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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO
Curso de Direito
Disciplina: Direito Penal I - 3º PERÍODO
PROFESSOR: Robervani Pierin do Prado
ACADÊMICOS: Andressa, Daiane, Elaine, Rayane
 
ATIVIDADE DE DIREITO PENAL I
PROJETO INTEGRADOR
Esta atividade do Projeto Integrador III referente a disciplina de direito penal e tem como conteúdo o terceiro grande tema da Disciplina de Direito Penal I, que é a TEORIA GERAL DO CRIME.
Para fins de estudo, a doutrina majoritária decompõe o crime em requisitos. Dessa forma, o crime seria uma AÇÃO, TÍPICA, ANTIJURÍDICA E CULPÁVEL.
Pois bem, dentro desse contexto, os exercícios abaixo são divididos em duas partes: a primeira se refere aos temas de AÇÃO e TIPICIDADE; a segunda se refere ao tema de ANTIJURIDICIDADE (ou ilicitude). A culpabilidade só será estudada na disciplina de Direito Penal II.
1º parte: Teoria do Crime: Ação e Tipicidade
01) Considerando-se o que se estudou a respeito do conceito de ação segundo a orientação finalista, indaga-se: há crime sem resultado? Justificar.
Resposta: sim, existe crime sem resultado, porque segunda a teoria finalista o resultado é a finalidade da ação, ou seja, o sujeito busca um resultado pela ação.
02) Quais as diferenças existentes entre crimes omissivos próprios e crimes omissivos impróprios (ou comissivos por omissão)? Justificar e dar um exemplo de cada.
Resposta: crimes omissivos próprios: simples infração da ordem ou comando de agir, independentemente do resultado. Transgride-se a mera obrigação de atuar; não exige um resultado como elemento do tipo injusto. O próprio modelo legal de forma implícita ordena o atuar, independentemente do resultado. Pune-se a não realização de uma ação que o autor podia realizar na situação concreta em que se encontrava. Exemplo: art.135- Omissão de Socorro.
Crimes omissivos impróprios: o que caracteriza essa espécie delitiva é a transgressão prévia do dever jurídico de impedir o resultado, a que se estava obrigado. Consiste a dar lugar por omissão a um resultado típico, não evitado por quem podia fazê-lo. Exige-se a ocorrência do resultado vedado integrante do tipo injusto- delito de resultado. Exemplo: homicídio causado por omissão de alimento por quem podia e devia presta-lo.
03) No que tange ao conceito de ação a teoria causal-naturalista teve dificuldade de explicar os crimes tentados, uma vez que um dos requisitos era a modificação do mundo exterior. Agora, indaga-se: qual foi o ponto mais criticado da teoria finalista da ação, sem embargo de ser aquela adotada pelo Direito Penal brasileiro. Manifestar-se fundamentadamente sobre esse ponto objeto de crítica.
Resposta: A crítica mais contundente sofrida pela teoria finalista refere-se aos crimes culposos, cujo resultado é produzido de forma puramente causal, não havendo interferência da vontade do autor. Segundo Welzel existe uma finalidade, porém, irrelevante para o Direito Penal. O que se deve censurar são os meios utilizados: “O conteúdo decisivo do injusto nos delitos culposos consiste, por isso, na divergência entre a ação realmente empreendida e a que devia ter sido realizada em virtude do cuidado necessário.”
04) Um dos requisitos do crime é a tipicidade. A tipicidade, por sua vez, tem elementos objetivos e subjetivos. Assim, indaga-se: qual é o elemento subjetivo geral exigido para a caracterização da tipicidade da conduta? É correto afirmar que o crime doloso é a regra, enquanto o culposo, a exceção? Fundamentar a resposta.
Resposta: o dolo com elemento geral da ação final compõe o tipo subjetivo. Dolo como resolução delitiva, é “saber e querer a realização do tipo objetivo de um delito”. Nos termos do artigo 18, parágrafo único, CP salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Assim, todo tipo incriminador é, a princípio, doloso, pois o dolo está implícito em sua descrição. Por outro lado, a culpa precisa de previsão expressa para que tenha relevância (regra da excepcionalidade do crime culposo). Dolo é regra, e a culpa é exceção, ou seja, o delito previsto em lei só pode ser punido quando praticado dolosamente. Para que seja punido culposamente deve haver expressa previsão normativa nesse sentido. Assim, caso se pratique de forma culposa um delito previsto apenas na modalidade dolosa, estará afastada a tipicidade da conduta, já que a conduta do autor não se amoldou perfeitamente ao tipo penal previsto em lei. Esse é o espírito da norma prevista no parágrafo único do artigo 18 do Código Penal brasileiro.
