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Contabilidade Basica Aula 02

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Contabilidade Básica 
Prof. Márcio M. Gonçalves, M.Sc., Contador 
2015 
Relatórios Contábeis 
“Abrange o estudo do patrimônio de uma entidade e as sua 
variações, evidenciadas nas chamadas Demonstrações Financeiras 
ou Demonstrações Contábeis, como nós contadores gostamos de 
chamar” 
Prof. Márcio Marques Gonçalves 
2 
 Relatórios Contábeis 
 Objetivos; 
 Obrigatórios x não obrigatórios; 
 Alterações de acordo com as novas Leis societárias. 
 Balanço Patrimonial (BP) 
 Estrutura, origens e aplicações; 
 Grupos de Contas; 
 Requisitos do BP; 
 Alterações e principais diferenças entre as Leis 11.638/07, 11.941/09 e a Lei 6.404/76 (Leis das S/A). 
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 Estrutura (nova); 
 Situação Financeira x Econômica; 
 Teoria geral do Lucro; 
 Alterações e principais diferenças entre as Leis 11.638/07, 11.941/09 e a Lei 6.404/76 (Leis das S/A). 
 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc) e Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL) 
 Lucros ou prejuízos acumulados – o que é isso? 
 Estrutura da DLPAc e da DMPL após a Lei 11.638/07. 
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
 Substituição da DOAR; 
 Estrutura e principais transações que afetam o Caixa; 
 Métodos de apresentação da DFC; 
 Algumas técnicas de Elaboração da DFC. 
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA), Notas Explicativas e Outras evidências 
 Estrutura da DVA; 
 Notas explicativas e Relatórios da Diretoria; 
 Outros Relatórios Contábeis. 
Conteúdo da Aula 
Relatórios 
Contábeis 
 Exposição resumida, ordenada e estruturada, dos fatos e 
atos administrativos da entidade que reporta a informação, 
colhidos, processados e compilados pela Contabilidade em 
determinado 
período de 
tempo. 
Relatório Contábil e Seus Objetivos 
Contabilida
de 
registra os 
dados e ... 
Produz 
relatórios 
contábeis 
para ... 
Usuários 
que são 
supridos 
de 
informação 
Analisam 
previsões 
Fornecedores 
Bancos 
Governo 
Sindicatos 
Funcionários 
Outros usuários 
Depto. 
contábil 
Gerenciar 
banco de 
dados 
Usuários 
 Dentre os Relatórios Contábeis, também conhecidos 
por informes contábeis ou popularmente chamados 
de Balanços, os mais importantes são as 
Demonstrações Financeiras (terminologia da Lei das 
S/A), ou Demonstrações 
Contábeis (usada 
pelos contadores). 
 
Demonstrações Financeiras ou 
Contábeis 
 A Lei das S/A estabelece que, ao fim de cada exercício 
social, a diretoria fará elaborar e publicar, com base na 
Escrituração Contábil, as seguintes demonstrações 
financeiras (ou contábeis): 
 Balanço Patrimonial 
 Demonstração do Resultado do Exercício 
 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
 Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 Demonstração do valor adicionado (Cias. Abertas). 
 Além dessas temos as notas explicativas que 
complementam as informações das demonstrações. 
 
Demonstrações Financeiras ou 
Contábeis 
Relatório Obrigatórios X Não 
Obrigatórios 
Obrigatórios 
(Lei das S/A) 
Não 
Obrigatórios 
Relatórios 
Contábeis 
Relata o Passado 
Relata o Futuro 
Sociedade 
Anônima 
(publica nas 
mídias) 
Sociedade 
Limitada 
(não publica 
nas mídias) 
DOAR, 
DRA, 
Balanço Social 
Orçamento 
Grande 
Porte 
Médias, 
Pequenas 
e Micros 
Capital 
Aberto 
Capital 
Fechado 
BP 
DRE 
DMPL 
DFC 
DVA 
BP 
DRE 
DLPAc 
DFC* 
BP 
DRE 
DLPAc 
DFC 
BP 
DRE 
DLPAc 
(*) Obrigatória quando o Patrimônio Líquido for maior que R$ 2 milhões 
 Foram realizadas as seguintes alterações na lei das 
sociedades por ações, ou seja, a Lei 6.404/76, ao 
longo dos últimos anos-calendário: 
 Lei no. 9.457, de 05.05.1997; 
 Lei no. 10.303, de 31.10.2001; 
 Lei no. 11.638, de 29.12.2007; 
 Lei no. 11.941, de 2009 (conversão da MP no. 449, de 
2008), que alterou a Lei no. 11.638, de 2007 e a 
disciplinou sobre os aspectos tributários. 
