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RESPOSTAS DOS EXERCICIOS DOS PLANOS DE AULA 06 AO 10 DISCIPLINA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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RESPOSTAS DOS EXERCICIOS DOS PLANOS DE AULA 06 AO 10 DISCIPLINA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO.
EXERCICIOS COM GABARITOS.
PLANO DE AULA 06
CASO CONCRETO 01. FONTES DO DIREITO
Nascida Carlos Alberto da Silva Albuquerque, mas operada em 1999 para mudança de sexo, a cabeleireira Charló conseguiu, ao fim de um processo de dois anos, ter reconhecida sua nova condição de mulher. Carla da silva de Albuquerque é a primeira carioca a obter vitória na justiça do rio numa ação de retificação de registro civil. Quem levou seu pleito adiante foi o defensor público Paulo César Galliez, que se baseou no direito comparado e em jurisprudência da justiça gaúcha. Com o despacho favorável em segunda instância, a cabeleireira poderá solicitar novos documentos de identidade com o nome de Carla e a identificação do sexo como feminino. Em ação semelhante, que chegou até o Supremo Tribunal Federal, Roberta Close não obteve êxito. Agora, Carla só pensa em se casar no papel com o italiano Carlo Benfinati, com quem vive a sei anos.
Dr. Paulo estudou minuciosamente o caso e fez uma defesa brilhante. Devo isso a ele, ao amor do meu amor, minha família, minha fé em Deus e também à minha perseverança – diz ela (jornal: O GLOBO, 18 de maio de 2003, p. 24).
-O Defensor público que advogou a causa de Carla buscou o fundamento do pedido em algumas fontes de direito. Indique quais são as e conceitue-as: 
GABARITO.: O defensor público Paulo César Galliez se baseou no direito comparado e em jurisprudência da justiça gaúcha.
A jurisprudência, em sentido amplo, é a coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma determinada matéria jurídica. Inclui jurisprudência uniforme (decisões convergentes) e jurisprudência contraditória (decisões divergentes).
Em sentido estrito, jurisprudência é o conjunto de decisões uniformes prolatadas pelos órgãos do poder judiciário sobre uma determinada questão jurídica.
O direito comparado estuda as diferenças e as semelhanças entre os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, agrupando-os em famílias.
Embora auxilie no estudo de diversos ramos do direito, é no direito internacional privado que a disciplina do direito comparado exerce papel essencial: as instituições jurídicas estrangeiras são estudadas por meio da comparação entre ordenamento jurídicos.
-A jurisprudência pode ser classificada como uma fonte formal do direito?Explicite. 
GABARITO: A doutrina diverge quanto a incluir a jurisprudência como fonte formal do Direito. O nosso posicionamento é de que a jurisprudência, ao lado da lei, dos costumes é fonte formal do direito.
Em sentido contrario, temos posicionamento de Orlando Gomes, para quem a jurisprudência não pode ser considerada fonte do direito, porque o juiz e servo da lei, alem de o julgamento produzir efeitos somente entre as partes. Com posicionamento semelhante, Caio Mário também entende que a função criadora da norma pertence ao poder legislativo, limitando-se o judiciário a aplicá-la e inter é interpretá-la, negando em face disso á jurisprudência o caráter de fonte formal do direito, aceitando-a simplesmente como fonte informativa ou intelectual do direito. Na mesma linha de raciocínio, temos o posicionamento de Serpa Lopes, mas os autores citados reconhecem que cada dia aumenta mais a influencia dos precedentes que conduzem à uniformidade dos julgamentos, admitindo que a jurisprudência possa ser considerada como fonte mediata ou indireta do direito.
 CASO CONCRETO 02. SÚMULA VINCULANTE.
Maria Vitoria, filha de pais separados, esta com os amigos no Shopping Cine Marti, na cidade de Ourinhos, comemorando seus 19 anos. Eis que chega Cláudio Amarante, estudante de direito dizendo que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovara uma sumula assegurando que o fim da pensão alimentícia não acontece automaticamente, quando o filho completa 18 anos. Maria Vitoria fica exultante.
