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f - ' ? •x 1 ' t ■ ILI 4j| í * \ 1 u , i . * * 1 f v'i PROF. EMl L I O BETTI Catedrático de Direito civil da Universidade de Roma -•‘Í T OMO III 24 «COLECÇXO COIMBRA EDITORE» COIMBRA EDITORA. LDA. T E O R I A G E R A L DO N E G Ó C I O J U R Í D I C O w \ X z t* 1 r s t : ji<£- - r-?f \ S* 3/S9 '■$ t e o r i a g e r a l oo n e g ó c i o j u r í d i c o T O MO I I I C o l * c ç A o 24 COIMBRA EDITORA Prof. E M l L l O B E T T I t e o r i a g e r a l D O NEGÓCIO JURÍDICO T O M O I I I : - T R A D U Ç Ã O D E F E R N A N D O D E M I R A N D A C O I M B R A 4 WS 1 9 7 0 A preunU trêdufão foi feita tomando r -r bau a >.* rez^utstda da 2* t4 i;io tSiU liana do üirr ia p „ f £mtUj ~tUl- TEORIA GENERAL DEL NECCZIO CIUHIDICO4 ' t« COPYRIGHT ET UNIÚXE TiPOGP.AFICO- -B D ITR IC Z TOKINESE, DE TOKIU r / •ê - DE 7 0 * 1! k t í ; > 6 6 r® -" Reservados todzs direi (os. tm .meus portuguesa, pan Coimbra Editora. L.da Coig-xa - Portugal \ CAPITULO V III Invalidade c ineficácia do negócio jurídico SUMÁRIO: 57.* Invalidade e ineficácia do ncçócio nos seus caracteres diferenciais.— 5S. Vários aspectos da invali dade: nulidade, inexistência, anulabilidade; invalidade absoluta e relativa, total e parcial. — 59. Invalidade superveniente ou suspensa, e convalescença do negócio inválido.— 60. Revogaçáo. rescisão, resoiuçáo.— 61. Con verso do negócio inválido ou ineficaz (•). — Invalidade e ineficácia do negócio nos seus caracUres diferenciais. — Depois de estudadas as pos- ( V Da literatura pandetistica e civilistica citada co Cap. I. ver cm especial: Uxger, System, n. 180 e scgs., R£Gzlsbz2G2R Pand.. §§ 174-176; Covtello. Trascri- tiom. i. 240 « segs., 419-21; In.. Manual*, 105-110; Henlh. Uhrb. d. húrç. R., § 33; Tuhk. AUçem. Teil, n, §§ 55-58; os escritos aí citados a págs. 273. particularmente Strohaí.. Ríluüvc Unwifk&ainkiil, èm FcsiscbiftJa!:rh:ir.áertf. d. otsitrr. Alii. B. G. 3.. xi. 763; Mitteis. Râmischús Pris&rtchl. i. § 14 c em Dinin^s Jahrb., 28. S5 e segs.; BRCCK. Anfechibarkeit /. Dritu. 1900. 49 c segs. De data mais recente: Fiszi. StuJi :u~d del neçozio giuridic■?. 1920; Carnelutti, Sistema dxr. proc, rir.. n. n .« 537-546; A. Scialoja. S <Mtà t ir.effi- eteia. « a Sa&i di vario diritto. 1927-28. 23. OeKTMaKN. SArMrt TtümchliSkeit. em f. . H.: ::cU- ,c *^5. 119-136; Eicittrr.. S :í .ijir.-r';;an? tç sc~:t.Jrt- . u. iinglichen G ts c h & fin.i tr.anu .-wista. 107. 1910. ^ Sj- ' cm JhaibàcUr. 1911. S9. 17Ò; Carse- 0 itCaitniaK Da Riv d.r ^ ^ ig33 8 teoria cfral do ítcócio jurídico síveis anormalidade do negócio, segundo a sua parti cular relevância jurídica, iremos agora examinar, um por um, os principais modos do seu tratamento, em união com outras formas de Ineficácia do negócio, que não dependem do anormalidades, mas e** circunstan cias diversas. O exame a que vamos agora proceder, demonstrara a oportunidade de manter separadas as duas ordens de problemas: os que dizem respeito à diagnose das anormalidades (a patologia) e os que se referem ao seu tratamento jurídico. Distinção, esta, que na sistemática do Código foi, infelizmente, igno rada, ao tratar promiscuamente das anormalidades, con juntamente com as formas de invalidade e ineficácia do contrato (arts. 1418.°-1448.°), e das primeiras até em sede de requisitos do próprio contrato (arts. 1343.°- V iterbo. etn Foro it.. ! 035 r.*. a c scs* C*eiota-F£JU>ara, L ’cinnidlabilità assciu&. no Foro :t.. 1939. xv, 50; Io., Annuila- bilità assoluu t r.uilità rtíatica. era Síudi Scirzi. 1940. 73-113; Id., Tnvalidiià. no Foro 1948. iv. 33: Id-. Xegtcio £iur. «e l dir. pnvaío :t.. 1948. Cap. V. n - S2-*4; A. Fedele. La invalidità del nt^ozio di dir. pnv. (Memcrü ist. çtur. Tcnno. a. 53' 1943 :ri 7-8. 222-23; c n:a:s htemiura sobre o assunto: • ’ 1 ’ r v n i ! 7 - : 3*3 . E aradi: KaYSER. Ltscspeaabr.ente cap. Í-V a. u# ■ J u iit is « iW . » *viXc. s ™ irr-r-atnttu . m * * * 1933. 3" 1115-1 HO' G. CaHSSOV. £>« tíA íü .i» tntn 33-67: Boczat. i » rim w une ?~ i « dons un* .. • • v ú «w ** cumiKCfT Li nxu.iU. na Réiut d Aaupu := **"?* * n . de /.«• « W . - * * « * F*K.cA*A-ASTAMA«A. / « ,/ ;* * « . . *. u> J7 5e«L; iÍKiriorn. na 5i«r. ..jiwfi* »*•». » ‘-o: *• m Z r D, Caps. IV-V. para o art. 1322.°, parágr., a matéria .atisa): o que, manifestamente, não clareza e 6 coerência do sistema da lei. 11 ,1345 o» deslocando dos requisitos da ^ r S S ^ t i n ^ r as duas rdens de proble- i í S o k a . de rclto. também <io tacto dc nem sempre ítfrd to poder íicar satisfeito por sanoanar a anor- malidade do negócio com a invalidade, como conse qüência constante e exclusiva. Um negócio da vida real pode não ser idoneo para vaia como preceito da autonomia privada (§ 17), e portamo para explicar, pelo menos por forma dura- doura e irremovivel, todos os efeitos que o direito liga ao tipo abstracto de negócio a que ele pertence. A qua lificação de inválido ou de ineficaz, que então lhe é dada, pressupõe, precisamente, um confronto entre o concreto regulamento de interesses que se considera e n tipo ou gênero de negócio a que ele deve corresponder. E exprime uma valoração negativa que é. de certo modo. o reverso da outra, positiva, que a lei faz relativamente ao negócio-tipo a que liga a produção de novas situa ções jurídicas. A valoração negativa tanto pode depen der do facto de os elementos constitutivos e os pressu postos concomitantes do negócio concreto não corresponderem aos elementos essenciais e aos Drcssu- postoa necessários do tipo legal, como do facto de, embora aão faltando a necessária correspondência entre uns e ontros. um impedimento estranho ao negócio concret.-LT.cnte celebrado, olhado cm si mesmo, se opor. respecth(T Pr0dll'“ ° d°S efe':tOS Prór ^ s do tipo legal "hb" ^ * * ® «specto do cm C5tri:o* sob dos efeúos. Quanto preceuo duerente, ou da falta ao alcance da distinção, ha quem 10 tetjria c.i rai, no \ccrtcio jl-rím co ne«uc- quo eia >/:ja relevante e útil (*). E pode,Íambémr aceitar-he que a utiiidade, pelo menos prevalcntemente. é errposiiiva e >istemdtica. o nvgócio nulo não produz efeitos, de -:m modo que, formalmente, não ê diferente do ir.r ..«.az • -ntiuw -atrito. M;ü «•. lüatinçdo. embora a iUa . uiçao seja, sobretudo, a de introduzir ordem e clareza no esoido dos variados e complexos fenôme nos da carência do negocio jurídico, revela-se, no entanto» como indispensável, desde nue se tenha presente o res pectivo fundamento e a di ferente raiio iures. É evidente a conveniência de apreciar e classificar diversamente a faita de efeitos, conforme depi-nda de deliciência intrínseca ou de circunstâncias cxirinzccas, em relação ao tipo de negócio jurídico em si mesmo considerado: apreciável, a primeira, no próprio momento em que o negócio adquire '.ida ou deva entrar em vigor; valo- ráveis, pelo contrário, as segundas. normalmente só depois de celebrado e completado o negócio nos seus elementos constitutivos, e capazes de dar lugar à sua caducidade. O critério descritivo á ò a seguir enunciado. Qualifica-se, propriamente. de inválido, ou seja. despro vido (em definitivo) de valor prcceptivo (§ 17), o negó cio a que faite, cu em que esteja viciado, algum dos diferentes .t rwpett* imperativa *. K-ni -PAá$.vRELL:, IV; * que reafirma a cãua. I t D«EfIC.(C!A rn SMflCIO II «^sanos i« 25), constitutivos do t:pr> * * pressupostos n de negócio a que ele P idpncidade p a » pr'>* j up0 g 30). que provém da lógica correlação helctida entre requisitos e efeitos, no mecanismo da norma J X car. in,r.. § 1). • 4 ao mesmo tempo, sançao cío Jnusimposto i autonomia privada de escolher meios idô neos para atingir os seus escopos dn regulamentação aos interesses (§ 8). Quaiiíica-se, peio contrário, corno sim plesmente ineficaz, o negócio em que estejam em ordem os dementos essenciais e os pressupostos de validade, quando, no entanto, obste à sua eficácia uma circuns- tànda de fado a ele extrínscca. Invalidade e ineficácia, assim caracterizadas, repre sentam, portanto, a solução que o direito é chama i a dar a dois problemas de tratamento essencialiner. \ ? diferentes. A invalidade é o tratamento que corre- ponde a uma carência intrínseca do negócio, no seu conteúdo preceptivo; a ineficácia, pelo contrário, apre senta-se como a resposta mais adequada a um impe- dimento de carácter extrinscco, que incida sobre o pro- jectado regulamento de interesses, na sua realizr, io P^Gca. Ora, sob um ponto de vista meramente lógico. ' parec"r que a ^èccia intrínseca do negocio pos- s r r r ^ r f * ^— .« s s í ?* ? '?****■ « -* sendo , ;* aas L J ^ Je invaIÍ* eüiaiaaçSo» des efeitos U“ a .w menti eventua] ou rwt *" " nu uu'1"‘c-‘ci:l mor.;- ____________ 0,1 Potencial do aeSõcio* f ) . Í*V. WO e " “ ttttaü“ *** Peoeli:, Imalidiiâ Â. ....... '« « uh np llimito 12 TTXni:x cautJ rt) vrcócio X7ÍDTC0 Mas esto modo aIo i i «* • mente decisiva a modalil 7 ‘ ^ * * * ropond .ri, . ü p ^ '3 n r * * “ * ,m b t o ,fc „ « ur . sototio a I.„ . . •; » i » y . , ■ * *■ • • :u •nas conceituais pntotabdeodM. mas r..ntririo> práticos, para a solução .]iUxi ^ saapn ^ ^ dencia de variaveis condiçwa hist<*ka3 e iocoiógicis— é costume adoptar-sc o critério nais oportuno, isto i . que melhor corresponda a contingente valoração com parativa dos interesses «*m conflito <§ 25. cfr. § 27, sub 3). Quem tenha prc-s<*nte n problema prático, deve pensar na identidade ou diicrcnca, das* ■: problema, em vez de ter em conta ti modalidade formal cia solução: nesta, a atenuação da nulidade, levada nié n urna <-r. rAnrja d** rfer- tos meramente virtual, pode s^ xsuzçrida por contingentes razões de oportunidade. E f-ntão. no irahito do mesmo problema prático, criado p ia ,'titvciuiidadé insita na gê nese do acro e pela carência :ntrin>-íci <:uc ede exLte, náo poderá estabelecer-se uma auílrs*, '-ntre nulidade e anula bilidade, pelo menos enquaatu se não sair do campo da autonomia privada ík» no campo do direito público, a validade formal caracteriza*providénria, pelo seu mais Iar^> ãnu^í»*1 ■' uiicaciL, ieva a contrapor às providencias nulai- .is qui veis peios interessado ^ implica que o pnprio™ (S 17) - não a «idsstndí. a » «bçâo qoe dele é con- m n , .