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IED 1 ucam 2016

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
JACAREPAGUÁ
FACULDADE DE DIREITO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
I E D - 1º PERÍODO
BIBLIOGRAFIA
BETIOLI, Antônio Bento. Introdução ao Direito: lições de Propedêutica Jurídica Tridimencional. 10 ed. São paulo: Saraiva, 2008.
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
Telles Junior, Goffredo. Iniciação na Ciência do Direito. 4 ed. São Paulo: Saraiva.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao Estudo do Direito. 39 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
MONTORO, André Franco. Introdução à Ciência do Direito. 26 ed. São Paulo: RT, 2005.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 24 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
 NUNES, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27 ed. São Paulo: Saraiva, 2007 – 7ª tiragem.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. 2 ed. São paulo: Atlas, 2007.
O HOMEM E O DIREITO
O homem é um ser social: convivência e comunicação
O homem é um ser político: relações e diretrizes
Sociedade:
multiplicidade de indivíduos + interação + previsão de comportamento
A sociedade interage por cooperação, por competição e por meio de conflito.
Controle social: “processo de regulamentação da conduta em sociedade”(BETIOLI, 2008, p. 8)‏
O HOMEM E O DIREITO
Instrumentos de controle social:
Religião
Moral
Regras de trato social
Direito
Direito como instrumento de controle social:
Regramento de conduta => ordem e justiça
Segurança jurídica => regras (prevenção) e sanções (soluções)‏
INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DO DIREITO - IED
O que é IED?
Disciplina introdutória nos cursos jurídicos
Foi institucionalizada pelo Decreto n. 19.852, de 11 de abril de 			1931 – Getúlio Vargas (PR) e Francisco Campos (MJ):
			artigo 27 - Introdução à Ciência do Direito
			artigo 29 – no 1º ano
1931 – primeiras obras sobre IED
Base para o conhecimento jurídico que virá, fornecendo:
 “solidez da cultura jurídica”
 “visão global”
IED
“compreensão dos ensinamentos específicos das demais disciplinas que integram o curso” (SECCO, 1981, p. 12)‏
 Demais denominações:
Teoria Geral do Direito
Enciclopédia Jurídica
Introdução ao Direito
Introdução à Ciência do Direito
Filosofia do Direito (???)‏
Sociologia do Direito (???)‏
IED
 O que é Introdução ao Estudo do Direito?
 Ciência? 
 Filosofia? 
 Sociologia?
 História?
 Enciclopédia?
 Paulo Condorcet Barbosa Ferreira (apud SECCO, 1981, 	p. 13) é um somatório de :
Enciclopédia: adição, englobativa
Propedêutica: preliminar, introdutória, prepara
Eclética: envolve várias doutrinas e seus confrontos
E VAMOS CONVERSANDO 
sobre direito 
O Estado Democrático de Direito e CRFB 1988 
 Sociedade inclusiva
 Mecanismos institucionais e legais visando à emancipação do cidadão
Direito – do que se trata?
Dever ser X Ser
Necessidade social
Espectro antropocêntrico
Moral X Direito
E VAMOS CONVERSANDO
SOBRE DIREITO
Para que Direito? 
“a) necessidade de uma ordem normativa objetiva e estável, como garantia frente à arbitrariedade do poder; 
b) a ordem normativa necessita de constante legitimação; 
c) o valor normativo da ordem vigente depende de sua racionalidade e dos atos da vontade humana tendentes à sua realização”. (Barroso, 2006:01)‏
O QUE É O DIREITO?
LEI?
ORDEM?
SOLUÇÃO DE CONFLITOS?
PARA QUEM?
EM QUE ÉPOCAS?
UMA OU VÁRIAS ESCOLAS?
O QUE É ORDEM?
Goffredo Telles Junior, 
		“Toda ordem, evidentemente, é uma disposição. Mas não é uma disposição qualquer. É uma certa disposição, uma disposição conveniente de coisas, sendo que a disposição só pode ser considerada conveniente quando alcança o fim em razão do qual ela é dada às coisas”. (2009, p. 3 e ss)‏
Exemplos:
Na biblioteca: encontrar os livros
Na sociedade: paz pública/social
Na polícia: preservar ordem pública; investigar; 				polícia administrativa / judiciária assim 				como a preventiva / repressiva
O QUE É ORDEM?
