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Resumo 5 Dir Empresarial 2014 2 Guilhon

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FAP/ESTÁCIO
Disciplina: Direito Empresarial II
Professor: Mauro Marques Guilhon
RESUMO DE AULA 5
UNIDADE II: SOCIEDADE ANÔNIMA: 2.6 MERCADO DE AÇÕES. 2.7 CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE ANÔNIMA. 
MERCADO DE AÇÕES
O mercado de ações, também conhecido como mercado de capitais ou mercado de valores mobiliários é um ambiente público e organizado para negociação de alguns títulos mobiliários (ações, opções de ações, fundos de investimento etc.). As transações podem ocorrer por intermédio das bolsas de valores ou nos chamados mercados de balcão (mercados em que são comercializados títulos não negociados em bolsas, dentro das normas legais previstas em lei e regulamentos, sem coordenação de entidades privadas de autorregulação).
Para investir em ações é necessário que o investidor procure uma corretora, que mantém funcionários especializados em orientar a seleção dos papéis de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
O mercado acionário do país é controlado por um órgão ligado ao governo federal, uma autarquia especial: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobiliários.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei nº 6.385 para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.
Até o ano de 1976 não havia uma entidade que absorvesse a regulação e a fiscalização do mercado de capitais, principalmente nos temas relativos às sociedades de capital aberto. Por isso, a Lei nº 6.385 ficou sendo conhecida como a Lei da CVM. 
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, porém sem subordinação hierárquica.
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder fiscalizador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual a CVM passa a ser uma "entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária" (art. 5º).
É administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Eles formam o chamado "colegiado" da CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos, sem recondução, e só perdem seus mandatos "em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar" (art. 6º § 2º).
O Colegiado define as políticas e estabelece as práticas a serem implantadas e desenvolvidas pelas Superintendências, as instâncias executivas da CVM.
Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro, com Regionais nas cidades de São Paulo e Brasília.
Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores de São Paulo foi fundada em 1890 sob o título de “Bolsa Livre”, quando deu início a sua história centenária. Corretores deixaram a atividade individual, e se uniram com a finalidade comum de se concentrarem em um local para negociar com regras preestabelecidas e garantia do cumprimento dos acordos, e assim fomentar a atividade (ALVES, Daniela. Bolsa de Valores: sua origem, seu mercado e suas aplicações).
Só a partir da década de 1960, nos embalos das reformas do mercado financeiro nacional, é que a Bolsa de Valores de São Paulo assumiu um caráter corporativo e institucionalista, constituindo-se como pessoa jurídica de direito privado na modalidade de associação civil de corretoras, sem qualquer finalidade lucrativa, regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional, e mais tarde, na década de 70, pela Comissão de Valores Mobiliários (ZANCOPÉ, 1988, p.14).
No ano 2000, as bolsas de valores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional foram integradas. Desde então a Bovespa passou a concentrar toda a negociação de ações do Brasil, e as bolsas regionais mantiveram as atividades de desenvolvimento do mercado e de prestação de serviços às suas praças locais.
Em 2007, a Bovespa deixa de ser uma associação civil sem fins lucrativos e, oficialmente, torna-se uma empresa de capital aberto com ações negociadas em seu próprio mercado de ações. O lançamento inicial de ações no mercado primário (IPO) ocorre em 26 de Outubro do mesmo ano. A nova Bovespa Holding passa a ser listada no Mercado Bovespa através do código de negociação BOVH3. A Bovespa Holding representava a união (um consórcio) das corretoras que operam na Bolsa de Valores de São Paulo.
No ano seguinte, a Bovespa anuncia oficialmente o início do processo de fusão com a BM&F. A BM&FBovespa, nome da nova instituição que surgiu com a fusão, torna-se a terceira maior bolsa de valores do mundo, e a segunda das Américas, em valor de mercado. As ações de ambas as bolsas negociadas no Mercado Bovespa fundem-se em uma só. Atualmente, a BM&FBovespa é a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil
Mercado de Balcão.