-jn -.m valor vincuiafcvo certo,seqüência (*) — nao ««n - mente impugna da m t i u a anulabilidade trw.iú uuU*nomút prizadã. r ;;ji:A J. *<■ rescindo, rr*5* * »iuc lhe Constnr;*,j ní . . « * FcOKLS,/*«:«- - i -rrü o anula* •-..ir &áo a relação . -m_. cXxia- »% i «almente inconsistente e precá rio , destinado sendo csscnciaJ ^ lo interessado, mesmo quando a àtsaputcer ^ á0 De facto. a própna pro- ” a exccpção de anuiabilidade (art. 1442-. ponibilidad d^unciae demonstra uma virtual iá antes de se lhe provocar a anuiaçao ('). De resto, uma avaliação comparativa dos interesses em conflito, pode fazer' com que se considere oportuno atenuar a virtual carência de efeitos até à simples rcscindibi- lidade (art. 1447.») (supra, § 25). Passando a estudar a eficácia, deve dizer-se que a circunstância que a determina, ainda que extrínseca ao negócio, deve, no entanto, ser sempre daquelas que a consciência social e a lei tenham em conta, quer a ) em ordem ao funcionamento prático do neçócio, como auto- regulamento de interesses privados, quer b ) em rela ção aos limites sociais que a autonomia privada deve observar (§ S) no interesse das próprias partes, para a tutela da sua condição de paridade e respectiva equi paração, ou ainda no interesse de determinados ter ceiros que. embora estranhos ao negócio, lhe sofrem os efeitos indirectos (§ 32 d) (5). a) Quanto ao primeiro ponto, basta recordar que o negócio pode, pela sua indoie, enquadrar-se numa previsão completa (§ 2 prei., § 37), no sentido de que para a çào da sua função tipica é necessária a ... . ^ ^ ter em °°n^ . cparràruraeate ao raciocínio natura- 0 dc FEDEIf:* InvaJtíiú. 2711 o seus.. 302 e seçs., 2S0 e U^a reíeríacia ã ^tispccie .wcliisiva tias vicissitudes orca b^Lihd™c°0l08,‘l 4'J°’ mais Jo clue kennética. 6 M Cír. o nosso Dir. romano: paru gener.. 322 e scgs. UNIVERSIDADE D E SAO PAULO ü __________ geral no mbcOob w JUftÍDtCO supcrveniencia cie um «m»** / . Jacto, na íalta do ~ ,ü 1 1 ^ ™ ° ™ 1'“ ”‘U .uaj le perde a sua «licici*-:. Pmtee-íC na falta de a c m a ^ o da herança por p .** de d ignado como herdc.rn no o í a J T S » '. °U 31 !;lita •tttstaçi», dilunçOode arbitro ou do arhutadfir,; or r .a , de quem a Z éch a - mado por acto dc compromisso ou de arbitragem (Cód. Proc. Civ.. art. 813 o. Cód. Civ.. art. 1473 «). CoaíL- gura-s* aqui uma relato de seqüência 8 37) entre o negócio e a aceitação, por parte da pessoa, nele contcm- plada, na falta da qual o projectado retjulaínento^de interesses não entra em vigor em relação a ela- : jS ÍS Pode acontecer, inversamente, que sobrevenhanm estado de íacto, que configure uma situação diferente daquela quo a índole do negócio faz, normalmente, pres* supor, e assim tome impossível o funcionamento prá tico do regulamento de interesses que costuma ter-se em vista (pense-se na superveniente impossibilidade fortuita da prestação prometida: C. Civ., arts. 1218.° e 1463.°). Aqui. porém, não desaparecem os efeitos jurídicos como tais «tanto assim que pode surgir o problema de saber quem hâ-de suportar o risco: art. 1465.°), mas desaparece, apenas, a possibilidade do facto da sua produção em conformidade com a- des- tinção tipica do neçódo: está cm questão não só a eficácia, mas também a (jictfnct* negócio, isto é, a plenitude dos seus efeitos. - - - - Pelo contrário, é impróprio considerar como figu ras de superveniente ineficácia, a falta de verificação do evento, elevada pelas port» a condido saspensiva do . rí«-»fãü dannelc, levada a condiçãoeix ou .i wn..-açao • . * r. solutiva: porque, uq«i. •» " * « * ’ * ^ ded° mecanismo iatemo prccepnvo do próprio negócio. por S d o o u a l p a r t e s ptocuranun «b on h u r àquela p » b ^rncxm vo 15t» VALIOAOS - • *“ SS 4£L.» » o*> * r r * 8 *!■4) <?• b) ()nmto aos limites sociais que a autonomia privada tfcvè respeitar Ao intcres» <ias partes ou de terceiros (§ $&; *). é de díz< r {ue r. sua inobservância — isto é, a lesão do direito de uma das partes ou do terreiro —, ainda que se reporte ao íacto da celebraçào do negócio naqueles determinados termos, também jus tifica formas de ineficácia, que nem sequer têm, aqui, caracter originário, mas sobrevêm com o concurso de dadas condições e só mediante reacçáo do interes sado. Antes desta, há um estado ce pendência, e nào de invalidade R, durante a qual o negócio tem plena eficácia: sucede apenas, que essa eficácia nào tem carac ter definitivo, dado que — quando concorram certas condições — não se sabe se ela se manterá, ou será. removida pela iniciativa do interessado, na medida em que o prejudica. Essa iniciativa, destinada a fazer cons- rar o facto objecüvo da lesão e, normalmente, a sua existência ou superveniência, no momento em que ela é tomada (art. I44S.°. n.° 3); pode assumir várias figu ras: revogação {arts. 2901.° e 524.°; cfr. a caducidade para T dlsp0S!,;ões testamentárias pelo .eparaadoaçaopeiosans.S00.«e808.°), rescisão ( ) Xa nossa ordem m W a i. oi/i *■«, pril os / í 3-2 ). 5. Romano. <’ ) c « oprnào ccMr’ ! ' W " - 05' * '"wfttiu. „ , -0V . ^ n- « * hcsit=c:« a «ducaiado da «Icsacáo. < ; v : r " * «v o g a ç io * :• m D" 335)) qa: / " ” • ' ’u" ^ ^ «n n p n a w p ís w T v S ; -• 5 -a. mais ^5f) ^ • ii KllPJI\/Coc.r%Ar*r> h r k 16 TEORIA GERAL DO NEOCCTO JURÍDICO (arts. 1448.°, 763.®-767.®; cír. art. 1970.°. 764.® parágr.- 2922.° do Cód. Civ... redução 'arts. 554.®-555.°), e resól luçüo (arts. 1467.®, 1479.®). Mais-adiante, voltaremos a iaiar das formas que pode revestir a impugnação do negócio (§ 60) (8). É antes de recordar aqui (§ 32, c), que a tutela do terceiro contra os efeitos do negócio que. na aparência, o prejudicam, nem sempre carece de uma iniciativa da sua parte. Não só não a exige, quando o negócio que 0 seu comportamento contempla, seja, em si mesmo, inidóneo para prejudicá-lo, segundo os principios da legitimação (arts. 1331.°, 1473.°; supra, § 27), visto que em relação ao nada nem sequer se pode conceber uma impugnação; mas ela também nào é necessária quando os efeitos do negócio r.âo sejam opor.ivtis ao terceiro, cuja posiçào jurídica se mostre com eles compatí vel (§ 32, c), pelo facto de as partes não terem satis feito, a seu respeito, um ónus áe legalidade que lhes incumbia, como o de dar publicidade ou certeza ao seu acto, por meio da transcrição (art. 2&44.0), ou ins crição (art. 2S27.°), ou do registo (art. 2704.°}, ou — tratando-se de sociedades — por meio da inscrição no registo das empresas (arts- 2297.®, -31/.°), ou o de levar ao conhecimento de terceiros, através de meios idôneos, as supervenientes modificações da legitimação farte i qcví o 2207 0> ou o de lhes tomar cognosci\el 1 elebr^àodc diferen:, {art. 141*). A inopo- nibilidade (ao terceiro) é. t a n e l a . uma iorma de ineficácia, que no sistema da !•.•» -e coloca ao lado da imtmsnabilidade, fonua de drfí*» i*»sava e preventiva (F::iu l c ,, c j jsíuntUs'»’ i:cs:js i anulabilüaiie l Lr Im-Mid.. -73 e * ** • ). « * * =“ »» adiante. § 58, 3. 17 passo que aqui estamos cm para tutela de.terceV activa c sucessiva (*). presença de u ^ ^ ^ o q„e procurámos mostrar ÜC nem todo o inadimpiemento com atrás (j »• m rtf sançio a ineficácia do í - ° — * Iei- £ ? , £ . como se vê. nem sequer no direito hodiemo. £ principio gerai que ligue a qualquer -laçan do pre ceito legal como sanção, a invalidade ou a total ine ficácia do acto irregular. A sanção pode. até. esgotar-se na cominâçáo de uma multa ao contravcntor, sem atingir a eficácia do negócio. 58 — Vários aspectos da invalidade: nulidade, ine- xisUncia. anulabiliáade; invalidade absoluta e relativa, lotai c parcial. — A) Delineada, através dos caracte res diferenciais, a delimitação entre invalidade e ine ficácia em sentido estrito, é preciso, agora, esclarecer, antes de mais nada, a distinção entre nulidade e ine xistência jurídica do negócio. Também esta distinção, apesar de sujeita a críticas í1), é conceituai mente legi tima (*). Podem imaginar-se casos em que é possível r a u ü l f Í T ta"** BaSI,an- £«■>, d'une ih ioru ^ ,3‘ 325 e ^ • 356 - *C5S-; F « - rir. também » » . 37 e se?s ; • t a t t a .\vw .!0 ) comm ■ 1936- C a r:o -v - - s - i s Z t i T Z sui.pa,nmoma **«'•• O . •v CS<;ss- J ^ “v. * R ^ meCWT XrCU Sis!emj * » P i« Sin T 0' ' 19 W- 13 33-07 C ^ ‘daçio L acto nJ‘ t3n,ÍV;:: •» ro^:b: * ~ T«,n» aw,| _ ,tt ' u‘0, luacUo deixe de o<-.xr i t l 15 TEORIA ÇSRM. W> xr.CtfCIO JURÍDICO falar-sc dc verdadeira .inexistência jurídica <ir» nc^ cc.io quo sc pretendeu celebrar, na medida em q:e deie só existe uma vaga aparência, que. se pode ter xiario. -m algum dos interessados, a impressão suptiriicml í*. r-ir-io celebrado ou de a «*ie ter assistido, não prodiz. pcrõir.. absolutamente, nenhum lícito :uridico, nem -^quer ie caracter negativo ou aberrante. Pelo contrário, a valo ração de um negócio como nulo pressupõe, pelo menos, que o negócio existe como falispicte. que. portanto, há uma imagem exterior dos seus elementos, valorável como válida ou inválida e, eventualmente, capaz de gerar, pelo menos, qualquer efeito secundário, negativo ou aberrante. embora essa figura venha, depois, gra ças a uma análise mais profunda, a revelar-se incon sistente. ' Se, por exemplo, nos encontramos perante uma proposta contratual e uma declaração em função de aceitação, cujo conteúdo, porerr.. seja tão manifesta mente desconforme do conteúdo ia pror sta. qu ^não possa dar lugar a mal-entendidos $ 54*. a combinação destes actos não pode dizer-se que dê lugar a um con trato nulo: ela nào dá lugar a nenhum contrato (art. 1326.