QUESTÕES OBJETIVAS:
01) Grafolauda sai para o trabalho e deixa seu filho Caio, de 3 anos, aos cuidados da avó materna, Creuzentina. Num determinado momento, em que a avó sai de casa e deixa o neto sozinho, este sobe na janela do apartamento e cai do 10º andar, o que causa sua morte. É correto afirmar, nesse caso, que:
a) Grafolauda e Creuzentina devem responder criminalmente porque houve omissão própria;
b) Creuzentina deve responder criminalmente porque houve omissão imprópria;
c) Creuzentina deve responder criminalmente porque houve omissão própria;
d) Grafolauda deve responder criminalmente porque houve omissão imprópria.
02) Fulano de Tal, com intenção de matar, põe veneno na comida de “Beta”, seu desafeto. Este, quando já está tomando a refeição envenenada, vem a falecer exclusivamente em consequência de um desabamento do teto. No exemplo dado, é correto afirmar que Fulano de Tal responderá tão-somente por tentativa de homicídio, porquanto:
a) o desabamento é causa concomitante relativamente independente da conduta de Fulano de Tal, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
b) o desabamento é causa superveniente relativamente independente da conduta de Fulano de Tal, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
c) o desabamento do teto é causa superveniente absolutamente independente da conduta de Fulano de Tal, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
d) o desabamento é causa concomitante absolutamente independente da conduta de Fulano de Tal, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
03) A coação moral irresistível exclui:
a) Ilicitude;
b) Antijuridicidade;
c) Tipicidade;
d) Culpabilidade.
04) Nos crimes onde o agente tem a obrigação de agir para evitar um resultado, isto é, devendo agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento, são chamados de:
a) Crimes omissivos próprios.
b) Crimes comissivos.
c) Crimes comissivos por omissão.
d) Crimes de mera conduta.
05) Um cidadão, por imprudência, destrói um aparelho telefônico alheio. A conduta acima descrita constitui-se em:
a) Crime de dano doloso;
b) Crime de dano culposo;
c) Simples ilícito civil;
d) Crime preterdoloso.
06) A relação de causalidade
a) é imprescindível nos crimes formais.
b) é dispensável nos crimes materiais.
c) é normativa no crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão.
d) não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos antecedentes causais.
07) Os crimes omissivos impróprios são:
a) de conduta mista.
b) comissivos por omissão.
c) comissivos propriamente ditos.
d) puramente omissivos.
08) No que se refere ao nexo de causalidade, o Código Penal vigente adotou a teoria:
a) do equilíbrio;
b) da "conditio sine qua non";
c) da relevância jurídica;
d) da causalidade adequada;
09) Abobrino Bril da Silva lesiona levemente Carlos Sá, que é conduzido ao Hospital por um terceiro. No trajeto, o veículo transportador veio a colidir com outro, por imprudência de seu guiador, resultando na morte de Carlos Sá. Pode-se afirmar que:
a) Abobrino Bril responderá pelo homicídio culposo;
b) Abobrino Bril e o guiador do veículo são co-autores dos crimes;
c) Abobrino Bril não responderá pela lesão em virtude da mesma haver sido absorvida pela morte de Carlos Sá (homicídio);
d) Abobrino Bril não responderá pelo homicídio em razão de se tratar de causa supervenienterelativamente independente.
10) No crime qualificado pelo resultado, tem-se:
a) dolo no antecedente e dolo no conseqüente;
b) culpa no antecedente e culpa no conseqüente;
c) culpa no antecedente e dolo no conseqüente;
d) dolo no antecedente e culpa no conseqüente.
11) No que tange à denominação doutrinária dos crimes, se pode afirmar que o infanticídio é espécie de delito:
a) Qualificado pelo resultado;
b) Unissubsistente;
c) De mão própria;
d) Próprio.
