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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DISCIPLINA: Metodologia Científica
PROF.: Ronaldo Sales Jr.
PERÍODO: 2015.2
RESUMO DO CAPÍTULO 4 – O CONCEITO OU CONHECIMENTO MÍTICO
COVEDES, E. M. “Curso de Metodologia Científica”. 2 ed. Curitiba. HD Livros
ALUNA: Marina Penazzi Gaudêncio – Mat.: 113111345
 
Campina Grande, 19/02/2016
4 – O CONCEITO OU CONHECIMENTO MÍTICO
4.1 – Caracterização do mito
Faz parte do entendimento popular a concepção de mito como uma fábula, como um herói ou como um ídolo.
A diferença entre herói e ídolo consiste no fato de que um herói é uma pessoa que se destaca por lutar por uma causa nobre e o ídolo é uma pessoa que adquire a admiração popular por assumir destaque em algum âmbito social (que, não necessariamente, diga respeito a uma causa nobre). E quando um herói ou ídolo recebem caracterizações baseadas em atributos que não condizem com a realidade onde se inserem, fala-se em fenômeno mítico.
O mito é um fenômeno que envolve três elementos: uma realidade que recebe atribuições não pertinentes, uma pessoa ou mais que partilhem da crença sobre aquela determinada realidade e uma ou mais pessoas que, uma vez não compartilhando do mito, podem identificar como falsas as características atribuídas à realidade mitificada. Não existe mito se faltar um desses três elementos.
Dessa forma, o mito possui um lado verdadeiro e outro falso. Além disso, o mito é sempre o do outro, porque ninguém admite mitificar alguma coisa. Padre Cícero é santo e tem poderes para fazer milagres segundo seus devotos e, a partir da identificação de pessoas que não comungam da mesma ideia, ele torna-se um mito.
A relação mítica não possui dúvida. Se colocada em dúvida, começa-se a desmitificação, e o mito chega ao fim. O mito é uma característica da humanidade. A ideia de uma sociedade sem mito é um mito.
4.2 – O surgimento dos mitos
Não se sabe se o mito surgiu antes ou depois do senso comum, mas pode-se afirmar que o conhecimento mítico é mais denso de conteúdo e atende às necessidades mais profundas do ser humano.
O mito surgiu para explicar questões da existência que não podiam ser explicadas pelo senso comum e, ainda hoje, lidamos com algumas questões dessa forma.
Essa forma de explicação, ainda que sem relação causal objetiva, ajudou o homem a sobreviver, porque, certa ou errada, a explicação dava um sentido ao mundo de forma a minimizar seu sofrimento pois viver sem sentido é insupirtável.
Assim, os mitos não são tão ingênuos quanto parecem. Ingênuo é pensar que se pode desmitificar os mitos alheios em detrimento dos seus (ou da falta deles). A força do mito vem da sua natureza: É fruto do desejo ou da espiritualidade do homem.
4.3 – O mito como expressão da espiritualidade
O homem, enquanto ser relativo, necessita de um ser absoluto para ter como apoio e, assim, dar sentido a sua existência. Esse ser pode ter existência concreta ou não e é comum a atribuição de características perfeitas a ele pois, para sentirem-se amparadas, as pessoas buscam nestas figuras míticas algo mais perfeito do que podem encontrar em si mesmos. Dessa forma, todas as suas imperfeições são completadas ou perdoadas pelo mesmo ser “todo poderoso”.
Ao longo da história, surgiram críticas aos fenômenos míticos e uma incessante busca em empreender um rigor racionais a todos os objetos mitificados, ou seja, desmitificá-los.
Este conflito é bem retratado na clássica polêmica medieval sobre fé e razão, atribuída a Anselmo de Cantuária e Pedro Abelardo. Para Anselmo, primeiro o homem deveria crer e posteriormente deveria pensar e para Pedro era o contrário.
O homem que procede primeiramente com a razão enfrenta dificuldade em proceder posteriormente numa vida pautada ou orientada por crenças.
Até os dias de hoje, a relação entre fé e razão é uma questão que não se conscilia. Não há como buscar cientificidade na fé ou pretender que a fé seja científica e não há como procurar na ciência justificativa para algum tipo de fé.
A dimensão espiritual do indivíduo, quando bem vivida, permite um profundo encontro com o absoluto e implica numa retaguarda tranquilizadora. Além disso, tem papel fundamental como reguladora e orientadora de regras de convivência. Muitos grupos étnicos comungam das mesmas crenças.
4.4 – O papel social do mito
Se um determinado mito for compartilhado pela maioria dos membros de uma sociedade ou grupo social, passa a ser um elemento identificador de culturas e, em alguns casos, tudo passa a girar em torno da crença: a educação, a forma de vestir, o que comer, a atividade de lazer, as regras morais.
Existem mitos humanizadores e existem aqueles atentam contra a vida humana. Deve-se concordar que o aspecto espiritual de uma nação deve ser cuidado para que seja o mais humanizante possível. A maiorira dos mitos, no entanto, foram ou são humanizantes. Na verdade, os mitos humanizam o homem e o homem humaniza os mitos e as sociedades são mais felizes em razão dessa relação que cultivam com os seus mitos.
4.5 – A mitificação do mundo e das pessoas
Apesar, de divagarmos frenquentemente sobre mito como se fosse algo que não nos dissesse respeito, eles estão mais próximos de nós do que podemos imaginar porque são eles que moldam a nossa relação com o mundo. E além de um mito poder ser parte de uma entidade coletiva, cada um de nós possui mitos individuais também.
A paixão é um exemplo claro de mitificação que carregamos individualmente. Nesse sentido, uma pessoa pode mitificar outra, apesar de o senso comum ou a opinião coletiva do meio social onde se insere contradizer as características que são atribuídas nesse processo. E a mitificação das pessoas acontece porque não conseguimos amar indistintamente qualquer pessoa. Dessa forma, não amamos o outro, amamos as nossas projeções no outro, ou seja, amamos a nós mesmos.
O amor é o amadurecimento da paixão e, apesar de ser menos vulnerável a desmitificações, também é muito dependente dos mitos crontuídos na relação porque ninguém conhece o outro em sua plena objetividade. 
A mitificação do outro não é apenas entre amantes, mas é muito comum também na relação mãe e filho e também existem em amizades. Portanto, observando o decorrer desses processos de mitificação ou desmitificação de pessoas, percebe-se que a relações das pessoas entre si e com elas mesmas faz parte do âmbito de seus sentimentos e não do âmbito da objetividade. E ninguém escapa disso.
4.6 – Os mitos também regem o mundo
O mundo é regido por, dentre outras forças, a força do mito. Isto se dá porque a dimensão afetiva do ser humano é difícil de ser estudada. Segundo Freud, o incosciente humano controla a maior parte dos motivos de suas ações. É, entretanto, muito doloroso para o ser humano desconhecer as razões de suas ações (principalmente as ações de ordem afetiva) e ele tem se tornado órfão de seus legados. Então, para equilibrar o ser humano, o incosciente indica a forma de mitificação necessária para a sobrevivência humana.
Portanto, o homem encanta o mundo através do mito porque os mitos dão razão para a existência despertando, assim, a alegria de viver.

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