Mercado de balcão são todas as distribuições, compra e venda de ações realizadas fora da bolsa de valores. É onde são fechadas operações de compra e venda de títulos, valores mobiliários, commodities e contratos de liquidação futura, diretamente entre as partes ou com a intermediação de instituições financeiras, mas tudo fora das bolsas.
Nesse tipo de operação somente os participantes conhecem os termos do contrato, que podem ser completamente adequados às necessidades específicas de cada parte. As particularidades de cada contrato dificultam sua negociação posterior, sendo comum os participantes manterem essas posições em suas carteiras até o vencimento. Outro problema é a liquidez. O fato das negociações serem realizadas fora das bolsas torna mais difícil a revenda dos papeis.
Os intermediários do sistema que compõe o mercado de balcão são as instituições financeiras e as sociedades corretoras.
No Brasil a bolsa de valores é mais focada nas companhias de grande porte, e portanto uma empresa de porte menor que deseje ir para este mercado pode perder um pouco de visibilidade, além de ser um processo mais burocrático e custoso.
Para estas empresas, o mercado de balcão pode ser a solução ideal, já que suas ações podem ser facilmente negociadas, sem ter que atender todas as exigências necessária para a bolsa de valores.
1.3.1 Mercado de balcão organizado (MBO) => estruturado em um sistema de negociação, conectando as instituições financeiras, composto no Brasil pela Sociedade Brasileira do Mercado de Acesso SOMA que administra o mercado de balcão e oferece um ambiente de negociações pelo SOMAtrader, onde as ordens são enviadas.
O mercado de balcão organizado é um ambiente com sistemas informatizados e regras para a negociação de títulos e valores mobiliários (ações, cotas de Fundo, e outros ativos).
Este ambiente é administrado por instituições autorizadas a funcionar pela CVM e por ela supervisionadas. São as chamadas instituições auto reguladoras, entre elas corretoras, bancos, etc.
As transações do mercado de balcão são feitas por telefone ou eletronicamente entre as instituições financeiras e não têm um local físico definido. Existem uma série de requisitos que uma instituição deve obedecer para atuar como intermediário financeiro, englobando a conduta, a fiscalização e a aplicação de penalidades aos infratores.
1.3.2 Mercado de balcão não organizado => (sem um sistema de negociação), cujas operações são realizadas por corretoras e instituições financeiras Autorizadas. 
Espécies de Sociedades Anônimas.
Sociedades Anônimas de capital aberto
Diz-se companhia ou sociedade de capital aberto quando os valores mobiliários de sua emissão são admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários (art. 4º da Lei 6.404/76), ou seja, negociações em bolsa ou no mercado de balcão.Ressalte-se que para a emissão de ações, é necessário, autorização e controle da Comissão de Valores mobiliários - CVM.
Uma das principais vantagens nesta espécie de sociedade é a liquidez do capital. Um empreendedor que investe seu dinheiro neste tipo de companhia terá mais vantagens quando da venda de suas ações, pois é negociada na bolsa de valores e balcão, cuja venda pode se realizar rapidamente, considerando a segurança da sua aplicabilidade, especialmente se o empreendimento é uma sociedade próspera e age com seriedade.
Trata-se de companhias fiscalizadas rigorosamente pelo governo, que objetiva resguardar o investimento dos acionistas minoritários.
Sociedades Anônimas de capital fechado.
Diz-se companhia ou sociedade de capital fechado aquelas que não emitem valores mobiliários negociáveis no mercado (art. 4º da Lei 6.404/76). Entende-se que deve haver o registro das ações junto a Comissão de Valores Mobiliários, porém, pode limitar-se a venda das ações dessas companhias ou sociedades para o público em geral, cuja restrição pode ser feita através dos seus estatutos. 
A sociedade anônima fechada não tem suas ações disponíveis no mercado para negociação. Essa restrição advém dos sócios escolherem seus companheiros, não impedindo o ingresso no grupo formado, haja vista a presença laços familiares ou de confiança mútua. Disso decorre o inferior grau de liquidez do investimento nesse tipo de sociedade, que é constituída por subscrição particular.
