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Resenha Por Uma Outra Globalização - Milton Santos

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Geografia Licenciatura 
John Lenon de Goes 
 
Por uma outra Globalização 
 Milton Santos 
 
O autor inicia falando desta globalização fábula, o livro nos leva a pensar 
em como vivemos e como observamos esta globalização, muitos de nós vivendo 
apenas como fábula, o mundo que nos fazem ver (o mundo que a televisão 
vende), acreditando que o mundo é unificado, como uma aldeia global. A 
televisão passa esta informação de mundo perfeito, através de redações, edições 
e programações, ficando de acordo com o que eles querem nos mostrar, 
maquiando o mundo real e mostrando a fábula, citada por Milton Santos, uma 
ideologia maciça na produção, disseminação, reprodução e manutenção da 
globalização. Uma globalização perversa que coloca o progresso da ciência e 
técnica contra a aceleração contemporânea e as vertigens que cria, neste sentido 
a técnica aumenta causando maior desemprego a quem não tem acesso a este 
progresso, as classes médias perdem qualidade de vida, a fome e doenças se 
instalam. 
O racionalismo neo-liberal, pode ser quebrado mediante a mistura de 
culturas e filosofias tendem a construir um mundo novo, uma nova globalização. 
Continua o livro com o processo de globalização, sendo a primeira, o 
colonialismo, que foi caracterizado pela ocupação colonial, a segunda 
globalização é marcada pela fragmentação dos territórios no século XX. Neste 
século produziu-se um sistema de técnicas, a técnica da informação, passou a ser 
um elo entre todas as demais, unificando e criando um sistema global. A 
unicidade técnica, a convergência dos momentos, a cognoscibilidade do planeta e 
a existência de um motor na história, sendo estes os fatores que explicam a 
arquitetura global atual. Sendo a primeira vez que todo o globo está conectado 
em uma fonte, a informática sendo a principal responsável pela mais-valia 
universal. Milton Santos chama de convergência de momentos a capacidade da 
geração de ter o conhecimento do que acontece com o outro, a globalização nos 
permite saber o que acontece com o Japão, por exemplo. A cognoscibilidade é a 
capacidade que o homem tem de conhecer o planeta profundamente. A história é 
marcada por diferente potencias ou motores imperialistas: o motor inglês, 
Frances, alemão, etc onde cada um empurrava homens e máquinas no seu ritmo, 
hoje estes motores são ditados por um motor único e universal. Esta qualidade 
que ao olhar por cima parece ter um senso de maior justiça global, por cima, ao 
encarar os fatos, demonstra-se que tudo passa de uma realidade inventada por 
que domina o globo, matrizes de empresas sendo nos países desenvolvidos, 
quando a produção está em países que exploram mãos de obra barata, muitas 
vezes sub humanas, a capacidade do empresário ganhar dinheiro nas costas de 
quem pensa que está vivendo bem. 
A perversidade não está apenas no uso da mão de obra está também na 
concorrência, onde as grandes corporações acabam com a concorrência, a ideia 
ideal seria a de uma concorrer com a outra aumentando a qualidade de serviço ou 
produto, gerando técnicas melhores e avançadas para o consumidor, porém, o 
que acontece é que quem tem maior renda acaba com o menor que está tomando 
espaço, seja comprando estas empresas para usar o nome apenas, ou 
esmagando estas empresas. 
A situação contemporânea revela três tendências: a produção acelerada e 
artificial de necessidades, a incorporação limitada de modos de vida dita racional 
e uma produção limitada de carência e escassez. Necessidades vendidas nos 
fazem comprar o que não precisamos e mostrar o que não temos, uma lavagem 
cerebral que nos leva ao consumismos exacerbado. A produção sendo maior que 
a necessidade, gente que passa fome e gente que joga comida no lixo, um 
problema pode sanar o outro, se houvesse interesse, não haveria fome. O reino 
das necessidades existem para todos, de formas diferentes, uma para as pessoas 
que fogem da escassez, fazendo um ciclo vicioso de compra para se satisfazer, 
quanto a outra forma de necessidade é aquela que a cada dia oferece uma nova 
experiência de escassez. 
Milton Santos conclui o livro propondo uma outra globalização, 
característico, propõe uma mudança radical das condições atuais, para que a 
central das ações seja o homem e não mais o dinheiro. O homem está 
descobrindo o sentido de sua presença no planeta, desta forma, perdido, vai de 
acordo com o que o global revela, consumo, dinheiro, trabalho, sobrevivência, 
estes valores que hoje são tidos como normais, mas o homem sabe que a sua 
vida está além disto, que ele não apenas sobreviver mas viver. O mundo mais 
humano, segundo Milton Santos está na Mutação Tecnológica e Mutação 
filosófica da espécie humana (capacidade de atribuir um novo sentido â existência 
de cada pessoa e também do planeta). 
No livro de Milton Santos, pode-se ter a dimensão do mundo em que 
vivemos, interessante seria se todos lessem este, porém é para uma minoria, uma 
minoria acadêmica, uma minoria de cursos pensantes humanos. O cidadão está 
entretido na televisão e no que o jornal diz, infelizmente a cultura não o leva a ler 
um livro como este. A imposição feita pelo mercado tem criado necessidades para 
o homem, deixando infelizes os que podem comprar e que quanto mais tem mais 
querem e excluindo aqueles que olham de longe o que nunca terão. Se a 
sociedade adulta não tem esta visão do mundo, cabe a nós professores 
mostrarmos aos nossos alunos o que é o planeta e o que cada um de nós vive, 
tirando os cabrestos televisivos. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
SANTOS, M. Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Único à 
Consciência Universal. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. 
Milton Santos - Por uma outra globalização - Editado para fins didáticos. 
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=KZIJQvy-aFw>. Acesso em: 
02 jun. 2016

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