreto: Processo em que são apurados apenas o resultado final e o nome dos votantes, 
que farão pelo sistema eletrônico salvo as que forem realizadas por cédulas. Será 
solicitado nos seguintes casos: mediante requerimento de 1/10 dos membros da casa 
ou de líderes que representarem esse número antes da ordem do dia, aprovado pelo 
Plenário. Para eleição do Presidente e demais membros da Mesa Diretora, do presidente 
e vice-presidente da comissão permanente. 
 
DECRETO LEGISLATIVO 
Decreto legislativo é o ato normativo destinado a regular assuntos de competência 
exclusiva do Congresso Nacional. A finalidade dos decretos legislativos é referendar atos 
presidenciais. Seu objeto cinge-se, basicamente, às matérias previstas no are. 49 da 
Constituição Federal, incumbindo-lhes, também, disciplinar as relações jurídicas 
decorrentes de medidas provisórias (CF, are. 62, § 32, com redação dada pela EC n. 
32/2001). Os decretos legislativos submetem-se a um procedimento legislativo especial, 
previsto para esse fim. São, obrigatoriamente, instruídos, discutidos evotados tanto na 
Câmara dos Deputados como no Senado da República. Após aprovados, são 
promulgados pelo Presidente do Senado, nos termos do are. 48, n. 28, do Regimento 
Interno do Senado Federal: "Compete ao Presidente do Senado Federal promulgar as 
resoluções do Senado e os decretos legislativos". O Presidente da República, em 
nenhum momento, participa desse procedimento, inerente à competência do Poder 
Legislativo. Quer dizer, os decretos legislativos não estão sujeitos a sanção, nem veto, 
sendo discutidos por maioria simples (CF, are. 47). Também é o Presidente do Senado 
Federal que manda publicá-los. Cabe ao próprio Congresso Nacional, portanto, 
disciplinar o procedimento de formação dos decretos legislativos. Por isso é que a 
Constituição é silente sobre o procedimento de feitura desses atos normativos 
primários, veiculadores da competência exclusiva do Parlamento brasileiro. 
 
RESOLUÇÃO – ATO DO CONGRESSO NACIONAL OU DE QUALQUER DE SUAS CASAS 
Resoluções são todos os atos do Congresso Nacional, ou de qualquer de suas Casas, 
tomados à luz de um procedimento diverso daquele estabelecido para a elaboração das 
demais espécies normativas do art. 59 da Carta Maior. As resoluções constituem atos 
normativos primários, desempenhando efeitos intrínsecos e extrínsecos. Os efeitos 
intrínsecos constituem a regra, pois derivam das disposições previstas nos regimentos 
internos das respectivas Casas legislativas. Não precisa dizer que os regimentos citados 
são aprovados através da própria resolução. Já os efeitos extrínsecos das resoluções são 
excepcionais, porque só se verificam quando a Constituição assim determina. É o caso 
da delegação legislativa, veiculada por resoluções, além de matérias financeiras e 
tributárias (CF, arts. 68, § 22, 52, IV a X, § 22, V). Note-se que as resoluções de efeito 
extrínseco ficam a cargo dos regimentos internos de ambas as Casas legislativas, porque 
a Constituição não lhes disciplinou o processo de formação. 
As espécies de resolução variam a depender da finalidade que perseguem. No 
ordenamento constitucional brasileiro, é possível detectar quatro tipos distintos: 
• resolução administrativa - referenda nomeações pelo Senado Federal; 
• resolução tributária - fixa alíquotas de tributos; 
• resolução coparticipava - suspende lei declarada inconstitucional pelo Supremo 
Tribunal Federal; e 
• resolução delegativa - autoriza o Poder Executivo a elaborar lei delegada. 