°, último pard^raío- ■' 'v-rume r.vrr: a urr.a acção contratual, nem a uma acção p r ianes px*iú confiança tida na validade do c?ntraio (ar:. 133S.°) em oposição com o interesse social. :\: x ru; i lhe justifica a nulidade. Cfr. C a rio ta -F e rra ra . m 5 r 37. rs.***’ : 95. em nota, Pescatoke. cm Fsrr . I94i>. 5a3ítor«>- -P a ssa re lli, Tí Sí !.. 157 TV.ra • di?:::*. • •.a-.*.\ir'.cncia .* invalidade nas hipóteses -1 ar 1:30 141 . C del c&tilrailo. 1950. n.° 31. ( 3 j Impr -rt i uncut . umr : le-Tuii de 1927 (Gfur. Tor.. 19-7. U12\ sala . .n£xis:.*ncia i : ú-i> trato, em presença de um erro que o vivia. Em 1 ■ ------— um reconhecimento de divida por P e l o <»nttano. r acompanhado ( § 3 ; , por parte de « » “ ^ t d r i a do credor, a favor do ori- íma declara^ 0 ]36g 0^ extingue a obnzac;.o pn- gjnário devedor 1^ - 1276°, ainda que seja-nulo mitiva. nos «enno» contido próprio a qualificação de inex.sttncia. a trária. <■«> ,g47 (n0 RcP . Foro. I947. co!. SS6. Cr « l!2. Í S o celebrado verbalmente, em caso emque n* 25,1 L m ^ nt0 adsubstantiam, deve considerar-s- ;u n - & lei exige o ac Dq mcsm0 modo decidiram tam bém : tór r r e," ”n«a.em‘ 28<leMarçode 1947 r ^ o ,7.. 1948, de Bresda, em 3 de Junho de 1948 Foro 1’ac.ano. S ; , T a Cass- en, 7 de Jane.ro de 1946 F .ro. 1946. Jocab riéfe. e con,, . n.°92); o Tnb. de Milão, em 22 de Jane.ro de 194S (Giur it.. 1949. r. 2. 238): «Nos termos do artigo I I 1.o, n.<* 5. do Código Civil, o casamento por procuração já r.ão pode ser celebrado depois de decorridos ISO dias sobre a data em que a procuração loi passada, ou se tiver decorrido o prazo :me nor eventualmente indicado na procuração para a sua vaii- dade... 0 casamento assim celebrado, tem de considerar-se inexistente e nào nulo». Dizem, pelo contráno. respeito à nulidade, as máximas enunciadas pela Cass.. 15 de Fever?:ro de 1943 (top. Fero. 1943-45. col. 1119. n.« 510-511 A ac;do destinada a ia^ er declarar inexistente um contra ro, pod.* ?er proposta por qualquer interessado e também oíicios&meate, sem limites de prova ou de termos de prescrição em particular por quem resàa vàlidameate comprado o imóvel, objecto de oucu veada ae-vistec:»; <• pela Cass.. 22 de Fevereiro de 5èW'?' 0 contr- n ° ,05' : <A causa :±. SObrC 3 J° ae iX ÍO * * i uK-ahcaae do» ic J Ü object:vav « « » (Cód. áe Phic. (■■••• " i l T 8 ™ ' S° brt'‘ aqUal e -:' r : í* Beie:nl’n> de ii>37 c * !* ** >entL,nÇíi da Cass . ! inexistente o ac:o a r« / / ’ ll> jurúiican: **aviais. Uizz r iJ L ’ *** VÍC,° inerentc =ci:s lcir.c::::s «fetos que a . Centc *done:dade para produzir s • « a e>sc actor. 20 TEORIA GERAL DO NT.GÓCIO JURÍDIÇO e sõ a declararão judicial da nulidade faz reviver a I extinta obrigação. De igual modo, a disposição testa- I mentária, ou a doação, ainda que nula. é todavia susceptível de confirmação, nos termos dosartigos 590.°, 799.°: o que pressupõe que ela existe, pelo menos como fatispécie de uma dcclaratio voiuntatis suíiciente para qualificar um comportamento posterior, em que se deva ver a renúncia a fazer-lhe valer a nulidade (nota 17). Analogamente, o contrato de trabalho nulo (salvo por ilicitude do objecto ou dacausa): os efeitos do qual, nos termos do artigo 2126.°, ficam ressalvados para protecção de quem prestou o trabalho, «-durante o período em que a relação teve execução». Quanto às aplicações, toma-se mais fácil indicá-las no campo do direito público, e em particular do direito processual; mas elas não faltam, também, no direito privado, especialmente em matéria de negócios do direito de família (§ 35). É sabido que a antítese nulidade- -inexistència tem grande valor na teoria da sentença (4). Pela necessidade de certeza, que aqui é particularmente notável, a ordem jurídica reconhece eficácia a fatispécies mesmo gravemente viciadas e irregulares, desde que elas sejam a exteriorização da pronúncia jurisdicional. Mas é preciso um mirtimo de requisitos, estabelecidos de várias maneiras, sem o qual a sentença é inexistente. No campo do direito familiar, o direito canônico elaborou a distinção entre matrimonium nuUum e inatri- (*t Carnelutt: Sistfir.j. n.rt 562; G. Wcrzer. Stcí:iut:.:l :t. nichtigt& Urtcú. em St\ui:cn Eriaüi. d. bürgetl. tf. Iiç» Ltonhard, 40 (1927’ . 25 c scgs . 205 e scgs.; o nosso D\r. pto:. civ. l$36. n.c* 1S7-IS9; Cortesia ot Serego, Lit senuxza incsiittnie. L938; Nussbaum. Prou^shaudiungân, ihrâ Visraussítzun^en ;í. Erjordehtsu. 190$. 79 o scgs.. 127 c segs. i.tl« , |«.,f iK i* i ' w» sr 2! J K m íferal, dever.i quuüfiwrws 1 Z l u ■> '|uan-‘« « * Umukcro ,1c en». mr*i * Ir, ff li,, iwo - llíjilii -(• Ho» F " í » * * " IP * * * ” ' n (i !? " " P ° Lm Mquer d a u » «te «is< u r ti.«u ivo •• Xnanir cow> ■» mdirJ'!- pelo dudo ..riu-o I27ÍV- ínur* ineJMcmmfnw. fala do nulidade da *obn*aç4o». mi m «le nulidade do endosso liberacórioj. B I IV|h>is du ícr delimitado a invalidade sol> o ponto de vwta o fe m em confronto com as «-atrçorias vionhas <U ineficácia cm «ntído estrito e da :nexis« téucia. üdta delinear as diferem;as interna», distinguindo a mãidúii da unulabUidadr Esta distim.ao indico, ao mesmo tempo, uma gradação de invalidade e um cri tério. pelo menos tenilenctal. para delimitar as respec tivas «feras de aplicação. Ê nuio o neijoao que, {K>r falta de ilçum eiemento «wiáal correspondente à configurarão exigida J ja imdiinco para dar vida àquela nova situação jurídica que o direito liga ao respectivo tipo legal, em «xmíor- n. l r« 0lnh*c“l0 A /mWírfiAi ,M fiur.. i í í f r z : . ' '■ qwnitanviM i ' c •*1*1 « U * •>lr»(.-.»*niemo -u !,i!' -tola* (s.* 2S-J91 * mma*çAo11 por clc rteor- rtttfu rtriUr — , °M e °wlr ' * * * * '■ rHe- 1^ , ‘ J 25 «giu: x «Ua ‘V «M wlUtfo qtie proç* r.: i no Jf * t « . ut j;.vi« mUf'5' ' •'» . pode 1 «* » d-u,„ ',n,ir a""° ln' ^ ........ c . como * * tfsiii- * c 23. TTfiíU*. « fo L Dn *>r</ctn JlFiMCO «idade com a íunçáo econúmico-aocfcü qac o caracteriza (§20. 30): ^ nulo, embora p* . >a eventualmente, produ zir allí,in5 < *r/â ^ e ':>z- 5t: >n : *m i outros dife rente*. «le caracter ru ttivo v.i stii-mante pois que, de outro modo, **ria ant*> <í« •; luüf car - «in » ;nex^tentej. Polo contrário, será apenas anuiu vei v negôdo que, ainda que nàu faltem nele </s Pimentos essenciais do tipo e embora dando vida precária à nova situação jurídica que o direito refere ao *ipo legal, po.sa — apôs rtacçâo da parte interessada — ser removido como pre ceito. com efeitos retroactivos. - considerado como se nunca tivesse existido. Uma nulidade, encarada como carência actuai de efeitos, só aparece, neste caso. em resultado de uma sentença 'constitutivai. quando um dos interessados tome a iniciativa de a fazer proferir pelo juiz. como conseqüência dos vícios que aíectam o negócio. A anulabilidade corresponde, de acordo com tudo o que dissemos (sub A ) . a dcíic-ncias do oeqódo*con sideradas menos graves do que aquelas que produzem. a sua nulidade, segundo uma avaliação contingente, feita pela lei. dos interesses a tutelar. D-* um modo geral, pode dizer-se que há anulabilidade riando falte um pressuposto àt'. vuliàaJf. ou ciando um elemento essen- ciai do negócio esteja simpiesmer.te ; :i:.iáo; ao passo que só existe nulidade, quando falta um elemento constitu tivo ilo negócio, ou este se apresenta áendente na configuração exigida p-ia lei arts. 1343.°-44.'>; 13-J6.0: 62S.O). Por is.se>, deriva simples anuiabiüdaie da raita de capacidndo (nrts. 322». 1425 *. I !*»!.» dc> Cód. Civ. . OU !c (art. 2ISS ' 1:555."; últim.» pwágra:'» 31? - - d r. contrário ,JS ar«- l-»7s) •-I4ÜH) > e Kí-iS C .; Civ.. be-u como dos vícios do demento arts 1427-> ,390-#* » « * * Ccd. C:v . P , . } ciMitririo, deriv.^ ------ —— í de íorvui constitutiva do ftegrfcio flui.■ i-*dc d* ^ acordo no contrato /arts. KJ25.or (Ut ‘ oU iücitudc da causa (art*. 1343.»! l4!^Vy ^ Jo 1418.*). inidoncidadc do >L;cto «*» ifldctemunaçâo do preceito negociai /art 62SW ou de ele *r contrário a normas impcnuivas tü ici (art. M&*í* Na rc/orma do Código, a distinção term in ológica entre nulidade e anuiabiüdadc. que não pertencia ao estdo legislativo do Código de 1865. foi intn^ du/ida e mantida com suíicientc rigor farts. J-4I8/». 1425.°* 1427.°, 1442.°, 1276.° do Cód. Civ.. que qualifica de nuia a «obrigação#, compreendendo o contrato em que é assumida). A iniciativa de pedir a anuiaçáo corresponde ao cifrado de um poder (*). para o qual, no negócio bilateral (art- 1445.° do Cód. Civ.), só está, normal- (• S io é exacto que o poder tenha aatureca :nera- cate ptxx&Miil (dota opimào. Fedelk. Inraiid.. n • 122* Coca ruáo. a úu., encara a acçáo destinada a obter a dcclã- nçio da aulaiade como o exerdao de um direito a resciüo ca i anaUçao isentença de 4 de Fevereiro de 1936 n a 417 ao top. Fm>. 1936. vocábulos obUif. c contr . a •» 283) W m i <*»ua dea.io 4 de .Y^ to de 191!. em /7r«r U.. 19- • I » « * * » * “ ■*»?