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Trabalho Final GRP Sistema de Revisões Periódicas

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UFRRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR – CAMPUS NOVA IGUAÇU
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E TURISMO
KLEYDSON DE SOUZA LOPES
PAULO GABRIEL SOARES LOPES
RAÍ MACEDO DA SILVA
CONTROLE DE ESTOQUE E GESTÃO DE COMPRAS:
SISTEMA DE REVISÕES PERIÓDICAS
IM/DAT/UFRRJ
2016
KLEYDSON DE SOUZA LOPES
PAULO GABRIEL SOARES LOPES
RAÍ MACEDO DA SILVA
CONTROLE DE ESTOQUE E GESTÃO DE COMPRAS:
SISTEMA DE REVISÕES PERIÓDICAS
 Trabalho final apresentado a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, como requisito parcial para cumprimento da disciplina Gestão de Recursos Produtivos lecionada pela Prof.ª Iaísa Magalhães. 
IM/DAT/UFRRJ
2016
1. Fundamentação teórica
 Conceituação e características:
Conforme define Graeml e Peinado em seu livro Administração da Produção – Operações industriais e de serviços:[1: Autor: Alexandre Reis Graeml - Engenheiro Industrial pelo CEFET-PR. Mestre e doutor em Administração de Empresas pela FGV EAESP. Pesquisador Fulbright em Berkeley (Universidade da Califórnia). Autor do livro Sistemas de Informação: o alinhamento da estratégia de TI com a estratégia corporativa, publicado pela Editora Atlas, e de dezenas de artigos acadêmicos e em revistas de negócios. Professor do curso de Comércio Exterior e do mestrado em Administração do UNICENP e do departamento de informática da UTFPR (antigo CEFET).][2: Autor: Jurandir Peinado - Bacharel em Administração de Empresas e pós-graduado em Desenvolvimento Gerencial pela FAE. Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC. Autor do livro Kanban: Manual prático de implementação, publicado pelo Sindimetal do sudoeste do Paraná. Foi gerente de logística e diretor industrial de empresas como a Companhia Brasileira de Bicicletas, a Atlas Indústria de Eletrodomésticos Ltda., Indústrias Todeschini S/A e Electrolux do Brasil. Foi professor da FAE e, atualmente, é professor do curso de Comércio Exterior do UNICENP e do curso de pós-graduação latu sensu em engenharia de produção da UTFPR (antigo CEFET)]
Trata- se de um sistema de ressuprimento de estoque onde o material adquirido é reposto periodicamente em intervalos fixos (Existe um ciclo, um momento, sendo o processo intermitente) e que são pré-estabelecidos (Existe uma programação).
Os lotes adquiridos vão comtemplar o nível remanescente de materiais ainda presentes no estoque no exato dia da aquisição. Assim, a quantidade comprada é somada ao material disponível que supor-se-á suficiente para atendimento da demanda até o próximo reabastecimento
Esta capacidade de atendimento de demanda entre um reabastecimento e outro é chamada de nível de suprimento, como aponta os autores nada mais é que (...) a capacidade máxima do estoque (...) por considerar intervalos de compra, previsão de saída dos produtos estocados, estoque de segurança e espaço disponível para armazenagem.
Assemelha-se ao sistema de revisões continuas em seu processo de compra já que também existe um tempo entre o envio do pedido para o fornecedor e o atendimento deste que denominaremos como Lead-time.
Este sistema é geralmente utilizado por pequenos empreendedores do varejo devido sua facilidade de implementação e por não precisar do monitoramento continuo de seus estoques viabilizando redução de tempo, menores custo com mão de obra e melhor planejamento financeiro (espaço maior de programação financeira).
Analisaremos concretamente este processo no gráfico ilustrado construído por nosso referencial teórico:
Fonte: Construído pelos Autores
A figura representa graficamente o funcionamento do sistema estudado onde observamos:
- Pedido feito a cada 10 dias (Px) independente do ponto de ressuprimento;
- Quantidade que considera nível de suprimentos menos (-) quantidade em estoque no dia da realização do pedido (Px), sendo auferido neste cálculo o total de produtos enviados no pedido de compra ao fornecedor.
