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exercícios resolvidos cathedra Provas Selecionadas Aula 10

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CONTABILIDADE GERAL 
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 
PROF. MORAES JR. 
 
Provas Selecionadas – Aula 10 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS 
Provas Selecionadas 
 
Prezados Alunos, 
 
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a 
aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previamente 
antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simular uma 
situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, considere 
um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia, 
seu aprendizado será muito mais eficaz. 
Prova 10. Contador – Universidade do Estado do Pará – 2008 - 
CESPE 
 
Índice de questões por assunto: 
 
180. Custeio por Absorção 
181. Custeio por Absorção/Demonstração do Resultado do Exercício 
182. Custeio por Absorção 
183. Operações com Mercadorias 
184. Método de Equivalência Patrimonial/Custo de Aquisição 
185. Método de Equivalência Patrimonial/Custo de Aquisição 
186. Método de Equivalência Patrimonial/Custo de Aquisição 
187. Método de Equivalência Patrimonial/Custo de Aquisição 
 
 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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Questões Comentadas e Resolvidas 
 
 Texto para as questões de 180 a 182 
 
Componentes diretos Valor (R$) 
Matéria-prima consumida 10.000 
Componentes diretos 8.000 
Custos indiretos de fabricação 3.500 
Despesas de salários 3.135 
Despesas financeiras 4.052 
Despesas operacionais 3.500 
Eletricidade da fábrica 6.549 
Estoque final de produtos acabados 6.352 
Estoque final de produtos em elaboração 2.248 
Estoque inicial de produtos acabados 8.137 
Estoque inicial de produtos em elaboração 10.541 
Gastos com a segurança eletrônica do escritório 3.780 
Gastos com marketing e propaganda 3.691 
Gastos com o setor de manutenção da fábrica 4.578 
Gastos com salário dos motoristas do escritório 5.241 
Manutenção das máquinas da fábrica 2.147 
Mão-de-obra direta 8.500 
Mão-de-obra indireta 6.500 
Receita do período 150.000 
Telecomunicações do departamento de vendas 3.749 
 
Uma empresa que fabrica um único produto e que apresenta carga tributária de 
18% sobre a receita e de 24% sobre o lucro expôs as informações de seu 
departamento de produção, que estão listadas no quadro acima. 
 
180. Nessa empresa, o valor do custo da produção acabada é igual a 
 
(a) R$ 49.774 
(b) R$ 49.371 
(c) R$ 58.067 
(d) R$ 66.204. 
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Resolução 
Como nada foi dito, deveremos utilizar o método de custeio por absorção. 
Vamos relembrar este conceito: 
Custeio por absorção: método de apropriação de custos cujo objetivo é ratear 
todos os seus elementos (custos fixos ou custos variáveis) em cada fase da 
produção. Ou seja, no custeio por absorção um custo será apropriado quando for 
atribuído a um produto ou unidade de produção. Deste modo, cada produto 
receberá sua parte no custo até que todo o valor aplicado seja totalmente 
absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ou pelos Estoques Finais (EF). 
 
O custeio por absorção é uma imposição do Regulamento do Imposto de Renda, 
que determina que os produtos em fabricação e os produtos acabados serão 
avaliados pelo custo de produção. 
 
Para apuração por custeio por absorção deve-se adotar o seguinte procedimento: 
 
1. Separação de custos e despesas; 
2. Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no 
período; 
3. Apuração do custo dos produtos acabados; 
4. Apuração do custo dos produtos vendidos; e 
5. Apuração do resultado. 
 
Apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos 
produtos vendidos (memorizar para a prova): 
 
Estoque inicial de materiais diretos 
(+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos (*) 
(-) Estoque final de materiais diretos 
(=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 
(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 
(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 
(=) Custo de Produção do Período (CPP) 
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração 
(-) Estoque final de produtos em elaboração 
(=) Custo da Produção Acabada 
(+) Estoque inicial de produtos acabados 
(-) Estoque final de produtos acabados 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
 
 
 
 
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(*) Compras de materiais diretos: 
 
(+) Valor da Compra 
(-) Impostos Recuperáveis 
(+) Valor do frete suportado pelo adquirente (subtraído do ICMS 
recuperável incidente na operação) 
(+) Seguros 
(+) Gastos com o Desembaraço Aduaneiro (no caso de importação) 
(-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais) 
Custo de Aquisição da Compras de Materiais Diretos 
 
(*) São exemplos de Custos Indiretos de Fabricação (CIF): 
 
Materiais indiretos 
 Mão-de-obra indireta 
 Energia elétrica 
 Combustíveis 
 Manutenção de máquinas 
 Conta de telefone da fábrica 
 Aluguel da fábrica 
 Aluguel de equipamentos 
 Depreciação 
 Seguros da fábrica 
 Imposto predial 
 
Vamos à resolução da questão: 
(=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 
 Matéria-prima consumida 10.000 
 Componentes diretos 8.000 
(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 8.500 
(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 3.500 
 Eletricidade da fábrica 6.549 
 Gastos com setor manutenção da fábrica 4.578 
 Manutenção das máquinas da fábrica 2.147 
 Mão-de-obra indireta 6.500 
(=) Custo de Produção do Período (CPP) 49.774 
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração 10.541 
(-) Estoque final de produtos em elaboração (2.248) 
(=) Custo da Produção Acabada 58.067 
 
 
GABARITO: C 
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181. O valor do lucro líquido apurado pela empresa é igual a 
(a) R$ 27.360. 
(b) R$ 36.000. 
(c) R$ 63.000. 
(d) R$ 40.052. 
 
Resolução 
Para calcular o lucro líquido, devemos apurar, inicialmente, o custo dos produtos 
vendidos. Além disso, para calcular o lucro líquido, devemos lembrar a estrutura 
da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício tem por objetivo evidenciar a situação 
econômica da entidade em um determinado período através da apuração do 
resultado do exercício (lucro ou prejuízo). 
 
