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Vladimir Correia Direito a vida 11

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DIREITOS FUNDAMENTAIS 
I. Direito à vida 
O direito à vida abrange o direito a uma vida digna, de modo que o Estado deve assegurar os meios necessários 
para um desenvolvimento digno, portanto, não basta manter a integridade física e psíquica, mas deve garantir os mei-
os. Os direitos sociais surgem como decorrência lógica do direito à vida. 
Existem hipóteses de relativização do direito à vida, como a hipótese da pena de morte em caso de guerra decla-
rada, o desertor pode ser condenado à pena de morte. O Código Penal também traz hipóteses de relativização, na legí-
tima defesa e estado de necessidade. Ainda, o Código Penal admite o aborto do feto quando oriundo de estupro ou 
quando a vida da gestante correr risco e, a partir da ADPF 54, o Supremo apreciou e garantiu o direito de aborto quan-
do se tratar de feto anencéfalo. 
Ademais, a ADIN 3.510 foi proposta em face da Lei n. 11.105/05 e abrange pesquisas com células tronco, enten-
dendo o STF que a Lei de Biossegurança Nacional é constitucional, pois implementa o direito à saúde, igualdade, assim 
como que a religião não poderia interferir nessas questões, tendo em vista que o Estado é laico. 
II. Direito à igualdade 
O direito à igualdade é um princípio, podendo ser resumido da seguinte forma: todos são iguais perante a lei. A 
igualdade material é melhor refletida na máxima, “a igualdade é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desi-
guais, na medida da sua desigualdade”, ou seja, determinadas situações devem ser analisadas e equiparadas, pois na 
prática elas não são iguais e merecem tratamentos distintos. 
III. Direito de reunião 
A reunião é um evento episódico e temporário, sendo uma aglomeração com uma finalidade específica e com 
um período específico. Se trata de um direito fundamental de suma importância, possibilitando a manifestação do 
pensamento e, consequentemente a participação na vida política. 
O direito de reunião exige alguns requisitos constitucionais, por exemplo, deve ser exercido para fins lícitos e pa-
cíficos, sem armas, em local aberto ao público, independentemente de autorização, mas devendo ser comunicado aos 
órgãos públicos, com o objetivo de não frustrar outra reunião eventualmente marcada no mesmo local. 
IV. Associação 
O estado não pode intervir na associação e nos seus fins, pois prevalece a autonomia da vontade. De outro lado, 
ninguém é obrigado a se associar, podendo deixar de ser associado a qualquer momento. 
Somente uma decisão judicial transitada em julgado pode encerrar o exercício de uma associação, não sendo 
possível que um órgão administrativo proceda nesse sentido. 
V. Liberdade de ofício ou profissão 
Todos podem escolher livremente o seu ofício ou profissão, atendidos os requisitos previstos em lei. Esse direito 
fundamental é uma norma de eficácia contida, pois, o exercício da advocacia exige prévia aprovação em exame da OAB 
para bacharéis em Direito. 
VI. Privacidade 
O direito à privacidade é tratado como gênero, dando origem a outros direitos, tais como inviolabilidade domici-
liar, sigilo das comunicações, entre outros. 
Especificamente em relação à privacidade, se trata do direito de guardar para si contra interferências externas 
aquilo que lhe diz respeito. O direito à intimidade diz respeito a aspectos intrínsecos das pessoas. A vida privada são 
aspectos externos, como a relação com familiares e colegas de trabalho. Já o direito à honra está relacionado à reputa-
ção do indivíduo e, por fim, o direito à imagem, sendo aspectos que individualizam o indivíduo. 
O direito à privacidade está relativizado hoje em dia, tendo em vista a necessidade de oferta de crédito, por e-
xemplo, o que acaba gerando a necessidade de divulgar o nome de maus pagadores em bancos de dados. 
 
 
 
 
 
- Inviolabilidade domiciliar: ninguém pode entrar na residência ou domicílio de outra pessoa sem o seu consen-
timento. A própria Constituição traz quatro hipóteses de relativização da inviolabilidade domiciliar: em hipótese de 
flagrante delito, desastre, prestar socorro e por ordem judicial durante o dia. Para o STF, o conceito de dia é considera-
do da aurora ao crepúsculo, e domicílio é considerado não apenas a casa, mas também o quintal; um carro estacionado 
dentro do pátio; casas de veraneio; barco; avião; quartos de hotel, pensão, albergue, etc.; escritório profissional. 
VII. Direito de manifestação do pensamento 
Esse direito também é tratado como gênero, englobando o direito de imprensa, liberdade de expressão artística 
e cultural, etc. Todavia, o uso da liberdade de manifestação e expressão não pode ser utilizado para pregar a violência, 
em especial, contra determinados grupos. 
VIII. Liberdade religiosa 
Todos são livres para escolher a sua religião, exercer as suas liturgias e frequentar os seus templos. O Estado de-
ve se abster de impedir o exercício desse direito, bem como deve garantir a todos seu exercício.

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