*> con» m«M = de *» i n ,diJe d0 icío * «*• “ 1 /«- 1 «*»•■ et saibrai i Coffl° an"M<,i0 0U pan* rcaunct^ «a C .» M c “ 21 de Ootnbro de 1947. n - 1620. « “L i . f ° 7 ' <íue faIi d<? ~m direito i ^ M t o * W ^ " í° de,94í’ «a r . W50. ». ,,e * * contrato per vicio i* jR- E * «fa. > título * u . « * • » * , « * « « . pdo iu^jsor 4 ütulo 24 i TtftRIA CEJUL 00 \W6qO JURÍDICO mente, legitimado qurai •• p .r. • n .;<• c u í.S 29) *: •‘•stá nele interessado, c no negócio m/jrf/s (arts. 591.°. 6O6.0 e 624.°) quem. n;io • tar.do ! ?• rminado a p rio ri (6 este o sentido *la expressão <qunl<«iier • -‘-.soa»», vunba a ter nele intt*r<**sc. Ela pc-v rrt.r;;; :;»r-á*« fw.io :neiu processual da acy l «, ou peio *a **xcej io. coniorme a interessado tome a iniciativa *Íí» p n w s o de anula ção. ou tenha de defender-se num processo contra ele intentado para fazer valer os efeitos jurídicos do negó cio anuláveL Em todo o caso, o negócio produz, de maneira precária, esses efeitos, até que a iniciativa destinada a anulá-lo tenha obtido êxito. através de uma sentenra constitutiva. Se. ao invés, o juiz é cha mado a determinar aqueles efeitos, ele não pode. ofi ciosamente. conhecer daquelas circunstâncias de que depende a anula biiidade, embora resultem dos autos, mas apenas pode té-Ias em conta quando o interessado (cuja iniciativa ele nio pode üspensar suscite a excep- ção destinada a íazé-las valer *T . A anuiabilidade é, portanto. a &§ura da invalidade que mais se aproxima da inencáda superveniente, após reacção do interessado (§ 57. suo ò ) . Pór isso, algumas vezes, no tratamento das anormalidades do nesocic. eia é substituída — por conveniência de uma melhor oro- tecção d os intereü-hs em jogo — pela sanção aiim da resolubilidade (é o que sucede para o ciso de falta de legitimação, que ocorre na venda de coisa alheia* arts- 1479.0. 1480.« do Cód. Civ . ou então pela da rescmdibihdade, igualmente anxn é ■> caso. no estadoe perigo quç d- • — • , r . . : r ' : art. 1447.°}. Esta diferença ..:e tratamento explica-se pig- 92. C Cfr. o D.r, fTX. jtórt( . » cd > . d e n t a r com a afinidade do mecanismo técnico posto pela lei à disposição do interessado, para coiocar no mesmo piano o negócio anulável e o rescindivel ou resolúvel, e reagrupá-los todos na figura, por alguns proposta, da tvicissitude eliminável# (8). A diferença do problema prático compreende-se fàcilmente, desde que se tenha presente que, quando se trata de uma defidéfida intrínseca do negócio, é sempre abstracta- mente concebível orientar-lhe o tratamento, quer no sentido de uma carência actual, quer no sentido de uma carência virtual de efeitos, e parece possivel estabelecer, em abstracto, uma equipolcncia e conver- tibiiidade recíprocas, entre nulidade e anulabilidade; quanco, pelo contrário, se discute uma circunstàn- 26 TEORIA GERAL DO .‘.RGÓCIO JURÍDICO ceber-sc como categorias dogmáticas fixas e imutáveis, indiferentes às variáveis condições históricas: elas são, antes, o fruto de valorações jurídicas essencialmente dependentes do modo de conceber a autonomia privada, - os seus elementos e pressupostos indefectíveis. Desta forma, num sistema baseado no formalismo, ficariam reduzidos ao mínimo os elementos cuja falta reclama o tratamento no sentido da nulidade. E também no direito romano clássico, dolo e violência não eram tra tados como vícios de determinação causai, mas como ilícitos que influem ab exira sobre ela, e capazes de provocar uma reparação do torto (actio poenalis) (9). Inversamente, num ordenamento sensível aos limites sociais da autonomia privada {§§ 32, d; 57, b ), é admis sível que a lesão seja tratada como vício intrinseco do negócio e considerada relevante, mesmo sem o requisito da sua persistência (art. 1443.°, n.° 3). Mas o ponto decisivo é que, nos casos em que a ordem jurídica, em concordância com a consciência social, é levada a con siderar o acto de autonomia como afectado por uma deficiência intrínseca, é sempre de crer que o problema do tratamento seja resolvido no sentido da nulidade. E a razão que induz a atenuá-lo no sentido da anula- bilidade (ex.: arts. 42S.°. 606/'. 1425.*. 1433.°), vai, no geral, encontrar-se na reconheciia oportunidade de con fiar na apreciação .lo interessado, para fazer depender de uma iniciativa deste a decisão sobre se a carência virtual deve converter-se em carência actual de efeitos, ou se o preceito estar-eiecido pelos interessa- {* ) Cír. o nosso :r. roauiiu': §§ 54 e o?. **nam fáceis mais largas referências históricas * acerca ,.o tra ta m en to via n u lidade. (los d<! nara d È ixiALiMr. u isr.ncÁctA no sr&kto ----- — — ------ ------------ ve. náo obstante o vício, rqiUlar Ir* n ' “H Larticularmcnte instrutivo acorca do •. rrrurt» -«• ctiirc nulidade * anulabèlidade, o * d i t a d o da falta dn observância dos * forma :u confecção do tes tam en to , enunciado artigo <*!&• Orientam o tratamento no sentido d** n dade. aquelas inobserváncias que comprometam a f çáo certificadora do d(Kumento e ponham em ryç^ a proveniência da declaração do testador, exciu^^80 certeza dessa proveniencia. como, por ex.. % certeza aceita da identidade do codicilo no testamento cerrado (art. 605.°. n.° 4). Orientam, pelo contrário, o trata, mtnto no sentido da anulabilidade, aquelas iaobser- vànaas que. sem excluir a certeza da prcveniénria, fazem surgir dúvidas (que é preciso demonstrar serem* em concreto. fundamentadas! acerca da ater.dx ilidade do documento e. em particular, acerca da :dtr.::dade do codicilo ao testamento ( ,0). As diferenças de regime entre nulidade e ônulabi- lidade, são conseqüências naturais que derivam da dife rença de índole das duas fornus de invalidade Assim, é natunü que a nulidade, ao contrário da anulacilidadè; nâo prescreva e nào se sane, em regra, por cor.:inr,ação ou fatfliq f f i uts. 14” V IAZI -c<i. Civ . ainda que. abstractamente, tarnbcm seja coacebi- 61.( * • Cu í., I de Agosto dc 1941. na C iu r ......... Ttftnà* nota 6. ' . o r t r a v ^ ^ ^ T l * - A nfc* rtipcito. veja-ae a üa$* V , .m r # timr.i d/l UtUvnevl-' ^ ItM^ JfcM « n catrâno i uma dccW *' »• • ptraiU qucu co&ccp .!*> riijwlaincfitc ->rr* ^ totaimenic o rar.rr.cnto í íUo!'\'il*> e a drt cjc^ *.iia> (ctr. Cód. de Proc. Civ., ^ tv '* TEORIA GCIUlL ! » \ECÓCIO JURÍDICO . uma disciplina cit crente deste ponto (como acontece m alguns casos: arts. 590 o e 799 «j. Em primeiro lugar. ~o é possível falar de prescrição, se náo nos referirmos a jireito que possa prescrever: ora. e^ é certo quo Liste um direito a anulação, náo existe um particular direito à nulidade do negócio (arts. 1421.° e 1422.°) (n). Depois de celebrado o negócio que seja nulo de um modo absoluto, continua a subsistir a situação jurídica exis tente anteriormente e que o negócio modificaria, se fosse válido; as relações preexistentes podem, é claro, pres crever (1422.°), mas, nesse caso, trata-se da prescrição daquelas relações, não de prescrição da nulidade. Pelo contrário, depois de ceiebrado o negócio anulável, a modificação, que este se destina a introduzir na situa ção preexistente, verifica-se. ainda que de forma pre cária; mas, ao mesmo tempo, nasce um poder de impug nação, destinado a eliminar retroacti vãmente aquela modificação. No interesse da certeza das reiações jurí dicas, esse poder pode vir a prescrever 'art. 1442.°, 624.°, último parágr.. do Cód. Civ.). e podem, dessa forma, tornar-se estáveis os efeitos que corriam o perigo de desaparecer por anulação do negócio. Em relação a um poder como o de anulação, e em relação a uma forma de extinção que anda mais ligada a tuna falsa apreciação do interessai:-, era proponfvei a questão de saber se não deveria falar-se de caducidade, em 'e z de prescrição (cír. também o art. 1449.°) t‘ -i <*iavia. a diferente qualificação ia lei é vinculante u ,r- Á n \ . n i ' nWresj: ,-r W !i tu l % V w ~ ■’ -'3 19415» -obre .1 duvjúvi rEDct - •• • . 0 ** Obras al citadas . * “ “ ' Ü 6. nota !. 2.* «d. 40,1 ” 4 M - 0 CAXDuut. ,Yoa * , . . . . . . v . . 1 • r^^ns. \Qota O). B i.vcncXcM DQ vr.oficu, ;uRlDrço ^ ------- ~ ~ „ intérprete, em relação ao diferente Para . ia Jeriva (art. 1442.°). A prescriç$0 que aei* r^u £ ^ “ " “ Rdativãm ente aos contratos. nos ler_ . ,r to quando a anuiabdidade provenha ,Í‘ JS rS o len u m en to ou de incapacidade legal. t o r r e a partir do dia em que cessou a v i o l * * ^ descoberto o erro ou o dolo. cessou o estado de ^ 1 dição ou de inabilitação, ou em que o menor ^ a maioridade; nos outros casos, decorre a partir * dia da celebração do contrato. Ko que se refere aos negócios mortis causa, nos ter mos dos artigos 624.» e 591.». último parágr.. 0 termô decorre do dia em que se teve conhecimento da vioiên_ da, do dolo ou do erro, ou, respectivamente, do dia em que foi dada execução ao negócio. Todavia , a extinção por prescrição do direito à anulação tem um alcance limitado e tem maior relevância processual que subs tancial. Completada a prescrição, a anulabilidade do negócio, se não pode constituir fundamento de acção, pode, no entanto, fazer-se va ler por v ia de excepção, ou seja, de reacção contra a in ic ia tiva por meio da qual a contrapane faça va ler as relações juniicas nascidas do negócio anulável (art. 1442.°, ú ltim o parágr., 1462.°). A razão prática que ju stifica x perduração da oponibilidade do vicio, é porque seria inoportuno impor à parte interessada o encargo de, a todo o custo, tomar a iniciativa, dentro do quinquénio, da anulaçao negócio, quando a contrapane não pretenda que s* execute: enquanto a contraparte estiver sossegada. -‘a0 a nuão para que 0 interessadona anuUç.