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16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 1/117
Caderno de Questões( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1fKEh )
Português
Questão 201: CESGRANRIO - Med do Trab (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2017
Assunto: Colocação pronominal
Como o aquecimento global está atrapalhando a aviação
 
No mês passado, dezenas de voos foram cancelados nos EUA por causa do calor. Veja porque isso se tornará cada vez mais comum.
 
Com a temperatura na casa dos 48 ºC — e uma sensação térmica que supera fácil os 50 ºC —, é complicado levar a vida normalmente. Sair de casa é pedir para começar
a suar e desidratar a uma velocidade digna de ambiente desértico. Seja muito bem-vindo ao verão de Phoenix, capital do Arizona, onde o ar-condicionado é seu amigo
mais inseparável.
 
Por lá, as temperaturas altas não impactam só as contas de luz. A onda de calor anormal que o sudoeste dos EUA enfrentou recentemente causou também outro
problema, menos usual: o cancelamento de dezenas de voos comerciais. É isso mesmo. Em julho passado, aviões foram impedidos de deixar o Sky Harbor, aeroporto
internacional da cidade, pelo simples motivo de estar quente demais.
 
Mesmo quem não é do ramo sabe que aeronaves foram criadas para operar sob algumas condições climáticas específicas. Por causa disso, vira e mexe mudanças de
tempo muito bruscas como nevascas e neblinas intensas as impedem de decolar — atrasando as viagens e aumentando a impaciência dos clientes.
 
No que diz respeito a problemas de visibilidade, não há muito o que fazer. O ponto é que o calor também pode comprometer bastante a viagem: cientistas já
demonstraram que o desempenho das aeronaves é pior em dias extremamente quentes. Isso porque o aumento da temperatura atmosférica faz a densidade do ar
diminuir, o que prejudica toda a aerodinâmica do veículo.
 
A sustentação que as asas do avião garantem depende da densidade do ar. Quanto menor for a densidade do ar, mais rápido um avião tem que acelerar na hora da
decolagem para compensar a perda de estabilidade.
 
O problema é que, para conseguir uma velocidade maior, é necessária uma pista com tamanho suficiente para a tarefa. Corre-se o risco, nos locais onde o trecho de
asfalto é curto demais, de que o avião não adquira velocidade adequada para deslanchar de vez sem problemas de sustentação. A principal forma que as torres de
controle têm para garantir que isso não aconteça é diminuir o peso da aeronave — seja retirando carga, combustível ou material humano mesmo.
 
Os efeitos dessa restrição de peso podem pesar no bolso das companhias aéreas e mudar operações pelo mundo todo. A conta é bem simples: menos passageiros nos
voos significa menos dinheiro para as companhias aéreas. Os primeiros a sofrer com os cortes são voos mais longos. Conectar pontos distantes do globo só vale a pena
se o roteiro for cumprido com o máximo de aproveitamento. A tendência, então, é que os voos maiores sejam remanejados para momentos menos quentes do dia. E
como nada vem sozinho, a alteração de rotas e duração dos voos, pode, eventualmente, aumentar também o consumo de combustível. O resto você já sabe. O serviço
fica mais caro, passam a existir menos opções, os aeroportos operam além da capacidade e o caos aéreo se torna maior.
 
Para completar o pacote, o calor poderá influenciar até mesmo no famoso “medo de avião”. Isso porque a elevação das temperaturas tornará as turbulências mais
frequentes e intensas. Uma pesquisa publicada neste ano mostrou que turbulências severas vão aumentar 149% e os chacoalhões moderados crescerão até 94% nos
próximos anos. Culpa do aumento na quantidade de ventos de alta altitude, que ganham força com o calor.
 
ELER, G. Como o aquecimento global está atrapalhando a aviação. 5 ago. 2017.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/tecnologia/como-o-aquecimento-global-esta-atrapalhando-a-aviacao/>.
Acesso em: 12 ago. 2017. Adaptado.
 
Atendendo à norma-padrão na variedade formal da língua, o pronome oblíquo átono está corretamente colocado em: 
 a) Farei-lhe uma proposta de viagem irrecusável. 
 b) Quero que acompanhem-me nessa viagem de férias. 
 c) Não nos traga a refeição durante período de turbulência, por favor. 
 d) Em tratando-se de qualidade, aquela companhia aérea é imbatível! 
 e) Se aproximem do portão de embarque, senhores passageiros do voo 2189.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/565163
Questão 202: CESGRANRIO - Tec (PETRO)/PETROBRAS/Segurança Júnior/2017
Assunto: Colocação pronominal
Energia eólica na história da Humanidade
 
Energia, derivada de energeia, que em grego significa “em ação”, é a propriedade de um sistema que lhe permite existir, ou seja, realizar “trabalho” (em Física). Energia
é vida, é movimento — sem a sua presença o mundo seria inerte. Saber usar e administrar sua produção por meio de diferentes fontes de energia é fundamental.
 
Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa devem ser geradas continuamente, ou armazenadas para serem consumidas nos
momentos de necessidade. A utilização de diversas formas de energia possibilita ao homem cozinhar seu alimento, fornecer combustível aos seus sistemas de transporte,
aquecer ou refrigerar suas residências e movimentar suas indústrias.
 
Existem fontes de energia alternativas que, adequadamente utilizadas, podem substituir os combustíveis fósseis em alguns de seus usos, reservando-os para aquelas
situações em que a substituição ainda não é possível. A energia eólica é uma delas.
 
A energia eólica é a energia gerada pela força do vento, ou seja, é a força capaz de transformar a energia do vento em energia aproveitável. É captada através de
estruturas como: aerogeradores, que possibilitam a produção de eletricidade; moinhos de vento, com o objetivo de produzir energia mecânica que pode ser usada na
moagem de grãos e na fabricação de farinha; e velas, já que a força do ar em movimento é útil para impulsionar embarcações.
 
A mais antiga forma de utilização da energia eólica foi o transporte marítimo. Naus e caravelas movidas pelo vento possibilitaram empreender grandes viagens, por
longas distâncias, levando a importantíssimas descobertas.
 
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica. A mais conhecida e explorada está voltada para a geração de força
elétrica. Isso é possível por meio de aerogeradores, geradores elétricos associados ao eixo de cata-ventos que convertem a força cinética contida no vento em energia
elétrica. A quantidade de energia produzida vai depender de alguns fatores, entre eles a velocidade do vento no local e a capacidade do sistema montado.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 2/117
A criação de usinas para captação da energia eólica possui determinadas vantagens. O impacto negativo causado pelas grandes turbinas é mínimo quando comparado
aos causados pelas grandes indústrias, mineradoras de carvão, hidrelétricas, etc. Esse baixo impacto ocorre porque usinas eólicas não promovem queima de combustível,
nem geram dejetos que poluem o ar, o solo ou a água, além de promoverem maior geração de empregos em regiões desfavorecidas. É uma fonte de energia válida
economicamente pois é mais barata.
 
A energia eólica é uma fonte de energia que não polui e é renovável, mas que, apesar disso, causa alguns impactos no ambiente. Isso acontece devido aos parques
eólicos ocuparem grandes extensões, com imensos aerogeradores instalados. Essas interferências no ambiente são vistas, muitas vezes, como desvantagens da energia
eólica. Assim, citam-se as seguintes desvantagens: a vasta extensão de terra ocupada pelos parques eólicos; o impacto sonoro provocado pelos ruídos emitidos pelas
turbinas em um parque eólico; o impacto visual causado pelas imensas hélicesque provocam certas sombras e reflexos desagradáveis em áreas residenciais; o impacto
sobre a fauna, provocando grande mortandade de aves que batem em suas turbinas por não conseguirem visualizar as pás em movimento; e a interferência na radiação
eletromagnética, atrapalhando o funcionamento de receptores e transmissores de ondas de rádio, TV e micro-ondas.
 