Receita Bruta 
(-) Deduções da Receita Bruta 
(-) Devoluções de Vendas 
(-) Abatimentos sobre Vendas 
(-) Descontos Incondicionais Concedidos 
(-) ICMS sobre Vendas 
(-) PIS e COFINS sobre Vendas 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidos/Prestados 
(=) LUCRO BRUTO (RESULTADO OPERACIONAL BRUTO) 
(-) Despesas c/ Vendas 
(-) Despesas Financeiras 
(+) Receitas Financeiras 
(-) Despesas Gerais e Administrativas 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
(=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL (RESULTADO OPERACIONAL 
LÍQUIDO) 
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 
(-) Despesa c/ Provisãodo Imposto de Renda 
(-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro 
 Participações de Debêntures 
 Participações de Empregados 
 Participações de Administradores 
 Participações de Partes Beneficiárias 
 Fundos de Assistência e Previdência de Empregados 
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 (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 Lucro/Prejuízo Líquido por Ação 
 
(*) Os prejuízos acumulados reduzem a BC das participações, mas não integram 
a DRE. 
 
I – Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos (CPV): 
 
(=) Custo da Produção Acabada 58.067 
(+) Estoque inicial de produtos acabados 8.137 
(-) Estoque final de produtos acabados (6.352) 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 59.852 
 
II – Cálculo do Lucro Líquido: 
Atenção!!!! 
- Quando a questão falar em carga tributária sobre a receita ou sobre as 
vendas, corresponde aos tributos sobre vendas, redutores da receita 
bruta do período. 
 
- Quando for falado em carga tributária sobre o lucro, corresponde aos 
tributos sobre o lucro do período após o resultado não operacional (lucro 
antes do imposto de renda). 
 
Receita do Período 150.000 
(-) Carga Tributária sobre a Receita (18%) (27.000) 
Receita Líquida de Vendas 123.000 
(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) (59.852) 
Lucro Bruto 63.148 
(-) Despesas de salários (3.135) 
(-) Despesas financeiras (4.052) 
(-) Despesas operacionais (3.500) 
(-) Gastos com a segurança eletrônica do escritório (3.780) 
(-) Gastos com marketing e propaganda (3.691) 
(-) Gastos com salário dos motoristas do escritório (5.241) 
(-) Telecomunicações do departamento de vendas (3.749) 
Lucro Antes do Imposto de Renda 36.000 
(-) Provisão do Imposto de Renda (24% x 36.000) (8.640) 
Lucro Líquido do Exercício 27.360 
 
GABARITO: A 
 
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182. Na empresa, o valor do custo dos produtos vendidos é igual a 
 
(a) R$ 53.127. 
(b) R$ 63.352. 
(c) R$ 59.852. 
(d) R$ 55.274. 
 
Resolução 
(=) Custo da Produção Acabada 58.067 
(+) Estoque inicial de produtos acabados 8.137 
(-) Estoque final de produtos acabados (6.352) 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 59.852 
 
GABARITO: C 
 
dia operação quantidade valor unitário 
(R$) 
valor total 
(R$) 
10 Compra à vista 20 10 200 
12 Compra a prazo 30 12 360 
16 Venda à vista 40 24 960 
20 Compra a prazo 10 12,50 125 
23 Venda a prazo 13 23 299 
28 Compra à vista 12 11,50 138 
30 Venda à vista 17 26 442 
31 Compra a prazo 6 13 78 
 
183. Considere-se que uma loja possuísse, no dia 1.º/1/2008, 8 unidades de 
mercadorias ao custo unitário de R$ 8,00, que o seu sistema de controle de 
estoques seja permanente e que a metodologia utilizada seja o UEPS. Considere-
se, ainda, que a carga tributária da loja seja de 20% sobre as vendas e de 24% 
sobre o lucro auferido. A partir da ficha ilustrada acima, referente ao controle de 
estoques da loja no mês de janeiro de 2008, bem como das informações 
complementares, é correto afirmar que o lucro bruto apurado foi igual a 
 
(a) R$ 908,00. 
(b) R$ 588,80. 
(c) R$ 929,00. 
(d) R$ 567,80. 
 
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Resolução 
O ponto importante desta questão é conhecer como funciona o método de 
apuração dos estoques conhecido como UEPS. Aproveito a oportunidade para 
rever os demais métodos de apuração dos estoques, no caso de inventário 
permanente. 
 
Memorizar para a prova: 
 
Métodos de Apuração do Custo do Estoque: Preço específico, PEPS ou FIFO, 
UEPS ou LIFO e Custo Médio Ponderado Móvel (utilizados no sistema de 
inventário permanente, onde, a cada venda, é possível saber o custo das 
mercadorias vendidas). 
 
Preço Específico: o custo de cada unidade do estoque é o preço 
efetivamente pago para cada item. Normalmente, este método é utilizado 
para mercadorias de valor significativo, distinguíveis entre si, como por 
exemplo, em uma revenda de automóveis usados; 
 
PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-
First-Out): por este método, à medida que ocorrem as vendas, vai-se 
dando baixa no estoque a partir das primeiras compras (mercadorias mais 
antigas), ou seja, vendem-se ou consomem-se antes as primeiras 
mercadorias compradas; 
 
UEPS ou LIFO (Último que Entra é o Primeiro que Sai, Last-In-First-
Out): ao contrário do método PEPS, dá-se primeiro a saída da mercadorias 
mais recentes, ou seja, das últimas mercadorias que foram adquiridas; e 
 
Custo Médio Ponderado Móvel: através deste método, o custo médio de 
cada unidade em estoque é alterado pelas compras de outras unidades por 
um preço diferente (a cada nova aquisição de mercadorias, uma nova 
média é calculada). 
 