-c' a f jC' *V'° « ta n to , a perduração da proporá- fizemosa exceP ^ ° sen-c para demonstrar — corn aotar (§ D/) — que_ m esm o independente-^-— 0 TEORIA CfRAL RO NEC :*.o n RÍDJCO de uma declaração de anulaç:i> o negócio continua a estar afcctado de u m falta vir.uai de efeitos, a qual. oportunamente, porfc converteu .* dr. virtual em actual, mediante manifestação por par.: do interessado. Em conclusão, a anulabiüdade do negócio pode fazer-se valer por v*ia de excepção enquanto durar a relação a que a anulação do negócio viria pòr fim (w). A anulabilidade do casamento dependente de alguma das razões previstas pelos artigos U7.°-I23.°f está sujeita a uma particular forma de caducidade a prazo curto (um mês ou três meses), a qual, de um modo geral, está relacionada com o facto da coabita- çáo posterior ao momento em :uc a razão de anulabili dade tenha cessado ou haja sido conhecida (arts. 119.°. 120.° e 122.° do Cód. Civ ). Pondo de parte a verifi cação dessa razão de caducidade a anulabilidade por vicio do consentimento ou por incapacidade, deve con- siderar-se sujeita à prescrição ordinária dos negócios ( 13) A Cass decidiu que o en-.r.? distintivo para deter minar se há lugar à api.:açào do ar*.: > 1300.° do Códieo Civil de 1S65, ou à do artiqo IO*'*- .ienvr. Ir fe ter ou tuto procurado executar o nococio sentvnça ie 9 .t Dezembro de J936, em Foro, 1937. i '22S. com co:.. ão de H l a t o ; sentença de 15 de Marro de 1939, no Rrp Firo, 1939. palavras ohbiig. e contr,, n.°* 523. 524'. Também declditt qoc O princípio Uinporaiia ad iigenduni vale rarrb-m \ favor 1 -tor que replica* C^ass.. 16 de Dezemtro do lvC5 na 192& !. 1. I09v V.r também Cass., 23 «ie ri.v. ...• 1946 Fcrr, 1949. coL 749. n. 2S6i • -O termo do rr^ :::N da ..ccão de anulação de um contrato não tem aplicado quando .. ^validade desto e oposta por vi a de excepção. c x ui res norto a situação das *partcs devo m.t apreciada em relação ao íu interesse em iace do contrato, <eja mtal for .l sua posição zj processo» c^oüí. ApeL de Turim. 12 de Dezembro de 194; Re p. F v»>« .\bulos abbiigi e contr, n. 514). k -u seja. a quinqucnrd ( « ) . É. também a I jurídiws. A C idade resultante do vincul, . !u'. W fpsa" aín,nónio. existente <• vàlulamentc « * * 1 ? T > I7-". ” •* *•*» <">• '1U» ' * % „ outro lado. nisso difcnndo da anulabüj,. . nulidade náo H ' * » do (art. U Z ) ° 1,0 tod ' *' ' ,n « o í n.„ J ' « o autor do negócio quer tnamer o arranjo de « s c s . , » » náo p o d « ™ ± “ “ « n esác io deve o negócio ($31 . nao no senV;do ^ («*) Todaxia. a Cass. entendeu que <a disposição h artigo 1300.° do Código Civil de 1S65 não se aplica ao c W mento» fsentença de 13 de JuJho de 1937, em Fero. 1937 I60S com nor? de citações), e isto por via da discipl-a rarti! coUr c da intima natureza do instituto matrimoniai. «entes ça é particularmente notável por nâo aceitar o nac:oi0 de que o arngo 130*).° do Código Civil tenha um alcance geral sendo, portanto, aplicável a todos os negócios jurídicos lata mente entendidos (veja-se, anteriormente. Cass., 16 de Juiho de 1936 :hid., 1936 r. 954), limitando a aplicação do rnesmo principio aos negócios jurídicos de conteúdo patrimonial cit. Cass. 20 de Maio de 1942. no Re p. Foro. 1943-45. coL n. 53 Veja-se também. no domínio do novo Código ApeL de Catanrajo, 2 de Agosto dc 1945 (Rep. Fero. W46. coL óS7, n. 43): «O casamento náo deve considerar-se um contrato, e por isso a acção de nulidade prescreve no termç ordinário e nâo no menor, de cnco anos». A premissa é exacta: 0 casa- roento nao e um contrato. mas um acordo ( $ 37); mas a conse- qefaca aáo esti cena. ou é. pelo menos. discutível «a relação isua ácalabilidade, existirá sempre a hia* ^UC ^ az a abreviar o período de incerteza. ( Ia.erprecujdo erroneamente* o artigo -2. « * 0 emento, de 27 dc Maio de 1929, n. $47. i Ca* 1950 reun,^ as* de Janeiro dc 11*50. n. l&f. ria Cf,;<f * **' ^ ^ * 5? a ü€m anota^ ° cmua) cou5:jL,ra c~!r;uS* hra.l.» ^ t.V,s üra ‘lnrerior casamento preconeordatar..'. - P-inco o r::o puramente canônico: supra. , _ [ l , r .n^ l H « r lC l l lA 00 NECrtcl° 'VKtO lf ^ TEOIUA GERAL V» NXCÓCXO JVRÍDSO# 3 2 ____ ——--------------------- eprodução do anterior, mas no sentido de celebrá-lo fC l novo. visto o conteúdo to neçócio miío não ter um ttlor Receptivo vincular.- •. Náo pode chegar àquele resultado com um neç.'é :o diverso; e linda menos coin um negócio mais -irr.pies. meramenie inteqrativo do negócio nulo, sem a observância dos requisitos de forma estabelecidos para aquele, por exemplo. por meio de uma simples referência (per ráationem) ao conteúdo do negócio nulo. ou por um acxo de convali- dação (“ ). Por outro lado, admite-se *2ma derroga ção a este critério com base nos princípios dos arti- ( w) Apelação de Turim, 25 de Julho 1941 (Giur. Tor.. 1941, 886): «Um contrato sem causa são é susceptível de confirmação: não tem. portanto, relevância -iridica. a par cial execução do mesmo contrato*. Na 3 unFrrsdência mais recente, ver: Cass.. 19 de Maio de 1949 (Mass. Foro it., 1949, coL 261. n. 1255): «A falta de iorma exigida. subsianiiam toma nulo o respectivo acto: para que esie tenha exis tência jurídica, é preciso que seja renovado, isso é. integral mente refeito com observância da forma prescrrta. Portanto, só em sentido impróprio pode falar-se de reconhecimento documental ou de confirmação lesse acto*. Cass_. 21 de Janeiro de 1950 (\lass. Foro. 1950. cc.. 39. n. 177 • l^io há convali- dação de negócio nulo. mas renov:ação. qu an i; oa sucessiva manifestação de vontade, as r.ures tenham rrrasidido manter firme a nulidade verificada. rc*?uíar-ihe as rrzsequèncias e chegar a um novo e autónoir.: acordo, ainda nas mesmas condições do precedente» (aplicação ao caso áas documentos particulares de transferência imobiliários 3S0 registados) (eonf. Cass.. 20 de Janeiro ie 1945. ao R i p. 7 -ro . 1943-45. eol. 1119. n. 517). É. tar.iberv. de ter em 'eC T á sentença a iU ss " de 18 de Fevereiro de ;í49 [Mass. F-.t- .940 cot ,;U n- 284): «O insütnto da r,.:,.ca,ão não f c ^ » a V » * « negócios absolutamente mi! - simuladcs.. :Ue a reíe- u m “ T r 11" "Ve ccnside— '’* - ôroduto de mono au • ' :e !K' " ' ' icerca Ja a t v i ‘ dest« fcaú-no' *lUc ja atras criticam. # no 3 50. 590,0 e 799.°J segundo os quais a nuiida , -néína ou da doação. q u a W T ^ <Jk * - J' - Se;tf p í iá nSo P°de Ser ÍnV0Cada P^ iós fcau» q«c 3 “ j * * * do disponente. que, conhecendo fenham' flcp?,S da m0rte deie a m io ‘ia n valcr a nulidade do acto de disl renuncwdo a • n Jado voluntária execução (§ 3q posição- ou 1U ^ ^ 13U o do Código de 1865 falava’ D° S: 5 íhonfinnação, de renúncia a opor os vícios J fo S a ou qualquer outra excepção) ( » ) . Pelo contrã- 7TT petodoe diz respeito à ra/io mrrí. com toda a razão ( \ m ,a I M toao P ur- S®' P00 na base dos r«iuisitos SrotF!. Te- a .neCessidadc de proteger a família de forma e - pronunc;a em contráno da decisão do Trib de Turim, de 15 de Março de 19-16 fna G iur. compl. *! 1946) qne admite a revalidação de um testamento fctoêmcae nem sequer esàsáa. a íatispécie elementar de uma declòrãtio \oiuntaus (sub A )% ainda que afectada por vidos na expressão ou na motivação (§ 30. nota 9; § 31, nota 16). Na jurisprudência, veja-se a Cass.. de 8 de Outubro de 1948 (Giur. it., 1949, i. 1. 486): «O artigo 590.* do Código Civil ao admitir a confirmação e execução voluntária das disposições testamentárias alectadas de nulidade, seja qual for a causa de que ela dependa, pretendeu estabelecer que pode reva.idar-se até uma disposição testamentana nula e não simplesmente anniável Peio que diz respeito aos outros elementos d»reva lidação, devemos reportar-nos à disposiçãodo artigo 1444.° do Código Civü, qne tem um alcance geral»; Apelação de Nápd- les. 23 de Abril de 1945 (Rep. Foro, 1946. col. 1061. n. 12): «A repa catoniana çucd ab im:io itiosum esi Iractu ttmpcris cowaluci iz n/jutí. absoluta em reLiçáo aos actos incxisieatcs. encontra uma Jjmiução no artigo 131 ] . « do Código Civil “ r ^ 590.«e 799.0 d0 novo código). segundo o qual. a ccriíinr*:i*:^ ou execução voluntária de toS' depoU°í0U tC8tomcntána, por parte dos herdei- a opor on*«»rt m0r‘C **° dutor disposição, inclui a renuncia ^ Sequer ra^o de * ■ V B f------* ' W l í * 3 Ti0r:» Qtrtl—Uj invalidade». (Coní. Tribunal do TEORIA ocral do SfCrtCIO n-Ktoico , rcer3 oposta £ Válida para os casos de anulabili- n°\ „ nesócio anuiável é sempre susceptível de reva- - fart 1444 " do Cód. Civ.>. E sta diferente reçu - lidaçao (art. * . --------7T., Tlarc > 1946. no Rêp. Foro. 1946. col, 1061*. TunJ* Apci dc Veneza. iõ <ie Dc2cmbro.de 1947. no Rep. c L 1948 col. 1356. n.° 20; Cass., -25 de Março de 1946, Rep. Foro. 1946. col. 1060. n.° 8). Veja-se. por outro lado. «obre o conhecimento das causas de in%-alidadc. a Cass., 9 de Agosto de 1946 (R ep . Foro, 1946, col. 1060. o .0 6) : «Em matéria de confirmação e execução voluntána de disposi ções testam entárias nulas, exige-se. tanto pela regra do artigo 1311.° do Código Civil de 1S65. como pela do artigo 590.° do Código Civil vigente, a consciência daquilo que, cora a con firmação e a execução, por um lado, se aceita, e aquilo a que, por outro, se renuncia...* (Conf. Cass.. 27 dc Março de 1948, no Rep. Foro. 194S, col. 442. n.° 37. e ApeL de Turim. 11 de Junho de 1945. no Rep. Foro. 1946. col. 1061. n.°* 9 -11 ).— Quanto á amplitude dos efeitos ver Cass.. !2 de Abril de 1943 'R e p . Foro. 1943-45, col. 1621, un. 71-73.: «Quer com base no artigo 1311.° do Ccdiç? Civil de 1S65, quer nos termos do artigo 590.