2ª PARTE: Teoria Geral do Crime: Da antijuridicidade:
A antijuridicidade significa que além do fato ser típico (tópico anterior), também é necessário que seja antijurídico, quer dizer, que seja contrário ao direito. Assim, quando alguém realiza uma conduta típica (ex: matar alguém, artigo 121, do Código Penal), na próxima etapa da análise desse conduta é preciso verificar se essa conduta também é antijurídica. 
Em alguns casos, pode ser que a conduta não seja antijurídica por conta da presença de uma causa excludente da ilicitude. Essas causas excludentes de ilicitude estão previstas no artigo 23, do Código Penal brasileiro.
Assim, a seguir se formula várias perguntas a respeito da definição, dos requisitos e a sobre alguns aspectos controversos de cada uma dessas excludentes de juridicidade. A doutrina também dá o nome a essas excludentes de causas de justificação, exatamente porque quando estão presentes justificam uma conduta, apesar da tipicidade dela.
TEMA: Legítima defesa. 
Conceito: A legítima defesa ocorre quando seu autor pratica um fato típico, previsto em lei como crime, para repelir a injusta agressão de outrem a um bem jurídico seu ou de terceiro, usando moderadamente dos meios de que dispõe o art. 25 “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
Fundamento: primeiro reside na necessidade de defesa de bens jurídicos e segundo ao se repelir agressão ilícita, preserva-se o ordenamento jurídico.
Requisitos: objetivos: a) Agressão atual ou iminente e injusta; b) Direito próprio ou alheio- todo bem jurídico cujo portador seja o próprio individuo ou terceira pessoa; c) Meios necessários, empregados com moderação- a defesa legitima deve ser necessária e moderada, isto é, indispensável á repulsa e sem ultrapassar os limites necessários para afastar a ação agressiva ilícita.
Subjetivo: conhecimento da agressão e vontade de defesa. O agente deve ser portador do elemento subjetivo, consistente na ciência da agressão e no animo ou vontade (animus defendi) de atuar em defesa de direito seu ou de outrem.
Diferenciar legítima defesa real de legítima defesa putativa;
Resposta: A legítima defesa real- é aquela em que a pessoa se defende de alguma reação ilegal que a outra pessoa tem para com si. Assim sendo, para que seja este tipo de legítima defesa, a pessoa tem que usar de mecanismos que tenham a mesma proporção daquele ataque previsto pelo agressor.
A legítima defesa putativa- é aquela defesa imaginária que uma pessoa tem sobre outra pessoa e que, quando realiza o ato de se defender contra a outra pessoa, acaba tendo em seu pensamento que realizou a sua legítima defesa, mas que na verdade ele acabou utilizando de sua força em excesso e cometendo um homicídio. 
É possível ocorrer legítima defesa real x legítima defesa real? 
Resposta: a agressão deve ser atual ou iminente e injusta; atual designa presente, já se ter começado e ainda não concluída; e iminente, ou seja, imediata, prestes a acontecer. Injusta significa ilícita, antijurídica, sem amparo da ordem jurídica (não só da lei penal), ainda que não obrigatoriamente punível. Assim não há legitima defesa contra legitima defesa ou qualquer outra causa de exclusão de ilicitude.
Diferenciar legítima defesa de estado de necessidade.
Resposta: No estado de necessidade há conflito entre vários bens jurídicos diante de uma situação de perigo, que não pode ser prevista, em que o perigo decorre de comportamento humano, animal ou ainda por evento da natureza. Deste modo, o perigo não tem destinatário certo e os interesses em conflito são legítimos. Para a configuração desta excludente legal da ilicitude é necessário haver um perigo atual, que não tenha sido provocado pela vontade do agente (dolosamente) nem poderia de outra forma evita-lo, cujo sacrifício não era razoável exigir.
Já na legítima defesa, há ameaça ou ataque por pessoa imputável, a um bem jurídico, podendo este ser de outrem. Trata-se, portanto, de agressão humana, que possui destinatário certo e os interesses do agressor são ilegítimos. Para caracterização desta excludente legal da ilicitude é imprescindível que na reação ao ataque injusto sejam usados os meios necessários de forma moderada e o suficiente para fazer cessar a agressão injusta podendo ser uma agressão atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro.