Nesta espécie de companhia o empreendimento é para empresas de médio e pequeno porte e os recursos são obtidos pela conjugação de esforços de pessoas que nutrem a sociedade.
Capital social. 
Conceito.
Em seu Curso de Direito Comercial, o autor Fábio Ulhôa Coelho, coloca que:
“O capital social pode ser entendido, nesse sentido, como uma medida da contribuição dos sócios para a sociedade anônima, e acaba servindo, em certo modo, de referência à sua força econômica. Capital social elevado sugere solidez, uma companhia dotada de recursos próprios suficientes ao atendimento de suas necessidades de custeio.” (COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2003 , p. 157).
O capital social será expresso em moeda corrente nacional e poderá englobar qualquer espécie de bens desde que passíveis de avaliação pecuniária que é feita por peritos conforme estatui o art. 8 da Lei 6.404/1976.
A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada, nomeados em Assembleia Geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que representem metade, pelo menos, do Capital Social, e em segunda convocação com qualquer número.
Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com os documentos relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembleia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhe forem solicitadas.
Havendo aceitação dos valores apresentados, os bens passam a incorporar o Capital Social da companhia. Por sua vez, se a assembleia não aprovar a avaliação ou o subscritor não aceitá-la, ficará sem efeito o projeto de constituição da companhia.
O artigo 177 do Código Penal tipifica como crime, sujeito a pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, se o fato não constituir crime contra a economia popular, a conduta de "promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ocultando fraudulentamente fato a ela relativo".
Modificação do Capital Social.
Capital Autorizado. 
O sistema de capital autorizado é aquele que admite que o estatuto social, além de fixar o montante do Capital Social, estabeleça limite de capital autorizado dentro do qual a Assembleia Geral ou o Conselho de Administração pode deliberar aumento de capital social independentemente de reforma estatutária.
O objetivo desta medida é permitir a realização do capital na medida das necessidades da companhia, sem o inconveniente de sucessivas alterações no estatuto social.
1.5.2.1.1 Autorização - Requisitos Legais
De acordo com o artigo 168 da Lei nº 6.404/1976, a autorização estatutária deverá especificar:
a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;
b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a Assembleia Geral ou o Conselho de Administração;
c) as condições a que estiverem sujeitas as emissões;
d) os casos ou as condições em que os acionistas terão direito de preferência para subscrição, ou de inexistência desse direito.
1.5.2.1.2 Outorga a Administradores e Empregados
O estatuto pode prever que a companhia, dentro do limite de capital autorizado, e de acordo com o plano aprovado pela Assembleia Geral, outorgue opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à companhia ou à sociedade sob seu controle.
1.5.2.1.3 Aumento do capital social
O Capital Social pode ser aumentado, nas seguintes hipóteses:
a) por deliberação da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração, observado o que dispuser a respeito o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado;
b) por conversão, em ações, de debêntures ou partes beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações;
c) por deliberação da Assembleia Geral extraordinária convocada para decidir sobre reforma do estatuto social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou de estar a mesma esgotada;
d) por deliberação da Assembleia Geral ordinária, para correção da expressão monetária de seu valor.
O Conselho Fiscal, se em funcionamento, deverá, salvo na hipótese prevista na alínea "b", ser obrigatoriamente ouvido antes da deliberação sobre o aumento do capital.
Aumento Mediante Subscrição de Ações
Depois de realizados 3/4 (três quartos), no mínimo, do Capital Social, a companhia poderá aumentá-lo mediante subscrição pública ou particular de ações.
O preço de emissão deverá ser fixado, sem diluição injustificada de participação dos antigos acionistas, ainda que tenham direito de preferência para subscrevê-las, tendo em vista, alternativa ou conjuntamente:
a) a perspectiva de rentabilidade da companhia;
b) o valor do patrimônio líquido da ação;
c) a cotação de suas ações em Bolsa de Valores ou no mercado de balcão organizado, admitido ágio ou deságio em função das condições do mercado.