Esse tipo de energia já é uma realidade no Brasil. Nosso país já conta com diversos parques e usinas. A tendência é que essa tecnologia de geração de energia cresça
cada vez mais, com a presença de diversos parques eólicos espalhados pelo Brasil.
 
Disponível em: <http://www.fontesdeenergia.com/tipos/renovaveis/energia-eolica/>.
Acesso em: 5 ago. 2017. Adaptado.
 
O termo destacado foi utilizado na posição correta, segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, em: 
 a) A poluição do ar será irreversível, caso as medidas preventivas esgotem -se. 
 b) Os cientistas nunca equivocaram -se a respeito dos perigos do uso de combustível fóssil. 
 c) Quando as substâncias tóxicas alojam -se no meio ambiente, causam danos aos seres vivos. 
 d) Se as fontes de energia alternativa se esgotarem, poderemos sofrer sérias consequências. 
 e) Uma das exigências do mundo atual é que o ser humano sempre mantenha -se em dia com as atividades físicas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/565452
Questão 203: CESGRANRIO - Psico (UNIRIO)/UNIRIO/Clínica/2016
Assunto: Colocação pronominal
O suor e a lágrima
 
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei
ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos
lugares avulsos.
 
Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.
 
O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para
poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.
 
Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos
sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.
 
Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor
inundaria o meu cromo italiano.
 
E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive
sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.
 
Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse
a precisar nos restos dos meus dias.
 
Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para
ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.
 
CONY, C. H. In: NESTROVSKI, A. (Org.). Figuras do Brasil – 80
autores em 80 anos de Folha. São Paulo: Publifolha. 2001. p. 319.
 
O pronome em destaque está adequadamente colocado, quanto à norma-padrão, em: 
 a) O rapaz se mostrou feliz com o troco generoso. 
 b) Sentirá-se feliz aquele que tiver um trabalho digno. 
 c) O engraxate não queixou-se do calor. 
 d) Nunca observou-se tanta compaixão naquele homem. 
 e) Se sentiu envergonhado com a cena o escritor.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/372846
Questão 204: CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016
Assunto: Colocação pronominal
Texto III
Quando eu for bem velhinho — continuação 2
O tempo do carnaval era obrigatório. A despeito de todas as mudanças, ele continua sendo a pausa que dá sentido e razão ao tempo como uma majestade humana. Este
imperador sem rivais que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós.
Uma lenda escandinava, traduzida à luz da análise pelo sábio das línguas e costumes euro- -europeus Georges Dumézil, conta a história de um camponês que, sem
querer, libertou o diabo de um caixote que ele transportava para um padre na sua carroça. Livre e solto, o diabo — que está sempre fazendo alguma coisa — começou a
surrar o seu involuntário libertador, perguntando ansiosamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que ele construísse uma ponte de pedra e, em instantes, ela
ficou pronta. E logo o diabo perguntou novamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que o diabo juntasse todos os excrementos de cavalo do reino da
Dinamarca e, num instante, a tarefa estava cumprida. Aterrorizado porque ia apanhar novamente, o camponês teve a feliz ideia de mandar que o diabo recuperasse o
tempo. Sabendo que o tempo era precioso, o diabo saiu em sua busca, mas não conseguia alcançá-lo. Trouxe dele pedaços, mas não o tempo inteiro como ordenara o
camponês. Não tendo observado a tarefa, o diabo voltou para a caixa.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 3/117
O tempo como potência impossível de ser apanhada foi brilhantemente descrito por Frei Antônio das Chagas num poema escrito nos mil seiscentos e tanto:
Deus pede estrita conta de meu tempo. 
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta. 
Mas como dar, sem tempo, tanta conta 
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo, 
O tempo me foi dado e não fiz conta, 
Não quis, sobrando tempo, fazer conta. 
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, 
Não gasteis vosso tempo em passatempo. 
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo, 
Quando o tempo chegar de prestar conta, 
Chorarão, como eu, o não ter tempo...
Afinal, somos nós que brincamos o carnaval ou é o carnaval que brinca conosco o tempo todo?
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado.
 
O pronome átono destacado está colocado de acordo com a norma-padrão em: 
 a) Meu caro, me não engano dizendo que antigamente o tempo do carnaval era obrigatório. 
 b) As pessoas não davam-se conta de que o tempo do carnaval era obrigatório. 
 c) Quando o tempo do carnaval era obrigatório, meu pai me levava a bailes à fantasia. 
 d) O tempo do carnaval era obrigatório, mas não havia deixado-me muitas lembranças. 
 e) Os foliões divertiriam-se mais se soubessem que o tempo do carnaval era obrigatório.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/373794
Questão 205: CESGRANRIO - Aud Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2016
Assunto: Colocação pronominal
Texto
 
A função da arte
 
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas,
esperando.
 
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e
tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
 
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!
 
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2002. p.12.
 
No que se refere à colocação pronominal, respeita-se a norma-padrão em: 
 a) Queria que admira-me-ssem na velhice. 
 b) Me seduziria poder ser jovem a vida toda. 
 c) A aposentadoria, esperarei-a com ansiedade. 
 d) Nunca senti-me tão velho como hoje. 
 e) Ninguém o observava com a mesma atenção que eu.
Esta questão possui comentário do professorno site. www.tecconcursos.com.br/questoes/386521
Questão 206: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016
Assunto: Colocação pronominal
Texto
 
Feliz por nada
 
Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos
que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não
é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
 
Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou
ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é
ser feliz por muito.
 
Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela total despreocupação com essa busca.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 4/117
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu
cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque
felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é
que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
 
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam
por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
 
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser
livre. Adequação à sociedade e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
 
A vida não é um questionário. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania
de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
 
Ser feliz por nada talvez seja isso.
 
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, jul. 2011.
 
A posição do pronome se destacado atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em: 
 a) É preciso que os estados em que há maior degradação ambiental não neguem-se a tomar as providências necessárias para enfrentar o problema. 
 b) Há uma grande pressão social para que as pessoas mantenham-se felizes e sintam-se realizadas permanentemente. 
 c) Se os órgãos responsáveis pela proteção ambiental dedicarem-se mais a sua missão, as matas brasileiras poderão sobreviver à degradação. 
 d) Quando os institutos de pesquisa se preocuparem em analisar o grau de felicidade da população, descobrirão que os índices são muito baixos. 
 e) Livros de autoajuda fazem muito sucesso atualmente porque ensinam as pessoas a nunca sentirem-se infelizes ao enfrentarem dificuldades.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/386865
Questão 207: CESGRANRIO - Sup Pesq (IBGE)/IBGE/Tecnologia de Informação e Comunicação/2016
Assunto: Colocação pronominal
Os pobres
 
Todo o mundo conhece os pobres. Os despossuídos de tudo, humilhados pela vida que lhes foi roubada. As gentes tristes do mundo. As sem pão e sem beleza. As a que
falta esperança. Que vivem dentro de um horizonte tão retraído que nele não cabe um futuro que não seja a repetição da vida ruim. Para eles e seus filhos. E netos.
Como se a pobreza fosse genética e hereditária. Um fato da natureza. Ou um castigo de Deus, dos que vão passando através de gerações.
 