QUAL O FIM DA ORDEM ?
QUAL O SEU OBJETO?
O conhecimento do fim estabelece a conveniência dos meios. Logo, temos a idéia do efeito.
Mas, antes de o efeito se efetivar temos o projeto, ou seja a previsão do futuro.
Eis o FIM ou CAUSA FINAL da ordem:
o objeto
O QUE É ORDEM?
MULTIPLICIDADE DE SERES
São todos distintos na semelhança.
Para São Tomaz de Aquino:
“Não há ordem sem distinção”
Eis a MATÉRIA ou CAUSA MATERIAL da ordem:
seres múltiplos
O QUE É ORDEM?
PARTES DE UM TODO
Unicidade, ou seja, a “unicidade do múltiplo”.
É a disposição conveniente.
Ex: livros na biblioteca
policiais na segurança pública
material de construção na casa
Eis a FORMA ou CAUSA FORMAL da ordem:
a disposição conveniente
O QUE É ORDEM?
Ordem X Desordem
São situações opostas ou diferentes? R: diferentes
Ex: doença, crime, sofrimento, injustiça, dor, mal, epidemias, pragas 
Pois são efeitos de certas causas e assim, têm fim, matéria e forma.
É a ordem não desejada, não querida.
Ela desagrada, desgosta, decepciona, prejudica, infelicita, desola, mas ainda assim contém os elementos da ordem.
O QUE É ORDEM?
Continuação ordem x desordem:
Na natureza: é a não querida pelo homem
Na sociedade: pode ser voluntária (intencional) ou involuntária (por culpa, por desmazelo).
Logo, a desordem é uma ilusão que se compõe de dois elementos: um subjetivo (o que foi projetado, a idéia) e outro objetivo ( a realidade).
O QUE É ORDEM?
ATENÇÃO
Ordem não se confunde com estabilidade. Esta depende de harmonia e equilíbrio.
EXERCÍCIO:
Pense na sociedade em que vivemos.
Agora pense nas diferentes ordens sociais que já tiveram existência no Brasil.
Responda: 
 - o que é ordem pública, conforme descrito no caput do artigo 144 da CF/88?
 DIREITO X MORAL
Ambos ditam normas de conduta
Moral: consiste em uma busca do honesto, do justo, do virtuoso, que esteja em acordo com a consciência.
Por isso:
Moral: foro íntimo
Direito: foro externo
Para alguns, como para Georg Jellinek, “o direito representa apenas o mínimo de moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver”.
DIREITO X MORAL
TEORIAS DOS CÍRCULOS:
1. Concêntricos: Jeremy Bentham 
Ex: pagamento de dívida prescrita →moral não jurídico
moral
dto
DIREITO X MORAL
2. Secantes ou teoria da intercomunicabilidade: Du Pasquier
Ex: prestar alimentos
D
M
DIREITO X MORAL
3. Independentes: Kelsen (teoria pura do direito) – as de direito somente são válidads porque foram produzidas por uma autoridade produtora de normas
Ex: Norma para o funcionamento de um órgão
Moral
Direito
DIREITO X MORAL
Direito
Quanto ao campo de ação
Foro exterior
Quanto à intensidade da sanção
Mais enérgicas, de natureza material, punições legais, coercíveis
Quanto aos efeitos das normas
Bilateral – obriga aos dois
Moral
Quanto ao campo de ação
Foro interno
Quanto à intensidade da sanção
Mais brandas, de natureza interna ou de reprovação social
Quanto aos efeitos das normas
Unilateral – obriga somente a um
DIREITO X MORAL
DISTINÇÃO SEGUNDO LUIS CARLOS BRANCO (MANUAL DE INTRODUÇÃO AO DIREITO, ED. JURUÁ: 2003, P. 26)‏
“Normas jurídicas:
1) Estabelecem coação imposta pelo poder público
2) Campo de aplicação restrito
3) Tem coação (obrigam a ageir conforme a norma)‏
4) Objetivam evitar que se lese ou prejudique outrem
5) O direito é bilateral
6) O direito é mais definido
7) Impõem deveres e conferem direitos
8) Ação
		Normas morais:
		1) Estabelecem normas d econduta
		2) Campo mais amplo
		3) São incoercíveis
		4) Levam o indivíduo a abster-se do mal e praticar o bem
		5) As normas morais são unilatrerais
		6) São mais difusas (prolixas) – não circunscritas
		7) Limitam-se a mera imposição de deveres
		8) Intenção (subjetividade)‏
TEORIA TRIDIMENCIONAL DO DIREITO
Fato:
Quando acontece  direito objetivo  particular e concreto
Âmbito da sociologia
Norma:
Quando é feito  direito objetivo  genérico e abstrato
Âmbito da disciplina, da justiça, do direito
Valor:
Quando aplicado pelo juiz  direito subjetivo
Âmbito da filosofia
Tridimensionalidade específica do Direito: 
“doutrina que requer a integração das três perspectivas numa unidade funcional e de processo”
Fato e valor dialogam,
seja na elaboração da norma, seja na aplicação da mesma.
