Monopólio: Estrutura de Mercado

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Microeconomia – Aula 13
Microeconomia
Seção VII – Estruturas de Mercado
Monopólio
Carlos Eduardo S. Marino
eduardomarino@caen.ufc.br
Microeconomia – Aula 13
O que é umMonopólio?
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O que é umMonopólio?
É uma estrutura de mercado na qual uma empresa é
a única vendedora de um produto que não tem
substitutos próximos.
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Como surgem os Monopólios?
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Como surgem os Monopólios?
– Um dos recursos essenciais é exclusivo de uma
única empresa.
– O governo concede a uma única empresa o direito
exclusivo de produzir um determinado bem ou
serviço.
– Os custos de produção tornam um único produtor
mais eficiente do que vários produtores.
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Recursos Monopolistas
– Uma única empresa possui um recurso chave.
– Nas economias modernas, os recursos são
propriedade de diversas pessoas, raramente
existem monopolistas em função de algum
vendedor ser o único proprietário dos recursos.
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Monopólios concedidos pelo Governo
– Os governos concedem a uma só empresa o direito
exclusivo de prover algum bem ou serviço.
– As patentes e os direitos autorais são exemplos
desse tipo de monopólio.
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Monopólios Naturais
– Surgem quando uma só empresa consegue ofertar
um bem ou serviço com um custo inferior ao custo
de várias empresas no mercado.
– Isso significa que existem economias de escala, ou
seja, o aumento na quantidade produzida reduz o
o custo médio.
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Produção e Preço no Monopólio
– A grande vantagem de uma empresa monopolista em
relação a empresas competitivas é que as empresas
monopolistas podem influenciar o preço de mercado
(Possuem Poder de Mercado).
– O monopólio permite que se cobrem preços acima do
custo marginal, algo prejudicial aos consumidores.
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Demanda no Monopólio
– A curva de demanda de uma empresa competitiva
(RMe) é horizontal (ou seja é perfeitamente elástica),
pois seu produto possui muitos substitutos.
– A curva de demanda de uma empresa monopolista é
a curva de demanda do mercado, sendo
negativamente inclinada (Lei da Demanda).
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Demanda no Monopólio
p
q
Demanda de um monopolista
RMe = P (decrescente devido a 
Lei da Demanda)
Demanda empresas competitivas 
RMe = P (constante)
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Efeito do aumento da produção no Monopólio
A empresa monopolista simultaneamente escolhe a
quantidade produzida e os preços.
Como a curva de demanda é negativamente inclinada (Lei
da Demanda), à medida que a empresa decide oferecer
maior quantidade de produtos, o preço pago pelo produto
cai. A receita total pode aumentar, mas a receita média e
marginal são decrescentes.
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Efeito do aumento da produção no Monopólio
Quando um monopolista eleva a quantidade vendida
ocorrem dois movimentos distintos:
1 – Efeito quantidade: que tende a elevar a receita (mais
produtos vendidos).
2 – Efeito preço: que tende a reduzir a receita (menor preço
recebido por produto).
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Efeito do aumento da produção do Monopolista
Nas empresas competitivas, não existe queda de preço
associada a quantidade vendida. Logo, uma unidade a mais
vendida não reduz a receita das quantidades anteriormente
produzidas.
Por outro lado, a receita marginal do monopolista é inferior
ao preço. Com isso, a curva de receita marginal encontra-se
abaixo da curva de demanda (Receita Média).
RMg ≤ RMe = p
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Um Exemplo:
q p
0 100
1 90
2 80
3 70
4 60
5 50
6 40
7 30
8 20
9 10
10 0
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Um Exemplo:
q p
0 100
1 90
2 80
3 70
4 60
5 50
6 40
7 30
8 20
9 10
10 0
RT RMe RMg
0
90 90 90
160 80 70
210 70 50
240 60 30
250 50 10
240 40 -10
210 30 -30
160 20 -50
90 10 -70
0 0 -90
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Um Exemplo:
RMe = p (Demanda)
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Formalmente:
𝑅𝑇 = 𝑝. 𝑞,𝑚𝑎𝑠 𝑝 é 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝑞. 𝐿𝑜𝑔𝑜:
𝑅𝑇 = 𝑝 𝑞 . 𝑞
𝑅𝑀𝑔 =
𝑑𝑝
𝑑𝑞
. q + p. (1)
𝑅𝑀𝑔 =
𝑑𝑝
𝑑𝑞
. q + 𝑅𝑀𝑒
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Formalmente:
𝑅𝑀𝑔 =
𝑑𝑝
𝑑𝑞
. q + 𝑅𝑀𝑒
𝑑𝑝
𝑑𝑞
< 0 (Lei da Demanda).