Nada de natureza, nada de Deus. Pobreza não é castigo. É imposição. Ninguém tem na pobreza qualquer alegria. Os catadores de lixo encontram nessa atividade o muito
pouco com que se sustentam e às suas famílias, quando elas também não estão enterradas na sujeira dos outros, selecionando coisas ainda aproveitáveis, sabe-se lá
para quê. É o limite do desespero. Salvar da aniquilação os rejeitos de vidas alheias, que, para quem está abaixo de todas as linhas da pobreza e da dignidade, valem a
própria vida. Urubus voam por cima dos lixões. Aquelas montanhas são seus territórios de morte. Os que catam lixo disputam a vida com os urubus.
 
Sei que separar o lixo é uma atividade ecológica e economicamente relevante. O inadmissível é que ela não seja feita na recolha seletiva prévia do que ainda serve para
algum fim útil e do que está destinado à putrefação dos cadáveres. Os catadores chafurdam em todas as porcarias para extrair delas uma garrafa, uma tampa de
sanitário, uma bota velha de um só pé. Resgatam do naufrágio coisas tristes como eles, os jogados fora por uma sociedade que desperdiça coisas como desperdiça
pessoas. Que joga fora o que não serve. Os pobres não servem para uma sociedade que consome acima dos limites de uma vida comum. Ou servem: alguém precisa
fazer o trabalho sujo.
 
Penso num poema de Manuel Bandeira. Algo, um bicho certamente, remexia nas latas de lixo. “Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava: engolia com
voracidade.” E os olhos insones do poeta se estarreceram quando viu a verdade da miséria: “O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu
Deus, era um homem.” Esses bichos são homens. São como eu e vocês, meus companheiros de sábado. São homens.
 
E a fome! Meu Deus, a fome! A nós ronca o estômago quando se espaça demais o intervalo entre as refeições. A barriga dos pobres já não ronca. Seu vazio não tem o
conforto da proximidade da próxima comida. São barrigas tristes. De dor interna e de abandono. Deitados nos cantos dos edifícios, nas calçadas onde moram, estendem
mãos sem esperança. “Para comer”, dizem. E nós passamos, tomando distâncias cautelosas, pela ponta dos meios-fios. Podem ser perigosos. Estão sujos. E cheiram mal.
 
Passamos ao largo. Tomamos distância. Fugimos. Deles, sim. Mas, no mais fundo das nossas consciências adormecidas, fugimos de nós. Os pobres, lixo da vida, estão lá
— e nem nos acusam! — e nos lembram do outro lixo, aquele em que jogamos coisas ainda usáveis, sem pensarmos que alguém naquela calçada podia fazer com elas
uma roupa, um abrigo para o frio. Um farrapo de esperança digna. Fugimos do beco onde algo chafurda nas latas de lixo, e come com voracidade o que encontra. E não
é um bicho, meu Deus. É um homem.
 
D’AMARAL, M. T. Rio de Janeiro, O Globo, 7 maio 2016. Adaptado.
 
O pronome oblíquo está colocado de acordo com a norma-padrão em:
 a) Eles estão por toda parte, mas ninguém nota-os.
 b) Vivemos em uma sociedade que pouco se importa com essa questão.
 c) Encontraremo-los em muitas cidades.
 d) Nos sensibilizamos, porém nada fazemos.
 e) É preciso trabalhar para que resolva-se o problema.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/401435
Questão 208: CESGRANRIO - Esc BB/BB/"Sem Área"/2015
Assunto: Colocação pronominal
Cartilha orienta consumidor
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 5/117
Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio, 
em parceria com o Procon-RJ, guia destaca os principais 
pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), 
selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais 
comuns recebidas pelas duas entidades
O Sindicatode Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma cartilha para
orientar lojistas e consumidores sobre seus direitos e deveres. Com o objetivo de dar mais transparência e melhorar as relações de consumo, a cartilha tem apoio
também da Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon)/ Procon-RJ.
Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de direitos e deveres para lojistas e consumidores, a publicação destaca os principais pontos do Código de Defesa
do Consumidor (CDC), selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como pelo Procon-RJ.
“A partir da conscientização de consumidores e lojistas sobre seus direitos e deveres, queremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas, tendo como base
a ética, a qualidade dos produtos e a boa prestação de serviços ao consumidor”, explicou o presidente do SindilojasRio e do CDL-Rio, Aldo Gonçalves.
Gonçalves destacou que as duas entidades estão comprometidas em promover mudanças que propiciem o avanço das relações de consumo, além do desenvolvimento do
varejo carioca.
“O consumidor é o nosso foco. É importante informá-lo dos seus direitos”, disse o empresário, ressaltando que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas
também para seus fornecedores.
Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado.
 
Na frase “‘É importante informá-lo dos seus direitos’” emprega-se o verbo informar seguido do pronome oblíquo. Entretanto, o redator poderia ter optado por empregar,
em vez de lo, o pronome lhe.
A frase resultante, mantendo-se o mesmo sentido e respeitando-se a norma-padrão, seria: 
 a) É importante informar-lhe sobre os seus direitos. 
 b) É importante lhe informar a respeito dos seus direitos. 
 c) É importante informar-lhe dos seus direitos. 
 d) É importante informar-lhe os seus direitos. 
 e) É importante lhe informar acerca dos seus direitos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/265980
Questão 209: CESGRANRIO - Adv (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2015
Assunto: Colocação pronominal
A sociedade da informação e seus desafios
 
Dificilmente alguém discordaria de que a sociedade da informação é o principal traço característico do debate público sobre desenvolvimento, seja em nível local ou
global, neste alvorecer do século XXI. Das propostas políticas oriundas dos países industrializados e das discussões acadêmicas, a expressão “sociedade de informação”
transformou-se rapidamente em jargão nos meios de comunicação, alcançando, de forma conceitualmente imprecisa, o universo vocabular do cidadão.
 
A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada como substituta para o conceito complexo de “sociedade pós-industrial”, como forma de transmitir o
conteúdo específico do “novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos das ciências sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas,
organizacionais e administrativas que têm como “fator-chave” não mais os insumos baratos de energia — como na sociedade industrial — mas os insumos baratos de
informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e nas telecomunicações.
 
Nesta sociedade pós-industrial, ou “informacional”, as transformações em direção à sociedade da informação, em estágio avançado nos países industrializados,
constituem uma tendência dominante mesmo para economias menos industrializadas e definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que expressa a
essência da presente transformação tecnológica em suas relações com a economia e a sociedade. Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais: a
informação é sua matéria-prima (no passado, o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias); os efeitos das novas tecnologias têm alta
penetrabilidade (a informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto, todas essas atividades tendem a ser afetadas diretamente
pela nova tecnologia); a tecnologia favorece processos reversíveis devido a sua flexibilidade; trajetórias de desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber
tornam-se interligadas e transformam-se as categorias segundo as quais pensamos todos os processos (microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica, por exemplo).
 
O foco sobre a tecnologia pode alimentar a visão ingênua de determinismo tecnológico segundo o qual as transformações em direção à sociedade da informação resultam
da tecnologia, seguem uma lógica técnica e, portanto, neutra e estão fora da interferência de fatores sociais e políticos. Nada mais equivocado: processos sociais e
transformação tecnológica resultam de uma interação complexa em que fatores sociais preexistentes como a criatividade, o espírito empreendedor, as condições da
pesquisa científica afetam o avanço tecnológico e suas aplicações sociais.
 