TEORIA TRIDIMENCIONAL 
DO DIREITO
ELEMENTO		 NOTAS				CONCEPÇÕES
CONSTITUTIVO	DOMINANTES		UNILATERAIS
FATO				EFICÁCIA			SOCIOLISMO JUR.	 TRIDIM.GENÉR
VALOR			FUNDAMENTO	 MORALISMO JUR.	
NORMA			VIGÊNCIA			NORMATIVISMO ABSTRATO
 TRIDIMENSIONALIDADE ESPECÍFICA
 CONCRETA – DINÂMICA
TEORIA DE REALE
SIMBOLOGIA DO DIREITO
ORIGEM GREGA E ROMANA
Grécia:
Dikê ou Dice, com duas balanças (justa retribuição), filha de Zeus e Thémis. As outras horas (momento certo em grego) eram Eunomia (ordem legal, disciplina) e Eiroené (paz).
Thémis (uma balança) garantia a ordem universal: 
(justiça, disciplina e paz)‏
Significados:
balança na mão direita: igualdade e ponderação
espada na mão esquerda: força, coercibilidade, executar a lei impede que se tenha desejos e emoções
olhos abertos e sem venda: para não fujir nenhum detalhe
STF
SIMBOLOGIA DO DIREITO
ORIGEM GREGA E ROMANA
Roma:
Iustitia	 - deusa que se apresenta, às vezes, sentada e que está de pé para dizer o direito
	Significados:
 duas mãos segurando a balança: que tem um fiel e que deve estar direito – de rectum (de cima para baixo) – equilíbrio entre o abstrato e o concreto
 venda nos olhos: cega, justiça não vê a priori
SIMBOLOGIA DO DIREITO
Indicações para se compreender o direito
a partir dos símbolos:
	Origem divina
	Justiça como fonte do direito (que é reto e justo)‏
	Bilateralidade do litígio (os dois pratos)‏
	Divisão dos bens com sentido de igualdade (equilíbrio da balança)‏
	Imparcialidade na administração da justiça (agente isento e incorrupto)‏
Tanto em Roma quanto na Grécia os pratos da balança ficam da mesma forma, nivelados, para simbolizar a equanimidade.
SIMBOLOGIA DO DIREITO
A balança é o símbolo da justiça.
ius  directus
ius está relacionado à justiça, jurisprudência, justo
directus está relacionado aos pratos da balança retos
SIMBOLOGIA DO DIREITO
Balança simples:
Balança com os dois pratos
Balança completa:
Balança nas mãos da deusa e esta com a espada
LIVRO: ANTIGONA
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/antigone.pdf e http://www.youtube.com/watch?v=nf3ovl_e1fg 
TRABALHO
 
	LEIA E CONTEMPLE O LIVRO COM ESPECIAL ATENÇÃO. 
	Discuta sua idéia principal, explicitando a distinção entre direito natural e direito positivo a partir dos dados trazidos pelo livro, oportunidade em que deverá analisar a condição de se obedecer as leis da cidade, a honra de poder ser sepultado e principalmente a questão da justiça.
FILME: AMISTAD
TRABALHO
 
	APRECIE O FILME COM ESPECIAL ATENÇÃO. 