Neste exemplo, observamos que a quantidade pedida será de 100 unidades (nível de suprimento) menos a quantidade remanescente do estoque no dia do primeiro pedido que corresponderá a mais 50 unidades em aquisição pelo comprador
Como já dito, o pedido será feito a cada dez dias somados ao tempo de entrega (tempo de ressuprimento) que representarão o período de quatorze dias no reabastecimento dos estoques dessa organização como demonstra o gráfico;
Após a concretização de um pedido de compra, inicia-se uma nova contagem até a realização do próximo pedido que no geral possuem o mesmo espaço de tempo (data fixada). Já não podemos fazer esta mesma afirmação sobre a quantidade que este novo pedido irá carregar em função de sua demanda que tende a oscilar.
Uma vantagem nesse sistema é a praticidade da compra que pode ser feita em um único dia, isso para as empresas que não possuem portfólio de insumos/produtos tão extensivo. Sobre a desvantagem sabemos que isso exigirá maiores níveis de estoques de segurança para possíveis contratempos, sem comprometer a produção.
 Relações com outras temáticas:
Ainda sobre sistemas de estoques, O SRP comportar-se-á precisamente como um sistema de Revisões Contínuas quando a demanda e o tempo de ressuprimento forem constantes, pois o que os diferem são a variabilidade em pelo menos um desses fatores que os constituem.
Nesse sistema devemos atentar-nos as fontes de fornecimento, um dos assuntos discutidos em sala no estudo sobre gestão de compras. Dizemos isso pois o SRP propicia ao fornecedor, pelo fato de se ter datas fixas para compra por parte de quem adquire produto/serviços e de se ter intervalos consideráveis entre um ciclo e outro dependendo da organização, de encarecer o insumo requerido. Logo, é importante que o comprador observe isso como uma oportunidade para melhor negociação em detrimento da quantidade enviada em um único pedido de compra e avalie principalmente preços e condições de pagamento oferecidos (característica do processo de negociação) além da segurança na reposição e cumprimento de prazos de entrega já estimados no TR (característica do fornecedor) para eficiência desse sistema.
 Etapas de sua implementação:
Para implementação desta técnica é importante conhecer a descrição e aplicação de suas variáveis para então coloca-las em prática, por isso trataremos uma a uma na busca de compreender funcionalidades dentro do processo de gestão de estoque. Apresentemos: Nível de suprimento, Lote de compra e Estoque de Segurança.
Nível de suprimento:
Nível de suprimento como aponta os autores representa a quantidade de material que atenda a demanda durante todo o intervalo de ressuprimento, adicionando o estoque de segurança. Para melhor compreensão consideremos o exemplo gráfico utilizado em que P1 feito no dia 10 deverá ser suficiente para garantia da produção até o efetivo recebimento do segundo pedido de compra (P2) que ocorrerá no dia 24. Esse intervalo de tempo representa o IR (10 dias) + TR (4 dias). Também é adicionado o valor da demanda para se apurar o nível de suprimento de um determinado estoque que no exemplo corresponde a 5 unidades/dia já que do dia 01 ao 10 foram vendidas 50 unidades, e ainda o estoque de segurança desejado que neste caso foi de 30 unidades.
Vejamos o cálculo feito pela fórmula com essas informações: 
	NS = D x (IR + TR) + ES
NS = Nível de ressuprimento;	D = Demanda; ES = Estoque de Segurança;
 IR = Intervalo de ressuprimento;	 TR = Tempo de ressuprimento.
Logo,
	NS = 5 x (10 + 4) + 30 NS = 70 + 30 = 100 Unidades (informação do gráfico)
Lote de compra: 
São as quantidades adquiridas junto ao fornecedor que tendem a variar de pedido para pedido. Como define o próprio sistema, a quantidade material do lote será calculada em cada colocação do pedido por meio do nível de suprimento diminuído pelo estoque físico remanescente. A formula ilustra como se chegar a esse montante:
	LC = NS – EF LC = [ D x (IR + TR) + ES] – EF(Estoque físico)
Utilizando o segundo pedido de compra (P2) do exemplo gráfico chegamos a seguinte quantidade:
	LC = [ 5 x (10 + 4) + 30] – 45 LC = [100] – 45 = 55 Unidades
 
Estoque de segurança no sistema de Revisão Periódica:
No SRP existirá variabilidade na demanda, no Tempo de ressuprimento ou em ambos como já dissemos ao longo deste trabalho. Por habitualidade o cálculo do estoque de segurança será feito apenas para a situação em que existe variabilidade da demanda considerando o TR constante (sempre feito na mesma data). O estoque de segurança precisa garantir que não haja falta de material durante o intervalo de tempo entre um pedido e outro.