1.5.2.1.3 Redução do capital social
A Assembleia Geral poderá deliberar pela redução do Capital Social, se houver perda, até o montante dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo, ou ainda no caso do reembolso das quotas ou ações aos sócios ou acionistas dissidentes.
A proposta de redução, quando de iniciativa dos administradores, não poderá ser submetida à deliberação da Assembleia sem o parecer do Conselho Fiscal, se em funcionamento.
A partir da deliberação de redução ficarão suspensos os direitos correspondentes às ações cujos certificados tenham sido emitidos, até que sejam apresentados à companhia para substituição.
CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE ANÔNIMA.
A constituição da sociedade anônima é diferente, conforme seja aberta ou fechada, sendo sucessiva ou pública para a primeira, e simultânea ou particular para a segunda. Para a sucessiva ou pública, sua constituição obedece a fases, como elaboração de Boletins de Subscrição, que devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários; oferta de subscrição das ações ao público; convocação de subscritores e realização da assembleia de constituição; remessa do estatuto e atas das assembleias para a Junta Comercial e publicação da certidão do arquivamento no jornal oficial. 
Já a constituição simultânea ocorrecom elaboração de boletins de subscrição por fundadores, oferta direta ao público, convocação para assembleia, remessa à Junta Comercial do estatuto e ata da assembleia e publicação no jornal oficial da certidão do arquivamento.
2.1 Requisitos Preliminares (arts. 80 e 81 da Lei nº 6404/76).
“Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
 I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
 II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
 III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
 Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às companhias para as quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social.
Depósito da Entrada
 Art. 81. O depósito referido no número III do artigo 80 deverá ser feito pelo fundador, no prazo de 5 (cinco) dias contados do recebimento das quantias, em nome do subscritor e a favor da sociedade em organização, que só poderá levantá-lo após haver adquirido personalidade jurídica.
 Parágrafo único. Caso a companhia não se constitua dentro de 6 (seis) meses da data do depósito, o banco restituirá as quantias depositadas diretamente aos subscritores.
No que tange à determinação do inciso I, do art. 80, acima transcrito, esta não se aplica às sociedades subsidiárias integrais, regidas pelo art. 251 da mesma Lei.
2.2 Requisitos Constitutivos. 
2.2.1 Subscrição Pública (Arts. 82 a 87 da da Lei nº 6404/76)
A constituição por subscrição pública ou sucessiva é a forma de capitalizar os recursos necessários à implementação do negócio. O fundador de uma companhia aberta deve, necessariamente, contratar os serviços de uma empresa especializada para constituí-la (serviços de underwriting).
Toda essa implementação compreende três fases: registro na CVM, colocação das ações e assembleia de fundação.
1ª fase – Registro:
Ao se firmar o contrato de underwriting, este deve possuir cláusulas específicas exigidas pelo CVM, sob pena do registro da emissão não ser concedido, além de atender as normas, deverá ser instruído com determinados documentos especificados por lei (LSA art 82 §1º), a saber:
1. O estudo da viabilidade econômica e financeira do empreendimento;
2. Projeto do estatuto social;
3. O prospecto, organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição financeira intermediária.
O primeiro item vem tratando do estudo da viabilidade econômica e financeira do empreendimento, onde o fundador terá em mãos estudos técnicos que demonstrem as razões das expectativas do fundador e os apresente à CVM.
O segundo item, o projeto do estatuto social, é um documento a ser elaborado por advogados e deverá conter regras de estrutura da companhia além de disciplinar as relações entre os acionistas. Deverá ser aprovado pela assembleia dos subscritores.
De igual modo, o terceiro e último item, o prospecto, é o principal instrumento de divulgação do investidor a ser oferecido ao mercado, pois deverá mencionar com clareza e precisão as bases da companhia e os motivos que justifiquem a expectativa de sucesso que se destina ao empreendimento, cujo conteúdo é especificamente delimitado pela lei LSA em seu art 84.
Com base na documentação apresentada – estudo, projeto e prospecto – a CVM avaliará o empreendimento. Caso este seja aprovado, passa-se a segunda etapa do procedimento constitutivo da companhia de capital aberto.