No campo educacional dos países em desenvolvimento, decisões sobre investimentos para a incorporação da informática e da telemática implicam também riscos e
desafios. Será essencial identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como
utilizá-las de forma a facilitar uma efetiva aceleração do processo em direção à educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de diversidade. As novas
tecnologias de informação e comunicação tornam-se, hoje, parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e a aprendizagem. Cabe a cada
sociedade decidir que composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar para atingir suas metas de desenvolvimento.
 
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A Unesco tem atuado de forma sistemática no sentido de apoiar as iniciativas dos Estados Membros na definição de políticas de integração das novas tecnologias aos
seus objetivos de desenvolvimento. No Programa Informação para Todos, as ações desse organismo internacional estão concentradas em duas áreas principais: conteúdo
para a sociedade da informação e “infoestrutura” para esta sociedade em evolução, por meio da cooperação para treinamento, apoio ao estabelecimento de políticas de
informação e promoção de conexões em rede.
 
No espírito da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que constitui a base dos direitos à informação na sociedade da informação, e levando em consideração os
valores e a visão delineados anteriormente, o novo Programa Informação para Todos deverá prover uma plataforma para a discussão global sobre acesso à informação,
participação de todos na sociedade da informação global e as consequências éticas, legais e societárias do uso das tecnologias de informação e comunicação. Deverá
prover também a estrutura para colaboração internacional e parcerias nessas áreas e apoiar o desenvolvimento de ferramentas comuns, métodos e estratégias para a
construção de uma sociedade de informação global e justa.
 
WERTHEIN, J. Ciência da Informação. Brasília, v. 29, n. 2, p. 71- 77, maio/ago. 2000. Disponível em: <http://revista.ibict.br/ciinf/index. php/ciinf/article/view/254>.
Acesso em: 10 maio 2015. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está colocado adequadamente em: 
 a) Quando todas as instituições educacionais se interessarem pela inclusão digital, a sociedade será muito beneficiada em diferentes aspectos do seu
desenvolvimento. 
 b) Atualmente, há uma intensa pressão social para que o indivíduo sempre mantenha-se a par das novas tecnologias lançadas em outras regiões do mundo. 
 c) Não pouparam-se esforços para que todos os funcionários daquela empresa tivessem acesso às mídias digitais por meio de renovação dos equipamentos. 
 d) Os pesquisadores dasáreas sociais e tecnológicas nunca enganam-se a respeito da grande importância da presença da internet em nossa sociedade. 
 e) Se o preço dos equipamentos eletrônicos ficar muito elevado, poderá-se procurar pesquisar mais atentamente.
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Questão 210: CESGRANRIO - Esc BB/BB/"Sem Área"/2015
Assunto: Colocação pronominal
Moeda digital deve revolucionar a sociedade
Nas sociedades primitivas, a produção de bens era limitada e feita por famílias que trocavam seus produtos de subsistência através do escambo, organizado em locais
públicos, decorrendo daí a origem do termo “pregão” da Bolsa. Com o passar do tempo, especialmente na antiguidade, época em que os povos já dominavam a
navegação, o comércio internacional se modernizou e engendrou a criação de moedas, com o intuito de facilitar a circulação de mercadorias, que tinham como lastro elas
mesmas, geralmente alcunhadas em ouro, prata ou bronze, metais preciosos desde sempre.
A Revolução Industrial ocorrida inicialmente na Inglaterra e na Holanda, por volta de 1750, viria a criar uma quantidade de riqueza acumulada tão grande que
transformaria o próprio dinheiro em mercadoria. Nascia o mercado financeiro em Amsterdã, que depois se espalharia por toda a Europa e pelo mundo. A grande inovação
na época foi o mecanismo de compensação nos pagamentos, mais seguro e prático, no qual um banco emitia uma ordem de pagamento para outro em favor de
determinada pessoa e esta poderia sacá-la sem que uma quantidade enorme de dinheiro ou ouro tivesse de ser transportada entre continentes. Essa ordem de
pagamento, hoje reconhecida no mundo financeiro como “título cambial”, tem como instrumento mais conhecido o cheque, “neto” da letra de câmbio, amplamente usada
pela burguesia em transações financeiras na alta idade média. A teoria nos ensina que são três as suas principais características: a cartularidade, a autonomia e a
abstração.
 
Ora, o que isso tem a ver com bitcoins? Foi necessária essa pequena exegese para refletirmos que não importa a forma como a sociedade queira se organizar, ela é
sempre motivada por um fenômeno humano. Como nos ensina Platão, a necessidade é a mãe das invenções. Considerando o dinamismo da evolução da sociedade da
informação, inicialmente revolucionada pela invenção do códex e da imprensa nos idos de 1450, que possibilitou na Idade Média o armazenamento e a circulação de
grandes volumes de informação, e, recentemente, o fenômeno da internet, que eliminou distâncias e barreiras culturais, transformando o mundo em uma aldeia global,
seria impossível que o próprio mundo virtual não desenvolvesse sua moeda, não somente por questão financeira, mas sobretudo para afirmação de sua identidade
cultural.
 
Criada por um “personagem virtual”, cuja identidade no mundo real é motivo de grande especulação, a bitcoin, resumidamente, é uma moeda virtual que pode ser
utilizada na aquisição de produtos e serviços dos mais diversos no mundo virtual. Trata-se de um título cambial digital, sem emissor, sem cártula, e, portanto, sem lastro,
uma aberração no mundo financeiro, que, não obstante isso, tem valor.
 
No entanto, ao que tudo indica, essa questão do lastro está prestes a ser resolvida. Explico. Grandes corporações começam a acenar com a possibilidade de aceitar
bitcoins na compra de serviços. Se a indústria pesada da tecnologia realmente adotar políticas reconhecendo e incluindo bitcoins como moeda válida, estará dado o
primeiro passo para a criação de um mercado financeiro global de bitcoins. Esse assunto é de alta relevância para a sociedade como um todo e poderá abrir as portas
para novos serviços nas estruturas que se formarão não somente no mercado financeiro, em todas as suas facetas — refiro-me à Bolsa de Valores, inclusive, bem como
em novos campos do direito e na atividade estatal de regulação dessa nova moeda.
 
Certamente a consolidação dos bitcoins não revogaráas outras modalidades de circulação de riqueza criadas ao longo da história, posto que ainda é possível trocar
mercadorias, emitir letras de câmbio, transacionar com moedas e outros títulos. Ao longo do tempo aprendemos também que os instrumentos se renovaram e se
tornaram mais sofisticados, fato que constitui um desafio para o mundo do direito.
 
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia. Disponível em: <http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda-digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>. Acesso em: 09 ago. 2015.
Adaptado.
 