 
Reforma da Lei 6.404/76 (Lei das S/A) 
Balanço 
Patrimonial 
 É a principal demonstração contábil. 
 Reflete a posição financeira do Patrimônio da entidade 
contábil em determinado momento, normalmente no final 
do exercício ou de um período prefixado. 
 É como uma fotografia de todos os bens, valores a receber 
(direitos) e valores a pagar em determinada data. 
Conceitos 
 O termo patrimônio significa, a princípio, o 
conjunto de bens e valores a receber (dinheiro a 
receber/direitos a receber) pertencente a uma 
entidade contábil. 
 Porém, apenas com os bens e direitos, não se 
pode identificar a verdadeira situação econômico-
financeira de uma pessoa ou empresa (entidades 
contábeis). 
 É necessário evidenciar as dívidas (obrigações) 
referentes aos bens e direitos. 
Patrimônio 
PATRIMÔNIO DE UMA ENTIDADE CONTÁBIL 
BENS e 
 
DIREITOS (a receber) 
OBRIGAÇÕES (a pagar) 
Origens e Aplicações de Recursos 
ORIGEM 
FINANCIAMENTOS 
APLICAÇÕES 
INVESTIMENTOS 
CAPITAL 
PRÓPRIO 
CAPITAL DE 
TERCEIROS 
 São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, 
mensuráveis monetariamente e que possam trazer 
benefícios presentes ou futuros. 
 A Contabilidade Moderna, porém considera como Ativo os 
bens à disposição da empresa, sendo ela proprietária ou 
não. 
 Exemplo, bens decorrentes de operações que transfiram 
riscos e controle, independente de ser propriedade, 
deverão ser contabilizados como Ativo (leasing financeiro). 
Ativo 
 Coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades 
das pessoas e das empresas. 
 Bens tangíveis: têm forma física, palpáveis. Ex.: 
veículos, imóveis, mercadorias (estoque), dinheiro, 
máquinas e equipamentos, etc. 
 Bens intangíveis: incorpóreos, não palpáveis. Ex: 
marcas, patentes de invenção, etc. 
Ativo - Bens 
Bens Tangíveis ou Intangíveis 
 Bens imóveis 
 Vinculados ao solo, não 
podem ser retirados sem 
destruição ou danos: 
Edifícios, construções, 
árvores, etc. 
 Bens móveis 
 Podem ser removidos por si 
próprios ou por outras 
pessoas: animais, máquinas, 
equipamentos, estoques de 
mercadorias, etc. 
CIA IRANDUBA em $ 
mil 
Edifícios 180 
Móveis e Utensílios 90 
Veículos 110 
Máquinas 400 
Terrenos 900 
Marcas e Patentes 150 
TOTAL 1.830 
Esses bens poderiam ser 
classificados 
da seguinte maneira... 
BENS Tangíveis Intangíveis Móveis Imóveis 
Edifícios 180 180 
Móveis e Utensílios 90 90 
Veículos 110 110 
Máquinas 400 400 
Terrenos 900 900 
Marcas e Patentes 150 
TOTAL 1.680 150 750 1.080 
Bens Tangíveis e Intangíveis 
 CIA IRANDUBA em $ mil 
 Direito a Receber é o poder de exigir alguma coisa de 
alguém. 
 Valores a receber, contas a receber, aluguéis a receber, 
etc. 
 Após o mês de trabalho, desde que o pagamento 
estabelecido seja mensal, você tem o direito de receber 
seu salário (salários a receber). 
 Dinheiro depositado em bancos é um direito (de sacar a 
qualquer momento). 
Ativo - Direitos 
Direitos 
 Nas empresas o direito a 
receber decorre das 
vendas a prazo, ou seja, 
quando se vende 
mercadorias a terceiros a 
prazo e não à vista, com 
emissão de duplicata 
(documento 
comprobatório) esse 
direito denomina-se 
duplicatas a receber. 
CIA IRANDUBA - Direitos em S mil 
Banco conta Movimento 
(depósito) 
680 
Duplicatas a Receber 1.320 
Títulos a Receber (notas 
promissórias) 
500 
Aluguéis a Receber 300 
TOTAL 2.800 
 Para fins didáticos consideramos o Ativo a parte 
“positiva” do Balanço, então 
 Vamos consideraro Passivo como a parte “negativa” 
do Balanço, visto que passivo são dívidas, 
 Porém são também fontes ou origens de recursos 
(Capital Próprio e Capital de Terceiros). 