TEMA: Estado de necessidade:
Pontos que indispensavelmente devem ser abordados:
Conceito: atua em estado de necessidade o agente que, para salvar de perigo atual e inevitável, não provocado voluntariamente, objeto jurídico próprio ou de terceiro, obriga-se a lesar outro alheia- definição legal (art. 24, caput, CP). Ou seja, é a situação na qual se encontra uma pessoa que não pode razoavelmente salvar um bem, interesse ou direito, senão pela pratica de um ato, que fora das circunstancia em que se encontrava, seria delituoso.
Fundamento: necessidade de defesa de bens jurídicos.
Requisitos: objetivos: a) Perigo atual e inevitável- significa perigo concreto, presente, imediato, com real probabilidade de dano, e que ainda seja dotado de certeza e objetividade. b) Direito próprio ou alheio, cujo sacrifício não era razoável exigir-se- o direito que se pretende salvar pode ser próprio ou de outrem (socorro a terceiro), por motivo de ordem pessoal ou solidariedade humana. c) Não provocado pela vontade do agente- evidencia-se que o agente não pode, por vontade própria, ou de modo intencional, causar a situação de perigo. Isso quer dizer: se agir com dolo não poderá alegar estado de necessidade. Porem deve ser ressalvado a conduta culposa. d) Inexistência do dever de enfrentar o perigo- o dever de enfrentar o perigo, dever de autossacrifício, de arriscar, é obrigação exclusivamente legal não compreendendo o dever contratual, ético ou social, inerente a algumas atividades ou profissões: capitão de navio, bombeiro e policial.
Subjetivo: ciência da situação fática, vontade ou animo de salvar o bem ou direito em perigo. O agente além do conhecimento dos elementos objetivos da justificante deve atuar com o fim, com a vontade de salvamento. Esse requisito subjetivo é indispensável em ambas as espécies de estado de necessidade (justificante ou exculpante).
Duas pessoas podem estar ao mesmo tempo em estado de necessidade?
Resposta: Sim, pois há conflito licito de bens. Como por exemplo: um navio afunda e dos tripulantes A e B, para se salvar nadam até uma tabua, mas esta não aguenta o peso dos dois então A bate em B e este desmaia e morre, ou seja ambos estavam em estado de necessidade.
O bem jurídico sacrificado tem que ter valor superior ao bem jurídico que se buscou proteger?
Resposta: Não, o bem posto a salvo deve ser superior ao sacrificado. Faz se necessário uma proporcionalidade entre a gravidade do perigo e a lesão produzida (entre o bem que se salva e o que se sacrifica).
TEMA: Estrito cumprimento do dever legal:
Pontos que indispensavelmente devem ser abordados:
Conceito: o agente que atua em estrito cumprimento de um dever legal (art. 23, III, 1ª parte, CP) cumpre exatamente o determinado pelo ordenamento jurídico, realizando, assim uma conduta licita. Há de ser legal, proveniente de disposição jurídico- normativa ( lei, decreto, portaria, regulamento, etc) e não simplesmente moral religioso ou social. A licitude das situações é manifesta. Aquele que exerce um cargo ou oficio, aao mesmo tempo em que cumpre o dever, exercita um direito. Essa causa de justificação põe emrelevo a unidade da ordem jurídica no sentimento de não admitir contradições. Aquele que atua em estrito cumprimento de um dever legar executa uma determinação legal (ordem de lei)
Fundamento: Principio do interesse preponderante, salvo exceção. Isso porque, conforme bem se adverte tal principio revela-se insuficiente em se tratando de deveres iguais. Em caso de conflito de deveres iguais, a conduta será licita diantye do cumprimento de qualquer deles por parte do sujeito. A demais, ainda que o sujeito cumpra um dever de categoria superior ou igual, sua conduta será ilícita sempre que importar um grave atentado a dignidade do ser humano.
Requisitos: objetivo: cumprimento estrito, regular, isto é, nos limites do dever imposto pela norma, sendo punível todo excesso ou abuso de direito.
Subjetivo: conhecimento do dever e vontade de cumpri-lo nos exatos termos da lei.