A colocação do pronome destacado atende às exigências da norma-padrão da Língua Portuguesa em: 
 a) Os clientes mais exigentes sempre comportaram-se bem diante das medidas favoráveis oferecidas pelos bancos. 
 b) Efetivando-se os pagamentos com moedas virtuais, os clientes terão confiança para utilizar esse recurso financeiro. 
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 c) Os usuários constantes da internet não enganam-se a respeito das vantagens do comércio on-line. 
 d) É preciso observar que a população interessa-se pelas formas de aprendizagem condizentes com a sua cultura. 
 e) Os turistas tinham organizado-se para viajar quando as condições econômicas melhorassem.
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Questão 211: CESGRANRIO - AET (BB)/BB/2014
Assunto: Colocação pronominal
Um pouco distraído
Ando um pouco distraído, ultimamente. Alguns amigos mais velhos sorriem, complacentes, e dizem que é isso mesmo, costuma acontecer com a idade, não é distração: é
memória fraca mesmo, insuficiência de fosfato.
O diabo é que me lembro cada vez mais de coisas que deveria esquecer: dados inúteis, nomes sem significado, frases idiotas, circunstâncias ridículas, detalhes sem
importância. Em compensação, troco o nome das pessoas, confundo fisionomias, ignoro conhecidos, cumprimento desafetos. Nunca sei onde largo objetos de uso e cada
saída minha de casa representa meia hora de atraso em aflitiva procura: quede minhas chaves? meus cigarros? meu isqueiro? minha caneta?
Estou convencido de que tais objetos, embora inanimados, têm um pacto secreto com o demônio, para me atormentar: eles se escondem.
Recentemente, descobri a maneira infalível de derrotá-los. Ainda há pouco quis acender um cigarro, dei por falta do isqueiro. Em vez de procurá-lo freneticamente, como
já fiz tantas vezes, abrindo e fechando gavetas, revirando a casa feito doido, para acabar plantado no meio da sala apalpando os bolsos vazios como um tarado, levantei-
me com naturalidade sem olhar para lugar nenhum e fui olimpicamente à cozinha apanhar uma caixa de fósforos.
Ao voltar — eu sabia! — dei com o bichinho ali mesmo, na ponta da mesa, bem diante do meu nariz, a olhar-me desapontado. Tenho a certeza de que ele saiu de seu
esconderijo para me espiar.
Até agora estou vencendo: quando eles se escondem, saio de casa sem chaves e bato na porta ao voltar; compro outro maço de cigarros na esquina, uma nova caneta,
mais um par de óculos escuros; e não telefono para ninguém até que minha caderneta resolva aparecer. É uma guerra sem tréguas, mas hei de sair vitorioso. [...]
Alarmado, confidenciei a um amigo este e outros pequenos lapsos que me têm ocorrido, mas ele me consolou de pronto, contando as distrações de um tio seu, perto do
qual não passo de um mero principiante.
Trata-se de um desses que põem o guarda-chuva na cama e se dependuram no cabide, como manda a anedota. Já saiu à rua com o chapéu da esposa na cabeça. Já
cumprimentou o trocador do ônibus quando este lhe estendeu a mão para cobrar a passagem. Já deu parabéns à viúva na hora do velório do marido. Certa noite,
recebendo em sua casa uma visita de cerimônia, despertou de um rápido cochilo 
e se ergueu logo, dizendo para sua mulher: “Vamos, meu bem, que já está ficando tarde.” [...]
Contou-me ainda o sobrinho do monstro que saircom um sapato diferente em cada pé, tomar ônibus errado, esquecer dinheiro em casa, são coisas que ele faz quase
todos os dias. Já lhe aconteceu tanto se esquecer de almoçar como almoçar duas vezes. Outro dia arranjou para o sobrinho um emprego num escritório de advocacia,
para que fosse praticando, enquanto estudante.
— Você sabe — me conta o sobrinho: — O que eu estudo é medicina...
Não, eu não sabia: para dizer a verdade, só agora o estava identificando. Mas não passei recibo — faz parte da minha nova estratégia, para não acabar como o tio dele:
dar o dito por não dito, não falar mais no assunto, acender um cigarro. É o que farei agora. Isto é, se achar o cigarro.
SABINO, F. Deixa o Alfredo Falar. Rio de Janeiro: Record, 1976.
 
Dentre os trechos retirados do texto, a alteração da colocação do pronome oblíquo está feita de acordo com a norma-padrão em: 
 a) “a olhar-me desapontado.” – a me olhar desapontado 
 b) “lapsos que me têm ocorrido” – lapsos que têm ocorrido-me 
 c) “Trata-se de um desses” – Se trata de um desses 
 d) “Contou-me ainda o sobrinho” – Me contou ainda o sobrinho 
 e) “Já lhe aconteceu” – Já aconteceu-lhe
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Questão 212: CESGRANRIO - Ana (FINEP)/FINEP/Análise Estratégica em Ciência, Tecnologia e Inovação/2014
Assunto: Colocação pronominal
A polêmica das biografias
A liberdade de expressão está sujeita aos 
limites impostos pelas demais prerrogativas 
dos cidadãos: honra, privacidade etc.
A jornalista Hildegard Angel fulminou no Twitter: “Num país em que a Justiça é caolha, não dá para liberar geral as biografias de bandeja pros grupos editoriais
argentários”.
A controvérsia em torno das biografias é a prova da desditosa barafunda institucional que atormenta o Brasil. Nos códigos das sociedades modernas, aquelas que
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acolheram os princípios do Estado Democrático de Direito(a), a liberdade de expressão está sujeita aos limites impostos pelas demais prerrogativas dos cidadãos: a
privacidade, a honra, o direito de resposta a ofensas e desqualificações lançadas publicamente contra a integridade moral dos indivíduos.
Em 17 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmava: “O desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros
que ultrajaram a consciência da Humanidade e o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo
do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum”.
Em 2008, escrevi um artigo para celebrar os 60 anos da declaração(b). Naquela ocasião, percebi claramente que os fantasmas dos traumas nascidos das experiências
totalitárias dos anos 1930 ainda assombram os homens, seus direitos e liberdades.
Segundo a declaração, são consideradas intoleráveis as interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência – atenção! –, tampouco
são toleráveis ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. O cidadão (note o leitor, o cidadão) tem
direito à liberdade de opinião e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações por
quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
 
É proibido proibir, assim como é garantido o direito de retrucar e processar. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, sugeriu a imposição de pesadas
penas pecuniárias aos detratores “argentários” que se valem das inaceitáveis demoras da Justiça.
No Brasil de hoje não impera a expressão livre das ideias, mas predomina o que Deleuze chamou de Poder das Potências. Já tratei aqui desse tema, mas vou insistir. Nos
tempos da sociedade de massa e do aparato de comunicação abrigado na grande mídia, as Potências estão desinteressadas em sufocar a crítica ou as ideias desviantes.
Não se ocupam mais dessa banalidade. Elas se dedicam a algo muito mais importante: fabricam os espaços da literatura, do econômico, do político(c), espaços
completamente reacionários, pré-moldados e massacrantes. “É bem pior que uma censura”, continua Deleuze, “pois a censura provoca efervescências subterrâneas, mas
as Potências querem tornar isso impossível”.
Nos espaços fabricados pelas Potências não é possível manter conversações, porque neles a norma não é a argumentação, mas o exercício da animosidade sob todos os
seus disfarces, a prática desbragada da agressividade a propósito de tudo e de todos, presentes ou ausentes, amigos ou inimigos. Não se trata de compreender o outro,
mas de vigiá-lo. “Estranho ideal policialesco, o de ser a má consciência de alguém”, diz Deleuze.
As redes sociais, onde as ideias e as opiniões deveriam trafegar livremente, se transformaram num espaço policialesco em que a crítica é substituída pela vigilância. A
vigilância exige convicções esféricas, maciças, impenetráveis, perfeitas. A vigilância deve adquirir aquela solidez própria da turba enfurecida(d), disposta ao linchamento.
A Declaração dos Direitos Humanos, na esteira do pensamento liberal e progressista dos séculos XIX e XX, imaginou que a igualdade e a diferença seriam indissociáveis
na sociedade moderna e deveriam subsistir reconciliadas, sob as leis de um Estado ético. Esse Estado permitiria ao cidadão preservar sua diferença em relação aos
outros e, ao mesmo tempo, harmonizá-la entre si, manter a integridade do todo. Mas as transformações econômicas das sociedades modernas suscitaram o bloqueio(e)
das tentativas de impor o Estado ético e reforçaram, na verdade, a fragmentação e o individualismo agressivo e “argentário”. Assim, a “ética” contemporânea não é capaz
de resistir à degradação das liberdades e sua transmutação em arma de vigilância e de assassinato de reputações.
BELLUZZO Luiz Gonzaga. A polêmica das biografias. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/771/a-polemica- -das-biografias-3204.html>. Acesso em: 24 nov. 2013.
 