Legislação do Imposto de Renda: permite, apenas, a utilização dos métodos 
do preço específico, do custo médio ponderado móvel ou do PEPS, não 
permitindo, para fins fiscais, a utilização do UEPS. 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
Dados: 
Estoque Inicial (EI) = 8 unidades ao custo unitário de R$ 8,00 
Método UEPS 
Carga Tributária sobre as Vendas = 20% 
Carga Tributária sobre o Lucro Auferido = 24% 
 
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ATENÇÃO!!! A questão não falou nada sobre tributação sobre compras. 
Logo, não há tributação sobre compras. Parece óbvio, mas alguns alunos 
podem achar que deveriam utilizar mesma carga tributária sobre vendas 
para as compras. Como nada foi dito, não há tributação sobre compras. 
 
Um outro detalhe importante: para o controle de estoques e apuração do 
lucro, pouco importa, PELO REGIME DE COMPETÊNCIA, se a compra ou 
venda foi à vista ou a prazo, pois vale o FATO GERADOR, que, no caso do 
regime de competência é a entrega da mercadoria (ao comprador ou pelo 
vendedor), independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
I – Método UEPS: 
 
Data 
 
Entrada Saída Saldo 
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor 
Unitário Total Unitário Total Unitário Total 
01 8 8,00 64,00 8 8,00 64,00 
10 20 10,00 200,00 8 
20 
8,00 
10,00 
64,00 
200,00 
12 30 12,00 360,00 8 
20 
30 
8,00 
10,00 
12,00 
64,00 
200,00 
360,00 
16 
(*1) 
 10 
30 
10 
12 
100,00 
360,00 
8 
10 
8,00 
10,00 
64,00 
100,00 
20 10 12,50 125,00 8 
10 
10 
8,00 
10,00 
12,50 
64,00 
100,00 
125,00 
23 
(*2) 
 3 
10 
10 
12,50 
30,00 
125,00 
8 
7 
8,00 
10,00 
64,00 
70,00 
28 12 11,50 138,00 8 
7 
12 
8,00 
10,00 
11,50 
64,00 
70,00 
138,00 
30 
(*3) 
 5 
12 
10,00 
11,50 
50,00 
138,00 
8 
2 
8,00 
10,00 
64,00 
20,00 
31 6 13,00 78,00 8 
2 
6 
8,00 
10,00 
13,00 
64,00 
20,00 
78,00 
Soma 70 803,00 8 
2 
6 
8,00 
10,00 
13,00 
64,00 
20,00 
78,00 
 
(*1) Pelo critério UEPS, sairão do estoque, na venda de 40 unidades de 
mercadorias, 10 unidades ao preço unitário de R$ 10,00 e 30 unidades ao preço 
unitário de R$ 12,00. 
 
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(*2) Pelo critério UEPS, sairão do estoque, na venda de 13 unidades de 
mercadorias, 10 unidades ao preço unitário de R$ 12,50 e 3 unidades ao preço 
unitário de R$ 10,00. 
 
(*3) Pelo critério UEPS, sairão do estoque, na venda de 17 unidades de 
mercadorias, 12 unidades ao preço unitário de R$ 11,50 e 5 unidades ao preço 
unitário de R$ 10,00. 
 
II – Cálculo do CMV: 
 
O cálculo do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) é obtido a partir das três 
colunas do meio tabela: 
 
 Total de Mercadorias Vendidas = 10 + 30 + 3 + 10 + 5 + 12 => 
=> Total de Mercadorias Vendidas = 70 unidades 
 
 CMV = 100,00 + 360,00 + 30,00 + 125,00 + 50,00 + 138,00 => 
 => CMV = 803,00 
 
III – Cálculo do Lucro Bruto: 
 
 Receita Bruta de Vendas 
 Venda à Vista (dia 16) 960,00 
 Venda a Prazo (dia 23) 299,00 
 Venda à Vista (dia 30) 442,00 1.701,00 
 (-) Tributos sobre Vendas (20%) = 20% x 1.701,00 (340,20) 
 Receita Líquida de Vendas 1.360,80 
 (-) CMV 803,00 
 Lucro Bruto 557,80 
 
Contudo, a resposta correta apresentou um lucro bruto de R$ 567,80. A questão 
não foi anulada no gabarito definitivo. 
 
GABARITO: D 
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Texto para as questões de 184 a 186 
 
empresas Patrimônio 
líquido 
Participação da 
investidora 
Lucro auferido 
I 2.400 240 1.500 
II 25.800 3.870 3.000 
III 12.500 3.125 5.000 
IV 7.580 2.653 6.000 
V 25.800 1.290 10.000 
 
184. A companhia X, cujo patrimônio líquido é de R$ 32.500, investiu, nas 
empresas I, II, III, IV e V, os valores ilustrados no quadro acima. Essas empresas 
distribuíram 40% de seus resultados líquidos e já efetuaram o respectivo repasse 
aos investidores. 
__________ 
Na situação descrita, devem ser avaliadas pelo método de equivalência 
patrimonial as empresas 
 
(a) III, IV e V. 
(b) I, II, III e IV. 
(c) I, II, III e V. 
(d) I, II, IV e V. 
 
Resolução 
Primeiramente: 
 
I - As participações permanentes no capital de outras sociedades são classificadas 
no Ativo Permanente da investidora e podem ser avaliadas pelo método de 
equivalência patrimonial ou pelo método do custo de aquisição. 
 II - Somente se o investimento não se enquadrar no Método de Equivalência 
Patrimonial, deve ser adotado o Método de Custo de Aquisição. 
Agora, vamos relembrar os conceitos de coligadas e controladas: 
 
Coligadas: Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa 
com 10% (dez por cento) ou mais do capital social da outra, sem 
controlá-la. 
 