O cálculo é representado pela fórmula a seguir:
	
Z = Número de desvio padrão;	IR = Intervalo de ressuprimento;
 Desvio padrão da demanda;	TR = Tempo de ressuprimento;
A expressão representa o desvio padrão da demanda durante o intervalo de um ressuprimento e outro, haja visto que a demanda não irá se comportar da mesma forma entre todos eles. Ressaltamos que o estoque de segurança tem o papel de garantir o material entre essas lacunas de tempo, por esse motivo sua capacidade deve ser maior se comparado ao estoque de segurança de um outro sistema como o de Revisões continuas ou de Duas gavetas. O valor de Z é determinado através da tabela abaixo do coeficiente de distribuição normal haja visto ser um dado probabilístico que informará o grau de confiabilidade deste cálculo para o desvio aplicado:
Atentamos à importância de as unidades de tempo dos dados apresentados nos problemas ou situações propostas serem equivalentes, do contrário devem coloca-los sob mesma condição para realização desta operação.
Fonte: Construído pelos autores
1.4. Aplicação nas Organizações:
Seguindo as instruções passadas para o desenvolvimento deste trabalho utilizaremos dois artigos sobre este assunto que fundamentarão as teorias apresentadas pela prática das organizações que aderiram a este sistema para gerenciamento de seus estoques, e os resultados obtidos através de sua implementação. Vale ressaltar que a escolha desses casos não necessariamente tenha tido como critério a objetividade do assunto abordado, mais sim como sua possível adoção contribuiria para melhoria de processos, alta performance, e maior lucratividade que são os principais objetivos almejados pelas organizações nos últimos anos.
I - Como pequenas empresas vem trabalhando para ser inserir na competitividade[3: Autores: Oduvaldo Vendrametto - Graduado em Física pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado em Física pela Universidade de São Paulo (1987) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo (1994). Assessorou a Reitoria da UNESP em assuntos referentes à Gestão de Planejamento e Orçamento de 1983 a 1987. Foi Diretor Superintendente do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) de 1987 a 1991. Atuou no Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica USP como representante da parceria para qualificar docentes para as FATECs, de 1994 a 1997. Desenvolveu o projeto para criação e aprovação pela CAPES do Mestrado Profissional em Habitação do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo em 1995/96. Organizou o projeto para criação do Mestrado stricto sensu em Engenharia de Produção da Universidade Paulista em 1997 e de do Doutorado em 2006. Coordenador e professor titular do Grupo de Pesquisa da Cadeia Produtiva da Carne, Couto e Calçados sob a ótica da Cadeia de Fornecimento de 2000 a 2010. Atuou em pesquisas sobre APLs, Arranjos Produtivos Locais (calçados, couro, leite, hidropônicos, cerâmicos, metal mecânico, transportes, etc.). Atualmente, pesquisa a contribuição dos APLs e Redes de Empresas para melhoria da competitividade das empresas.Mirtes Vitória Mariano - Graduada em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras das Faculdades Associadas do Ipiranga (1987), mestrado em Engenharia de Produção (2001) e doutorado em Engenharia de Produção na linha de pesquisa Produção Mais Limpa e Ecologia Industrial (2013) ambos os títulos obtidos na Universidade Paulista. Atualmente é coordenadora do ciclo básico do campus Anchieta e professora da Universidade Paulista. Ministra aulas de Matemática, Cálculo, Geometria Analítica e Estatística.]
Objetivo:
O estudo demonstrou explicar os sistemas de gerenciamento de estoque, entre eles o de Revisão Periódica, aplicado para uma empresa de Confeitaria. O Intuito é esclarecer que o conceito de gestão de recursos na prática, funciona quando as ferramentas são bem manuseadas e se conhece sobre o seu negócio possibilitando ao empreendedor extrair o melhor de cada sistema de estoques para seu estabelecimento.
Descrição da empresa:
A Empresa Confeitaria Viva está localizada no município de Santo André no Estado de São Paulo. Ocupa atualmente uma área de 2000 m², possuindo cerca de 80 funcionários na fábrica central e mais 120 funcionários distribuídos entre lojas. A fábrica central produz cerca de 600 produtos diferentes.