2ª fase – Colocação das ações
É nesta fase que é permitida a colocação das ações a serem disponibilizadas pela companhia em constituição junto aos investidores, que nada mais é que a oferta das ações aos investidores, para a captação de recursos, e também uma alternativa de investimento de capital.
Ao término dessa fase, todas as ações da companhia em constituição devem ter sido subscritas, sob pena de se frustrar a operação, como um todo
Esta fase é regulamentada pelo artigo 85 da LSA que estabelece que no ato da subscrição das ações a serem realizadas em dinheiro, o subscritor pagará entrada e assinará a lista ou o boletim individual autenticados pela instituição autorizada a receber as entradas, qualificando-se pelo nome, nacionalidade, residência, estado civil, profissão e documento de identidade, ou, se pessoa jurídica, pela firma ou denominação, nacionalidade e sede, devendo especificar o número das ações subscritas, a sua espécie e classe, se houver mais de uma, e o total da entrada.
Diante da insuficiência de dinheiro e da necessidade da subscrição ser realizada em bens, a avaliação terá outros critérios, ou seja, será feita por 3 peritos ou empresa especializada nomeada pela assembleia geral dos subscritores, segundo o artigo 8º §1º da LSA .
3ª Fase - Assembleia dos Fundadores
Na assembleia de constituição, a validade de certas deliberações está sujeita a quorum específico. A fundação da sociedade, por exemplo, é aprovada desde que não haja oposição de subscritores representantes de mais da metade do capital social .
Segundo o artigo 86 (LSA), os fundadores convocarão uma assembleia geral, que deverá promover a avaliação dos bens, se for o caso, nos termos do citado artigo 8º e deliberar sobre a constituição da companhia.
O quorum é muito importante, pois sem ele não há deliberação, em geral, para assuntos deliberativos, se exige a maioria dos votos dos subscritores presentes. Já quanto ao estatuto, este só pode ser alterado por deliberação unânime dos subscritores.
Segundo o artigo 87, § 3º da LSA, em não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do capital social, o presidente declara constituída a companhia, dando início à eleição dos administradores e fiscais.
Dessa forma, lavra-se a ata, em duplicata. Depois de lida e aprovada pela assembleia, todos os subscritores deverão assinar, sendo que um exemplar ficará na companhia e o outro será enviado ao registro de comércio. 
2.2.2 Subscrição Particular (Arts. 88 da LSA).
Tal constituição se destina à formação de sociedade anônima fechada, que não pretende a capitação de recursos no mercado de capitais, pelo menos no seu início.
Seus subscritores se reúnem e, por instrumento particular, representado pela ata da assembleia geral, ou por escritura pública (art. 88), agora, se a forma escolhida for a de assembleia pública, deverá ser pautada nos art. 86 e 87.
2.2.3 Requisitos Complementares. 
Após a constituição da companhia, competirá aos primeiros administradores o cumprimento de formalidades complementares à sua constituição, tais como o arquivamento e a publicação dos seus atos constitutivos no Registro Público de Empresas Mercantis, que fica a cargo das Juntas Comerciais (arts. 94 a 99 da Lei 6.404/1976).
Os administradores estão obrigados a providenciar em até 30 dias a publicação e o registro dos atos de constituição da companhia e são pessoalmente e solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados pela demora no cumprimento das formalidades.
Na ausência do arquivamento, respondem pessoalmente pelos atos e operações realizados em nome da companhia. Constituindo-se a companhia por deliberação da assembleia geral, seja por subscrição pública ou particular do capital, faz-se necessário o arquivamento dos seguintes documentos no lugar da sede, conforme o art. 95 da LSA.
O art. 93 da Lei 6.404/1976 determina que "os fundadores entregarão aos primeiros administradores eleitos todos os documentos, livros ou papéis relativos à constituição da companhia ou a esta pertencentes". Assim, se preenchidos os requisitos preliminares (fase de embrionária), inicia-se a fase de constituição. A fase embrionária (subscrição) começa com a subscrição pública ou particular e a fase de constituição (criação) ocorre por assembleia geral ou por escritura pública
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