	Discuta sua idéia principal, explicitando a distinção entre direito natural e direito positivo a partir dos dados trazidos pelo filme, oportunidade em que deverá analisar a obtenção de provas, o embate cultural apresentado entre africanos e estadunidenses, além de explicar o aspecto jurídico que permeou todo o enredo.
DIREITO NATURAL
Parte-se do pressuposto de que existem certos princípios que expressam idéia superior de Justiça, aos quais não é permitido aos homens contrastarem. 
Jusnaturalismo:
normas sólidas que preexistem ao surgimento da ordem jurídico-positiva estatal, normas estas que se presumem não cabendo discussão, pois que são típicas da natureza humana.
Origem Divina
Origem Racional
DIREITO POSITIVO
Relacionado com o que está posto na sociedade e para a sociedade,
Portanto não somente o direito escrito é positivo, o direito não codificado, como o anglo-saxão, também o é. 
O direito brasileiro tem origem romano-germânica, por isso nos utilizamos de códigos para expressar nossas legislações.
CONCEITO:
 “compreende o conjunto de regras estabelecidas pelo poder político em vigor num país determinado e numa determinada época. É o direito histórico e objetivamente estabelecido, encontrado em leis, códigos, tratados internacionais, costumes, decretos, regulamentos etc.”(Max & Edis, Manual de direito público e privado, ed. Atlas, 2007; p. 36).
Contrapõe-se ao direito natural que significa dizer que tem princípios de caráter universal que estão além das impostas pelos indivíduos, pois a própria existência humana o impõem.
 
DIREITO POSITIVO
Há apenas uma falsa noção de maior segurança para o direito escrito ou codificado, pois que há diversos entendimentos sobre a aplicação de um mesmo dispositivo, devendo lembrar que o Poder Judiciário no Brasil tem em sua composição dois órgãos cuja missão precípua é verificar a aplicação correta do direito, podendo conflitar em suas decisões. 
Veja o que ocorreu com a Súmula 343 do STJ e posteriormente o STF, com a edição da Súmula Vinculante número 05, fez cair por terra um reconhecimento já dado pelo STJ de que em sede de procedimento administrativo disciplinar a defesa técnica seria fundamental e sua exigência poderia tornar nulo um processo.
DIREITO POSITIVO
São quatro as divisões que apresentaremos,
 todas conforme Paulo Nader:
1) direito público e direito privado
2) direito geral e direito particular
3) direito comum e direito especial
4) direito regular e direito singular
DIREITO POSITIVO
1) Direito Público e Direito Privado
teorias que explicam esta divisão:
MONISTA
DUALISTA:
	Substancialista: 
		Teoria dos Interesses em jogo
		Teoria do Fim
	Formalista:
		Teoria do Titular da ação
		Teoria das Normas Distributivas e Adaptativas
		Teoria da Natureza das Relações Jurídicas
TRIALISTA
DIREITO POSITIVO
MONISTA
ou o direito é público ou é privado, não pode haver os dois coexistindo no sistema jurídico
Público: defesa da maioria
porém, pensado em termos de época do direito romano, o privado seria a maioria, pois à época, o direito para a solução de casos particulares era tido em maior escala.
Hans Kelsen:
ocorre a redução do fenômeno jurídico ao elemento normativo. Prevalece, portanto, a vontade do estado, LOGO todo direito é público, quanto à origem e quanto à validez.
DIREITO POSITIVO
DUALISTA
podem coexistir o direito público e o direito privado.
SUBSTANCIALISTA: QUANTO À SUBSTÂNCIA
Teoria dos Interesses em Jogo
também chamada de clássica ou romana, sendo a mais antiga
Ulpiano: 
“publicum ius est quod ad statum rei romanae spectat; privatum quod ad singulorum utilitatem pertinet”. Tradução livre: direito público é aquele cujo interesse é o do rei; privado é aquele a cujo interesse do particular pertence.