Passivo 
Passivo - Obrigações 
 São dívidas com outras 
pessoas. 
 São chamadas de 
obrigações exigíveis. 
 Empréstimos a Pagar – 
empréstimo ao banco; 
 Compra de mercadoria a 
prazo – Fornecedores, 
duplicatas a pagar; 
 Funcionários – salários e 
encargos a pagar; Governo 
– impostos a pagar; 
Financeiras – 
financiamentos; Contas 
diversas – contas a pagar, 
etc. 
CIA IRANDUBA - Obrigações em $ mil 
Fornecedores 800 
Empréstimos de bancos 400 
Salários a pagar 350 
Encargos sociais a pagar 450 
Impostos a pagar (ou a 
recolher) 
900 
Financiamentos (longo prazo) 1.100 
Contas a pagar (diversos) 500 
TOTAL 4.500 
Representação Gráfica 
do Patrimônio 
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS 
BENS OBRIGAÇÕES 
 Dinheiro Empréstimos a pagar 
 Mercadorias em estoque Salários a pagar 
 Veículos Fornec. (Dup. a pagar) 
 Imóveis Financiamentos 
 Máquinas Impostos a pagar 
 Ferramentas Encargos sociais a pagar 
 Móveis e Utensílios Aluguéis a pagar 
 Marcas e Patentes Títulos a pagar 
DIREITOS Promissórias a pagar 
 Depósitos em Bancos Contas a pagar 
 Duplicatas a receber 
 Títulos a receber 
 Aluguéis a receber 
 Ações 
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES 
EXIGÍVEIS 
Bens ............ 1.830 Obrigações ... 
4.500 
Direitos ....... 2.800 
 CIA IRANDUBA m $ mil 
Faça agora o 
seu 
Patrimônio 
Pessoal! 
 O patrimônio por si só não mede a efetiva riqueza 
de uma entidade contábil. 
 Riqueza não se mede pelo patrimônio! 
 É necessário conhecermos a riqueza líquida! 
 É a parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou 
empresa. Denominada Patrimônio Líquido ou 
situação líquida. 
Patrimônio Líquido 
Patrimônio Líquido (Riqueza Líquida) 
 = 
(Bens + Direitos) – Obrigações Exigíveis 
 O PL, portanto, é a medida eficiente da verdadeira 
riqueza. 
 Ex.: Patrimônio da Cia. Iranduba: 
 Bens ........................... $ 1.830 
 Direitos...................... $ 2.800 
 Obrigações ............... $ 4.500 
 PL (riqueza líquida) = A – P 
 PL = 4.630 – 4.500 = $ 130 (insignificante) 
Patrimônio Líquido 
 PL = 0; Bens + Direitos = Obrigações Exigíveis 
 PL > 0; Bens + Direitos > Obrigações (ideal); 
 PL < 0; Bens + Direitos < Obrigações (passivo a 
descoberto). 
Situações Líquidas 
 A Lei nº 11.638/07, e posteriormente, pela 11.941/09, 
trouxe algumas mudanças que alteraram a Lei 
6.404/76, com o foco nas estruturas 
demonstrações contábil. Citamos e comparamos as 
principais alterações ocorridas em: 
 Balanço patrimonial; 
 Demonstração do Resultado do exercício (DRE); 
 Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos 
(DOAR); 
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido 
(DMPL) e Demonstração e Lucros ou Prejuízos 
Acumulados (DLPA); e 
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
Alterações nas Demonstrações 
Contábeis 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
 Investimento são aplicações de recursos 
que tem como objetivos gerar resultados 
positivos para entidade, como exemplo, 
participação permanente em outras 
empresas. 
 Imobilizado são os bens e direitos que 
tenham por objeto bens corpóreos 
(tangíveis) que são utilizados para o 
funcionamento da atividade da 
companhia ou da empresa. 
 A depreciação dos bens é determinada 
pela empresa pelo tempo de vida útil de 
cada bem. 
 O grupo Ativo Circulante não houve alteração; 
 O grupo Realizável a Longo Prazo, após a 
alteração da lei 6.404/76 está classificada 
dentro do ativo não circulante. Subgrupo do 
ativo de menor grau de liquidez, ou seja, que se 
transformarão em dinheiro mais lentamente. 
