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AUSCULTA 
PULMONAR E CARDÍACA
Eleonora Vasconcelos
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O QUE É AUSCULTA?
É o método semiológico básico no exame físico dos pulmões E CORAÇÃO realizada com o auxílio de um estetoscópio. Esse recurso nos auxilia a detectar os sons normais e anormais produzidos por pulmões, vias aéreas e coração.
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ESTETOSCÓPIO
Componentes:
Olivas auriculares: peças em formato anatômico, que se encaixam ao canal auditivo do examinador. 
Tubo(s) de condução: haste(s) em forma de Y que permitem a transmissão do som com pouca distorção da campânula ou diafragma aos ouvidos do examinador. 
Campânula: Peça de contato com o corpo do examinado, com formato de campânula, mais apropriado para percepção de sons graves. 
Diafragma: Peça de contato com o corpo do examinado, com formato de campânula, mas limitada por uma membrana, mais apropriado para percepção de sons agudos. 
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Regiões do tórax: face anterior
1 Região esternal: Limitada, de cada lado, pelas linhas esternais
2 Região supra-esternal: Corresponde à região delimitada pelo prolongamento das linhas esternais para o pescoço.
3 Região supraclavicular: Anteriormente, é limitada pela boprda superior da clavicula; posteriormente, pela borda superior do trapézio; e, medialmente, pelo prolongamento da linha esternal ao pescoço.
4 Região infraclavicular: O limite superior é a borda inferior da clavícula; o limite inferior, a linha horizontal traçada a partir da terceira articulação condroesternal; medialmente, a região é limitada pela linha esternal, e lateralmente, pela borda anterior do músculo deltóide.
5 Região mamária: O limite superior é a linha que passa pela terceira articulação condroesternal, e o inferior , a linha esternal, e o limite externo, a linha axilar anterior.
6 Região inframamária: É delimitada, superiormente, pela linha que passa pela Sexta articulação condroesternal, e, inferiormente, pela borda costal; lateralmente, estende-se até a linha axilar anterior 
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Linhas anteriores do tórax
 LINHAS VERTICAIS: Linha esternal, que passa pela borda do esterno, de um lado e de outro. Linha médio-esternal que é medial as linhas esternais; Linha hemiclavicular- meio da clavícula (mamilo).
								 LINHAS HORIZONTAIS: A primeira é traçada, para a direita e para a esquerda, a partir da terceira articulação condroesternal. Essa articulação serve portanto, de reparo para a contagem dos arcos costais e dos espaços intercostais da face anterior do tórax . A segunda linha é traçada, para a direita e para esquerda, a partir da sexta articulação condroesternal e se prolonga pela lateral do tórax.
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Regiões do tórax: face lateral
7 Região axilar: Os limites laterais são as linhas axilares anterior e posterior; o limite superior é o côncavo axilar, e o inferior, a linha corresponde à sexta articulação condroesternal.
8 Região infra-axilar: Também delimitada, lateralmente, pelas linhas axilares anterior e posterior; superiormente, pela linha correspondente à sexta articulação condroesternal; e, inferiormente, pela borda costal.
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Linhas laterais do tórax
 LINHAS VERTICAIS: Axilar anterior, traçada para baixo, a partir da prega axilar anterior, axilar posterior, traçada a partir da prega axilar posterior, axilar média, que se inicia no côncavo axilar, e situa-se entre as linhas axilares anterior e posterior.
 LINHAS HORIZONTAIS: É a prorrogação da linha traçada a partir da sexta articulação condroesternal.
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Regiões do tórax: face posterior
9 Região supra-escapular: Superior e lateralmente, é limitada pela borda superior do trapézio; o limite inferior é a linha que passa pela borda superior da escápula.
10 Região escapular: Compreende a região coberta pela escápula.
 11 Região interescapulovertebral: É a região compreendida entre as linhas vertebral e escapular. É limitada superior e inferiormente pelas linhas que passam pelas bordas superior e inferior da escápula, respectivamente.
12 Região infra-escapular: O limite superior é a linha que passa pela borda inferior da escápula, e o inferior é a borda costal. O limite interno é a linha vertebral, e o externo, a linha axilar posterior.
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Linhas posteriores do tórax
 LINHAS VERTICAIS: Linha vertebral, traçada sobre os processos espinhosos das vértebras.Linha escapular: Traçada ao longo da borda interna da escápula.
 LINHAS HORIZONTAIS: A primeira passa pela borda superior de escápula , e a segunda, pela borda inferior de escápula.
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Técnica de ausculta pulmonar
No ato da ausculta do tórax, o paciente deve permanecer na a posição deitado ou sentado, e deve ser instruído a respirar pela boca mais profundamente que o normal, enquanto o examinado muda o estetoscópio de lugar, percorrendo o tórax de cima para baixo, nas faces posteriores, anterior e lateral 
Terapeuta de pé
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Técnica de ausculta pulmonar
Há variações consideráveis dos sons normais na mesma pessoa e entre pessoas diferentes; por essa razão, quando se examina o tórax, é aconselhável comparar os sons de um lado com aqueles ouvidos na mesma região, do lado oposto.