Tem motivações histórica, nos romanos: a) distinção entre as coisas do Rei e as do Estado; b) vontade de conceder direitos a estrangeiros
Autores: Chironi-Abello; D'Aguano, Ranelletti; Waline e May
DIREITO POSITIVO
DUALISTA - SUBSTANCIALISTA: QUANTO À SUBSTÂNCIA
Teoria do Fim:
l
Público: quando o direito tem o estado como fim
Privado: quando o direito tem o indivíduo como fim
Não satisfaz as necessidades do estudo das divisões do direito em público e privado
Autores: Savigny, Stah
DIREITO POSITIVO
DUALISTA - FORMALISTA: QUANTO À FORMA
Teoria do Titular da ação
é falha
faz referência à tutela jurídica, à movimentação judicial, onde seria pública se do Estado, privado se do indivíduo
Autor: Thon
Ruggiero: “não é a natureza da ação o que determina o caráter da norma, o inverso é que é verdadeiro”
o direito processual somente existe porque existe um direito material para que seja assegurado
DIREITO POSITIVO
DUALISTA - FORMALISTA: QUANTO À FORMA
Teoria das Normas Distributivas e Adaptativas
o direito seria a faculdade de se servir de algum bem
as distributivas fariam parte do direito privado,
pois haveria uma distribuição de bens
as adaptativas, do direito público, pois um bem como um rio não poderia ser distribuído, então seria adaptado ao uso do indivíduo
Autores: Zitovich, Korkounov
DIREITO POSITIVO
DUALISTA - FORMALISTA: QUANTO À FORMA
Teoria da Natureza das Relações Jurídicas
É A MAIS ACEITA HOJE EM DIA
Público: onde há relação de subordinação. O poder público participa da relação com seu imperium, impõe sua vontade.
Privado: relação de coordenação. Igualdade no vínculo entre particulares.
Não se aplica a direito internacional público
Atenção: o Estado pode ter relação de subordinação ou de cooperação, dependendo do tipo de relação jurídica a que estiver se submetendo naquele momento. Ex: na relação com um servidor público ou alugando um imóvel em caráter particular.
Autores: Fleiner, Legaz y Lacambra, Garcia Máynez
DIREITO POSITIVO
TRIALISTA
direito misto ou social
Paul Roubier: 
	a) direito profissional: comercial, do trabalho e 					legislação social;
	b) regulador: penal e processual
 ATENÇÃO:
 a maioria dos autores atuais consolidam a idéia da teoria dualista, sendo que alguns poucos ilustram a idéia trialista.
DIREITO POSITIVO
DIREITO PRIVADO
Relaciona-se com a justiça comutativa
direito civil: conjunto de princípios, regras e instituições destinados a reger as relações entre as pessoas e do vínculo que têm com seus bens.
direito comercial/empresarial: conjunto de princípios, regras e institui,ões que regulam os atos de comércio e as atividades de empresa. ATENÇÃO: Há quem diga que não há qualquer diferença entre ambos, sendo que o direito empresarial incorporou o direito comercial ampliando seu horizonte com o estudo das empresas. O direito comercial adota esta denominação em virtude de regular atos de comércio, ou seja, as atividades de venda, compra e afins, já o direito empresarial regula os atos dos empresários, que traz em si a conotação da forma como são desenvolvidas as atividades.
direito do trabalho: conjunto de princípios, regras e instituições que regulam as relações de trabalho. ATENÇÃO: para a maioria dos autores este ramo do direito pertence ao direito privado, mas há quem o coloque no direito público ou ainda crie um terceiro gênero: o direito social
DIREITO POSITIVO
DIREITO PÚBLICO
tem relação direta com a justiça distributiva
estão inseridos nesta divisão:
direito constitucional: ramo do direito que estuda os princípios, as regras estruturadoras do Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais.
direito administrativo: ramo do direito que regula a atividade das pessoas jurídicas públicas e a instituição de meios e órgãos relativos à ação dessas pessoas.
direito econômico: é o conjunto de princípios, de regras e de instituições que visa à intervenção do Estado no domínio econômico.
direito penal: conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem os pratica.
DIREITO POSITIVO
direito processual: conjunto de normas e princípios que estuda o desenvolvimento do processo.
direito tributário: conjunto de princípios, regras e de instituições que regem o poder fiscal do Estado.
direito internacional privado: conjunto de princípios e regras destinados a reger os conflitos de leis no espaço. ATENÇÃO que alguns (poucos) autores, colocam este ramo do direito inserido no direito privado
direito internacional público: conjunto de princípios e regras destinados a reger os direitos e deveres internacionais, tanto dos Estados ou outros organismos análogos, quanto dos indivíduos.