° do Código Civil em vigor, a conürmaçào ou a execução voluntária de uma disposição testamentária. preclude que se possam opor. nào apenas as nuiidades formais da mesma disposição (não excluindo o caso do testamento oral), mas também as nulidadcs atmeutes à substância, previstas ^eia lei. entre as quais a incapacidade aatural ou legal do testador ® os ^cios da vontade*: Cass.. 17 ie Junho de 1947 G iu r. #..'1948, r, 1. 341 «Também o viezo da disposição testamen- tar:a que viole o direto à legitima, é sanado com a execução voluntária da mesma disposição» (Cont Apelação de Bolonha, 6 dc Junho de 1942. ce R *p . F rrc . 1943-45. col. 1620. n í r ; : vf-te- r z A^ í5°de c"?üari- n d* deZ £ et?;- 1 ■ * » • a- - ; « t o r«ie :n ser saaa- «*-**• - ! S ° volua:ára> as «da a instiraievlc3 ex -rrss ji^m ^ ^ * preleada dar N5o „ , ,0 ’ prc ^ 1 * »* « d e m p ú b lica ». proposta por * B“Ir ? restritiva f e , da l6-- «=“i^ consrruv-lo • ■ « « U c a . dando ap.-nas u a r i » dC ‘ ' a ac c.oníimia-io c reiorça-io g 3l> tlin critério diferente, extraído C ) protegidos com a sa»çlo £ estensá» d(>s ^ d e d is tm gu ir-se em absoluta invalidade. « s d l ic r , o n egóc io v ic ia d o p o d e serdespro . e fríJt*a: <lUCf ‘ g mesmo em relação a todo equalquer vido dc efeitos <' pelo contrário, não ter aqueles in t e r e s s a d o . oU L ^ t e gera, relativamente a certos efeitos, que n0 davia produzir as conseqüências que interessados, e, a outras pessoas (§§ 31. 32), lhe sáo propn.■ )tese a invalidade, estabelecida para. Nesta segunda circunscritos, apresenta-se como salvaguarda de in tituiares: relativa no sentido de relativa quanto a g de ser tomada em coasde- qUC £ÓT i X L é oficiosamente), quando existaa :ais Z S r J Z * * necessária para a sua tutela. ------------ ^ Z T f t w St S. nu llità . 43 c seçs.: CaRIOT.v-Fb*- T s e À (§31. nota 16). Pode. antes, pcúsar-se. rara. -V |.. 34- e segs. u virtude dc re&unca numa inoçombilidade da nuuda § 5 ,3 . 2) ou convenção, excepcionalmente adnÔtida uma ionna de «sanar» o negócio nulo por vicio de fo r a . ! F ^ ccSS- cuçâo voluntária por parte das contra-mter * é - ceite tmçáo de uma redução legal da fatispéa - « . i. por G. Pasettt, Sanatoria per confcrir.a ^ reve- domz. (1953). .55 c sess. Mas não parece su fic ien te^ lar a razão intrínseca do tratamento, se não se ti •L a auto-responsabilidade dos familiares interessa 3 valer a nulidade. gafàwc®» ( l *) Trata-se. na verdade, de uin.i exyrvKa^ que deve entender-se no sentido dc que não estao t nados os sujeitos pani quem a invalidade e rcíevanu. TTÍ)K!-V reiM LDOjtócdcro ;;;*ÍDlCO XI. , „xacta a formulação corrente deste critério. * “! “ intíficar-sc a invaUd.de absoluta com a ^ • a T e i relativa com a anulhLilidade. Na tenrn- " f í í chegam até a coníuadirLe as duas locuções; X id a d e e nulidade «k f t v a {'*). Ora náo conse- ver porque a nuUdadc não possa ser relativa (»•). Não há incompatibilidade lógica er.tre os dois concci- [os• a re la tiv id ad e das qualificações e situações jurí dicas é um fenômeno que, actualmente, pode conside- (>•) Por ex.. Cass.. 22 de Abril de I93S ( D ir . tav.. 193S, 374 e 552): as nulidades de diretto privado sâo. em regra, «nulidadcs relativas, que náo podem ser deciaradas oficiosa mente pelo juiz». Deve notar-se que na jurisprudência se encontram, com frequência, inexactidões de terminologia: assim, por ex., os negócios realizados no interesse do menor sem as autorizações rituais, ou pelo preprio menor, sào qualificados de nulos (Apel. de Veneza. 9 de Abril de 1946. no Rep. F ir o . 1946, col. 732, n. 37: Cass.. 19 de Abril de 1949. ao M ass. Foro. 1949, col. 199. n. 943^; a mesma quaiiíicaçãp é atri buída ao negócio viciado por de.o, pe!a Apêi. de Veneza. 4 de Abril de 1947 (R ep . Fero. 1947. ccl. SSS n. 300) e ao casa mento cm que o consentimento es:á por qualquer modo viciado. " e 11 de J ^ i r o -ie 1946 Rct>. F oro S S Cf laí- e?fia Apc!- dí 24 de Abrií de 1947 (Rep- Foro- ccL S14. n. 56s X e - a n w s - a inexa -in V n 5 » > * * m m * ■ ■ & , T ; « w .1946. col. 10(52. n. 24 »e .9-io /?<-\ F o ro . 2*t ;: ;^ V *vio * ^abU k lade . embora ClLU ' * . 1940. ;v , ft ^ .p ro posto , Ca r io t *.- ,r- «» faihitfiat 113-21 * ’ * giitr , n. S7* TXVAUPAPg E iximcXciA 00 NCüÓLlo - (introd. § 6 . g : § .35 : ÍX,r ° u lro lad. ^ fin* * 10 ^ se verifica objectivamente. no ^ 9tuaçi° <\üC t i subordinada a uma un.^ de que nio » a (az<i-la valer. pode. tod*^ 1 c iai dcst»1* ' apcnas um reiaçao a deu-—processual ,^tamcntu . t i veriíi1^ Vdos ao s qUiUSS » .»“ Ksa . . . * , - '‘ ucurnú.J«ados. aos quais estã circunscrita a ^ nados interessa i unia decisão de accrtamento p0rtinúáadc p a r a ^ parte do juu (*)• _ ______ ____ VeheY reialiv* Unwtrksamkeit. no citado si) StROK*1-- com outra orientação. Cariot*.f J S i f f i i - » * “ ““ **,FeKrara. A***. Jnnuiuiouua c*mw»»“ * * nu*#*!» maiiva. nos Síudi -1' ' SRA~ c ‘scu~ S e g e ::o g iu r .. n . « S5-S7; Fedeu :. W WiM> Sro ru . 7 3 e ^ e g s . ---------- -------- ; é ^ ---- -- procura o u u w — a noção de um a anulabilidade absoluta elaborar. d e ^ ^ -*m . nocã0. oue ele utiliza OCvrt*. ----o— w - --- ..**«« n.<* 66-74. CajuoTA-FerRara tenta demonstrar qUe é traditüria cm si mesma a noção de nulidade relativa e C°Q CUUViOi, UV --------- - ___ (em Foro . 1939. iv. 50): noção, que ele uuüza para qualifi^ a invalidade do casamento nas hipóteses em que a impn^naçào pode partir de todos aqueles que nela tenham um interesse legitimo, nos termos do artigo 117.° do Ccdigo CiviL Mas .^ dc ver que a tentativa para derrubar, assim, as duas qualifi cações. tem o defeito de ignorar a sua relatividade essencial; e a critica da noçào de nulidade relativa parte da premissa in demonstrada (Stuái Scorza. 75, S l ) de quç6 característica essencial da nulidade, segundo o seu conceito, o facto do negó cio náo produzir efeitos por via dela e não t»oder ser sanada por «confirmação», nem por caducidade. Mas o caracter rela tivo ilã nulidade, assim como exclui a impugnabilidade ao negó cio por parte de quem tenha um inter*?s« para agir. sem aer um dos interessados contemplados pela norma, do mesmo mixio exdoi, também, por coerência lógica, um a fáta aosomta « efeitos e uma ngorusa insanabilidade. em relação a *erGe^ <^ isto é. Is pessoas diferentes daqueles detsnrisados ($32. i ) .—A característica essencial da nulidade, consare em nào ter o interessado o ótntò ú**í inscM **** ^ ..^ta declarar a invalidade (carência dc efeitosi. J ^lK x. ,;t0 Ja de *:rr.tz cm relação a ele. cm viftudo ap^sos do lei: e uma diferença que tem. sobretudo. relevância ^ RjUg* negativa, portanto, a tentativa dc C-\RiorA-r- ' uo srcúcio Jt-Blaico 2 " " ' ^ 7 T T T e ver se no direito vigente ° utra q“ l n^idade relativa. Também, porém, existem caso resolvcr.5e em sentido afirm ativo. 0511 S - u le dos actos de disposição da coisa c k d a em A T f nos termos dos artigos 2913.°-291d.° do Código T i é nu lidade, porque tem a sua fonte numa cir- i í â n c a que precede o negócio, ou pelo menos a da sua eficácia (art. 2914.°). como a penhora conseqüente da execução forçada, e leva a exclu ir um dos pressupostos de validade desse negócio, ou seja, a legitimidade para dispor; é nulidade relativa, porque consiste em tais actos «não terem efeito em prejuizo do credor pignoratício e dos credores que in ter- venham na execução*, pelo que só vale para os fins do processo executivo; é nulidade verdadeira e própria, porque existe objectivãmente, sem necessidade de qual quer impugnação. A mesma natureza de nulidade re la tiva (§ 2S) em relação à massa dos credores, tem, também,' 1 in va li- ade dos actos de disposição dos bens onerados Delo de 1942 n ° i a -c ' ’ de 16 de ü a rço c«ntradi- « . CIr n- a m» , i e por «ma dC uxaA ^ t i v id^ Üera. absurda e i|a lógica ( l 6 l l. '«ria entre IS V kUlMJUE E IH P FIC X CU IX) MEUicfO }\ ,U l ) . É. igualmente, nulidade relativa (§ 28), lecida para ao Estado do ministí garantia do direito dc preferência r sobre a propriedade artística, por jntr. <eri*to ___________io da instrução pública, pela Jt.j Junho de 193y. n.<> 1089 (arts. 30.“ , 31.» tí g j 0} 1 caso dc invalidade relativa entre as partes f§ K) ^ mas irrelevante relativamente ao domtnus (j 39 ^ é configurado pelo pagamento com coisa alheia, seçund# a disciplina do artigo 1192.° (cfr. art. 1479.°). Um outrQ caso é configurado pela inobservância de formas con vencionais pactuadas ad subsiantiam acfus (1352.°). por outro lado. o critério da relatividade pode também encontrar-se numa limitação da legitimação passiva referida aos sujeitos contra os quais a nulidade é invo ca vel: é o que sucede na simulação (art. 1415.°). Apa- roo\ então, o aspecto da inoponibilidade (§ 57) (21). Resta agora ver como se comporta o critério da invalidade relativa em relação à anulabilidace. Costu mam confundir-se aqui dois momentos diferentes: o que precede e o que segue a declaração da anulação do negó- (-ua^ jcavao* como relativa ou absoluta, da anu- la uutaae, a quire um significado bem diferente numa ou noutra fase. da r l ü v i d S e T e v f a ^ 0 de 0 Crité" ° prom over a anulação seja ° â k *110 11 confendo a todos aqueles que ( » ) Efectivimente. náo lisricas. como as jue «c Vçr^ ' ra!a !o diferen mtur.t- veget-ü- Parece csl(. ' «Urs sspéejcs u C**iorA-FERKASA. -Víjaao 1JU_t*ári'>. o inodo ^ ver de vávo! intrnto de r ^ car ^ • 3a n. v, o n to n o r e s . ]^ te n no ,núlc^ c w c„ ilos -sc- ia. cm todo o cwo. dc "*c‘‘do UCl . - J Wl«ntühò', 40 TEORIA <,mXL DO NECÚCtO JURlDICO nele têm interesse (arts. 117.°, 591.'» e 1551.», parágr.), ou apenas a determinados interessados (arts. 1395.°, parágr 1141.» n.