𝑅𝑀𝑔 − 𝑅𝑀𝑒 =
𝑑𝑝
𝑑𝑞
. 𝑞 < 0
𝑅𝑀𝑔 − 𝑅𝑀𝑒 < 0
𝑅𝑀𝑔 > 𝑅𝑀𝑒
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Monopólio e Maximização do Lucro
Um monopolista vai elevar a produção sempre que seu ganho
adicional (receita marginal) for maior ou igual ao custo de
ofertar aquela unidade (custo marginal).
Logo, a quantidade produzida eleva-se até o ponto em que a
receita marginal iguala o custo marginal.
Logo, como em qualquer mercado, a Condição de
Maximização é RMg = CMg.
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Monopólio e Maximização do Lucro
Note que em concorrência perfeita (mercado competitivo), a
firma maximiza lucro quando:
CMg = RMg = P.
No caso do Monopólio, a condição de maximização é a
seguinte:
CMg = RMg < P.
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Monopólio e Maximização do Lucro
• Assim, a firma monopolista vende seu produto a um preço
superior a firma do mercado competitivo.
• Da mesma forma, a firma monopolista produz uma
quantidade menor do que o somatório da produção das
firmas no mercado competitivo.
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Monopólio e Maximização do Lucro
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Monopólio e Maximização do Lucro
• Nos mercados competitivos, quando o lucro econômico é
positivo, existe entrada de firmas, elevando a quantidade
ofertada e reduzindo o preço do produto.
• Em monopólios, o mesmo não ocorre, pois apesar dos
lucros econômicos positivos, existe barreira à entrada, o que
mantém o lucro positivo.
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Custo Social do Monopólio
• Em monopólios, a quantidade ofertada não é aquela em
que a oferta iguala a demanda, ponto em que o excedente
total da economia é maximizado em um modelo de oferta e
demanda.
• Logo, como a quantidade que equilibra oferta e demanda é
inferior a ofertada pelo monopolista, existe uma redução de
transações que reduz o bem estar da economia, ocasionando
o que se chama peso morto do monopólio. Logo, o
monopólio não é uma estrutura de mercado eficiente.
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Custo Social do Monopólio
• Quando o consumidor paga um preço maior ao produtor
em função do poder de monopólio deste, ocorre apenas
transferência de excedente dos consumidores para os
produtores.
• A perda de bem estar do monopólio não é fruto desta
transferência de excedente, mas fruto de a empresa produzir
uma quantidade inferior a que maximiza o excedente total.
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Custo Social do Monopólio
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Políticas Públicas para o Monopólio
Os monopólios são estruturas de mercado ineficientes, pois
não maximizam o excedente total (a quantidade ofertada é
inferior a socialmente desejável).
Quais políticas públicas podem ser adotadas pelo Governo
objetivando corrigir essa ineficiência?
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Políticas Públicas para o Monopólio
1 – Tornar as atividades monopolizadas competitivas.
2 – Regulamentar o comportamento dos monopólios.
3 – Transformar monopólios privados em empresas públicas.
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1 – Tornar as atividades monopolizadas
competitivas.
O Governo, por meio de um órgão regulador (No Brasil: CADE,
Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pode impedir
fusões ou exigir cisões. Evidente que a atuação do órgão
regulador pode produzir outras ineficiências.
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2 – Regulamentar o comportamento dos
monopólios.
O Governo, por meio de órgãos reguladores,pode exigir que
o monopolista cobre o preço do mercado competitivo, que
maximiza os excedentes do consumidor e produtor. A
dificuldade consiste em apurar o custo marginal “verdadeiro”
do monopolista.
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3 – Transformar monopólios privados em
empresas públicas.
Estatizar a atividade monopolista é uma opção, entretanto
não existem garantias que a empresa pública vá produzir o
bem/serviço com a mesma estrutura de custos que o setor
privado. É possível que a empresa pública seja capturada por
grupos de interesse e funcione de forma mais ineficiente do
que os monopólios.
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Discriminação de Preços
A discriminação de preços é prática de vender o mesmo bem
por diferentes preços para diferentes clientes.
Caso o monopolista possa discriminar perfeitamente os
preços, o monopolista cobrará de cada consumidor um preço
igual ao máximo que o consumidor estaria disposto a pagar
pelo bem.
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Discriminação de Preços
Nesse caso, o monopolista se apropriaria integralmente do
excedente do consumidor.
Embora não seja desejável, a discriminação perfeita de preços
acaba com peso morto do monopólio. Nessa hipótese, todo o
excedente seria do monopolista.
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MANKIW, G. M. Princípios de Microeconomia. São Paulo: 
Thomson, 2005. (Capítulo 15)
Referências: