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PLANO DE AULA DE 10 A 16

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ BELO
HORIZONTE PRADO
QUESTÕES DOS PLANOS DE AULA 10 A 16 
Aluno: Roberta Lorena Martins Dias
Matrícula: 202002175133
Trabalho da disciplina: Introdução ao Estudo do Direito
 Prof. Alan de Matos Jorge
Belo Horizonte 
 16/Jun/2020
http://portal.estacio.br/
1
QUESTÕES DOS PLANOS DE AULA 10 A 16 PARA RESOLUÇÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
ATENÇÃO: POSTAR ESTE ARQUIVO DEVIDAMENTE RESPONDIDO NO SIA,
NA PARTE DE TRABALHOS (JÁ TEM UMA NOVA GUIA ABERTA PARA O
RECEBIMENTO DESTE ARQUIVO COM AS RESPOSTAS).
Plano de Aula: 10
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
É a utilização de certo dispositivo legal adequado para certa situação, para regular
outra semelhante. Implica, numa semelhança entre a hipótese tomada como padrão
existente na lei e aquela a ser resolvida, sem norma disciplinadora a respeito.
Aplicação de uma norma especial a um caso especial, diferente daquele para que foi
editada, fundamentando se no princípio de que, havendo identidade de razões, deve
haver a mesma disposição.
Desta forma, quando não existe uma lei expressa para a resolução de um caso, o
hermeneuta, pela analogia, o soluciona juridicamente com uma regra de direito
estabelecida para um caso semelhante.
No processo analógico, o trabalho do aplicador do direito, é o de localizar, no
sistema jurídico vigente, a norma prevista pelo legislador e que apresenta
semelhança fundamental, não apenas acidental, com o caso não previsto. Essa
norma prevista pelo legislador é denominada paradigma.
Com relação à analogia, aplicada quando uma norma jurídica é omissa para um
dado caso concreto, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida,
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
(V) Analogia legal ou legis, doutrinariamente, é a aplicação de apenas uma norma
próxima.
(V) Analogia jurídica ou iuris, doutrinariamente, é a aplicação de um conjunto de
normas próximas, extraindo elementos que possibilitem a analogia.
(F) Na aplicação da analogia, amplia-se o sentido da norma jurídica, não rompendo
os seus limites, o que significa haver subsunção.
(F) As normas excepcionais admitem analogia para qualquer caso concreto.
1
A) F/ F/ V/ V
B) F/ V/ F/ V
C) V/ F/ V/ F
D) V/ V/ F/ F (X)
E) V/ V/ V/ F
Plano de Aula: 11
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
A hermenêutica pode ser considerada a arte de interpretar as leis, estabelecendo
princípios e conceitos, que buscam formar uma teoria adaptada ao ato de
interpretar.
Já a interpretação é de alcance mais prático, pois, pode-se dizer, que se presta
exclusivamente a entender o real sentido e significado das expressões contidas nos
textos da lei, e, para que isso seja possível, é necessária a utilização dos preceitos
da hermenêutica.
A hermenêutica é de grande importância para o Direito, pois esse necessita de ser
interpretado a todo o momento. O Direito não sobrevive sem um bom trabalho de
interpretação, baseado numa teoria sólida como a hermenêutica, haja vista que nem
sempre as leis são totalmente claras e precisas.
O legislador, por mais perfeccionista que seja, não consegue traduzir em palavras,
de forma tão fiel, o espírito de uma lei, seus objetivos e finalidades. Também, muitas
vezes, escapa ao alcance do legislador o dinamismo e a complexidade presente nas
relações sociais, e dessa forma, a interpretação assume papel de extrema
importância. Várias são as modalidades de interpretação, entre elas encontra-se a
teleológica que:
A) é a realizada adaptando a lei às necessidades e concepções do presente,
seguindo o progresso da humanidade.
1
B) é aquela em que o legislador, ao descrever uma conduta (preceito primário),
prescreve hipótese exemplificativa, permitindo ao intérprete a aplicação aos casos
análogos.
C) consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a um
caso semelhante.
D) provém do próprio órgão do qual emana a lei, podendo ser no próprio texto
(contextual) ou posterior, ou seja, por meio de uma lei nova.
E) busca a vontade ou intenção objetiva da lei, valendo-se dos elementos ratio
legis, sistemáticos, históricos, Direito Comparado ou Extrapenal e Ciências
Extrajurídicas.(X)
Plano de Aula: 12
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
1. Atente ao seguinte dispositivo legal: ?A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior?. (§1º do art. 2º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro) 
O dispositivo em destaque remete ao critério de solução de antinomias jurídicas
denominado
A) critério cronológico. (X)
B) critério da especialidade.
C) critério ontológico.
D) critério hierárquico.
E) Critério odontológico
2. O problema da aplicação da lei pode se dar, também, quando existem mais de
uma norma conflitando entre si. Nesse caso, temos uma antinomia. A ordem jurídica
prevê critérios para a solução de antinomias aparentes. Desse modo:
A) Segundo os metacritérios para a solução de antinomias de segundo grau, temos
que, entre o critérios da especialidade e o cronológico, prevalece o cronológico.
B) A antinomia será real quando a própria lei tiver critério para a solução do conflito.
1
C) A antinomia também ocorre quando há lacuna legislativa.
D) O critério hierárquico tem por objeto resolver a necessidade de integração de
lacunas axiológicas.
E) Segundo os metacritérios para a solução de antinomias de segundo grau,
temos que, entre os critérios hierárquico e o cronológico, prevalece o
hierárquico, pois a competência é mais forte que o tempo. (X)
Plano de Aula: 13
QUESTÃO OBJETIVA
A Vacatio legis é uma expressão latina que significa vacância da lei, correspondendo
ao período entre a data da publicação de uma lei e o início de sua vigência. Existe
para que haja prazo de assimilação do conteúdo de uma nova lei e, durante tal
vacância, continua vigorando a lei antiga. No entanto, é importante saber que a
Validade não se confunde com vigência, posto que pode haver uma norma jurídica
válida sem que esteja vigente, isso ocorre claramente quando se vislumbra a vacatio
legis (período entre a promulgação da Lei e o início de sua vigência) ou quando o
dispositivo legal é válido, mas perde a eficácia. Muito bem, agora que você está bem
esclarecido, responda a seguinte questão:
O negócio jurídico celebrado durante a vacatio legis de uma lei que o irá proibir é
A) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de
fraude.
B) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.
C) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei
imperativa.
D) válido, porque a lei ainda não está em vigor.(X)
E) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem
pública.
Plano de Aula: 14
QUESTÃO OBJETIVA
1
Uma das leis mais importantes do nosso ordenamento jurídico é a Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), nome que foi adotado em 2010, antes
equivocadamente chamada de Lei de Introdução ao Direito Civil, foi originalmente
editada em 1942 como decreto-lei (n. 4657/42).
A LINDB é reconhecida como uma norma sobre normas, porque desempenha a
função essencial de dispor sobre o funcionamento das normas e dos atos no Direito
brasileiro de maneira prévia e introdutória e instrumental. É nela que se encontram
as disposições orientando a interpretação de normas, além de disposições sobre
vigência, validade, eficácia e vigor dos textos legislativos.
Sobre a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar:
A) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
B) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova.
C) A lei posterior revoga a anterior apenas quandoexpressamente o declare.
D) A lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada e se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação
de seu texto, destinada a correção, o prazo continua correndo da primeira
publicação.
E) Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-
fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.(X)
Plano de Aula: 15
QUESTÃO OBJETIVA
Conforme disposição no site do Conselho Nacional de Justiça, temos que: ?Os
tribunais superiores são considerados a terceira instância, apesar de esse grau de
hierarquia não existir formalmente no Poder Judiciário. As decisões tomadas em
primeira e segunda instância podem ser revistas pelos tribunais superiores, por meio
de recurso. Há quem se refira ao Supremo Tribunal Federal (STF) como instância
extraordinária, por se tratar da Corte máxima do Judiciário, cujas decisões finais não
podem ser recorridas a nenhum outro Órgão. (...)