° 1. U92". paráçr.). Xeste sentido, a anulabi-' lidade é. com maior írcquència, taais relativa que absoluta (no sentido atrás referido: nota I/-3), e enquanto dura, d i lugar a uma figura de negócio daudicante. Lembre mo-nos da anulabilidade por incapacidade ou por vidos do consentimento: nos termos do artigo 1441.o, «a anula ção do contrato só pode ser pedida pela parte em benefício da qual a lei a estabelece* (cír. art. 1395.® parágr.): Pelo contrário, a incapacidade contratual criada pela interdi ção legal conseqüente a uma pena (art. 1441.® parágr.) e a incapacidade de testar (prevista pelo art. 591.°), podem justificar a impugnação do contrato ou do tes tamento por parte ede quem nisso tenha interessei. Por isso, nos termos do artigo 117.°, co casamento contraído com violação dos artigos S4. \ S6.°, S7.° e S8.° pode ser impugnado pelos cônjuges, pelos ascendentes mais próximos, pelo Ministério Publico e poi todos aqueles que tenham, para impugná-lo. um interesse legitimo e actualf. Por outro lado, tenha-se em conta que a anulabilidade por vicio do consentimento tem um raio de acção muito maior que a anulação por inca pacidade, embora ambas tenham caracter relatho. eíec- tivamente, a anulabilidade por incapacidade, é consi derada pelo artigo 1945.°, fome de excepção pessoal, o que não sucede com a anulabilidade por vido do consentimento: por isso. a O T d a pode ser oposta pelo fideicomissário (qu-isnn .-.o :erce:ro a c i n t e do imó vel hipotecado, ele é admitido a opor todas as excep- - v Ao devedor. nos termos do art. 2859.°, ç5es nao oposta . . . que sobre este ponto, movou. em reiaçao a norma do art. dü Codif b) Depois da Jeclaraçao de anuiaçao, convertida INVALIDAM fc INEFTCXCIA DO NBoQuo ji»kjDIc então a carência virtu:d cm carência actual de Vai preceptivo. o regulamento de interesses estabeicS com o negócio deve ser considerado como nunca tend? existida. A qualificação de invalidade absoluta J relativa toma. então, o mesmo significado em quç fala de nulidade absoluta ou relativa; quer dizer. ausèn. da dos efeitos jurídicos do negócio relativamente a todos os interessados, ou apenas em relação a deter minadas pessoas. Neste sentido, também a anulabiu. dade — pelo menos na medida em que a decisão anu- latória tenha lugar no deferimento de um pedido formulado por via de acção, não de excepção — é, em regra, absoluta, e só excepcionalmente relativa. Nem todos podiam promover a anulação; mas. depois dela declarada, todos podem aproveitar-se dela. Todavia, a anulação do negócio conserva, por vezes, efeitos limi tados aos que a promoveram: assim, nos termos do artigo 1445.° «a anulação que não provem de incapa cidade legal, nào prejudica os direitos adquiridos a titulo oneroso por terceiros de boa-fé», desde que a aquisição seja anterior ao registo da acção de anula ção (art. 2562.°, n.° 6). O probkma do caracter relativo ou absoluto põe-se não so a respeito da anulabilidade e da nulidade, mas também em relação à ^üicacia eui sentico estnto * - “ P " rente direito alheio (ex.; ^ «m s u m id o peioconcor- pela conseqüente lesão de u~' cír- 1309.°) ou de disposição por meio do A " i:r" ° “ ct0 juizo aos credores, ^ , 0 devedor cause pre- dores, nos limites do pr''nü^ V°8ado ?or um ios cre- acordo com o artigo 2901 o ?s lhe determine. de pelo contrário, na órbita <u L ' *>■ ^quadrada. Processo de falência, 42 TBOSUA CERAL DO NEGÓCIO IvRiDICO a revogação aproveita a toda a massa dos credores, * entre os quais a falência constitui urna espécie de socie dade (arts. 66.° e 67.° do R. D. de 16 -ie Marco de 1942, n.° 267). Da redução oi>tida pelo i.-rde:ro iegitimário aceitante a benefício dc inventário, nào podem aproveitar os credores hereditários art. 557.°. íltimo parágrafo;. D) Finalmente, segundo um outro critério, a invalidade distingue-se em total e parcial. Quando o negócio esteja viciado apenas numa parte do seu con teúdo preceptivo, entendido o vocábulo "parto como referido ao âmbito daquele conteúdo ex.: art. 1478.°) ou apenas quanto a uma das diversas disposições de que consta (§ 37), é abstractamente possível tanto a solução segundo a qual a invalidade se mantém, pre cisamente, parcial, isto é, circunscrita iquela disposição ou àquela porção do conteúdo preceptivo do negócio (idüe per inutüc non vitiatur), como a solução con trária, no sentido de que o vicio da parte se comunica ao resto, submetendo ao regime da invalidade também a parte sã, de modo a dar lugar â invalidade total do negócio. A nossa lei segue a primeira solução também no Cód. Proc. Civ., art. 159.°). que remonta â tradição do direito canônico (vi, 5, 13. c. pelo contrário, o Código Civil alemão adopta. como cr.tério geral, o da invalidade total (§ 139). Xeste ponto, a nossa lei parte de um conceito menos rúido, e talvez mais realista, da unidade do negócio (§3/ (MJ SALtOLES. DéC^r. ic re l. O ATHgO !39.*T iI cotm w n í u ' 7*í• • •* ■ . 'Y if , no . i f .302 c segs.-, 0 « ..... k*\ INVALIDADE t INEFICÁCIA tX) M:t.ót to JlUtítUp 0 princípio da invalidade parcial encontra-se o no artiço 1419.° do Código Civil: «u nniU!Un'- r L nuIlcl*cie V V I V U i U U V +rrnmmmrn » atinrida pela nulidade.. 0 que mostra que a nulidade parcial é a regra e a total a excepção (“ ). de maneira ( » ) Para alguns casos decididos pela jurisprudência, ver os snmános seguintes: Cass.. 12 dc Fevereiro dc 1947 (Giur. it 1947. i. 442): «Uina cláusula contratual nula. pode infec tar de nulidade todo o acto. na medida em que se refira a um elemento pnncipal do negócio jurídico de que 6 iner£ncia c quando haja entre ela c as demais pactuações uma tal cone xão. que não seja possível considerar umas sem a outra*; Cass.. 22 de Fevereiro de 1947 (Giur. canp!. Cass.. 1947, vol. xxv. 10\: «O principio geral ttiíiU per inutiie non vttinlitn c aplicável quando a pane ou cláusula nuia do contrato tiver ex^tènoa autônoma; mas se. pelo contrário, se trata de parte ou cláusula nula que, embora materialmente desligada do respocuvo contrato, esteja com este em correlação mcindível c funcione como ccmdxcio ««w m da ns ou si ne. jua iteit, em « l caso o d i » prmdp» não « apUca, porqi;e a nu;idade paI. í f " 3 “ “« “íio». (Coní- Ciss., 17 Je ° de 1943- • ° Rtp- Fo,°- HM3-ÍS. col. 1120. r.. 520 c Cass.. - w g f TEORL\ GLJtAL DO NEGÓCIO JURÍDICO que quem invoca esta tem o ónus de provar que ela tem o seu fundamento na particular intenção prática das partes (o contrário do que dispõe o § 139 do Código alemão, que atribui o ónus àa prova a quem invoca a nulidade parcial). Uma aplicação coerente do prin cipio é feita nos artigos 1420.° a 1446.° quanto ao contrato plurilateral com prestações dirigidas a um escopo comum (§ 38): por isso «a nulidade (ou a anulação) que fere o vínculo de uma só das partes, não importa a nulidade do contrato, salvo se a participa ção dela dever, de acordo com as circunstâncias, con siderar-se essencial*. Por conseguinte, excluído o carac ter essencial, o contrato plurilateral inválido será um negócio claudicante (**). Aplicações do princípio com uma função de rectificação, isto é, tendentes a trazer o preceito da autonomia privada para a órbita da lega lidade (§ 9), são, depois, feitas, pelo artigo 652.° ao legado de coisa que se averigúe só em parte scT pro priedade do disponente, pelo artigo 771.° à doaçào que compreenda também bens futuros (doação que é redu zida ao limite dos bens presentes), pelos artigos 1500.° e 1501.° à venda a retro, na qual se haja estabele- nos termos do qual a nulidade de cercai cláusulas nào importa a nulidade Jo contraio quando a* cláusula* nula» sào su bs mu idas de direito por normas impcrauvasl pode aplicar-se «juando o contnv.o com Clau<ula nula troto sido cstipulido anics de entrar eni viger a norma mtfva» ' «ope- (- '» ) Cit. Casá 27 Ja Janeiro d* 1949 '/*«*_ Fvro ^ c o L 24. n lio ». «O contrato plurilateral o :aracten-adio ''elo escopo com.im de todos aqueles «jue r.cjc ^ pCJ° esse «scopo rvlo juu de memo. d** uma *4 da* p.ui^. aio imporia nulidade .. * Mncuio relativamente aus outrcet sujeita». * ^n trato IKVALUMpB C INETTCXCIA DO MECÓCIO l!'K(|)|ro 1 ------------------------------------ ------ 45 ddo restituir im preço superior aõ estipulado ou haja convencionado uni termo maior que o leçal [con venções ilegais, que sâo reduzidas, nos termos pernjj tidos pela lei , e. analogamente, p*lo art. 1573 0 à locação convencionada para além de 30 anos, pej0 último periodo do artigo 1865.° à convenção de resgate na constituição de renda; peio artigo 1941.° à fiança que exceda o débito ou prestada em condições mais one rosas; finalmente, pelos artigos 1284.°, último período, c 1815.°. ao mútuo: no qual, se se pactuam, mas nào por escrito, juros acima dos estabelecidos pela lei. ou se foram combinados juros usurários, a convenção — ine ficaz. por falta de prova escrita, no primeiro caso, nula, por üidtude. no segundo — é reduzida na medida dos juros legais. Este tratamento da cláusula nuia por ilicitude. e também 0 tratamento das cláusulas subs tituídas de direito por normas imperativas, por *x., dos artigo» Kx>9.° e 1419.