O grupo Ativo Permanente alterou quanto a 
nomenclatura, era subdividido em 
investimento, imobilizado e diferido, com a 
alteração a Lei 11.638/07, e posteriormente, 
pela 11.941/09, o ativo não circulante é 
subdividido em realizável a longo prazo, 
conforme citado acima, investimento, 
imobilizado, e intangível. 
 Os bens incorpóreos que eram classificados como 
imobilizado em intangível, agora tem um subgrupo de 
ativo intangível, estão classificados dentro do ativo não 
circulante, são os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos destinados à manutenção da companhia 
ou exercidos com essa finalidade. 
 O diferido seriam as despesas pré-operacionais, e os 
gastos de reestruturação que resulte aumento no 
Exercício Social. Se o diferido não puder ser 
reclassificado para outro grupo de contas, poderão 
permanecer sob esta rubrica até sua completa 
amortização. 
Passivo 
 Dentre as classificações do passivo, a mais significativa diferença entre a lei 6.404/76 e a lei 
11.638/07, e posteriormente, pela 11.941/09, está na utilização do subgrupo de resultados 
de exercícios futuros onde o seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efetivamente 
devem ser reconhecidos nos anos futuros. Com a Lei 11.941 este subgrupo foi revogado. 
 São apresentadas no passivo as 
obrigações da companhia, 
subdividindo-se em Passivo Circulante 
e Exigível a Longo Prazo. 
 De acordo com a lei 11.638/07, e 
posteriormente, pela 11.941/09, todas 
as obrigações não classificadas no 
passivo circulante devem ser 
classificadas no passivo não 
circulante, isto é, obrigações cuja 
liquidação não se espera que ocorra 
dentro do ciclo operacional da 
empresa, serão classificadas no 
passivo não circulante antes 
classificado como exigível a longo 
prazo. 
Patrimônio Líquido 
 Ajuste de avaliação patrimonial - Antes da alteração existia o subgrupo Reservas de 
Reavaliação agora será classificado como ajuste de avaliação patrimonial - que 
representam acréscimos derivados da diferença entre o valor contábil e o valor de 
mercado. 
 Lucros Acumulados - não são mais classificados como lucros acumulados, os lucros devem 
ser contabilizados em reservas de lucro, se a reserva de Lucros ultrapassarem o valor do 
Capital Social precisa ser distribuída. Assim a conta Lucro acumulado fica extinta e fica 
somente a conta de Prejuízo acumulado. 
 O último grupo que compõem o 
Balanço Patrimonial, o Patrimônio 
Líquido teve alteração onde deverá, 
segundo o § 2º do art. 178 da Lei 
consolidado das Sociedades por 
Ações 6.404/76, ser estruturado de 
acordo com os seguintes subgrupos: 
 capital social, 
 reservas de capital, 
 ajustes de avaliação patrimonial, 
 reservas de lucros, 
 ações em tesouraria e 
 prejuízos acumulados. 
 Ações em tesouraria - “[...] deverão ser 
destacadas no balanço como dedução da 
conta do patrimônio líquido que registrar a 
origem dos recursos aplicados na sua 
aquisição” (Brasil, 1976, §5º art. 182). 
 
Demonstração 
do Resultado 
do Exercício 
 A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é 
uma demonstração contábil dinâmica que se destina a 
evidenciar a formação do resultado líquido em um 
exercício, através do confronto das receitas, custos e 
despesas, apuradas segundo o princípio contábil do 
regime de competência, gerando informações 
significativas para a tomada de decisão. 
 Como vimos, o exercício social terá duração de um ano 
e a cada exercício será apurado o resultado do período, 
i.e., se houve lucro ou prejuízo. 
 Portanto, em cada final de período, todas as despesas 
(gastos) e receitas (ganhos) são transferidas para a DRE, 
e, no próximo período, apurar-se-ão as despesas e 
receitas começando do zero, ou seja, não se acumulam 
despesas e receitas de um período parao outro. 
DRE 
 A DRE é uma demonstração dedutível, apresentada 
de forma vertical, onde a partir da Receita, 
deduzimos, todos os gastos com a venda, produção e 
operação do negócio e chegamos ao Resultado 
Líquido do Exercício que pode ser Lucro ou Prejuízo. 