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Sons normais:
Som Bronquial
Som Broncovesicular
Murmúrio vesicular
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Som bronquial
O som bronquial é normalmente audível sobre a área de projeção da traquéia, colocando-se o estetoscópio sobre a região supra-esternal. Ausculta-se a inspiração intensa, bem audível, rude; a seguir, uma pausa, e depois, a expiração, também bastante audível e rude, de duração igual ou pouco maior do que a inspiração.
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Som broncovesicular
Normalmente, o som broncovesicular pode ser ouvido nas regiões infra- e supraclaviculares e nas regiões supra-escapulares. A expiração tem duração e intensidade iguais, não havendo pausa entre elas. O som broncovesicular não é tão rude quanto o som bronquial. O encontro de murmúrio vesicular nas regiões citadas acima não constitui anormalidade.
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Murmúrio vesicular
 Quando se ausculta o tórax de um individuo normal, ouve um som murmurante, que na inspiração é mais longo e mais nítido e na expiração é mais curto, mas fraco e menos nítido. Os ruídos da respiração normal resultam das vibrações provocadas pela corrente aérea ao percorrer o sistema tubular e alveolar. O aumento do murmúrio vesicular ocorre em indivíduos com maior volume de ar circulante (dispnéia, taquipnéia, exercício físico). O murmúrio diminuído ocorrerá quando houver redução do volume corrente, como ocorre em uma invasão de uma determinada área do parênquima.
Pode estar aumentado,diminuído ou ausente 
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Ruídos adventícios
Quando os ruídos respiratórios não são audíveis em condições normais são denominados ruídos adventícios, podendo ser de origem da árvore brônquica, alvéolos ou espaço pleural. 
Os ruídos adventícios são classificados em
secos ou contínuos(roncos e sibilos, cornagem ), 
Úmidos ou descontínuos (estertores creptantes e subcreptantes) 
atrito pleural
Tinido metálico
Sucussão hipocrática. 
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roncos
é um ruído de tonalidade grave predominantemente inspiratório, geralmente acompanhado de tosse. Sua origem se deve á presença de secreções espessas que se adere às paredes dos brônquios de grande calibre, reduzindo sua luz. Indicam asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. 
. Os roncos são sons mais graves, semelhantes ao roncar ou ressonar das pessoas. 
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sibilos
 são ruídos de tonalidade aguda, predominantemente inspiratório, habitualmente referido pelo paciente como “chiado” ou “chiadeira”. As causas dos sibilos são redução da luz brônquica, espasmo da parede das pequenas via aéreas. É o ruído adventício mais comumente encontrado em pacientes portadores de asma e DPOC. 
são sons mais agudos, semelhantes a um assobio ou chiado.
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cornagem
é respiração ruidosa, audível a certa distância e produzida por obstáculos à passagem do ar no nível das vias aéreas superiores, traquéia ou laringe. 
*crepitantes
São estertores úmidos e descontínuos, exclusivamente inspiratórios. Tais estertores são característicos for edemas incipientes do parênquima pulmonar, pela presença de exudato ou transudato intra- alveolar. São frequentemente audíveis na atelectasias, pneumonias, edema agudo de pulmão e síndrome da angustia respiratória (SARA). 
Cabelo molhado
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subcrepitantes
são ruídos descontínuos ouvidos na inspiração e na expiração. Resultam da mobilização de qualquer conteúdo liquido presente nos brônquios de médio e pequeno calibre. Ocorre com maior freqüência em pacientes com pneumonia, no edema agudo de pulmão e na DPOC.
Estourar plástico bolha 
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Atrito pleural
é um estalido ou “som de couro” que ocorre a cada respiração mais intenso na inspiração quando as superfícies plurais estão irritadas por inflamação, infecção ou neoplasia. Normalmente as pleuras vicerais e parietais deslizam silenciosamente. Em certos casos, os sons podem se confundidos com os estertores. Podendo –se pedir para o paciente tossir e verificar se houve mudança no som produzido. Caso não haja mudança, se trata de atrito pleural. 
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Pontos de ausculta
Ápice pulmonar
Lobo médio
Base pulmonar
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Ausculta cardíaca
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Ausculta cardíaca
Devemos auscultar as bulhas cardíacas:
1° bulha (TUM) – Parece ser de consenso que a origem da primeira bulha cardíaca seja pela desaceleração e fechamento das valvas átrio-venticulares (tricúspide e mitral). Ou seja, esse evento estetoacústico marca para nós o início da sístole ventricular, ou seja, o influxo de sangue nos ventrículos chegou ao máximo, agora se fecha a ligação entre os átrios e ventrículos (TUM) e simultaneamente, com a sístole ventricular, o sangue é ejetado (surgimento do pulso).
2° bulha (TÀ) – Esse ruído, marca o início da diástole ventricular e é caracterizado pelo fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar), ou seja, após a contração e ejeção, ocorre o relaxamento ventricular para o início do novo ciclo.
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Pontos de ausculta cardíaca:
Foco aórtico
Foco pulmonar
Foco mitral
Foco tricúspide
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Sons patológicos na ausculta cardíaca:
bulhas,
 sopros, 
estalidos,
 atritos. 
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Vídeos da net
http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/torax/torax.swf
http://www.youtube.com/watch?v=N7Ig9FV3ksk
http://www.youtube.com/watch?v=EbEV4DtMhpI 
http://www.youtube.com/watch?v=rBr7rFF6Ktk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xxJYLmhLpGs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=TwpjnQ9N0fU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=rjnUJ4AzhgQ&feature=related

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