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Equiparadas à Coligadas: 
a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% (dez por 
cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la; 
 
b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10% (dez por 
cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la, 
independentemente do percentual da participação no capital total. 
 
Controladas: 
I - sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja 
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente: 
a) preponderância nas deliberações sociais; e 
b) o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores. 
 
II - filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação 
no exterior, sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam 
incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização 
específica; 
 
III - sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas 
alíneas "a" e "b" do item I acima estejam sob controle comum ou sejam 
exercidos mediante a existência de acordo de votos, independentemente 
do seu percentual de participação no capital votante; e 
IV - a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista. 
 
Além disso, há uma outra observação a fazer. O edital desta prova do 
CESPE foi publicado em novembro/2007, ou seja, antes das alterações 
trazidas pela Lei no 11.638/07. Portanto, vou resolver a questão de duas 
maneiras, a saber: 
 
I – Antes das alterações da Lei no 11.638/07 (antes de 01/01/2008) 
 
De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, antes das alterações trazidas pela 
Lei no 11.638/07: 
 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos 
relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja 
administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por 
cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão 
avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes 
normas: 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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Ou seja, são avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial: 
 
- Investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre cuja 
administração tenha influência; 
- Investimentos relevantes em sociedades coligadas de que participe com 
20% (vinte por cento) ou mais do capital social; e 
- Investimentos relevantes em sociedades controladas. 
 
Contudo, de acordo com a instrução CVM no 247/96, a condição de comprovação 
de relevância para controlada não é necessária, ou seja, desde que se trate de 
companhia aberta, qualquer investimento em controlada deve ser sempre 
avaliado pelo método de equivalência patrimonial. 
 
Consolidando, são avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial: 
 
- Investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre cuja 
administração tenha influência; 
- Investimentos relevantes em sociedades coligadas de que participe com 
20% (vinte por cento) ou mais do capital social; e 
- Investimentos em sociedades controladas. 
 
Um outro ponto que devemos saber para resolver a questão diz respeito à 
relevância. 
Para determinação da relevância, há o critério individual e o critério coletivo. Pelo 
critério individual, um investimento em coligada é relevante caso seu 
valor seja 10% (dez por cento) ou mais que o patrimônio líquido da 
investidora. Por outro lado, pelo critério coletivo, se a soma de todos os 
investimentos em coligadas e controladas for maior ou igual a 15% 
(quinze por cento) do patrimônio líquido da investidora, os investimentos 
serão avaliados pelo método de equivalência. 
Resumindo: 
De acordo com o parágrafo único do art. 247, da Lei no 6.404/76, o 
investimento é relevante quando: 
- Em cada sociedade coligada ou controlada, o valor contábil do 
investimento for igual ou superior a 10% do valor do Patrimônio 
Líquido da investidora; e 
- No conjunto das sociedades coligadas e controladas, o valor 
contábil dos investimentos for igual ou superior a 15% do valor do 
Patrimônio Líquido da investidora. 
 
 
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Agora, vamos resolver a questão: 
 
I – Tipo de empresa: 
 
Emp. Patrimônio 
líquido 
Part. da 
investidora 
Percentual Tipo 
I 2.400 240 240/2.400 = 10% Coligada 
II 25.800 3.870 3.870/25.800 = 15% Coligada 
III 12.500 3.125 3.125/12.500 = 25% Coligada 
IV 7.580 2.653 2.653/7.580 = 35% Coligada 
V 25.800 1.290 1.290/25.800 = 5% xxxII – Avaliação da relevância dos investimentos: 
 
Patrimônio Líquido da Investidora = R$ 32.500,00 
 
II.1 – Relevância individual: 
 
Emp. Patrimônio 
líquido 
Part. da investidora Relevância Individual 
I 2.400 240 240/32.500 = 0,7% 
não é relevante individual 
II 25.800 3.870 3.870/32.500 = 11,9% 
É relevante individual 
III 12.500 3.125 3.125/32.500 = 9,6% 
não é relevante individual 
IV 7.580 2.653 2.653/32.500 = 8,1% 
não é relevante individual 
V 25.800 1.290 A relevância não importa neste 
caso, pois a empresa V não é 
coligada e nem controlada. 
 
 
II.2 – Relevância coletiva: 
 
Soma dos Invest. em Controladas/Coligadas = 240 + 3.870 + 3.125 + 2.653 
Soma dos Invest. Em Controladas/Coligadas = 9.888 
 
Percentual = 9.888/PL da Investidora = 9.888/32.500 = 30,4% (há relevância 
coletiva) 
 
Logo, como a soma dos investimentos em coligadas e controladas é 
maior que 15% do PL da investidora, há relevância coletiva e estes 
investimentos serão avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 
 
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III – Investimentos avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial: 
I, II, III e IV (resposta da questão) (*). 
 
(*) A questão não levou em consideração o conceito de influência para as 
coligadas com percentual entre 10% e 20%. 
 
II – Após as alterações da Lei no 11.638/07 (após 01/01/2008) 
 
De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, com as alterações trazidas 
pela Lei no 11.638/07, são avaliados pelo Método de Equivalência 
Patrimonial os investimentos em coligadas cuja administração tenha 
influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) 
ou mais do capital votante (antes era o capital social...ATENÇÃO!!!), em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo 
ou estejam sobre controle comum. 
ATENÇÃO!!!! Houve mudanças em relação às alterações trazidas pela Lei 
no 11.638/07 (memorizar para a prova): 
 
A) Antes das alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência 
Patrimonial. 
 
- Investimento relevantes em sociedades coligadas sobre cuja a 
administração tenha influência, ou de que participe com 20% 
(vinte por cento) ou mais do capital social; e 
- Em sociedades controladas. 
 
 
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B) Após as alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência 
Patrimonial. 
 
- Investimento em sociedades coligadas sobre cuja a 
administração tenha influência, ou de que participe com 20% 
(vinte por cento) ou mais do capital votante; 
- Em sociedades controladas; 
- Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sobre controle comum. 
 
Ou seja, após as alterações da Lei no 11.638/07, não há mais o conceito 
de relevância para apuração do Método de Equivalência Patrimonial. 
Além disso, agora é utilizado o capital votante e não o capital social, no 
caso de determinação do percentual de participação das coligadas (maior 
que 20% do capital votante). 
 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos 
relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja 
administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por 
cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão 
avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes 
normas: 
 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que 
participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo 
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação 
dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Vamos à resolução da questão: 
Companhia X (investidora) – Patrimônio Líquido = R$ 32.500,00 
 
Como a questão não mencionou nada a respeito de influência da investidora na 
administração das investidas, vamos analisar apenas os percentuais de 
participação, de acordo com os seguintes critérios (previstos na Lei no 
6.404/76): 
 
- Sociedade Coligada onde a investidora participa com 20% ou mais do 
capital votante da investida; e 
- Sociedade Controlada. 
 
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Emp. Patrimônio 
líquido 
Part. da 
investidora 
Percentual Tipo Método 
I 2.400 240 240/2.400 = 10% Coligada Custo de 
aquisição 
II 25.800 3.870 3.870/25.800 = 
15% 
Coligada Custo de 
aquisição 
III 12.500 3.125 3.125/12.500 = 
25% 
Coligada Eq. 
Patrimonial 
IV 7.580 2.653 2.653/7.580 = 35% Coligada Eq. 
Patrimonial 
V 25.800 1.290 1.290/25.800 = 5% xxx Custo de 
aquisição 
 
Logo, pelos critérios da Lei no 6.404/76, com as alterações trazidas pela 
Lei no 11.638/07, somente seriam avaliados pelo Método de Equivalência 
Patrimonial os investimentos nas empresas III e IV. 
GABARITO: B 
Não podemos esquecer das alterações da MP no 449/08: 
 
Após as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Redação Anterior: 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de 
que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 
11.638,de 2007). 
 
Redação Atual: 
“Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um 
mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:” (Redação dada 
pela MP nº 449, de 2008). 
 
Ou seja, como o conceito de influência significativa foi incorporado ao 
conceito de coligada, com a redação do art. 248 dada pela MP no 449/08, 
para ser avaliado pelo MEP, basta que o investimento seja em coligada e 
em controlada. 
 
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185. Nessa situação, a companhia X deve registrar o resultado dos investimentos 
como 
 
(a) débito no disponível, débito em participação em outras empresas e débito em 
dividendos a receber; crédito em equivalência patrimonial e em receita de 
dividendos. 
(b) débito no disponível; crédito de equivalência patrimonial e crédito de receita 
de dividendos. 
(c) débito no disponível e no realizável em longo prazo; crédito de receita de 
dividendos e crédito de equivalência patrimonial. 
(d) débito em participação em outras companhias; crédito de equivalência 
patrimonial e crédito de receita de dividendos. 
______ 
Resolução 
Vamos relembrar alguns conceitos importantes: 
 
I - Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial: o valor do 
investimento avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial é obtido 
aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do 
patrimônio líquido da investida. Logo, sempreque o patrimônio líquido da 
investida variar, a investidora deverá ajustar o valor do investimento. Se o ajuste 
aumentar o valor do investimento, haverá um ganho de equivalência patrimonial 
(receita operacional). Por outro lado, se ajuste diminuir o valor do investimento, 
haverá uma perda de equivalência patrimonial (despesa operacional). Os 
lançamentos seriam os seguintes: 
 
Ganho de Equivalência Patrimonial: 
 
Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 
 
Perda de Equivalência Patrimonial 
 
Perda de Equivalência Patrimonial (Despesa) 
a Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 
Com relação à contabilização dos dividendos de investimentos avaliados 
pela equivalência patrimonial: 
 
Lançamento: Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes (Ativo Não Circulante - 
Investimentos) 
 
 
 
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II - Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de 
Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da data de 
aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição devem ser registrados 
como redução do custo de aquisição do investimento permanente, sem afetar o 
resultado da investidora. Entretanto, os dividendos recebidos após 6 meses da 
data de aquisição do referido investimento, devem ser registrados como receita 
operacional. 
 
Lançamentos na Investidora: 
 
Dividendos recebidos até 6 meses; 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 
Dividendos recebidos após 6 meses: 
 
 Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 
 
III – Percebam que, no momento da aquisição do investimento, o 
lançamento é mesmo, independentemente do método, conforme abaixo: 
 
 Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 a Caixa ou Bancos (Ativo Circulante) 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
I – Nos investimentos avaliados pela equivalência patrimonial o valor do resultado 
distribuído pelas empresas investidas (I, II, III e IV) será contabilizado da 
seguinte forma: 
 
Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 
Além disso, haverá a contabilização da Equivalência Patrimonial com o seguinte 
lançamento: 
 
Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 
 
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II – No investimento avaliado pelo custo de aquisição, como nada foi dito, 
considera-se que já há mais de 6 meses da data aquisição. Neste caso, o 
lançamento na investidora do resultado distribuído pela investida seria: 
 
Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
(a) débito no disponível, débito em participação em outras empresas e débito em 
dividendos a receber; crédito em equivalência patrimonial e em receita de 
dividendos. 
 
Débito no disponível: Caixa (dividendos – Custo de Aquisição e 
Equivalência Patrimonial) 
Débito em Participações em outras empresas (Equivalência 
Patrimonial – Ganho) 
Débito em Dividendos a Receber (dividendos – Custo de Aquisição e 
Equivalência Patrimonial) 
Crédito em Equivalência Patrimonial (Ganho de Equivalência 
Patrimonial) 
Crédito em Receita de Dividendos (dividendos – Custo de Aquisição) 
 
A alternativa está correta. 
 