São tribunais superiores: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de
Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
e Superior Tribunal Militar (STM). Esses órgãos representam a terceira e última
instância do Poder Judiciário, atuando em causas de competência originária
1
(recursos que se iniciam no próprio tribunal) ou como revisores de decisões da
primeira e segunda instâncias (tribunais estaduais e TRFs, respectivamente).
Os juízes que atuam nos tribunais superiores são chamados de ministros e todos
eles são nomeados pelo presidente da República e previamente aprovados pelo
Senado Federal.
A respeito dessa estrutura do poder judiciário brasileiro, está CORRETO o que se
afirma em:
A) o Superior Tribunal de Justiça é a instância maior de controle da legalidade e da
constitucionalidade dos ordenamentos jurídicos estaduais;
B) o Supremo Tribunal de Justiça é o guardião do ordenamento jurídico federal,
exercendo tal função através do julgamento de ações originárias;
C) inclui-se na competência do Supremo Tribunal de Justiça o julgamento do recurso
especial, destinado ao controle difuso de constitucionalidade;
D) o Supremo Tribunal Federal julga, através de sua competência originária, os
recursos especiais, quando as causas forem decididas em única ou última instância
pelos Tribunais Regionais Federais;
E) a função precípua do Supremo Tribunal Federal é de corte de
constitucionalidade, podendo suas competências serem divididas em
originárias e recursais.(X)
Plano de Aula: 16 - REVISÃO GERAL
1. Os significados do vocábulo "direito".
Do ponto de vista da Ciência Jurídica o direito é um conjunto de normas sociais
obrigatórias que asseguram o equilíbrio do organismo social e que são impostas
coercitivamente pelo Estado. Mas este é apenas um dentre os muitos significados
possíveis da palavra ?direito?.
No texto abaixo, o vocábulo ?direito? é empregado de diversas formas:
O direito brasileiro (1) consagra muitos direitos (2). Entre eles está a livre
comunicação das opiniões e dos pensamentos que é um dos direitos (3) mais
preciosos do homem. Foi exatamente o que falou Zé Merreca quando o policial lhe
retirou o direito (4) de continuar usando o megafone para convocar seus colegas de
trabalho para a greve na porta da fábrica de sapatos de seu Galdêncio Honorino.
Seu Raimundo, advogado aposentado que passava na hora, comentou: -
1
Realmente, não parece direito (5) impedir um cidadão direito (6) de dar seu recado,
pois ele tem os seus direitos (7). E veja, nem sempre foi assim. Somente com o
passar do tempo, o estudo do direito (8) reconheceu esses direitos (9),
transformando-os em direito (10).
Então, identifique as formas em que a palavra direito está utilizada,
correlacionando-as aos seguintes significados: direito de cada um, direito que
está na norma, direito criado pelo Estado, justo, correto, e ciência jurídica.
R: 1) Direito criado pelo Estado.
2) Direito que está na norma.
3) Direito de cada um.
4) Justo
5) Correto.
6) Direito de cada um.
7) Ciência Jurídica.
8) Direito de cada um.
9) Direito que está na norma.
2. Divisões do Direito: Direito Natural e Direito Positivo
O doutrinador inglês John Locke entende que propriedade não é apenas o direito de
um indivíduo sobre seus bens ou suas posses, mas ainda sobre suas ações, sobre
sua liberdade, sobre sua vida, sobre seu corpo etc., em uma palavra, todo tipo de
direito.
Foi esta a justificativa apresentada por Adamastor Trindade para tentar colocar no
Jornal de Santa Catarina um anúncio em que põe à venda seu rim esquerdo e seu
pulmão direito. Isso porque Carlito Pachoal, funcionário do Jornal, recusou-se a
receber o pedido de veiculação do anúncio alegando que feria o dispositivo existente
na Lei 9.434/97 que proíbe a comercialização de órgãos pelos doadores.