DIREITO POSITIVO
2)Direito Geral e Direito Particular
o critério é o alcance geográfico
União: geral em relação ao Estado e ao Município
Estado: geral em relação ao Município
Estado: particular em relação a ele mesmo, e assim por diante no raciocínio
3)Direito Comum e Direito Especial
o critério é “maior ou menor alcance sobre as relações da vida”
comum: todas as pessoas e todas as relações
especial: parte das pessoas e parte das relações
gvia de regra o direito especial nasce e se destaca do direito comum”
4) Direito Regular e Direito Singular
regular é o direito normal, o que é a regra de ser utilizado
singular é a exceção, o que é utilizado para uma situação excepcional. Ex: normas editadas pós revolução de 1964 (eram singulares nessa ocasião) que se transformaram em regulares com a incorporação dessas mesmas normas na Constituição de 1967 (e agora são regulares)‏
DIREITO POSITIVO
PRIVILÉGIO
“é o ato LEGISLATIVO que disciplina uma situação concreta, não aplicável por analogia a situações semelhantes”
decorre do princípio da isonomia
nada mais é que o direito à diferença
Exemplos:
créditos trabalhistas em caso de insolvência do trabalhador
Administração Pública em relação aos administrados (prazos diferenciados para contestar e recorrer( CPC, Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.)‏
CRFB/1988, ARTIGO 59
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
Disposição Geral
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
UMA INTRODUÇÃO ÀS NORMAS
Vimos que ordem implica em unidade na multiplicidade, ou seja, está organizado segundo...
A NORMA
No mundo físico: é e pronto, só pode ser o que é; é descritivo; simplesmente é;
No mundo ético: só é comum, usual se permitido ou proibido; é prescritivo; deve ser
NORMAL: que é conforme a regra, que é próprio de muitos;
Um sistema de convicções dominante.
ANORMAL: o que não está conforme a regra, logo fere a normalidade e é excepcional.
UMA INTRODUÇÃO ÀS NORMAS
ATENÇÃO: a ordem pode ser anormal ou normal, pode ferir a regra, portanto, há de ser legitimada. Normal e anormal são, pois, conceitos relativos.
Normas: dependem das circunstâncias; são concepções ideais, em estados usuais, comuns ou o que seres humanos desejam que o sejam. Para Reale, um molde.
Ordenação normativa:
Conjunto articulado de disposições para a orientação do comportamento, segundo o que é tido, dentro de uma comunidade, como bom e mau, conveniente e inconveniente, útil e prejudicial, belo e feio”(Goffredo telles Jr., p.21).
UMA INTRODUÇÃO ÀS NORMAS
Sabemos que em todos os lugares há regras 
EX: família, relações de amizade, trabalho, dentre outros.
Regras são condutas prescritas, são proposições nos mais variados níveis, tendo em vista a necessidade de convivência social.
Se há regras em vários níveis (porque há convivência em vários níveis), há várias classes de regras e de ordens (social, moral, religiosa e de direito).
 NORMAS JURÍDICAS
Sabemos que regras precisam ser compreendidas e aceitas pelo corpo social
Social /costume: comportamento na convivência
Religiosa: relacionamento do homem com a divindade superior, comportamento entre os que professam a mesma fé.
Norma jurídica: 
São princípios, expressões ideológicas, declarações programáticas, moldes a se enquadrarem comportamentos.
É a descrição de caráter hipotético, genérico e universal, imposto pelo legislador a destinatários não individualizados.
 NORMAS JURÍDICAS
Hipótese normativa:
 situação de fato prevista em norma que tem efeito jurídico. Também é conhecida como hipótese de incidência, tipo legal, fato gerador.
Tipicidade:
 é um modelo de fato que a norma descreve.
ATENÇÃO: DIREITO PROCESSUAL → a norma trata de aplicação, de como se conseguir efetivar o que é dado como direito (possibilidade de exigir) pelo DIREITO MATERIAL.
 NORMAS JURÍDICAS
Atributos / características das normas:
1. GENERALIDADE: grande número de pessoas;
2. BILATERALIDADE: disciplina relações jurídicas;
3. COERCIBILIDADE: consiste em obrigar, ou como se quer modernamente: AUTORIZAMENTO: a norma autoriza a busca do direito, ela em si não coage ninguém;
4. ABSTRATIVIDADE: não é casuística, a norma regula pelo denominador comum.
 NORMAS JURÍDICAS
Para Goffredo Telles Junior:
NORMA JURÍDICA é um imperativo autorizante.