(b) débito no disponível; crédito de equivalência patrimonial e crédito de receita 
de dividendos. 
 
Estes lançamentos, de fato, ocorrem, mas a alternativa está incompleta 
(vide explicação da alternativa “a”). 
 
(c) débito no disponível e no realizável em longo prazo; crédito de receita de 
dividendos e crédito de equivalência patrimonial. 
 
 Não há lançamentos no ativo realizável em longo prazo. 
 
(d) débito em participação em outras companhias; crédito de equivalência 
patrimonial e crédito de receita de dividendos. 
 
Estes lançamentos, de fato, ocorrem, mas a alternativa está incompleta 
(vide explicação da alternativa “a”). 
 
GABARITO: A 
 
 
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186. Os valores que devem ser acrescidos ao ativo circulante e ao ativo 
permanente da companhia X são, respectivamente, 
 
(a) R$ 1.780 e R$ 1.260. 
(b) R$ 1.260 e R$ 1.780. 
(c) R$ 1.260 e R$ 3.280. 
(d) R$ 0 e R$ 4.450. 
__ 
Resolução 
I – Antes das alterações da Lei no 11.638/07 (antes de 01/01/2008) 
 
Emp. Patrimônio 
líquido 
Part. da 
investidora 
Perc. Lucro 
auferido 
Tipo Método 
I 2.400 240 10% 1.500 Coligada Eq. Patrimonial 
II 25.800 3.870 15% 3.000 Coligada Eq. Patrimonial 
III 12.500 3.125 25% 5.000 Coligada Eq. Patrimonial 
IV 7.580 2.653 35% 6.000 Coligada Eq. Patrimonial 
V 25.800 1.290 5% 10.000 xxx Custo de 
aquisição 
 
I – Investida I – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da Investida I = 2.400 + 1.500 = 3.900 
 
Percentual da Investidora = 10% x 3.900 = 390 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 390 – 240 = 150 
 
Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 1.500 = 600 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 10% x 600 = 60 
 
Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida I (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 150 
 
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Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida I (ANC - Investimentos) 60 
 
Ativo Circulante (aumento) = 60 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 150 – 60 = 90 
 
II – Investida II – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da Investida II = 25.800 + 3.000 = 28.800 
 
Percentual da Investidora = 15% x 28.800 = 4.320 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 4.320 – 3.870 = 450 
 
Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 3.000 = 1.200 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 15% x 1.200 = 180 
 
Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida II (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 450 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida II (ANC - Investimentos) 180 
 
Ativo Circulante (aumento) = 60 + 180 = 240 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 90 + 450 – 180 = 360 
 
III – Investida III – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da InvestidaIII = 12.500 + 5.000 = 17.500 
 
Percentual da Investidora = 25% x 17.500 = 4.375 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 4.375 – 3.125 = 1.250 
 
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Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 5.000 = 2.000 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 25% x 2.000 = 500 
 
Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida III (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 1.250 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida III (ANC - Investimentos) 500 
 
Ativo Circulante (aumento) = 240 + 500 = 740 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 360 + 1.250 – 500 = 1.110 
 
IV – Investida IV – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da Investida IV = 7.580 + 6.000 = 13.580 
 
Percentual da Investidora = 35% x 13.580 = 4.753 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 4.753 – 2.653 = 2.100 
 
Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 6.000 = 2.400 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 35% x 2.400 = 840 
 
Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida IV (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 2.100 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida IV (ANC - Investimentos) 840 
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Ativo Circulante (aumento) = 740 + 840 = 1.580 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 1.110 + 2.100 – 840 = 2.370 
 
V – Investida V – Método do Custo de Aquisição 
 
Os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 10.000 = 4.000 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 5% x 4.000 = 200 
 
Lançamento na investidora: 
 
Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 200 
 
Ativo Circulante (aumento) = 1.580 + 200 = 1.780 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 2.370 (difere a resposta 
fornecida pela banca examinadora). 
 
II – Após as alterações da Lei no 11.638/07 (após 01/01/2008) 
 
Emp. Patrimônio 
líquido 
Part. da 
investidora 
Perc. Lucro 
auferido 
Tipo Método 
I 2.400 240 10% 1.500 Coligada Custo de 
aquisição 
II 25.800 3.870 15% 3.000 Coligada Custo de 
aquisição 
III 12.500 3.125 25% 5.000 Coligada Eq. Patrimonial 
IV 7.580 2.653 35% 6.000 Coligada Eq. Patrimonial 
V 25.800 1.290 5% 10.000 xxx Custo de 
aquisição 
 
I – Investida I – Método do Custo de Aquisição – considerando que não 
há influência. 
 
De acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do resultado 
do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 1.500 = 600 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 10% x 600 = 60 
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Lançamento na investidora: 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 60 
 
Ativo Circulante (aumento) = 60 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 0 
 
II – Investida II – Método do Custo de Aquisição – considerando que não 
há influência. 
 
De acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do resultado 
do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 3.000 = 1.200 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 15% x 1.200 = 180 
 
Lançamento na investidora: 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 180 
 
Ativo Circulante (aumento) = 60 + 180 = 240 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 0 
 
III – Investida III – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da Investida III = 12.500 + 5.000 = 17.500 
Percentual da Investidora = 25% x 17.500 = 4.375 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 4.375 – 3.125 = 1.250 
 
Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 5.000 = 2.000 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 25% x 2.000 = 500 
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Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida III (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 1.250 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida III (ANC - Investimentos) 500 
 
Ativo Circulante (aumento) = 240 + 500 = 740 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 1.250 – 500 = 750 
 
IV – Investida IV – Método de Equivalência Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido Final da Investida IV = 7.580 + 6.000 = 13.580 
Percentual da Investidora = 35% x 13.580 = 4.753 
 
Logo, ocorreu um ganho de equivalência patrimonial de: 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 4.753 – 2.653 = 2.100 
 
Além disso, de acordo com o enunciado da questão houve pagamento de 40% do 
resultado do período como dividendos. 
 