No caso acima apresentado os personagens Adamastor e Carlito utilizam-se
de concepções distintas do direito para defender suas posições sobre a venda
1
de órgãos. São elas fundadas no Direito Natural e no Direito Positivo.
Identifique-as no texto e diga o que vem a ser direito natural e direito positivo.
R: Direito Natural é o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e
anterior. Trata-se de um sistema de normas que independe do Direito Positivo, ou
seja, independe das variações do ordenamento da vida social que se originam no
Estado. O Direito Natural deriva da natureza de algo, de sua essência. Sua fonte
pode ser a natureza, a vontade de Deus ou a racionalidade dos seres humanos.
Entende -se por Direito Positivo o conjunto de normas estabelecidas oficialmente
pelo Estado ou reconhecidas pelas pessoas através dos costumes. Direito Positivo é
o ordenamento jurídico em vigor em determinado país e em determinada época; é o
direito posto.
3. Fontes do Direito Positivo: Costume Jurídico
Ricardo Alfonsini, jovem milionário, residente na cidade de Jaguaretama/CE, foi
multado por estar dirigindo seu veículo sem fazer uso do cinto de segurança.
Para evitar ?ganhar pontos na carteira?, entra com recurso administrativo, alegando
que é costume da população local a não utilização do cinto de segurança. Acredita
assim que tal costume teria revogado a lei, uma vez que esta lei não conta com a
aceitação do povo da região.
Ao ouvir a história, seu amigo Dr. Rodney Albuquerque, que é advogado, explica
que ele sem saber utilizou como argumento o costume contra legem.
Considerando o texto acima e o tema fontes do direito, responda:
1. Está correta a alegação de Ricardo de que o desuso da lei revoga a norma
jurídica legal? Por quê?
R: Não. Levando em consideração o fato do nosso direito apresentar uma origem
romano-germânica, caracterizando o sistema legalista do Civil law, portanto o
primado é da lei. Neste sentido, a LINDB, no seu Art. 2º, estabelece que uma lei só
pode ser revogada por outra. 
2. O costume contra legem citado por Dr. Rodney, pode gerar a ineficácia da lei
e por conseqüência a sua revogação? Justifique e fundamente juridicamente
sua resposta.
R: Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei. Uma lei somente pode 
ser revogada por outra lei, conforme preceitua o artigo 2º, da LINDB. Pela decisão 
1
do STJ também não, pois decisão judicial não revoga lei, somente as declaratórias 
de inconstitucionalidade.
4. Fontes do Direito: Jurisprudência
Nascida Carlos Alberto da Silva Albuquerque, mas operada em 1999 para mudança
de sexo, a cabeleireira Charló conseguiu ao fim de um processo de dois anos ter
reconhecida sua nova condição de mulher: Carla da Silva de Albuquerque é a
primeira carioca a obter vitória na Justiça do Rio numa ação de retificação de
registro civil. Quem levou seu pleito adiante foi o defensor públicoPaulo César
Galliez, que se baseou no direito comparado e em jurisprudência da Justiça gaúcha.
Com o despacho favorável em segunda instância, a cabeleireira poderá solicitar
novos documentos de identidade com o nome de Carla e a identificação do sexo
como feminino. Em ação semelhante, que chegou até o Supremo Tribunal Federal,
Roberta Close não obteve êxito. Agora, Carla só pensa em se casar no papel com o
italiano Carlo Benfinati, com quem vive há seis anos.
- Dr. Paulo estudou minuciosamente o caso e fez uma defesa brilhante. Devo isso a
ele, ao amor do meu amor, minha família, minha fé em Deus e também à minha
perseverança ? diz ela (Jornal: O GLOBO, em 18/05/03, p. 24).
O defensor público que advogou a causa de Carla buscou o fundamento do
pedido em algumas fontes de direito. Indique quais são e conceitue-as.
R: Direito comparado – Direito comparado às decisões de outros estados ou países.
Jurisprudência – Conjunto de decisões dos Tribunais de seg unda instância sobre
determinado assunto. 
A jurisprudência pode ser classificada como uma fonte formal do direito? Explicite. 
Sim, porque a jurisprudência tem o objetivo de trazer conhecimento.