Contexto:
Sua produção é composta por produtos de confeitaria e salgados, ficando em segundo plano a biscoitaria e os pães. A empresa está dividida em três setores, cada qual com funções específicas:
1º. A biscoitaria fabrica produtos para serem empacotados e congelados, que têm uma vida de prateleira maior. Atende também as necessidades de matéria prima da confeitaria e da cozinha;
2º. A confeitaria funciona como um setor de montagem e acabamento de produtos;
3º. A cozinha responsável pelos produtos salgados é também chamada de confeitaria salgada. 
Esses três setores, acabam por se integrar na confecção de alguns produtos como por exemplo, a baguete recheada que a biscoitaria fornece a massa semi folheada e a cozinha o seu recheio.
Obstáculos e resultados da implementação:
Esta empresa possui em sua fábrica estoques de matéria-prima, de produtos semi-processados e de produtos acabados mais suas lojas possuem também seus próprios estoques com poder de decisão sobre como e quando usá-los. Na fábrica o espaço reservado para estocagem é muito amplo, ainda assim a empresa se preocupa em não imobilizar capital sendo a compra de seus produtos feitas em função da necessidade de consumo que varia e na disponibilidade de entrega do fornecedor.
Pode-se dizer que a empresa trabalha com um estoque de segurança que compense quaisquer incertezas no processo de fornecimento ou de uma demanda maior do que a habitual. O sistema de controle de estocagem no caso da farinha, por exemplo, é por reposição periódica sendo o intervalo de ressuprimento feito de dez em dez dias e sua entrega feita três vezes ao mês, facilitando também a limpeza do local. A empresa relatou não ter tido dificuldades em sua produção com a implementação deste processo.
Voltando as lojas, elas possuem vitrines onde são expostos seus produtos que são muito apreciados e funcionam para atração do consumidor. O processo de reabastecimento também é feito por revisões periódicas: Um funcionário verifica a quantidade de salgados e se tiver menos que três unidades de cada espécie (considerado como sua margem de segurança) ele se dirige à cozinha e solicita para que se fritem ou assem mais desses produtos. Assim, o risco de perder um cliente pela falta de salgados fica reduzido.
Conclusão:
	Como os autores relatam essa é uma empresa de sucesso com perdas mínimas no processo de fabricação e em todos os seus produtos finais, por isso caminha rumo ao alcance de elevado grau de competitividade, como o próprio título do artigo define, no mercado de atuação em que se inseriu. A grande maioria das empresas atuantes neste segmento possuem porte pequeno ou médio e tem origem familiar sendo por isso a gestão de processos executadas de maneira tradicional, como em nosso entendimento enquadraríamos o SRP no que se refere a compras e gestão de estoque. Raramente possui diferenciação de produtos ofertados e quando tem baseia-se em especulação do confeiteiro(no processo de criação) e não nos elementos básicos de sua composição, o que viabiliza a prática desse sistema. Vale frisar que seu estoque de segurança precisa comportar a demanda local e suas respectivas variações de consumo sendo também por isso a adoção do SRP recomendada.
II - Avanços logísticos no varejo nacional: O caso das redes de farmácias[4: Autores: Claude Machline - Professor Titular do Departamento de Administração da Produção e de Operações Industriais da EAESP/FGV e Professor Emérito da EAESP/FGV;José Bento C. Amaral Júnior - Professor Titular do Departamento de Administração da Produção e de Operações Industriais da EAESP/FGV e Consultor de Empresas pelo GVconsult/EAESP/FGV.]
Objetivo:
	O seguinte estudo visa entender, explicar e exemplificar, de maneira simples, o processo de Revisão Periódica aplicado à área farmacêutica, sem escolher uma organização especificamente. Cumpre esclarecer que o texto supracitado aborda, principalmente, a distribuição de medicamentos na rede farmacêutica, porém será focado apenas as partes que discorrem sobre temas relacionados com revisões periódicas.
	
Contexto:
	As lojas farmacêuticas (tanto as grandes redes quanto as individuais) possuem um grande número de rotatividade de seus produtos (uns mais que outros) e, conforme os pesquisadores Claude Machline e José Bento C. Amaral Júnior constataram, a maior parte destes não são medicamentos em si, mas cosméticos e produtos de beleza. Então, deixa-se claro, primeiramente, que os estoques neste caso não se limitam apenas aos remédios.