DIREITO É IGUAL A
RECONHECER QUE 
DETERMINADAS NORMAS
 SÃO OBRIGATÓRIAS
 NORMAS JURÍDICAS
KELSEN 
“Teoria Pura do Direito”
Direito somente conhece a conduta das pessoas enquanto norma, ou seja somente o conhece de forma MEDIATA.
A NORMA é o objeto central do Direito
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
1. QUANTO AO TERRITÓRIO
2. QUANTO À FONTE
3. QUANTO À VIOLAÇÃO / AUTORIZAMENTO
4. QUANTO À IMPERATIVIDADE
5. QUANTO À HIERARQUIA
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
1. QUANTO AO TERRITÓRIO
Critério espacial
de direito interno
de direito externo
Verificar: 
Hierarquia das normas (normas constitucionais, normas complementares ou ordinárias) – pirâmide de Kelsen
Âmbito federal/estadual/municipal
O que a CRB declara
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
2. QUANTO À FONTE
Legais
Consuetudinárias
Negociais
Jurisprudenciais
Doutrinárias
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
3. QUANTO À VIOLAÇÃO / AUTORIZAMENTO
a) plus quam perfectae
Nulidade do ato
Aplicar sanção + pena (sanção excessiva)‏
Ex: CC/02 art. 1.521 (casamento: anula o casamento e é crime)‏
b) perfectae
Sanção é a própria nulidade, não há outra pena
Ex: CC/02 art. 1.647 (cônjuge aliena sem autorização do outro); penal
c) minus quam perfectae
Quando a vontade for viciada declara o fato anulável e não nulo, pois limitam-se a aplicar uma pena ou restringir suas consequencias
Ex: CC/02 arts. 1.523,I (viúva casa s/inv.) e 1.641, I 
d) imperfectae
Obrigação natural, pois adquire eficácia jurídica quando é cumprida
Transição entre a ética (podendo ser um costume) e a lei
Não é autorizante, logo não seria norma
Ex: dívida de jogo CC/02 art. 814
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
Código Civil /02
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
Código Civil /02
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
Código Civil /02
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
Código Civil /02
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
§ 1o Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.
§ 2o O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos.
§ 3o Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
4. QUANTO À IMPERATIVIDADE
a) cogente ou de ordem pública
Normas de caráter público
b) dispositiva (pode dispor de maneira diversa)‏
Normas de caráter privado
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
5. QUANTO À HIERARQUIA
a) normas constitucionais
b) CRFB art 59
c) Decretos regulamentares
d) outras (provindas do poder executivo)‏
Relação Jurídica
Conceito
Relação regulada pelo direito;
Vínculo entre sujeitos de direito que é estabelecido pela vontade humana ou pela lei.
Natureza
 Clóvis Beviláqua  traduz o poder de realização do direito subjetivo
Relação Jurídica
Elementos:
Subjetivo:
 sujeito, que estará nos dois pólos da relação, o 	ativo (exige determinada conduta de outra pessoa) 	e o passivo (o que se subordina ao poder de outra pessoa).
	Interesse:
 individuais ou transindividuais (coletivos e difusos);
			Há um dever de abstenção das partes, ou seja, 	não violar interesses relevantes. 
Objetivo: 
objeto ou o bem da vida;
		 sofre a dominação pelo sujeito.
Relação Jurídica
Características:
Bipolaridade: um sujeito em cada pólo;
Intersubjetividade: somente entre sujeitos;
Vinculação: compele ao cumprimento de deveres.
Espécies de relações jurídicas ou vínculos entre sujeitos com dominação sobre um objeto ou “bem da vida”:
Relações de família;
Relações obrigacionais e contratuais;
Relações sobre coisas;
Relações sucessórias.
Relação Jurídica
Parte Geral do Código Civil
Das pessoas: os sujeitos na relação jurídica;
Dos bens: os objetos na relação jurídica;
Dos fatos jurídicos: fatos que permeiam a relação jurídica.
Entes materiais, corpóreos
Entes imateriais, incorpóreos

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