Cláudio esclarece, no entanto, que o novo texto serve para orientar a conduta dos juízes de instancias inferiores, mas não tem caráter obrigatório como as sumulas vinculantes. Assim, com a aprovação da súmula, o fim do beneficio depende agora de decisão judicial. Os magistrados vão ouvir os beneficiados pelas pensões sobre sua possibilidade de se sustentar ou não. Caberá, então ao juiz decidir se a pensão continuara sendo paga.
Cheia de dúvidas, Maria Vitoria faz as seguintes perguntas a Cláudio:
- O que é súmula?
GABARITO: Em regra, uma súmula é uma mera orientação de um Tribunal acerca de uma matéria, objeto de controvérsia.
- O que vem a ser uma súmula vinculante e para que serve?
GABARITO: A súmula vinculante foi prevista pela EC 45/04 (art. 103- A caput), a partir da qual passou o STF (Supremo Tribunal Federal) a editar súmulas que não são mais meramente consultivas, mas sim, vinculantes relativamente a decisões futuras, ou seja, não podem ser contrariadas, devem ser seguidas. A súmula vinculante efetivamente vincula decisões futuras, não havendo a mera faculdade de consultá-las ou não. Tal vinculação ocorre com relação aos três poderes, legislativo, executivo e judiciário.
QUESTÃO OBJETIVA: B
PLANO DE AULA 07
CASO CONCRETO 01. CRITÉRIO DE IMPERATIVIDADE
Em tempos de eleições municipais marcadas pela ameaça da violência do crime organizado e das milícias um assunto tem sido bastante comentado na mídia nacional: a intervenção federal nos Estados. Alias, este assunto tem sido freqüentemente citado nestes últimos anos, uma vez que escândalos e falcatruas vêm sendo constantemente desvendados, políticos perdendo seus mandatos e, pouco a pouco, a credibilidade na classe política sendo colocada em xeque. No entanto, nossa Constituição Federal dispõe de dispositivos protetivos que podem ser aplicados em casos extremos, como o art. 34, que assim dispõe: art. 34 – A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Manter a integridade nacional; pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; Garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação; A partir da leitura do trecho acima, responda:
- Ao impor uma conduta a ser observada pela União em relação aos Estados e ao Distrito Federal, levando em conta o critério da imperatividade, como se pode classificar o art. 34 da CF/88? Fundamente.
GABARITO: Trata-se de uma norma cogente, que são aquelas que manifestam, taxativamente, uma ação ou omissão. Quando impõe uma ação. Chamam-se preceptivas. Quando vedam a pratica de um ato, chamam-se proibitivas; por exemplo, as referentes as obrigações de não fazer. Incluem-se proibitivas; por exemplo, as taxativas e as ab-rogativas. As taxativas são aquelas que, não proibindo nem impondo uma ação, restringem o campo de atuação do destinatário, como as normas que estabelecem a competência da União, dos estados – membros e dos municípios, ou que limita, taxativamente, a intervenção da União nos Estados – membros, aos casos expressamente previstos no art. 34 da CF. As leis cogentes não se confundem, portanto, com as leis dispositivas (jus dispositivum), também chamadas leis optativas.
- É correto afirmar que, no que diz respeito ao critério da imperatividade, o caput do art.37 da Constituição Federal de 1988 se equipara ao art.34, acima citado.
GABARITO.: Sim. A redação do caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 determina expressamente que: a administração pública direta e indireta, de qualquer dos poderes da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedeça aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade publicidade e eficiência. O principio da legalidade, consagrado no inicio da redação do caput do dispositivo constitucional, é norma cogente para a administração pública, vale dizer, todos os atos praticados por qualquer representante de um dos poderes, seja em que esfera for, deverão inexoravelmente, estar nos restritos limites da lei.
QUESTÃO OBJETIVA: E.