Estrutura da DRE 
 A DRE do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, 
obedecidas também as determinações legais: 
a) Receitas; 
b) Custos dos produtos, das mercadorias, ou dos serviços vendidos; 
c) Lucro bruto (resultado operacional bruto); 
d) Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas 
operacionais; 
e) Parcela dos resultados de empresas investidas (MEP); 
f) Resultado antes das receitas e despesas financeiras; 
g) Despesas e receitas financeiras; 
h) Resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
i) Despesa com tributos sobre o lucro; 
j) Resultado líquido das operações continuadas; 
k) Valor líquido dos seguintes itens: 
I. Resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; 
II. Resultado após os tributos decorrentes da mensuração ao valor justo 
menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à 
disposição para venda que constituem a unidade operacional 
descontinuada; 
l) Resultado Líquido do período (exercício). 
Resolução 1.185/2009 do CFC. Art. 82 
do CPC 26 
Demonstração do Resultado do Exercício 
 Na DRE houveram algumas alterações observando 
o quadro anterior podemos ver algumas 
diferenças, nas despesas não operacionais e na 
participação do lucro. 
 No art. 187 do inciso IV da Lei SAs diz que as 
receitas e despesas não operacionais classificadas 
após a mensuração que resulta o lucro ou prejuízo 
operacional, serão considerados como outras 
receitas e outras despesas. 
36 
Alterações com a nova Lei 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
Demonstração 
de Lucros ou 
Prejuízos 
Acumulados e a 
DMPL 
 A DLPA é obrigatória para as empresas, todavia, 
poderá ser substituída pela Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que é 
obrigatória para as companhias abertas. 
 Indica como a empresa está destinando o lucro 
contábil. 
 Apresenta com clareza o fluxo de dividendos; 
 Demonstra de forma simples as alterações no 
Patrimônio Líquido. 
DLPAc e a DMPL 
 Significam lucros retidos remanescentes: não 
distribuídos para os proprietários e sem um destino 
certo (em suspenso), isto é, não canalizados para 
Reservas, Aumento de Capital, etc. 
 A estruturação da DLPAc é iniciada com o saldo de 
Lucros Acumulados existente no último Balanço 
Patrimonial, onde então é ajustado e demonstrado a 
destinação desse. 
Lucros Acumulados 
Estrutura da DLPAc 
Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL) 
Verificamos que de acordo com a lei 11.638/07, e posteriormente, pela 
11.941/09, no art. 186, a DMPL se manteve sem sofrer nenhuma alteração. 
 A Lei 11.638/07, e posteriormente, 
pela 11.941/09, alterou a 
Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, extinguindo a 
conta Lucros Acumulados no balanço 
patrimonial. Porém sua existência 
não foi vedada, tanto que sua 
demonstração continua totalmente 
vigente, mas apenas a figura de saldo 
positivo no balanço. 
 Desta forma fica claro que continua 
sendo prevista no Plano de Contas. 
42 
Demonstração e Lucros ou 
Prejuízos Acumulados (DLPA) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
DEMONSTRAÇÃO 
DOS FLUXOS DE 
CAIXA 
 Substituiu a DOAR (Demonstração de Origens e 
Aplicação de Recursos). 
 A DOAR tem por objetivo principalmente informar as 
operações de financiamentos e investimentos da 
empresa durante o exercício, e alterações na posição 
financeira da empresa. 
 A demonstração das origens e aplicações de recursos 
explica a variação do Capital Circulante Líquido 
ocorrido de um ano para o outro. 
44 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 Origens - Origens são entradas de recursos, é a fonte originária de 
recursos, sendo o passivo e o Patrimônio Liquido. São aplicadas no 
ativo. 
 As origens de recursos se agrupam da seguinte forma: 
 lucro do exercício; 
 acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação 
nos resultados de exercícios futuros; 
 realização do capital social e contribuição para reservas de capital; 
 recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo 
prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de 
investimento e direitos do ativo imobilizado. 
 Originam-se das operações – quando as receitas são maiores que as 
despesas, quando houver lucro no exercício teremos origem e quando 
houver prejuízo teremos aplicação de recursos; dos acionistas – 
quando temos um aumento de capital integralizado, pois assim 
teremos aumento de disponibilidades da empresa; 
 De terceiros – quando fazemos empréstimos de longo prazo, recursos 
oriundos de venda de ativo permanente e outros. 
45 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 Aplicações - As aplicações reduzem o Capital Circulante Liquido, 
ocorrem normalmente nas aplicações de recursos não circulante. 
 Conforme a Lei das S.As – as aplicações de recursos, agrupadas 
em: 
 dividendos distribuídos; 
 aquisição de direitos do ativo imobilizado; 
 aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo 
diferido; 
 redução do passivo exigível a longo prazo. 