Substituindo-se o complemento verbal destacado pelo pronome oblíquo correspondente, observa-se um caso de próclise obrigatória em: 
 a) “aquelas que acolheram os princípios do Estado Democrático de Direito” 
 b) “Em 2008, escrevi um artigo para celebrar os 60 anos da declaração” 
 c) “fabricam os espaços da literatura, do econômico, do político” 
 d) “A vigilância deve adquirir aquela solidez própria da turba enfurecida” 
 e) “Mas as transformações econômicas das sociedades modernas suscitaram o bloqueio”
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Questão 213: CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014
Assunto: Colocação pronominal
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias dos ecossistemas e da biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu
avô, a vida na Terra, em qualquer que fosse o país, tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem dependia de animais para a maior parte do
trabalho, para locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era regulado ao abrir e fechar as
janelas e, quando muito, acender lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela química e pela eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um
exponencial salto desde o final do século 19. Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam a economia global, a temperatura é mantida estável por
equipamentos de ar-condicionado, as comunicações são feitas através de telefones sem fio e satélites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as dores decabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científico, que claramente ajudou a melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também
deixou à margem outros bilhões, mas de fazer uma reflexão sobre o quanto de tecnologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se pode resolver a partir
da engenharia. As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as
distâncias não se medem mais em quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas dedicam algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes
naturais. Eu pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura entre a engenharia humana e as
dinâmicas naturais. Há uma crença que está se generalizando de que a ciência, a engenharia e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema ambiental que
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surja. E esse é um engano que pode ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e cultural das economias centrais e, principalmente,
dos países que agora consideramos “emergentes”.
 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão deixando fraturas expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentando
uma das maiores crises de abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a água da cidade foram desmatadas e
ocupadas, no entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de
água pelo ecossistema não tivesse nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais combustíveis e mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de
recursos naturais e não renováveis. Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados de eficiência energética, de modo a economizar energia sem
comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A desconexão vai além da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a
mudar comportamentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de transformação, mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de
cada um sobre o papel do meio ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão, ao substituir no trecho “além de todas as outras ciências que tiveram um exponencial salto” ( l. 6-7) o termo destacado por um
pronome, deve-se escrever: 
 a) além de todas as outras ciências que tiveram-o 
 b) além de todas as outras ciências que o tiveram 
 c) além de todas as outras ciências que tiveram-no 
 d) além de todas as outras ciências que lhe tiveram 
 e) além de todas as outras ciências que tiveram-lhe
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Questão 214: CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014
Assunto: Colocação pronominal
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
Em “Há políticas que reconhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a
formulação apresentada em: 
 a) Há políticas que a reconhecem 
 b) Há políticas que reconhecem-a 
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 c) Há políticas que reconhecem-na 
 d) Há políticas que reconhecem ela 
 e) Há políticas que lhe reconhecem
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Questão 215: CESGRANRIO - Adv (EPE)/EPE/Jurídica/2014
Assunto: Colocação pronominal
Pessoa em pessoa
Existe uma ironia ao fazer-se um guia a partir de um roteiro turístico escrito por Fernando Pessoa: embora ele tenhadetalhado cada ponto de Lisboa(a), cidade onde
nasceu e viveu, o maior poeta português não gostava de viajar. Se saiu, foi muito pouco, e só deixou a sua cidade natal em raras ocasiões(b). Numa delas, por motivos
familiares, viveu um período em Durban, na antiga colônia inglesa na África do Sul. Após a morte do pai, a sua mãe casou-se com o militar João Miguel Rosa, que, por
sua vez, se tornou cônsul de Portugal na cidade africana, obrigando a família a mudar-se(c). Pessoa foi para lá em 1896, com 8 anos, ali ficando até aos 17 anos.
Antes e depois desse período, a sua vida foi fincada em Lisboa [...] “Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade, foi a pátria, condensadamente. E desde que nela
lançou âncora, em 1905, nunca mais daí saiu”, confirma Teresa Rita Lopes, uma das maiores investigadoras da obra e da vida do poeta [...].
Rotas pessoais
Pessoa era uma espécie de freelancer, um profissional autônomo que se dedicava a traduções(d) de cartas comerciais para diversas empresas e casas comerciais de
Lisboa. Isso ajuda a explicar o fato de ter sido um verdadeiro andarilho, indo de um lado para o outro, algo que acabaria por constituir a sua própria personalidade(e).
Era caminhando que pensava, que refletia.
“Para ele era uma maneira de estar sozinho de fato, bem como uma forma de ter ideias, era uma maneira de criar. Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha
tido em tal passeio. Os passeios para ele eram também momentos de criação. Andava imenso”, explica Teresa Rita Lopes.
CORREIA FILHO, J. Lisboa em Pessoa: guia turístico e literário
da capital portuguesa. Lisboa: Publicações Don Quixote, 2011, p. 21 - 22. Adaptado.
 
O trecho em que o pronome entre parênteses substitui a expressão destacada, de acordo com a norma-padrão, é 
 a) “embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa”. (o tenha detalhado) 
 b) “só deixou a sua cidade natal em raras ocasiões” (deixou-lhe) 
 c) “obrigando a família a mudar-se” (obrigando- lhe) 
 d) “dedicava a traduções” (as dedicava) 
 e) “algo que acabaria por constituir a sua própria personalidade”(constituir-lhe)
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Questão 216: CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2013
Assunto: Colocação pronominal
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou com o apoio do BNDES(a) em 1987, e hoje retomamos uma parceria com o Banco na área de saneamento, premiada
pela Cepal, em Santiago do Chile.
O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade. O Brasil começaria a entender a Amazônia(b) não como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste exato
momento duas crises. Uma econômica internacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a solução para a saída de ambas é uma só: pensar um novo modelo(c) de
desenvolvimento que una a questão ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria, saúde, felicidade, com base não apenas no consumo desenfreado.
A questão liga a Amazônia(d) ao mundo não apenas pelo aspecto da regulação climática, mas também pela motivação na busca de uma solução para aquelas duas crises.
Temos uma oportunidade única — principalmente por ser o Brasil um país que agrega a maioria do território amazônico — de construir, a partir da Amazônia, um modelo
de desenvolvimento “2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar de importar um modelo de desenvolvimento do Sul, construído em
outras bases, deveríamos levar adiante algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replicadas em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade. Às vezes, pensamos na Amazônia(e) como um problema, como o escândalo do desmatamento. Raramente chegam às
regiões Sul e Sudeste ou a Brasília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fosse reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente, zerar o desmatamento (já há programas para isso) e combater a
pobreza, entendendo-se que a solução para o meio ambiente passa, necessariamente, pela questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no mundo, constataremos que são áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma
necessidade premente de se criar um ambiente de negócios sustentáveis, com uma economia ligada ao meio ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir, de
gerar emprego com o mínimo de governança, para que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de proteção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilegalismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Vamos imaginar
que sou do Rio Grande do Sul, sou um cara do bem, quero investir em produção madeireira na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de manejo, obtenho as licenças
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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necessárias, pago encargos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência desleal, e minha empresa fechará no vermelho. Como posso concorrer com 99% dos
empreendimentos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia. E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão pública, há a necessidade de políticas que atendam ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece a
Amazônia. Lido com políticos municipais, principalmente nas áreas de saúde e educação. Evidentemente, não podemos trabalhar com a mesma política de municípios
como Campinas ou Santarém, equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comunidades que ficam distantes 20 horas de barco e são responsabilidade do gestor
municipal. Imaginem um secretário de Saúde tentando cumprir a Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento limitado, numa situação amazônica, com as
distâncias amazônicas.
Outro ponto a ser levado em consideração é o ordenamento territorial. Também destaco os aspectos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o crédito, o
fomento e a construção de uma nova economia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from Deforestation and Degradation, que significa reduzir emissões
provenientes de desflorestamento e degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia como uma oportunidade, acho que conseguiremos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES.
Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
 
Está substituído pelo pronome adequado, de acordo com a norma-padrão, o termo destacado na seguinte passagem do texto: 
 a) “que começou com o apoio do BNDES” – começou- o 
 b) “começaria a entender a Amazônia” – entender- lhe 
 c) “pensar um novo modelo” – pensar-lhe 
 d) “A questão liga a Amazônia” – liga-a 
 e) “Às vezes, pensamos na Amazônia” – pensamo- la
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Questão 217: CESGRANRIO - Prof Jun (BR)/BR/Administração, ou em Economia, ou em Engenharia, ou em Marketing/Vendas a Rede
Automotiva/2012
Assunto: Colocação pronominal
Um circo e um antipalhaço
Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do mundo”, que continua a ser o sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos
meus primeiros dias de estudante nos Estados Unidos. Vi então, com olhos de adolescente ainda um tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de
encanto. Em 1954, revendo “o maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e domadores, senti-me outra vez menino.
O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã a Charlottesville e partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos
espectadores juntou-se o ruído metálico do desmonte da tenda capazde abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma de x, quase iguais às dos
teatros e que, como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transportadas para outros vagões de um dos trens. E
com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas com tigres; e também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como
se estivessem num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de circo: a do próprio circo gigante
desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes prontos a seguirem de trem para a próxima cidade.
O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino. Arma e desarma um circo gigante como se armasse ou desarmasse um
brinquedo de criança. E o que o faz com os circos, faz com os edifícios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas, erguem-se em pouco tempo do solo e
tomam como por mágica relevos monumentais.
Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano? Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões
de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades.
O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço. Não ri nem sequer sorri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega
uma única vez. Não cai esparramado no chão como os clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de suas vestes de palhaço.
O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns olhos, uma expressão, uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a
tristeza do clown diferente de todos os outros clowns. Trata-se na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de circo. E o curioso é que, impressionando
os adultos, impressiona também os meninos que talvez continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos.
Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às suas impressões das maravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de
feras, de equilibristas, de bailarinas, de cantores, de cômicos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que quase se limita a olhar para a multidão com os
olhos mais magoados deste mundo.
FREYRE, Gilberto. In: Pessoas, Coisas & Animais. São Paulo: Círculo do Livro.
Edição Especial para MPM Propaganda, 1979. p. 221-222. (Publicado originalmente em O Cruzeiro, Rio de Janeiro, seção Pessoas, coisas e animais, em 8 jul. 1956). Adaptado.
 
 
Aos trechos abaixo, retirados do texto, foram propostas alterações na colocação do pronome.
Tal alteração está de acordo com a norma-padrão em: 
 a) “foram se fechando”– foram fechando-se 
 b) “Pensa-se logo num palhaço” – Se pensa logo num palhaço 
 c) “ninguém lhe esquece a tristeza” – ninguém esquece-lhe a tristeza 
 d) “Trata-se na verdade” – Se trata na verdade 
 e) “que quase se limita a olhar” – que quase limita-se a olhar
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Questão 218: CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Químico/2012
Assunto: Colocação pronominal
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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A colocação pronominal está de acordo com a norma -padrão em: 
 a) Quem viu-me em Lisboa percebeu minha alegria. 
 b) Chega-se rapidamente a Lisboa pelo mar. 
 c) Como pode-se chegar a Lisboa? 
 d) Os marinheiros tinham ensinado-me a guerrear. 
 e) Quando encontrarem-se em Lisboa, visitem o Castelo de São Jorge.
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Questão 219: CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Ambiental/2018
Assunto: Sinônimos e Antônimos
“Guerra” virtual pela informação
A internet quebrou a rígida centralização no fluxo mundial de dados, criando uma situação inédita na história recente. As principais potências econômicas e militares do
planeta decidiram partir para a ação ao perceberem que seus segredos começam a ser divulgados com facilidade e frequência nunca vistas antes.
As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas
saber o que os outros sabem ou podem vir a saber. Os estrategistas em guerra cibernética sabem que a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas é cada vez
maior e eles tendem a se tornar rotineiros.
A datificação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou de forma vertiginosa o acervo mundial de informações. Diariamente circulam
na web pouco mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte equivale a 1,04 milhão de gigabytes), dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes.
Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas web indexadas diariamente pelo Google e 156 vezes o total de vídeos
adicionados ao YouTube a cada 24 horas.
Como não é viável exercer um controle material sobre o fluxo de dados na internet, os centros mundiais de poder optaram pelo desenvolvimento de uma batalha pela
informação. O manejo dos grandes dados permite estabelecer correlações entre fatos, dados e eventos, com amplitude e rapidez impossíveis de serem alcançados até
agora.
Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em dados pelo nosso banco, pelo correio eletrônico, pelo Facebook, pelo cartão de crédito etc., já somos passíveis
de monitoração em tempo real, em caráter permanente. São esses dados que alimentam os softwares analíticos que produzem correlações que servem de base para
decisões estratégicas.
CASTILHO, Carlos. Observatório da imprensa. 21/08/2013.
Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/codigo- aberto/quando-saber-o-que-os-espioes-sabem-gera-uma- -guerra-virtual-pela-informacao/.> Acesso em: 29 fev. 2018. Adaptado.
 
No trecho “A datificação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou de forma vertiginosa o acervo mundial de informações”, a palavra
que apresenta o sentido contrário ao de vertiginosa é 
 a) hesitante 
 b) indecisa 
 c) perplexa 
 d) vacilante 
 e) vagarosa
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Questão 220: CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Ambiental/2018
Assunto: Sinônimos e Antônimos
“Guerra” virtual pela informação
A internet quebrou a rígida centralização no fluxo mundial de dados, criando uma situação inédita na história recente. As principais potências econômicas e militares do
planeta decidiram partir para a ação ao perceberem que seus segredos começam a ser divulgados com facilidade e frequência nunca vistas antes.
As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas
saber o que os outros sabem ou podem vir a saber. Os estrategistas em guerra cibernética sabem que a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas é cada vez
maior e eles tendem a se tornar rotineiros.
A datificação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou de forma vertiginosa o acervo mundial de informações. Diariamente circulam
na web pouco mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte equivale a 1,04 milhão de gigabytes), dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes.
Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas web indexadas diariamente pelo Google e 156 vezes o total de vídeos
adicionados ao YouTube a cada 24 horas.
Como não é viável exercer um controle material sobre o fluxo de dados na internet, os centros mundiais de poder optaram pelo desenvolvimento de uma batalha pela
informação. O manejo dos grandes dados permite estabelecer correlações entre fatos, dadose eventos, com amplitude e rapidez impossíveis de serem alcançados até
agora.
Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em dados pelo nosso banco, pelo correio eletrônico, pelo Facebook, pelo cartão de crédito etc., já somos passíveis
de monitoração em tempo real, em caráter permanente. São esses dados que alimentam os softwares analíticos que produzem correlações que servem de base para
decisões estratégicas.
CASTILHO, Carlos. Observatório da imprensa. 21/08/2013.
Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/codigo- aberto/quando-saber-o-que-os-espioes-sabem-gera-uma- -guerra-virtual-pela-informacao/.> Acesso em: 29 fev. 2018. Adaptado.
 
 
No trecho “Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em dados pelo nosso banco, pelo correio eletrônico, pelo Facebook, pelo cartão de crédito, etc., já
somos passíveis de monitoração em tempo real, em caráter permanente”, a palavra monitoração pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por 
 a) comprovação 
 b) demonstração 
 c) esclarecimento 
 d) rastreamento 
 e) recuperação
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 13/117
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Questão 221: CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018
Assunto: Sinônimos e Antônimos
Texto I
 
Penalidade máxima
 
O som do apito do juiz ainda vibrava nos ouvidos de Lúcio. Naquele momento, quem o visse de perto perceberia o suor escorrendo frio por seu rosto liso de menino, sob
o sol de domingo no fim de tarde. Ele com as mãos na cintura, estático, os olhos baixos, mirando a bola fincada na marca do pênalti. Quem pudesse, naquele instante,
encostar a cabeça no seu corpo suado sentiria o descompasso da respiração, o coração dando saltos, e veria a tensão estampada nos olhos que se mantinham fixos na
direção da bola, de tal modo que o simples fato de desviá-los sequer um segundo parecia significar a perda total da concentração e o chute torto nas mãos do goleiro ou
por cima da trave, a bola zunindo em direção às árvores que se estendiam para além do campo. O juiz já apitara, aquele som estridente, ele ouvira muito bem, mas seus
músculos pareciam inertes, sem comando, e lhe faltava ar, como se as árvores em volta do campinho de várzea invertessem a ordem natural e sugassem o oxigênio que
era dele. Lúcio não precisava levantar a cabeça, mudar a direção do olhar e dar uma espiada em torno para saber, dali mesmo tinha certeza de que todos o observavam.
Sabia, sem precisar ver, que os reservas sentados no banco de alvenaria à beira do campo, empurrados pelas costas pelos torcedores que se acotovelavam do lado de
fora do alambrado, e mesmo os privilegiados que podiam se dar ao luxo de ocupar um lugar apertado nas poucas tábuas da pequena arquibancada, ou ainda os mais
ousados, trepados nas encostas do morro, mais atrás, todos eles e ainda os outros jogadores, do seu time e os do time adversário, ali em campo, e o juiz, e
principalmente o velho Gaspar, ex-centroavante do Bangu e agora técnico do seu time, todos esperavam por um movimento seu, um caminhar, um correr na direção da
bola, o chute, um desfecho. Nunca, porém, a distância entre as duas traves lhe parecera tão curta, nem a figura do goleiro tão imensa.
 
CARNEIRO, Flávio. In: 22 Contistas em Campo. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2006, p. 69. Adaptado.
 
O título do Texto I é “Penalidade máxima”, pois se refere a uma situação do jogo de futebol em que a possibilidade de acontecer um gol é bem alta.
 
A segunda palavra empregada no título tem como antônimo a palavra
 a) mínima
 b) módica
 c) maiúscula
 d) descomunal
 e) imensurável
 
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Questão 222: CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018
Assunto: Sinônimos e Antônimos
Texto I
 
Penalidade máxima
 
O som do apito do juiz ainda vibrava nos ouvidos de Lúcio. Naquele momento, quem o visse de perto perceberia o suor escorrendo frio por seu rosto liso de menino, sob
o sol de domingo no fim de tarde. Ele com as mãos na cintura, estático, os olhos baixos, mirando a bola fincada na marca do pênalti. Quem pudesse, naquele instante,
encostar a cabeça no seu corpo suado sentiria o descompasso da respiração, o coração dando saltos, e veria a tensão estampada nos olhos que se mantinham fixos na
direção da bola, de tal modo que o simples fato de desviá-los sequer um segundo parecia significar a perda total da concentração e o chute torto nas mãos do goleiro ou
por cima da trave, a bola zunindo em direção às árvores que se estendiam para além do campo. O juiz já apitara, aquele som estridente, ele ouvira muito bem, mas seus
músculos pareciam inertes, sem comando, e lhe faltava ar, como se as árvores em volta do campinho de várzea invertessem a ordem natural e sugassem o oxigênio que
era dele. Lúcio não precisava levantar a cabeça, mudar a direção do olhar e dar uma espiada em torno para saber, dali mesmo tinha certeza de que todos o observavam.
Sabia, sem precisar ver, que os reservas sentados no banco de alvenaria à beira do campo, empurrados pelas costas pelos torcedores que se acotovelavam do lado de
fora do alambrado, e mesmo os privilegiados que podiam se dar ao luxo de ocupar um lugar apertado nas poucas tábuas da pequena arquibancada, ou ainda os mais
ousados, trepados nas encostas do morro, mais atrás, todos eles e ainda os outros jogadores, do seu time e os do time adversário, ali em campo, e o juiz, e
principalmente o velho Gaspar, ex-centroavante do Bangu e agora técnico do seu time, todos esperavam por um movimento seu, um caminhar, um correr na direção da
bola, o chute, um desfecho. Nunca, porém, a distância entre as duas traves lhe parecera tão curta, nem a figura do goleiro tão imensa.
 
CARNEIRO, Flávio. In: 22 Contistas em Campo. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2006, p. 69. Adaptado.
 
A última palavra do Texto I poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:
 a) ágil
 b) turva
 c) assustadora
 d) importante
 e) enorme
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Questão 223: CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018
Assunto: Sinônimos e Antônimos
Texto II
 
O Brasil na memória
 
A viagem tem uma estruturalidade típica. Há a escolha do destino, uma finalidade antevista, uma partida e um retorno, um trajeto por lugares, um tempo de duração. Há
situações iniciais e finais, outras intermediárias, numa dimensão linear, e há atores, um dos quais o viajante, que serve de fio condutor entre pessoas, acontecimentos,
locais e deslocamentos. Supõe uma subjetividade que se abre ao desconhecido, a perda de referências familiares, o abandono do mesmo pelo diferente, o encontro com
o outro e o reencontro consigo mesmo. Em contrapartida, a narrativa de viagem depende em primeiro lugar da memória e de anotações. Seleciona experiências, precisa
estabelecer um projeto de narração, não necessariamente cronológico ou causal, torna-se, mesmo sem intenção, um testemunho. E é orientada por perspectivas do
narrador-viajante, que incluem seu estilo de vida, sua mentalidade, assim como sua visão de mundo e sua posição de sujeito, ou seja, o local cultural de onde fala.
 
BORDINI, Maria da Glória. In: Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro:
EdUERJ, 2011, p. 353.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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No Texto II, em “Supõe uma subjetividade que se abre ao desconhecido.”, se as três palavras destacadas fossem substituídas por seus antônimos, o trecho seria:
 a) Supõe uma objetividade que se consuma no incógnito.
 b) Supõe uma objetividade que se fecha ao reconhecido.
 c) Supõe uma realidade que se conclui no ignorado.
 d) Supõe uma realidade que se encerra ao sabido.
 e) Supõe um propósito que se nega ao

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