PLANO DE AULA 08
CASO CONCRETO 01.
O candidato a vereador, José Afonso, entra na Justiça com ação requerendo indenização por danosmorais pelo fato de um jornal local haver divulgado que ele possui um imóvel avaliado em R$ 2 milhões, não declarados no Imposto de Renda. Como fundamento constitucional, refere-se à violação de sua dignidade. O advogado do jornal, em contrapartida, defende seu cliente com base no principio constitucional da liberdade de expressão. Você, como juiz que estudou sua graduação na Estácio de Sá, como resolveria esta questão envolvendo normas constitucionais?
GABARITO: Qualquer que seja a decisão, o magistrado deve tomar como fundamento o principio da ponderação de valores, na medida em que, de acordo com o principio da unidade hierárquico- normativa da Constituição, cabendo ao interprete, em cada caso concreto, buscar a harmonização possível entre comandos que tutelem interesse contraposto, utilizando-se da técnica da ponderação de valores. Muito acertadamente, em casos como este, a jurisprudência tem considerado a posição publica do representante popular. Diz-se que, nos casos em que o requerente do dano moral exerce cargo eletivo, atividade coloca mais sujeito à crítica pública, do que aqueles outros que se dedicam ao exercício de funções dirigidas aos interesses meramente particulares ou privados, ganha-se maior notoriedade mais exposição e por conseqüência, uma diminuição de sua vida intima ,que muitas vezes não escondem o inconformismo com os atos políticos praticados; todavia, nada disso justifica o pedido de José Afonso, pois trata-se de uma conseqüência inerente ao cargo exercido.
-O que vem a ser o principio da ponderação de valores? DESENVOLVER COM AS PALAVRAS DE VOCES PELAS EXPLICAÇÕES FEITAS EM SALA DE AULA.
- QUESTÃO OBJETIVA: “D”. A assertiva esta correta, pois o estado democrático e de direito retira seu fundamento na existência de uma ordem constitucional material( isto é, concreta, de fato) e formal (existência de um sistema jurídico efetivamente respeitado pela sociedade). Os conceitos de constituição material e formal são fundamentais para que o candidato perceba toda a extensão e complexidade das questões postas nesta assertiva. Em brevíssimo comentário podemos lembrar que a constituição material de um povo é a sua própria estrutura social, política, histórica e cultural. Por sua vez, o conceito de constituição formal que esta englobada pelo conceito de constituição material, esta simbolizado pela existência de um sistema jurídico piramidal, com a constituição formal no topo do sistema, sendo na maior parte das vezes instrumentalizada em uma constituição escrita.
PLANO DE AULA 09
CASO CONCRETO 01. REVOGAÇÃO DAS LEIS.
Carmem Verônica leu na coluna Novidades do Direito, da Revista Jurídica de Natal/RN, que a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) foi elaborada, promulgada e publicada com o objetivo de sanar problemas de repercussão social, como foi o caso do seqüestro do publicitário Roberto Medina no Rio de Janeiro e o assassinato da atriz Daniela Perez. A seguir ocorreram as chacinas da candelária e de vigário geral, quando foi acrescentado o homicídio a esses crimes chamados hediondos, através da Lei 8.930/94. Com esse nascimento tumultuado, em 1998, quando aconteceu o problema da” pílula de farinha” (caso Microvlar), que agitou a opinião pública, a mesma lei foi novamente alterada com a inclusão, no rol dos crimes hediondos, de “falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.”
Sobre o assunto Comercio Exterior, Carmem leu a seguinte publicação: O Decreto nº 6.454, de 12 de maio de 2008, dá nova redação ao inciso III do artigo.445 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comercio exterior.
Após a leitura do texto acima, responda: estes acréscimos colocados na Lei de crimes hediondos são uma forma de revogação? Quais as formas de revogação existentes?
GABARITO: Não, a revogação é delimitada no artigo 2º da LINDB e o que temos aqui é um acréscimo à legislação já existente. As formas de revogação: ab-rogação (revogação total) e derrogação (revogação parcial).