A colisão de deveres: o individuo que realiza uma ação típica em cumprimento de um dever jurídico se encontra em uma situação de deveres. O dever de omitir a ação proibida (ou de realizar a ação ordenada, dos delitos omissivos) entra em conflito com outro dever derivado de outra norma de qualquer setor do ordenamento jurídico (lei, decreto, portaria, etc.). Nas hipóteses de conflito de dois deveres de ação do mesmo nível, a conduta do sujeito que cumpra qualquer um deles será licita. Porem, se o conflito se estabelece entre um dever de agir e um dever de omitir- dirigidos a proteção de interesses iguais ou similares- o dever de omitir ocupara posição superior.
É possível alegar que houve lesão a um bem jurídico em estrito cumprimento de um dever moral?
Resposta: Não é possível alegar que houve lesão, o cumprimento de dever social, moral ou religioso, ainda que estrito, não autoriza a aplicação dessa excludente.
O cumprimento deve ser estritamente dentro da lei, sendo, assim, mais um elemento a atuação do agente pautado aos ditames da lei. Exige-se que o agente se contenha dentro dos rígidos limites de seu dever, fora dos quais desaparece a excludente.
TEMA: Exercício regular de um direito.
Pontos que indispensavelmente devem ser abordados:
Conceito: Aquele que age no exercício regular de direito, quer dizer, que exercita uma faculdade de acordo com o direito está atuando licitamente, de forma autorizada. Não se pode considerar ilícita a pratica de atos justificados ou permitidos pela lei, que se consubstancie em exercício de direito dentro do marco legal, isto é, conforme os limites nele inseridos, de modo regular e não abusivo.
Fundamento: Principio do interesse preponderante, em todo o caso, conforme destacado quando na analise das anteriores justificantes, a interpretação desta causa de justificação- exercício regular de direito- encontra-se restringida pelo principio do respeito da dignidade da pessoa humana. De conseguinte, mesmo que o sujeito atue no legitimo exercício de um direito, sua conduta será ilícita sempre que atentar gravemente contra a dignidade humana. 
Requisitos: Objetivo: Atuação efetiva no exercício regular de direitos;
Subjetivo: conhecimento dos direitos de a vontade de exercita-lo.
Qual a diferença entre o exercício regular de um direito e o estrito cumprimento de dever legal?
Respostas: O exercício regular do direito se define como o exercício de uma função autorizada, permitida por lei. Exemplo: a prática esportiva, como luta livre. Já o estrito cumprimento do dever legal é o exercício de um dever previsto dentro do ordenamento jurídico. Exemplo: oficial de justiça que cumpre o mandato de prisão.
O que são as ofendículas? Formular um caso concreto.
Resposta: São todos os artefatos (meios ou obstáculos) instalados para a defesa que visam à proteção do patrimônio (bens juridicos individuais) e inibem a atuação de invasores, ou seja, são aparatos, estorvos ou empecilhos. Num caso concreto pode ser visto como, por exemplo: um meliante tenta assaltar uma casa, mas o dono da residência instalou em seu muro cacos de vidro e arames farpado, qualquer dano ocorrido com este individuo que tentar pular esse muro não é de responsabilidade do dono do patrimônio pois estes modos de defesa são justificados como exercício regular de direito.
Tema: Consentimento do ofendido.
Pontos que indispensavelmente devem ser abordados:
Conceito: Aquiescência do titular do bem jurídico que dele pode dispor. O consentimento do sujeito passivo pode excluir a tipicidade da ação ou da omissão, quando requisito intrínseco ao tipo lega, pou eventualmente, quando externo a ele, elidir a ilicitude da conduta. Em determinados casos, o consentimento do sujeito passivo, anterior ou simultâneo a conduta, é indispensável para que o agente possa ser eximido da responsabilidade penal. Adota-se, no consentimento penal, o critério da capacidade naturar de valorar, sendo importante apenas verificar se esse consentimento constitui uma expressão da liberdade da decisão da pessoa.
Funções: a) Causa da atipicidade da ação ( exclusão da tipicidade): o consentimento do portador do bem jurídico exclui em alguns casos a tipicidade da ação ou da omissão. O consentimento afasta a tipicidade da ação ou da omissão na hipótese de tipos delitivos nos quais se protegem, ao lado do bem jurídico, a liberdade de disposição do mesmo. o consentimento como causa de atipicidade da conduta se dá, portanto, nos tipos de injusto em que aparece como condicionante que a ação ou omissão se realizem contra ou sem o consentimento do ofendido. Nesse caso, sua concordância exclui a tipicidade. b) o consentimento do ofendido nos casos em que o titular do bem jurídico protegido e disponível assente de forma livre. Como justificante o consentimento do ofendido, elemento extrínseco ao tipo, implica renúncia de tutela de bem jurídico disponível, avalizada pelo direito positivo. Noutro dizer: se o tipo legal não exige que a ação deva ser dirigida contra a vontade do sujeito passivo, e este outorga sua aquiescência para que se produza o menoscabo do bem jurídico de sua livre disposição, há exclusão da ilicitude e não da tipicidade. 