	Visando aumentar o número de produtos vendidos, as farmácias decidiram por adicionar variados produtos às suas prateleiras, tais como: alimentos industrializados, produtos de beleza, higiênicos, botânicos, dietéticos, etc. Escolheram, ainda, ampliar seu horário de funcionamento e forma de venda (entregas em domicílio), conseguindo que o número de vendas subisse. Com isso, logicamente, o estoque diminui consideravelmente mais depressa, o que faz o intervalo da data de pedidos para suprimentos diminuir e o números de produtos solicitados aumentar, ou seja, serão pedidos mais produtos para repor o estoque em um tempo menor.
	Focando-se nos medicamentos em geral, sabe-se que as farmácias podem adquiri-los através de contatos diretos com as indústrias, através de laboratórios distribuidores ou ambos; o suprimento do estoque é feito visando atingir um nível desejado do estoque, que conseguirá suprir as demandas e vendas até a próxima data de reposição.
	Considerando o grande número de entradas/saídas de produtos e as reposições feitas, as farmácias decidiram utilizar, comumente, softwares de gestão de estoques específicos, desenvolvidos por/para redes farmacêuticas (grandes ou pequenas); a implantação desse tipo de sistema faz com que o número de produtos no pedido de compra seja mais correto, evitando gastos desnecessários e produtos em excesso (o que aumentaria o custo com estoque); ajuda, ainda, a manter um padrão aproximado de quantidade de mercadorias solicitadas.
Obstáculos e resultados da implementação:
	Um dos principais problemas encontrados ao tentar implantar um sistema para pedidos padrão de produtos é que, atualmente, é muito difícil realizar uma previsão da demanda de um produto (considerando que há tantos sendo oferecidos); por isso, utilizam-se, geralmente, a média do consumo do mês anterior (utilizando uma abordagem diferente àqueles produtos procurados em épocas especiais: remédios em época sazonal de gripe, produtos utilizados no verão, etc.). Há também aqueles produtos que são minimamente procurados e consumidos, e, por isso, não estão sempre inclusos nos pedidos de compra. 
	Cabe ressaltar, ainda, o quanto é importante a comunicação entre o setor de compra e o de venda, para que as informações sobre o que é necessário adquirir sejam as mais precisas possíveis, evitando, novamente, gastos desnecessários e produtos em excesso (ou em falta), atrapalhando toda a estratégia de armazenamento e distribuição dentro dos estoques.
	Deve-se pontuar o quanto diversas cadeias de farmácias (conforme demonstrado pelos autores) optam pela não utilização de sistemas de controle digital, como citado no decorrer deste estudo, algumas vezes por não entender como funcionam. É comum, também, que estabelecimentos realizem a compra excessiva de um determinado produto, a fim de evitar a falta do mesmo, gerando estoques e gasto em excesso.
	
Conclusão:
Em suma, esclarece-se, por fim, que a rede de comércio farmacêutica, em geral, é uma das que possuem alta demanda de produtos em geral (não apenas medicamentos) e possuem estoques; diversas farmácias não possuem um sistema de revisão periódica para auxiliar em quando e quanto comprar (a fim de diminuir trabalho e custos). A comunicação entre os diversos setores dentro das lojas é, também, muito necessária, a fim de que a cadeia de suprimentos ocorra da melhor maneira possível. O sistema de revisão periódica auxilia em padronizar períodos para aquisição de novos produtos e sua quantidade.
 
 
Bibliografia:
Graeml, Alexandre R.; Peinado, Jurandir. Administração da Produção – Operações Industriais e de Serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.
DIAS, Marco Aurélio. Administração de materiais: Princípios, conceitos e gestão. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2006.
VENDRAMETO, Oduvaldo; MARIANO, Mirtes Vitoria. Como pequenas empresas vêm trabalhando para se inserir na competitividade. XX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Anais, v. 30, 2000. 
MACHLINE, Claude; AMARAL JÚNIOR, José Bento C. Avanços logísticos no varejo nacional: o caso das redes de farmácias. Revista de Administração de Empresas, v. 38, n. 4, p. 63-71, 1998.

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