DELIBERAÇÃO EXECUTIVA 
Deliberação executiva é o aro em que o Presidente da República analisa o projeto de lei, 
aprovado pelo Congresso Nacional, para vetá-lo ou sancioná-lo. Realiza-se no texto 
formalmente consubstanciado no autógrafo, que, como vimos, deve retratar, com 
fidelidade, o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. Existência da deliberação 
executiva é uma manifestação da cláusula da independência e harmonia entre Poderes 
(CF, art. 2Q). No momento que se submete um projeto de lei, já aprovado pelo 
Congresso Nacional, ao crivo do Presidente da República, permite-se um contrabalanço 
no processo de formação dos aros normativos. Deflagra-se, então, um controle 
recíproco. Como, no Presidencialismo, o Presidente não pode dissolver a Câmara, tal 
qual ocorre no Parlamentarismo, o poder de veto, que a Constituição lhe confere, 
equilibra tensões, freando impulsos. 
SANÇÃO 
Sanção é a concordância do Presidente da República com o teor do projeto de lei, 
aprovado pelo Congresso Nacional. Assim, a Casa na qual tenha sido concluída a votação 
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará (CF, 
art. 60, caput). Mas a sanção a projeto d e lei não tem o condão d e sanar o vício de 
inconstitucionalidade formal. A mera vontade do Chefe do Executivo é juridicamente 
insuficiente para convalidar chagas provenientes do descumprimento da Constituição. 
A sanção pode ser: 
• expressa (ou explícita) - o Presidente da República manifesta-se favoravelmente ao 
projeto de lei, aprovado pelo Congresso Nacional, no prazo máximo de quinze dias Úteis; 
• tácita (ou silenciosa) - o Presidente da República silencia sobre o projeto de lei durante 
o prazo de quinze dias úteis; o silêncio presidencial é indicativo de que o projeto sofreu 
sanção tácita (CF, art. 66, § 3º); 
• total (ou ampla) - o Presidente da República não concorda com a Íntegra do projeto 
de lei, aprovado no Congresso Nacional; e 
• parcial (ou localizada) - o Presidente da República não concorda com apenas uma 
parte do projeto de lei, isto é, com a íntegra de artigo, parágrafo, inciso ou alínea. 
 
VETO PRESIDENCIAL 
Simétrico à sanção é o instituto do veto presidencial (CF, art. 66, §§1º a 6º). 
Veto presidencial é a discordância do Chefe do Executivo da União com o projeto 
legislativo, aprovado pelo Poder Legislativo. No prazo de quinze dias Úteis, vetado o 
projeto, o Presidente da República comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao 
Presidente do Senado os motivos do veto (CF, art. 66, § 1º). A contagem do prazo 
quinzenal começa no dia do recebimento do projeto pelo Presidente. Mas o dia inicial 
fica fora da contagem. Em contrapartida, inclui-se o último dia. Lembremos que, diante 
do silêncio presidencial, o projeto é sancionado tacitamente (CF, art. 66, § 3º). O veto 
presidencial é irretratável. Depois de comunicar as suas razões ao Poder Legislativo, o 
Presidente da República não pode voltar atrás, alterando o seu posicionamento. Ponto 
controvertido é a natureza do veto presidencial. Para uns, é um direito; para outros, um 
dever. Há quem diga ser um poder. E há, ainda, os que afirmam tratar-se de um poder-
dever, corrente intermediária, ou mista, à qual nos filiamos. O veto é um poder, porque 
o Presidente da República não está obrigado a acatar o projeto de lei, podendo reputá-
lo inconstitucional ou contrário ao interesse público. É, ao mesmo tempo, um dever, 
pois o Presidente tem a missão de se manifestar sobre a matéria legislada que lhe foi 
submetida, do contrário o projeto de lei será, tacitamente, sancionado (CF, art. 66, §3º). 
Quando o projeto é rejeitado sob o argumento de sua inconstitucionalidade, temos o 
exercício do veto em sentido formal. É o veto jurídico propriamente dito. Se o projeto 
de lei for tido como adverso ao interesse público, o exercício do veto foi na acepção 
material. É o veto político. Por fim, se o veto justificar-se, ao mesmo tempo, pela 
inconstitucionalidade e pelo menos cabo ao interesse público, detectados no projeto de 
lei, temos o veto jurídico-político, cujo sentidoé o formal-material. 
O veto presidencial pode ser: 
• Expresso (ou explícito) - o Presidente da República manifesta, explicitamente, a sua 
vontade de não aquiescer ao projeto de lei. 
• Motivado (ou formalizado) - o Presidente da República declina, por escrito, as razões 
de fato e de direito que o levaram a discordar do projeto de lei. Assim, o Poder 
Legislativo passa a saber os motivos do veto, podendo tentar derrubá-lo, ou não. Mas, 
se o Presidente não formalizar o veto, deixando de explicar os motivos de seu ato, 
estaremos diante do veto sem motivação expressa. Essa verdadeira inexistência de veto 
produz os mesmos efeitos da sanção tácita. Desse modo, o projeto de lei reputar-se-á 
sancionado, diante do silêncio do Chefe do Executivo Federal (CF, art. 66, § 3º). 
• Relativo (ou superável) - o Presidente da República, ao vetar o projeto de lei, não 
elimina a possibilidade de o mesmo ser superado pelo Poder Legislativo. Assim, o veto 
presidencial é, na realidade, relativo ou superável, porque, como proclamou a Carta de 
1988, ele é apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu 
recebimento, podendo ser rejeitado pelovoto da maioria absoluta dos depurados e 
senadores, em escrutínio aberto (CF, art. 66, § 4Q). Quer dizer, o que o veto impede, de 
imediato, é a pronta conversão do projeto legislativo em lei. Mas isso não significa que 
ele perdurará, afinal os parlamentares, analisando-o posteriormente, podem rejeitá-lo, 
permitindo a consumação do processo formal de feitura da espécie normativa. 
• Total (ou amplo) - o Presidente da República não aquiesce ao projeto de lei por 
completo, na íntegra, em sua totalidade, por considerá-lo inconstitucional ou contrário 
ao interesse público (CF, art. 66, § 1º). 
• Parcial (ou localizado) - o Presidente da República discorda de parte d o projeto de lei, 
vetando somente o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Durante 
os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, muito se debateu a respeito da sua 
real amplitude. Chegou-se à conclusão de que ele não serve para atingir termos, frases 
ou expressões isoladas do projeto de lei. E foi esse o sentido que o art. 66, § 2º, da Carta 
de 1988, lhe atribuiu. Permitir que o veto parcial incida sobre qualquer parte do projeto 
de lei é o mesmo que atribuir ao Presidente da República a função legislativa. Na 
realidade, o veto parcial serve para expurgar acréscimos impróprios, desconexos com as 
linhas-mestras do projeto de lei. Seu objetivo é limpar pontos localizados, evitando que 
se tenha de vetar o projeto por inteiro só porque ele apresenta pontos infecciosos – os 
riders ou causas legais dos norte-americanos. 
• Supressivo (ou impeditivo de aditamentos) - o Presidente da República não poderá, por 
meio do veto, fazer aditamentos ao produto legislado, mas apenas suprimir, no todo ou 
em parte, os projetos de lei inconstitucionais ou contrários ao interesse público. 
Vejamos, agora, a síntese do modo de tramitação do veto (CF, art. 66, §§ 4º a 6º) . Após 
o Presidente vetar o projeto de lei, ele retorna ao Congresso Nacional, para ser 
apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento. 
Esgotado sem deliberação o prazo de trinta dias, "o veto será colocado na ordem do dia 
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final" (CF, art. 
66, § 6.º com redação da EC n. 19/98). Mas o veto só poderá ser rejeitado pelo voto da 
maioria absoluta dos deputados e senadores, em escrutínio aberto. Nesse sentido, vale 
transcrever o disposto no art. 66, § 4.Q, com redação dada pela Emenda Constitucional 
n. 76, de 28- 1 1 -20 1 3, que aboliu a votação secreta na apreciação do veto: "O veto 
será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, 
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores”. 
Até as Assembleias Legislativas dos Estados-membros devem respeito a todas essas 
regras, contempladas na Constituição Federal. Elas são de observância cogente no 
processo de formação dos atos normativos estaduais. 
PROMULGAÇÃO 
A promulgação é o atestado de que a lei nasceu, de que existe para ser aplicada e 
executada. Como a promulgação é o certificado do nascimento da lei, ela gera a 
presunção de que é válida e potencialmente obrigatória. Assim, promulgada a lei, tem-
se a certeza da sua autenticidade, porque é gerada uma presunção relativa ou juris 
tantum de sua constitucionalidade. Mas a promulgação, em si, não põe a lei em vigor, 
algo que só ocorre depois da sua publicação. 
O que se promulga é a lei ou o projeto de lei? A promulgação é da lei, e não do projeto 
de lei, ponto pacífico hoje em dia. Realmente, quando se chega à etapa da promulgação, 
a matéria legislativa não é mais projeto, e sim o produto final: a lei. 
Pela Constituição brasileira, o exato momento em que o projeto de lei se converte em 
lei é na fase da sanção presidencial ou derrubada do veto pelo voto da maioria absoluta 
dos deputados e senadores (CF, art. 66, § 4º). Tanto que o art. 66, § 7º, refere-se à 
promulgação da lei, e não do seu projeto. Pela regra geral, quem promulga a lei é o 
Presidente da República, mesmo se o seu veto for derrubado pelo Congresso Nacional. 
Todavia, se dentro de quarenta e oito horas, o Presidente não a promulgar, nos casos 
de sanção tácita (art. 66, § 3º) ou derrubada do veto (CF, art. 66, § 5º), a lei será 
promulgada pelo Presidente do Senado. Se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 
Vice-Presidente do Senado fazê-lo (CF, art. 66, § 7º). 
PUBLICAÇÃO 
A publicação é o momento no qual a lei passa a ser obrigatória e exigível. Por isso, é a 
etapa do processo legislativo em que se insere o texto da lei nova no órgão de imprensa 
oficial para torná-la pública. Se a lei não sair no Diário Oficial, os seus destinatários não 
saberão que ela existe. Trata-se, pois, de um requisito de eficácia do novel diploma 
normativo. Publicada, a lei entra em vigor, dirigindo-se a todos, porque a ninguém é 
dado o seu desconhecimento (LINDB, art. 3º). No silêncio do texto, a lei começará a 
vigorar em quarenta e cinco dias em todo o País, e três meses após o ato em que foi 
publicada, no estrangeiro, durante o período da vacatio legis (LINDB, art. 1º). Vacatio 
legis é o período que vai da publicação da lei à sua vigência. Todavia, a urgência da lei 
será indicada de modo expresso, a fim de contemplar período razoável ao seu devido 
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as 
leis de menor alcance (Lei Complementar n. 95/98, art. 8º). Ressalte-se, enfim, que a 
Carta de 1988 prevê duas exceções à regra geral de que a lei entra em vigor na data de 
sua promulgação: 
• art. 1 50, III, b - princípio da anterioridade tributária; e 
• art. 195, § 6º - princípio da anterioridade nonagesimal. 
GARANTIAS CONTITUCIONAIS DOS PARLAMENTARES 
ESTATUDO DOS CONGRESSISTAS: Conjunto de regras previstas entre as Arts. 53 e 56 da 
CF. Que estabelecem prerrogativas próprias aos parlamentares. (Liberdade em suas 
funções). 
PRERROGATIVA: Não se refere a pessoa, mas sim a sua função. 
PRIVILÉGIO: Refere-se a pessoa. 
• Garantias parlamentares: Referem-se à instituição (parlamento) não às pessoas. 
OBJETIVOS 
 Garantia de independência entre os órgãos que operam o poder ao Estado; 
 Impedir que o parlamentar tenha o exercício da representação popular 
interrompido por outro poder; 
 
PRERROGATIVAS 
• Imunidade: Estabelece que os deputados e Senadores são invioláveis civil e 
criminalmente por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, também excluindo a 
responsabilidade civil. 