Nesse caso, os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 6.000 = 2.400 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 35% x 2.400 = 840 
 
Lançamentos na investidora: 
 
Investimentos Permanentes – Investida IV (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 2.100 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes – Investida IV (ANC - Investimentos) 840 
 
Ativo Circulante (aumento) = 740 + 840 = 1.580 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 750 + 2.100 – 840 = 2.010 
 
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V – Investida V – Método do Custo de Aquisição 
 
Os dividendos distribuídos foram: 
 Dividendos Distribuídos = 40% x 10.000 = 4.000 
 
E os dividendos que foram repassados à investidora: 
 Dividendos Distribuídos à Investidora = 5% x 4.000 = 200 
 
Lançamento na investidora: 
 
Caixa ou Dividendos a Receber(Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 200 
 
Ativo Circulante (aumento) = 1.580 + 200 = 1.780 
Ativo Não Circulante - Investimentos (aumento) = 2.010 
 
GABARITO: A 
187. Os métodos de avaliação e registro de investimentosobedecem às normas 
da Lei no 6.404/1976 e legislação complementar. A esse respeito, assinale a 
opção correta. 
 
(a) Os saldos das reservas de reavaliação constituídas pela investidora não 
podem ser revertidos em contrapartida ao respectivo valor contábil do 
investimento, mesmo na hipótese de descontinuidade do investimento. 
(b) O investimento em sociedade coligada e controlada cuja venda por parte da 
investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de realização, 
proporcionará sua avaliação imediata pelo método de custo. 
(c) O investimento em coligada que, por redução do valor contábil do 
investimento, deixar de ser relevante em caráter temporário, deve ser avaliado 
pelo método de custo, devendo todos os seus reflexos ser evidenciados, 
separadamente, em nota explicativa. 
(d) O investimento em sociedades coligadas e controladas que tenha efetiva e 
clara evidência de perda de continuidade de suas operações não será avaliado 
pelo método da equivalência patrimonial. 
 
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Resolução 
Analisando as alternativas (questão literal sobre a Instrução CVM no 247/96): 
 
(a) Os saldos das reservas de reavaliação constituídas pela investidora não 
podem ser revertidos em contrapartida ao respectivo valor contábil do 
investimento, mesmo na hipótese de descontinuidade do investimento. 
 
De acordo com o parágrafo único do artigo 8o da Instrução CVM no 247/96: 
Na hipótese de descontinuidade do investimento os saldos das 
reservas de reavaliação constituídas pela investidora deverão ser 
revertidos em contrapartida ao respectivo valor contábil do 
investimento. Logo, a alternativa está incorreta. 
 
O artigo 8o da Instrução CVM no 247/96 revogado pela Instrução 
CVM nº 469, de 2 de maio de 2008. 
 
(b) O investimento em sociedade coligada e controlada cuja venda por parte da 
investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de realização, 
proporcionará sua avaliação imediata pelo método de custo. 
 
De acordo com o artigo 7o da Instrução CVM no 247/96: O investimento 
em sociedade coligada e controlada cuja venda por parte da 
investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de 
realização, continuará sendo avaliado pelo método da equivalência 
patrimonial até a data-base considerada para a venda. Logo, a 
alternativa está incorreta. 
(c) O investimento em coligada que, por redução do valor contábil do 
investimento, deixar de ser relevante em caráter temporário, deve ser avaliado 
pelo método de custo, devendo todos os seus reflexos ser evidenciados, 
separadamente, em nota explicativa. 
De acordo com o artigo 8o da Instrução CVM no 247/96: O investimento 
em coligada que, por redução do valor contábil do investimento, 
deixar de ser relevante, continuará sendo avaliado pela 
equivalência patrimonial, caso essa redução não seja considerada de 
caráter permanente, devendo todos os seus reflexos ser evidenciados, 
segregadamente, em nota explicativa. Logo, a alternativa está incorreta. 
O artigo 8o da Instrução CVM no 247/96 revogado pela Instrução 
CVM nº 469, de 2 de maio de 2008. 
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(d) O investimento em sociedades coligadas e controladas que tenha efetiva e 
clara evidência de perda de continuidade de suas operações não será avaliado 
pelo método da equivalência patrimonial. 
 
De acordo com o artigo 6o da Instrução CVM no 247/96: Deverá deixar de 
ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial o 
investimento em sociedades coligadas e controladas com efetiva e 
clara evidência de perda de continuidade de suas operações ou no 
caso em que estas estejam operando sob severas restrições a longo prazo 
que prejudiquem significativamente a sua capacidade de transferir recursos 
para a investidora. Logo, a alternativa está correta. 
 
GABARITO: D 
Bons estudos a todos e até a próxima aula, 
 
Moraes Junior 
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Prova 10. Contador – Universidade do Estado do Pará – 2008 - 
CESPE 
 
Lista de Questões Comentadas Nesta Aula 
 
Texto para as questões de 115 a 117 
 
Componentes diretos Valor (R$) 
Matéria-prima consumida 10.000 
Componentes diretos 8.000 
Custos indiretos de fabricação 3.500 
Despesas de salários 3.135 
Despesas financeiras 4.052 
Despesas operacionais 3.500 
Eletricidade da fábrica 6.549 
Estoque final de produtos acabados 6.352 
Estoque final de produtos em elaboração 2.248 
Estoque inicial de produtos acabados 8.137 
Estoque inicial de produtos em elaboração 10.541 
Gastos com a segurança eletrônica do escritório 3.780 
Gastos com marketing e propaganda 3.691 
Gastos com o setor de manutenção da fábrica 4.578 
Gastos com salário dos motoristas do escritório 5.241 
Manutenção das máquinas da fábrica 2.147 
Mão-de-obra direta 8.500 
Mão-de-obra indireta 6.500 
Receita do período 150.000 
Telecomunicações do departamento de vendas 3.749 
 
Uma empresa que fabrica um único produto e que apresenta carga tributária de 
18% sobre a receita e de 24% sobre o lucro expôs as informações de seu 
departamento de produção, que estão listadas no quadro acima. 
 