5. A norma jurídica
Analise a veracidade das proposições abaixo acerca da Lei, e a seguir marque a
opção que está CORRETA e JUSTIFIQUE a opção ERRADA:
I. O Direito Brasileiro adotou o sistema do Common Law onde a principal forma de
expressão é o Direito escrito, concretizado pelas leis.
1
II. A lei começa a vigorar no Brasil 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo
disposição expressa em contrário.
III. São caracteres substanciais da Lei: generalidade, abstratividade, bilateralidade,
imperatividade e coercibilidade.
IV. O processo legislativo de uma lei compreende: iniciativa, apreciação-votação,
promulgação, sanção e publicação.
a) as assertivas II e III estão corretas.
b) estão corretas as assertivas I, III e IV.
c) as assertivas II, III e IV estão corretas.(X)
d) Todas as assertivas estão corretas.
6. Solução de antinomias
Nicanor Soares foi preso em flagrante tentando atravessar a Ponte da Amizade,
entre Brasil e Paraguai, portando quase um quilo de cocaína. Desnorteado, Nicanor
procura ajuda de seu ex-cunhado conhecia alguma coisa de leis, pois estudara num
curso de Direito, muito embora não tenha ainda carteira de advogado, pois não
passou na prova da OAB. O ex-cunhado o tranqüiliza explicando que para esse
crime o Código Penal, no art. 334, prevê pena de no máximo quatro anos. Mas
Nicanor fica em dúvida, pois ouvira falar que seu crime era grave e tinha uma lei
especial, uma tal de Lei 6368/76, que previa até quinze anos de cadeia e ela é que
seria aplicada pelo princípio da especialidade. Seu ex-cunhado garante que nada
tem mais força que o Código Penal.
Observe os dispositivos legais referidos no caso, e depois responda as perguntas:
Código Penal:
Art. 334 - Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo
de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Lei 6368/76 ? Tráfico de drogas:
1
Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer
forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou
psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar;
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a
360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
a) É possível afirmar que no caso acima encontramos um conflito de normas?
Porquê?
R: Há um conflito, na medida em que ambas as leis (CP e Lei 6368/76) se
encontram em vigor. No entanto, tal conflito é meramente aparente, pois há com o
solucioná-lo, a partir da aplicação do princípio da especialidade.
b) Afinal, na aplicação do dispositivo legal correto ao caso, o ex-cunhado de
Nicanor está ou não com a razão?
R: Não está. Em um conflito aparente de normas entre o art. 334 do CP
( contrabando) e o tráfico de drogas, do artigo 12, da lei 63 68/ 76, seria aplicada a
norma especial (art .12 6368/76). (PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE).
c) Explique o princípio da especialidade:
R: O princípio da especialidade revela que a norma especial afasta a incidência da
norma geral. Lex specialis derogat legi generali. A norma se diz especial quando
contiver os elementos de outra (geral) e acrescentar pormenores. Não há leis ou
disposições especiais ou gerais, em termos absolutos.
7. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ? LINDB
Revogação das leis
Carmen Verônica leu na coluna Novidades do Direito, da Revista Jurídica de
Natal/RN que a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) foi elaborada, promulgada e
publicada com o objetivo de sanar problemas de repercussão social como foi o caso
1
do sequestro do publicitário Roberto Medina no Rio de Janeiro e o assassinato da
atriz Daniela Perez. A seguir ocorreram as chacinas da Candelária e de Vigário
Geral, quando foi acrescentado o homicídio a esses crimes chamados hediondos,
através da Lei 8.930/ 94. Com esse nascimento tumultuado, em 1998 quando
aconteceu o problema das ?pílulas de farinha? (caso do medicamento Microvlar)
que agitou a opinião pública, a mesma lei foi novamente alterada com a inclusão no
rol dos crimes hediondos o de ?falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais?.
Sobre o assunto Comércio Exterior, Carmen leu a seguinte publicação: O Decreto nº
6.454, de 12 de maio de 2008, dá nova redação ao inciso III do art. 445 do Decreto
nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, que regulamenta a administração das
atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de
comércio exterior.