Requisitos: objetivos: capacidade de consentir; anterioridade do consentimento; atuação nos limites do consentido.
Subjetivo: ciência do consenso e vontade de atuar (de acordo com a diretiva do consentimento). 
O ofendido pode consentir com a prática de qualquer ofensa contra sua pessoa? Ou existem restrições?
Resposta: sim desde que o bem jurídico sobre o qual incida a conduta lesiva seja passível de disposição pelo seu titular; que o ofendido tenha capacidade jurídica para consentir; que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de forma livre, ou seja, não pode conter vicio de vontade; que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de maneira inequívoca, ainda que não expressamente; que o consentimento tenha sido dado pela vítima antes ou durante a conduta lesiva; o autor deve ter no conhecimento e por causa dele aspecto subjetivo; que o autor do consentimento seja o titular exclusivo do bem jurídico disponível ou que tenha autorização expressa para dispor sobre o bem jurídico. Ainda que no caso de intervenção da integridade física, não pode atentar contra os bons costumes.
Todo bem jurídico é renunciável?
Resposta: Sim desde que não fira os direitos da personalidade e o seu consentimento seja uma expressão da liberdade de decisão pessoal.
SEGUNDA PARTE: QUESTÕES OBJETIVAS:
1 - Pedro, João e José estavam em um barco em alto mar. Sem motivo justo, João agrediu José e ambos entraram em luta corporal, comprometendo a estabilidade do barco, que ameaçava virar, colocando em perigo a integridade física e a vida de Pedro, que não sabia nadar. Com a intenção e a finalidade de evitar que o barco virasse, Pedro empurrou João, que continuava desferindo socos em José, para fora da embarcação, tendo o mesmo sofrido lesões corporais em razão de sua queda na água. Em tese, Pedro agiu em:
a) legítima defesa própria.
b) estado de necessidade.
c) exercício regular de um direito.
d) legítima defesa de terceiro.
2 -Segundo a teoria finalistada ação, o exame do dolo e da culpa pertencem a:
a) Tipicidade.
b) Antijuridicidade.
c) Culpabilidade.
d) Responsabilidade penal.
3 - Grafolaudo, jogador de futebol, em uma partida normal e em jogada normal, provoca a queda de Abobrino Bril que, em virtude do ferimento, vem a falecer. Grafolaudo praticou algum crime?
a) Não, pois agiu em exercício regular de direito;
b) Sim, tentativa de homícidio;
c) Sim, lesão corporal seguida de morte;
d) Não, pois agiu em estrito cumprimento do dever legal.
4 - Inexistindo médico em uma longínqua fazenda, é correto dizer-se que, no caso de aborto necessário feito por enfermeira, sem o consentimento da vítima, 
a) é aplicável ao caso a causa de exclusão de criminalidade prevista como aborto necessário. 
b) a enfermeira comete o crime de aborto sem o consentimento da gestante. 
c) a enfermeira deve ser absolvida pela justificativa do estado de necessidade de terceiro. 
d) a enfermeira é beneficiada pelo reconhecimento do exercício regular de direito. 
5 - Justiceiro, prestando depoimento, sob compromisso, narra fatos pertinentes à causa, ainda que isso signifique atribuir fato criminoso a outrem, mas sem faltar com a verdade. Justiceiro age:
a) em estado de necessidade;
b) no exercício regular de um direito;
c) no estrito cumprimento de um dever legal;
d) na prática de calúnia.
Assinale a opção incorreta, levando em conta a seguinte afirmativa: Pelo nosso Código Penal existe exclusão de ilicitude quando o agente pratica o fato: 
a) em estado de necessidade;
b) em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito;
c) em legítima defesa;
d) no crime impossível. 
“Ter obstáculos na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional”.
Boa aprendizagem”

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