-Como ocorre a uma revogação de uma lei? Costume revoga a lei? Justifique sua resposta.
GABARITO: Revogação da lei significa, portanto, cessação (finalização) da sua vigência formal. A revogação acontece por meio de outra lei e compreende tanto a ab-rogação( revogação total) como a derrogação (revogação parcial). O costume não revoga nem derroga a lei. O desuso tampouco.
- O Decreto nº 6.454/2008 revogou o Decreto 4.543/2002?
GABARITO: Não, este decreto não revoga o outro, e sim dá a ele uma nova redação, conforme previsto no art.2º da LINDB. “Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue.”
CASO CONCRETO 02. RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE LEGAL.
A Constituição Federal de 1988 dispõe que a irretroatividade da lei é regra no nosso sistema jurídico, mas, ao mesmo tempo, admite uma exceção, pois, de acordo com artigo 5º XL da Constituição Federal, a lei penal não retroagira, salvo para beneficio do réu.
Responda as perguntas a seguir:
- Dede Bagana, elemento de alta periculosidade na cidade de Macapá-AP, foi preso em flagrante por estar cometendo ato tido como delituoso pela legislação em vigor; obteve sua liberdade provisória sob o amparo de lei que depois vem a ser derrogada por outra que impede a concessão desse beneficio. Poderá a nova lei prejudicar a situação que tinha sido concedida a dede sob a lei anterior? Por que?
GABARITO: As normas instrumentais- materiais são aquelas que tratam dos direitos , deveres, poderes e obrigações das partes. Quando de acordo com norma instrumentail- material, já uma situação jurídica processual constituída, a aplicação imediata da lei nova poderia colidir com a norma constitucional do art.5º, XXXVI, segundo a qual “a lei não prejudicara o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada,” gerando um agravamento dos direitos fundamentais do processado. A nova norma não poderá prejudicar a situação processual consolidada sob o regime da lei anterior.
- E como ficaria a situação de Dede Bagana se ele estivesse preso sob determinadas condições impostas pela lei, e que uma lei nova considere que tais condições não impedem a libertação provisória? Justifique.
GABARITO: Sendo a liberdade garantida constitucionalmente, se a lei nova favorecer à libertação provisória, vedada pela lei derrogada, aplica-se, desde logo, a lei nova e o preso poderá ser libertado provisoriamente.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1-B e 2- C. Ocorre derrogação da lei, quando apenas uma parte da mesma e revogada, e, ainda, expressa quando na referida lei, a revogação é declarada no próprio texto, conforme art. 2º, § 1º da LINDB. No caso em tela, ocorreu derrogação expressa, uma vez que o legislador afirma que esta revogando parte da Lei 3071, de 1º de janeiro de 1916. A revogação tácita ocorreria caso a nova lei trouxesse conteúdo incompatível com a lei antiga (art.2.º ,§ 1º da LINDB). Ab-rogação expressa ocorreria se o legislador declarasse revogar totalmente a lei anterior. Esta, por sua vez, corresponde ao retorno de vigência de uma lei que já tinha sido revogada, por conta da revogação de sua lei revogadora.
PLANO DE AULA 10. HERMENEUTICA.