- imunidade material: Exclui os crimes nos casos admitidos, o fato típico deixa de 
constituir crime, porque a norma constitucional afasta, para a hipótese, a incidência da 
norma penal. 
- imunidade formal: Não exclui o crime, antes o pressupõe, mas impede o processo, 
envolve na disciplina da prisão e do processo dos congressistas. Salvo se a prisão for em 
flagrante de crime inafiançável. 
• Foro por prerrogativa de função: Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, 
por crime ocorrido após diplomação, o STF dará ciência a Cada respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, 
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. Ou seja, serão submetidos a 
julgamento em processo penal, perante o STF. 
• Isenção do dever de testemunhar: Deputados e Senadores, tem o dever de 
testemunhar em juízo sobre fatos que suponham de seu conhecimento e indispensáveis 
à instrução do processo penal ou civil. Não podem ser intimados de qualquer maneira. 
O princípio da harmonia entre poderes o exige. Os congressistas não serão obrigados a 
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício domandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
• Serviço militar: Na medida que o congressista fica imune a uma obrigação imposta 
pela constituição a todos os brasileiros (Art.143 CF). Mas por ser um serviço compulsório 
cuja prestação importará impedir o exercício do mandato, o art.53 §7º, estabelece que 
a incorporação. Às Forças Armadas, de Deputados e Senadores, embora militares e 
ainda que em tempo de guerra, dependerá de licença da Casa respectiva. Por isso, 
mesmo que o congressista queira incorporar-se às Forças Armadas, não poderá fazê-lo 
por sua exclusiva vontade, salvo se renunciar ao mandato. 
VEDAÇÕES OU INCOMPATIBILIDADES 
São regras que impedem o congressista de exercer certas ocupações ou praticar certos 
atos cumulativamente com seu mandato. Constituem, pois, impedimentos referentes 
ao exercício do mandato. Não interditam as candidaturas, nem anulam a eleição de 
quem se encontre em situação eventualmente incompatível com o exercício do 
mandato. 
• Incompatibilidades Funcionais: as que interditam desde a diplomação: aceitar ou 
exercer cargos ou função ou emprego remunerado, que sejam demissíveis em pessoa 
jurídicas de direito público, autarquias, empresas públicas (Art.54, I,b). Desde a posse: 
ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis naquelas mesmas entidades, 
ressalvado o de Ministro, de Governador de Território, de Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou Chefe de Missão diplomática 
temporária. (Art. 156). 
• Incompatibilidade negociais: as que vedam desde a diplomação; firmar ou manter 
contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, salvo 
quando o contrato obedecer a clausulas uniformes (Art.54, I,a). Não são alcançados pela 
incompatibilização os contratos de adesão, seguros, fornecimento de gás, luz. 
• Incompatibilidades políticas: As que proíbem os congressistas de exercerem mais de 
uma função ou cargo público eletivo, ou seja, um deputado não pode ser senador nem 
vice-versa. 
• Incompatibilidades profissionais: Impedem os congressistas desde a posse; a serem 
proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de 
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nelas exercem função remunerada. 
(art.54, II,a), patrocinarem causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública (Art 54, II, b) Patrocínio da causa é expressão 
técnico-processual e se refere ao exercício do ius postulandi, que só cabe ao advogado, 
de sorte que essa incompatibilidade diz respeito ao impedimento de o congressista 
advogado defender interesses de constituinte seu em processo judicial contra aquelas 
entidades. 
 
 
 
 
 
 
PERDA DE MANDATO PARLAMENTAR 
A perda do mandato pode ser por cassação ou por extinção. 
Cassação é o ato que decreta a perda do mandato pelo cometimento de uma falta 
funcional, tipificada em lei e sancionada por ela. Essa medida depende de decisão da 
Câmara ou do Senado, por voto aberto da maioria absoluta de seus membros, mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político com representação no Congresso 
Nacional. Ela assegura ampla defesa ao acusado, compactuando com a instauração de 
um processo político para apurar as causas que Justificam a perda do mandato. Enseja, 
não raro, uma decisão constitutiva. 
Extinção é o aro ou fato que acarreta a perda do mandato, tornando a investidura 
inexistente, v. g., morte, renúncia, descomparecimento em sessões parlamentares, 
perda ou suspensão de direitos políticos. Nesse caso, a decisão é meramente 
declaratória, porque visa, apenas, reconhecer uma situação óbvia que pereceu por 
alguns dos motivos constitucionalmente previstos. A Constituição de 1988 previu as 
hipóteses em que os parlamentares ficam sujeitos à perda do mandato, as quais não 
podem ser diminuídas nem ampliadas por ato legislativo. 
Assim, perderá o mandato o Deputado ou Senador (CF, art. 5 5 , 1 a VI) : 
• que infringir qualquer das proibições estabelecidas n o art. 54 da Constituição - 
hipótese de cassação do mandato parlamentar; 
• cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar – hipóteses 
de cassação do mandato parlamentar. Essa competência privativa da Câmara de 
Deputados e do Senado da República não se submete ao crivo jurisdicional. Trata-se de 
atribuição interna corporis do Parlamento, insuscetível de revisão pelo Poder Judiciário. 
Do contrário, violar-se-ia a independência e harmonia entre os Poderes (CF, art.2º). Aqui 
não incide o primado da reserva de jurisdição (CF, art. 5º, XXXV), pois o monopólio da 
primeira e da última palavra a respeito do assunto pertence aos próprios parlamentares. 
O fato de a imputação constituir crime, sujeita o parlamentar à incidência do inciso VI 
do art. 55, mas não impede a aplicação da sanção disciplinar antes da condenação 
criminal. Pelo art. 55, § lº, da Carta Maior, é "incompatível com o decoro parlamentar, 
além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas 
a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas". Vantagens 
indevidas é o mesmo que "vantagens indevidas ou imorais", como previa a Emenda 
Constitucional n. 1 /69 (art. 35 , § lº); 
• que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada – 
hipótese de extinção do mandato parlamentar; 
• que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado - hipótese de 
cassação do mandato; 
 
RENÚNCIA 
A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do 
mandato, nos termos do art. 55 da Constituição, terá seus efeitos suspensos até as 
deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º desse dispositivo (CF, art. 55, § 4º 
acrescido pela ECR n. 6/94). Certamente, foi salutar a suspensão do ato de renúncia 
parlamentar, porque procurou evitar a impunidade. Significa que a declaração unilateral 
de vontade do deputado ou senador, no sentido de renunciar ao mandato, não 
eliminará o processo ao qual está submetido. Tal providência em análise logrou uma 
dimensão ampla, abarcando todos os casos de crimes previstos no art. 55 da Carta 
Suprema, pois não se resumiu aos seus incisos I e II; foi mais além, fazendo remissão aos 
§§ 2º e 32, e englobando, assim, tanto os processos de cassação como os de extinção 
do mandato parlamentar. Mas essa amplitude do §4º do art.55 não autoriza a 
interpretação de que todos os casos geram inelegibilidades. Apenas as hipóteses de 
infringência às vedações do art. 54 ou de atentado ao decoro parlamentar é que 
autorizam essa conclusão, observado, ainda, o disposto na lei de inelegibilidades. 
O Decreto Legislativo n. 16, de 24 de março de 1994, dispõe: 
"Art. 12 A renúncia de parlamentar sujeito à investigação por qualquer órgão do Poder 
Legislativo, ou que tenha contra si procedimento já instaurado ou protocolado j unto à 
Mesa da respectiva Casa, para apuração das faltas a que se referem os incisos I e I I do 
art. 55 da Constituição Federal, fica sujeita à condição suspensiva, só produzindo efeitos 
se a decisão final não concluir pela perda do mandato. 
Parágrafo único: Sendo a decisão final pela perda do mandato parlamentar, a 
declaração da renúncia será arquivada”.