 A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a ser um 
relatório obrigatório desde 01.01.08 pela Lei 11.638/07, e 
posteriormente, pela 11.941/09, para todas as sociedades de capital 
aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais). 
46 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é 
prover informações relevantes sobre os pagamentos e 
recebimentos em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante 
um determinado período. 
 De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo 
o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, 
o resultado do fluxo financeiro. 
 Assim como a DRE, a DFC é uma demonstração dinâmica e 
também está contida no balanço patrimonial. 
 A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é uma demonstração 
que facilita aos investidores, credores e outros usuários o 
entendimento e analise, sobre a posição financeira da empresa, 
das transações de investimentos e de financiamento etc. 
47 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser 
incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente 
publicadas pelas empresas. 
 Basicamente, o relatório de fluxos de caixa deve ser segmentado 
em três grandes atividades. 
 As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos 
decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de 
serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital 
circulante líquido da empresa. 
48 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no 
Realizável a Longo Prazo ou no Ativo Permanente, bem como as 
entradas por venda de ativos imobilizados. 
 As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do 
Exigível a Longo Prazo e do Patrimônio Líquido. Devem ser 
incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. 
 Na Demonstração dos fluxos de caixa existem dois métodos de 
avaliação, o método direto e o método indireto. 
49 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves,M.Sc. 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
50 
 Método Direto - O 
método direto explicita 
as entradas e saídas 
brutas de dinheiro dos 
principais componentes 
das atividades 
operacionais, como 
recebimentos pelas 
vendas de produtos e 
serviços e os pagamentos 
a fornecedores, tributos e 
empregados. 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
51 
 Método Indireto - faz a 
conciliação entre o lucro líquido 
e o caixa gerado pelas 
operações, por isso é também 
chamado de método da 
reconciliação. 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
DEMONSTRAÇÃO 
DO VALOR 
ADICIONADO, 
NOTAS 
EXPLICATIVAS E 
OUTROS 
RELATÓRIOS 
 Nas publicações das Demonstrações Contábeis, após 
a identificação da empresa, destaca-se o Relatório da 
Diretoria ou Administração. 
Relatório da Diretoria 
 São informações normalmente de caráter não financeiro que 
abrangem: 
 Dados estatísticos diversos; 
 Indicadores de produtividade; 
 Desenvolvimento tecnológico; 
 A empresa no contexto socioeconômico; 
 Políticas diversas: recursos humanos, exportação, etc.; 
 Expectativas em relação ao futuro; 
 Dados de orçamento de capital; 
 Projetos de expansão; 
 Desempenho em relação aos concorrentes, Balanço Social, etc. 
Relatório da Diretoria 
 O principal item que deveria compor o Relatório da 
Diretoria é a Demonstração de Valor Adicionado ou 
Agregado (DVA). 
 Inclusive a DVA é a base para o Balanço Social, 
instrumento importantíssimo como prestação de 
contas da empresa à sociedade. 
Relatório da Diretoria 
Demonstração do Valor Agregado (DVA) 
56 
 Houve a inclusão e a 
obrigatoriedade dessa 
demonstração para as 
companhias abertas. Ela 
procura informar sobre a 
agregação e distribuição de 
valor ao negócio, sugerindo 
maior transparência para seus 
usuários, em virtude de 
apresentar nova e mais 
detalhada informação sobre os 
negócios da entidade. 
 A Demonstração do Valor 
Adicionado, que também pode 
integrar o Balanço Social, 
constitui desse modo, uma 
importante fonte de 
informações à medida que 
apresenta esse conjunto de 
elementos que permitem a 
análise do desempenho 
econômico da empresa, 
evidenciando a geração de 
riqueza, assim como dos 
efeitos sociais produzidos pela 
distribuição dessa riqueza. (CPC 
09). 
Profº. Márcio Gonçalves, M.Sc. 
 Também conhecidas como Notas de Rodapé. 
 São normalmente destacadas após as Demonstrações 
Financeiras (quando publicadas). 
 As NE devem apresentar informações sobre a base de 
preparação das DC, práticas contábeis adotadas, 
eventos significativos, etc. 
Notas Explicativas 
 Quadros Analíticos suplementares; 
 Orçamentos; 
 Balanço Social; 
 Comentários do Auditor, dentre outros. 
Outras evidenciações 
FIM 
goncalves.consultoria@hotmail.com 
(92) 98159-1780

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