- Em 1991, o escritor e editor de livros Siegfried Ellwanger, brasileiro, com cerca de sessenta anos de idade, foi processado criminalmente pelo Ministério Público – instituição titular das Ações penais públicas, de acordo com o art.129, I, da constituição Federal – pelo seguinte crime previsto na chamada lei de Racismo (Lei nº 8081/90): Art. 20 Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão de 2 a 5 anos isso ocorreu porque Ellwanger, na condição sócio diretor da revisão Editora Ltda. Editou, distribuiu e vendeu diversas obras de autores estrangeiros e nacionais, de fortecaráter antissemita (contra os judeus), alem de uma obra própria publicada sob o pseudônimo S.E Castan, intitulada “ Holocausto judeu ou alemão – nos bastidores da mentira do século”, de mesmo caráter. Ellwanger foi absolvido em primeira instancia – pelo juiz de direito- mas condenado em segunda- pelo Tribunal de justiça do Rio Grande do Sul, tendo sua condenação mantida por decisão do Supremo Tribunal Federal ( instancia máxima e ultima da organização judiciária brasileira). Assim, como o condenado não podia mais contestar a decisão da corte Suprema (STF), seus advogados de defesa trouxeram uma nova argumentação aos nossos tribunais, com a finalidade de extinguir o direito de punir do estado ( punibilidade) em face do mesmo por meio de uma das mais famosas ações penais, o habeas- corpus. Tal ação foi impetrada no Superior Tribunal de Justiça e, depois, no Supremo Tribunal Federal. Os novos argumentos trazidos foram o de que os judeus não são uma raça, não podendo assim Ellwanger ser condenado por racismo, mas no Maximo, por praticas discriminatórias. A grande artimanha desses advogados é a de que, com a mudança da condenação de Ellwanger – de racismo para a pratica discriminatórias – o crime por ele praticado já estaria prescrito e, assim, extinto o direito de punir do estado, pois aquele crime (racismo)é imprescritível, de acordo com o art.5º XLII, da nossa constituição Federal, enquanto o crime de praticas discriminatórias, nesse caso concreto, já havia prescrito. Essa argumentação não aceita nem pelo STJ e nem pelo STF, sendo, ao final Ellwanger devidamente condenado. O interessante nessa historia é que de acordo com a hermenêutica adotada para extrair o sentido das palavras “raça” e “racismo”, podemos chegar a duas conclusões postas, uma para beneficiar Ellwanger e outra – a adotada por nossos tribunais – para prejudicá-lo. Sendo assim, responda as perguntas a seguir:
- Que método interpretativo utilizaram os advogados de defesa para extrair o sentido da palavra “ racismo” do art.5º, XLII, da Constituição Federal?
GABARITO.: A interpretação gramatical dentro do âmbito da Hermenêutica Clássica. Eles omitiram o fato de que a Constituição Federal utiliza diversos termos em sentido vulgar, porque se destina ao POVO, que é o legitimo detentor do poder (art. 1º, parágrafo único, CF). no referido processo inclusive, foram por eles juntadas diversas obras e teses de antropólogos, as quais retiram os judeus do conceito de raça, como por exemplo, seguinte excerto: como parte de inegável importância de qualquer definição valida deve-se dizer o que o judeu não é. Os judeus não são raça. Judeu é todo aquele que aceita a fé judaica. (obra do Rabin Morris Kertzer).
- Qual a interpretação utilizada por nossos tribunais para manter condenado Ellwanger?
GABARITO: interpretação sistemática, dentro do âmbito da hermenêutica constitucional, prezando, inclusive e prioritariamente, o principio da unidade da constituição. Podemos embasar essa afirmação pelos seguintes argumentos, sem prejuízos de outros: racismo, no art.5º XLII, CF, não esta em sentido técnico- jurídico. O art.5º, XLI da CF diz que a lei punira qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, denotando, sem sombra de duvida, o respeito as diferenças. Vivemos em um estado democrático de direito onde a pluralidade é respeitada, sendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de descriminação, um dos objetivos fundamentais da republica federativa do Brasil (art: 3º IV, CF). haveria afronta ao principio constitucional da isonomia e o da justiça, caso o reu fosse absolvido, vez que, se a discriminação fosse em relação a negros, ele, sem sombra de duvidas seria condenado.
CASO CONCRETO 02. 
GABARITO.: A situação de normas incompatíveis entre si é uma das dificuldades frente as quais se encontram os juristas de todos os tempos, tendo esta situação uma denominação própria: antinomia. Assim em considerando o ordenamento jurídico uma unidade sistêmica, o direito não tolera antinomias. Os ordenamentos jurídicos não contem lacunas.

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