180. Nessa empresa, o valor do custo da produção acabada é igual a 
 
(a) R$ 49.774 
(b) R$ 49.371 
(c) R$ 58.067 
(d) R$ 66.204. 
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181. O valor do lucro líquido apurado pela empresa é igual a 
 
(a) R$ 27.360. 
(b) R$ 36.000. 
(c) R$ 63.000. 
(d) R$ 40.052. 
 
182. Na empresa, o valor do custo dos produtos vendidos é igual a 
 
(a) R$ 53.127. 
(b) R$ 63.352. 
(c) R$ 59.852. 
(d) R$ 55.274. 
 
dia operação quantidade valor unitário 
(R$) 
valor total 
(R$) 
10 Compra à vista 20 10 200 
12 Compra a prazo 30 12 360 
16 Venda à vista 40 24 960 
20 Compra a prazo 10 12,50 125 
23 Venda a prazo 13 23 299 
28 Compra à vista 12 11,50 138 
30 Venda à vista 17 26 442 
31 Compra a prazo 6 13 78 
 
183. Considere-se que uma loja possuísse, no dia 1.º/1/2008, 8 unidades de 
mercadorias ao custo unitário de R$ 8,00, que o seu sistema de controle de 
estoques seja permanente e que a metodologia utilizada seja o UEPS. Considere-
se, ainda, que a carga tributária da loja seja de 20% sobre as vendas e de 24% 
sobre o lucro auferido. A partir da ficha ilustrada acima, referente ao controle de 
estoques da loja no mês de janeiro de 2008, bem como das informações 
complementares, é correto afirmar que o lucro bruto apurado foi igual a 
 
(a) R$ 908,00. 
(b) R$ 588,80. 
(c) R$ 929,00. 
(d) R$ 567,80. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto para as questões de 184 a 186 
 
empresas Patrimônio 
líquido 
Participação da 
investidora 
Lucro auferido 
I 2.400 240 1.500 
II 25.800 3.870 3.000 
III 12.500 3.125 5.000 
IV 7.580 2.653 6.000 
V 25.800 1.290 10.000 
 
184. A companhia X, cujo patrimônio líquido é de R$ 32.500, investiu, nas 
empresas I, II, III, IV e V, os valores ilustrados no quadro acima. Essas empresasdistribuíram 40% de seus resultados líquidos e já efetuaram o respectivo repasse 
aos investidores. 
__________ 
Na situação descrita, devem ser avaliadas pelo método de equivalência 
patrimonial as empresas 
 
(a) III, IV e V. 
(b) I, II, III e IV. 
(c) I, II, III e V. 
(d) I, II, IV e V. 
 
185. Nessa situação, a companhia X deve registrar o resultado dos investimentos 
como 
 
(a) débito no disponível, débito em participação em outras empresas e débito em 
dividendos a receber; crédito em equivalência patrimonial e em receita de 
dividendos. 
(b) débito no disponível; crédito de equivalência patrimonial e crédito de receita 
de dividendos. 
(c) débito no disponível e no realizável em longo prazo; crédito de receita de 
dividendos e crédito de equivalência patrimonial. 
(d) débito em participação em outras companhias; crédito de equivalência 
patrimonial e crédito de receita de dividendos. 
_________ 
186. Os valores que devem ser acrescidos ao ativo circulante e ao ativo 
permanente da companhia X são, respectivamente, 
 
(a) R$ 1.780 e R$ 1.260. 
(b) R$ 1.260 e R$ 1.780. 
(c) R$ 1.260 e R$ 3.280. 
(d) R$ 0 e R$ 4.450. 
__ 
 
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187. Os métodos de avaliação e registro de investimentos obedecem às normas 
da Lei n.º 6.404/1976 e legislação complementar. A esse respeito, assinale a 
opção correta. 
 
(a) Os saldos das reservas de reavaliação constituídas pela investidora não 
podem ser revertidos em contrapartida ao respectivo valor contábil do 
investimento, mesmo na hipótese de descontinuidade do investimento. 
(b) O investimento em sociedade coligada e controlada cuja venda por parte da 
investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de realização, 
proporcionará sua avaliação imediata pelo método de custo. 
(c) O investimento em coligada que, por redução do valor contábil do 
investimento, deixar de ser relevante em caráter temporário, deve ser avaliado 
pelo método de custo, devendo todos os seus reflexos ser evidenciados, 
separadamente, em nota explicativa. 
(d) O investimento em sociedades coligadas e controladas que tenha efetiva e 
clara evidência de perda de continuidade de suas operações não será avaliado 
pelo método da equivalência patrimonial. 
 
 
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GABARITO – AULA 10: 
180. C 
181. A 
182. C 
183. D 
184. B 
185. A 
186. A 
187. D 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e 
pela MP no 449/08. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. 
Editora Ferreira. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora 
Ferreira. 2004. 
 
FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as 
demais sociedades). 6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003. 
 
LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição. 3a 
Tiragem. Elsevier Editora. 2005. 
 
MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilidade e 
concursos em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Saraiva. 
2002. 
 
SILVA, Antônio César Valério da. Contabilidade Avançada: Teoria e 300 questões. 
2a Edição. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 2005. 
 
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade 
Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. 
Editora Frase. 2003.

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