°, parágrafo, importando trans formação qualitativa de um regulamento de interesses anti-soaalr reprovado, em si mesmo, peio direito í§ 9) (“ ), configuram, ao mesmo tempo, casos de conversão O tratamento no sentido r , , . t mmn ; • t ’ invalidade sarcialpressupee como é evidente. que a d , . » . pode ondir-se em duas üísdosU s Í t tíveis uma de se manter e a'outíT3 ÍM,tai.ta* 5USCeP ' respectivamente, que as várias disn ° ^ e.limin”áa’ ou* o negeeio. podem ser tratadas de 1ue consta- das outras, dc modo qUe a javali,i, ? m,de?ender.t s ::m:w adcâewnm ,oiid;algti- ( j» C.viuoTA-Vrutu«A 3-0 « to 5Ur° ntJ°- *rr^ a ni'«.n'tcn- 2o- nau tera tratamento e o ,ia llc- um* |u. nu entre <-* cí>ml>attbauiiade 46 7T0RIA GERAL DO ÍÍEGÓCIO TURÍDICO tuas, possa circunscrever-se a elas e não tenha influênciaj sobre a validade das outras, c seja com elas compatível, porém, quando a disposição inválida e aquela que seria, de per si, válida, estejam, pelo contrário, conjugadas entre elas por um vinculo dc unidade ou de subordina ção (§ 37), a regra utiU per znxUiU jioji viiiatur♦ já não tem fundamento. Em particular, no caso de subordi nação, poderá, perfeitamente, acontecer que o vício da disposição subordinaria náo influa sobre o valor da prin cipal' mas, certamente, o vício da disposição principal comunica-se à subordinada e envolve a invalidade de todo o negócio. De resro. o vínculo de unidade ou de * subordinação entre as várias partes do conteúdo do negócio — a tornar certo por via de interpretação — pode não ser apenas lógico e objecdvo, mas também psicológico e subjectivo: isto é, pode resultar da par ticular intenção prática das partes (é este o significado da reserva enunciada no referido art. 1419. °). O pro blema do carácter totai ou parcial põe-se. também aqui, não só em relação á invalidade, mas igualmente a respeito da ineficácia (art. 1466.°). 5 9 __in v a lid a d e superveniente ou suspensa. £ con- valcsccnça dn negócio mv.i.ido. O negócio poete, atra vés de succsshas vicissiraáes, perder .i sua originária validade ou pode. graças a determinadas integrações ou eliminações, obrer a validade que, de início, lhe fâJtíivn4 Na verdade, a invalidade pode ser. além de • * nuer dizer imediata e coeva do negócio:omnnana, qULJ _ - . « »niente i conclusão do negocio; b nendentea) supeni *ntUk ou suspensa. i A invalidade surerveaiénu\ ouinvalidação, a{ IçfR-cie de caducidade a que podem estar e unia *-• i INVALIDAM E IXEncACU 00 47 sujeitos todos os negócios com eleitos diferidos (§ verdade, sc o efeito do negócio ó imediato c instantâneo, não é concebível e. em qua.quer caso. não 0 relevante, como causa de aversão*, um defeito postenor „o „ c S„ . o r ( 1) Romano. Osservaiioni suila invalidità sucessiva degli atti xmmtnisirain i. cm Scritti in orjore d i Vacchtlli. 1937. 432 ( iv i . bibliografia); Gasparri. invalidità sucessiva degli atti amtninxsirativi. 1939. 15 e scgs.; Romanelli. La c. d. inra li- dUã succxssiva d. atti ammin.. cm Jus, 1942. 124; F e d e l e . Inva lid ità neg. giur . n.°® 49*61. cm espec. 124 e segs.; G ar- GIVEO. Sospensionc d. atti amtnir.. da p. d. cons. J i stato. 194S. 9. n. 6 ; ^ nosso D ir. rotn.. 335: CARiOTA-FEttRARA. X tgoz io giur.. n. S9 '375 e scgs.; Falzea. La ccndizione c* ç li eletr.enti delVatto ■iuridico, 4S. 51, n. 51: ao qual deve observar-se que ho^e, como no direito romano, asupcrvcmència. queoreduz a «revoga ção de direito do iestamento, é atinente à função típica do negócio mortis causa e portanto, conforme a coníijjuraçâo legal deste, constitui uma razao intrínseca que rca^e sobre a própria validade- resto, o caracter intrínseco dcueude de uma apreciação essencialmente relativa: o que convim lembrar a qcem -aia de «nericácia sucessiva. iS.orroRo-P.vsSARELLt. en Riv. .:>r c iv .J ^ 3- ^ : t op , ,946 124;C a rra ro . 22S: cfr. T ^ , . 1947. 4 3 ; Scoo.N.u.touo. Inval. stlc rcv cm j r . n . d:r. comp.. 27. ;x>-12*. % 1 1 \ E todavia, a Cass. S. U. em *>i i ? . . » « - * . * ,s i°- fenômeno de -everíio. de um casuo«to ^ » « , errór.e.i interpretação do artigo . '• ^ d° ' me!XS niai que nos j i submetem™ a uma « U i , ^ ct " > « » ■ » - ,ual char=ãn-.o5. oportunamente. a ''■*)■ para “ % à & . n. 15). C f , C. 5. 6. 3 pr. ^ U‘ ~ ex i*>st facto vitiari nca Cootr^ctura n,atnm •• n0 por Vclterra, tu. Bul, V '^«lam .-nte COOStO^ 0 r ront ^^ 29 48 TEORIA cn u i. 00 NEGÓCIO jj.RÍÔICO particular, sujeitos a tornarem-se ^íváfidos os actos negócios façam parte de uma j jlispêciâ complexa de formação sucessiva (§ 37). Tais negócios não podem entrar :n vi^or enquanto nâo se verificar a existência de todr ? os elementos da fahspccie cm que se enquadram precisamente porque o efeito não pode produzir-se, lòçicamente. antes da sua causa genética: a qual, aqui. é a previsão complexa na sua totalidade, de que o negócio é apenas uma parte). E por conseguinte des exigem i permanência dos pressupostos que lhes são necessários, até ao momento era que a fatispécie se completa. Segue-se que, antes desse momento, a eficácia do negócio nunca 6 segura. Por isso, a invalidação pode ferir a doação feita em atenção a um futuro casamento (art. 785.°, n.° 2); e pode ferir o testamento: figura por excelência do negócio que se enquadra numa ja ti;: J::e áe formação sucessiva, visto se destinar a só entrar em vi^or com a produção do evento que provoca a sucessã*: a morte. Produz invalidação do testamento a falta de capaci dade jurídica (isto é. a incapacidade para escolher os seus sucessores), que sobrevêm com a interdição legal do testador. em conseqüência de condenação penal (§ 26i Analogamente, fez com que cie caduque, auto maticamente. a snperwsiência de n filho ou descen dente legitimo, ou a sua -.gnoraaa existência, ou o r e c o n h e c i m e n t o de un: filho natural. n.;s termos do artigo 6S7° Jo cóíll50 Cívi1- A<lu:- -1 k': >l'j aliCca a caducidade das dispo®testaner.tárias c-:r... uma ^ pnfa ••= -V. - iãmimsu .: s • : . ire 8* S/. chfça -i «te a r i nvaLcz&e de a,;os cuja Va bA-a in:c:.v;.v dfsje <\\ic .un*In não esto S S SA INVALIDADE B INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JTnfolro ---------------- 49 «revogação dc direito», c essa qualificação remonta tradição do direito romano, onde é desiçnado rumpi testanrentum, tanto o efeito «la rovoçaçao, como o da superveniência de filhos póstumos. Mas a sistem ati^ ção que o Gódigo faz desta norma, sob a equivoca rubri^ «da revogação das disposições testamentárias>, não deve induzir em erro o intérprete quanto a uma pretensa analogia com a revogação (art. 679.°) do testamento A superveniência (objectiva ou subjectiva) de descen dentes, reage sobre a própria validade do testamento por uma razão intrínseca, directamente atinente a fun ção tipica do negócio morlis causa, visto que a previsão da morte está intimamente ligada à consideração dos descendentes, nos quais somos levados a ver os natu rais continuadores da tradição familiar e da posição patrimonial. Ela apresenta, por conseguinte, um pro blema inteiramente diverso do da liberdade de testar, que se manifesta com a revogação (§ 31 b) : problema que encontra aqui uma solução essencialmente diferente da que a lei lhe dá em matéria de doação, onde, pelo con trário. é confiada à iniciativa do disponente a revogação dependente de certas hipóteses (art. SOO.0! e, portanto, a ineficácia do negócio (§ 60). h j Oa ~e^jcios cuja eficácia esteia subordinada a um evento futuro e incerto-^ner este seja uma condição prevista para ele*; ‘ , • ou um elemento consutu- • % ( ’ ) U m línómcno a n iW . . na caducidade dos testajata^ L. mvati'laç5o é configurado J e m vs meses prcvuio aoi a r á -o s f i i^ 5' ?ol° 10 ^ r" ' ° nestes casos a caducidade ^ A .‘°'4> «IS.» e Tcdavia. i .ínutaçao da pr<Spria vi ^ ' a ar.ia Tacto su? -rvcn iea te . e s tA io n u a e s p i a i do „ csôci0 « t a b ^ , ^ ^ ;e i para . ed-. 5 33J- o qual. ^ Ça* * * » . ^ » , 8^ncie « n Ul ® *caducid * \* n^ turc>,, aa<1- outros fenc-, — T*oriA Geral —m 50 teoria geral do NEGÓCIO JURÍDICO tivo de uma fatispécie complexa, em que, por sua natu reza, o negócio se enquadra — podem dar lugar ao fenô meno da invalidade pendetite ou suspensa (4). E ao mesmo fenômeno dá lugar a invalidade relativa. (§ 58, C), a qual, existindo apenas na medida necessária para a tutela de certos interesses, não é definitiva, mas encon- tra-se em estado de pendência, no sentido de estar sujeita a resolver-se com o desaparecimento desses interesses. aa) Na hipótese de efeitos diferidos, produz-se uma invalidade suspensa, antes de mais. 1.°, quando, no momento em que o negócio se celebra, ainda falte um dos seus pressupostos necessários, o qual, porém, não seja daqueles que devem existir desde o início, mas sim de natureza tai que possa sobrevir também depois (§ 29): é o caso da legitimação (§ 27). Assim, nos termos do artigo 651.°, o legado de coisa alheia, em regra nulo por isso mesmo, convaüda-se se a coisa legada for propriedade do testador no momento da sua morte. ( * ) Mrrrris. Rôm . Privatrecht. 243; o nosso D ir . rem.. 334- cfr I9-*. n. 3. 332. b): Cajuota-Ferrara. em Sluui sassx- resi 1936, 14 : X íçoxío g i*r„ tl S9: 372 e se-s.: F e d b l e . [nva- o» 61 e 74 <Que pretenderia falar de ^nulidade indecisa*); Ouuota-Fb*»***. 348. n. 11: 372 íala. «diferente- de «invalidade mcecsa» e de «validade suspensa»; mente’ ,ra çpjao «um caso de validade suspensa» a venda e . C° nil ^ a entregue -O arbítrio de um terceiro a deter- civil cm q L ^ qrAroIJfcss-RxE2LE». K^mmtttíars, B.G .l INVALIDADE n intficAcia do ni:cocio h ;rxdico Pelo contrário, pendente, quantq |ot configura um caso de in<-[icáci i \ função translntiva, a venda a confere a propriedade ao comprador no momento em que o vendedor a íulquira (de maneira diferente da venda, o penhor de coisa alheia é válido, e a aquisição superveniente da propriedade sòmente lhe confere maior eficácia: argumento tirado do art. 2/69.°). Considera-se, também, em estado de pendência o negócio celebrado em representação de outrem por quem não tinha o poder para
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