Após a leitura do texto acima responda:
a) Esses acréscimos colocados na Lei de crimes hediondos são considerados
uma forma de revogação? Aponte as formas de revogação existentes?
R: Não. Revogação expressa, Revogação tácita, Revogação de fato, Revogação
total e Revogação parcial.
b) Como ocorre a revogação de uma lei? Costume revoga a lei? Justifique sua
resposta.
R: Quando as normas deixam de valer, e de pertencer ao ordenamento jurídico.
Não. O costume pode introduzir ideias e novas propostas ao ordenamento jurídico,
entretanto não possui força e nem capacidade p ara tal.
c) Ainda de acordo do texto, o Decreto nº 6.454/2008 revogou o Decreto
4.543/2002? Justifique sua resposta.
R: Quando as normas deixam de valer, e de pertencer ao ordenamento jurídico.
Não. O costume pode introduzir ideias e novas propostas ao ordenamento jurídico,
entretanto não possui força e nem capacidade p ara tal.
8. A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre arbitragem, em seu
artigo 44 estabeleceu: ?ficam revogados os artigos 1037 a 1048 da Lei 3071, de 1º
1
de janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 1102 da Lei
5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil?.
Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
(A) revogação tácita;
(B) ab-rogação expressa;
(C) derrogação expressa;(X)
(D) repristinação.
(E) analogia
9. (OAB MG) Quanto ao direito intertemporal, em matéria civil, é CORRETO afirmar:
A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 30 (trinta) dias
depois de oficialmente publicada.
B) se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo de sua entrada em vigor começará a correr da
data dessa sua nova publicação.(X)
C) mesmo perdendo a vigência a lei revogadora, em nenhuma hipótese será
restaurada a lei revogada por ela anteriormente.
D) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a pardas já
existentes, revoga a lei anterior.
10. A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz
efeito vinculante em relação
· A. aos órgãos do Poder Legislativo em todas as esferas federativas.
· B. a todos os órgãos do Poder Judiciário, incluindo-se o próprio STF.
· C. aos órgãos do Poder Judiciário somente.
· D. aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as esferas
federativas.(X)
1
· E. aos órgãos do Poder Judiciário e aos órgãos da administração pública direta
somente.
ROTEIRO DE ESTUDO
QUESTÃO OBJETIVA
Temos como certo que todo processo de interpretação e aplicação das leis
correspondem a uma situação hermenêutica, ou seja, a uma apreensão de sentido
que só ocorre no fenômeno da compreensão. Isto porque a interpretação jurídica é
um processo de atribuição de sentido aos enunciados de textos ou normas jurídicas,
visando à resolução de um caso concreto. A interpretação normativa, portanto,
proporciona o conhecimento para o ser humano e este se encontra em um perene
estado com ela, pois todos os fatos e os atos ocorridos ao seu redor são alvo de
interpretação, ainda que esta não se dê de forma consciente.
A Hermenêutica é considerada como teoria científica da interpretação jurídica, razão
pela qual no que diz respeito ao campo da interpretação jurídica, ou seja, o
fundamento constituído pelos enunciados prescritivos que formam a base do Direito,
a hermenêutica é uma espécie do gênero denominado interpretação em função
normativa, pois consiste em um processo de atribuição de sentido aos enunciados
de textos ou norma que compõem o ordenamento jurídico visando à resolução de
um caso concreto. Por esse motivo, a interpretação jurídica:
A) deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica,
considerando o ordenamento em que a norma está inserida e a finalidade para
a qual se destina.(X)
B) deve ser realizada, em regra, de maneira sistemática, considerando a norma em
si mesma, em sua literalidade, sem levar em conta o ordenamento em que está
inserida.
C) teleológica, também chamada de histórica, busca a vontade do legislador no
momento da elaboração da norma.
D) histórica prevalece sobre a sistemática, a qual busca o sentido literal de uma
determinada norma.
E) dá-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito,
em caso de silêncio eloquente ou de lacuna legal.

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