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PROCESSO PENAL (TOPAN) ok

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Resumo da matéria de Processo Penal (Renato Topan) para a NP1.
Princípios.
P. do contraditório : - é a oportunidade do acusado se defender. Não é a defesa em si, mas a oportunidade que poderá ser utilizada à critério do advogado.
P. da Publicidade : - torna público todos os atos doprocesso e do inquérito policial. ( em exceção à essa regra temos o sigilo no inquérito e o segredo de justiça no processo)
P. do Juiz natural : - o juiz é previamente estabelecido, sempre haverá um juiz com competência para julgar aquele caso.
P. do Promotor natural : - O promotor também deverá ser previamente estabelecido conforme sua competência.
P. da Oficialidade : - órgãos incumbidos da persecução, devem ser públicos.
P. da indisponibilidade : - Nem o delegado nem o juiz podem desistir do processo ou do inquérito. Só o juiz pode arquivar se, à pedido do promotor.
P. favor rei : - Na dúvida de interpretação, favorece sempre o réu. Sempre.
P. da verdade real : - o juiz procura descobrir a verdade (mas sem produzir provas.
P. da identidade física do juiz : - O juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença.
SISITEMAS
É o conjunto de regras e princípios constitucionais, mas que estabelecem uma diretriz. Se dividem em três tipos.
ACUSATÓRIO – existe separação entre os órgãos incumbidos de realizar a acusação e o julgamento, o que garante a imparcialidade do julgador e assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Considerando que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último. A produção das provas é incumbência das partes.
INQUISITIVO – Cabe a um só órgão acusar e julgar. O juiz da início à ação penal e ao final ele mesmo profere a sentença. ( muito criticado por não garantir a imparcialidade do julgador.)
 MISTO – reúne característica dos dois. Há uma fase investigatória e persecutória preliminar conduzida por um juiz. É adotado em diversos países europeus e sua característica marcante é a existência de Juizado de Instrução, fase preliminar instrutória presidida por um juíz.
UTILIZADO NO BRASIL
( para o Brasil todos estão corretos, mas o mais utilizado é o acusatório) O sistema adotado pelo Brasil é o ACUSATÓRIO, pois há clara separação entre a função acusatória do MP nos crimes de ação pública e a julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir suas provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar, de ofício, sua produção de forma suplementar. 
“Pedro lenza”
( No Brasil é acusatório pq só enxerga a parte processual, e não a pré-processual.)
Persecução Penal ou Persecução Criminal.
“perscutio criminis” (art 4° ao 23 CPP)
Consiste na atividade estatal de perseguir o crime, apurar, investigar, etc.. A persecução penal, é dividida em duas etapas, são elas : 
1 – Investigação Preliminar 
2 - Ação penal (tratar depois)
Investigação Preliminar, em regra é realizado por meio do Inquérito Policial
Inquérito Policial: -> Procedimento administrativo de caráter pré processual instaurado na Polícia Judiciária : que tem finalidade de colher os indícios de materialidade e autoria de uma infração penal. 
Materialidade – Se realmente aconteceu.
Autoria – Quem o praticou.
Polícia Judiciária : Não faz parte do poder Judiciário apesar do nome. Está inserido no Poder Executivo. Polícia Judiciária, também é dividida em dois:
Polícia Federal – Investiga as infrações de competência da justiça federal. (todo o território nacional) -> Poder executivo Federal
Polícia Civil. – Investiga as infrações de competência da justiça estadual -> Poder Executivo Estadual. 
(Ambas utilizam o Inquérito Policial)
Polícia Judiciária Não se confunde com Polícia Administrativa.!! Polícia administrativa é aquela quem tem poder de fiscalização, ex: Polícia Ferroviária, Polícia Rodoviária, etc..!
Sujeitos da persecução.
No Inq. Policial – Delegado de polícia (P.F ou P.C)
 No processo – Juíz, acusado (réu e seu advg) acusador (M.P ou advg)
INQUÉRITO POLICIAL
Inquérito Policial é todo o procedimento policial destinado a reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria O destinatário imediato do IP é o Ministério Público ou o ofendido, nos casos de ação penal privada, que com ele formam a sua opinio delicti para a propositura da denúncia ou queixa, respectivamente. O destinatário mediato é o juiz, que nele pode encontrar elementos para julgar. 
O IP é um procedimento administrativo informativo destinado a subsidiar a propositura da ação penal, constituindo-se em um dos poucos poderes de autodefesa do Estado na esfera de repressão ao crime, com caráter nitidamente inquisitorial, em que o indiciado não é sujeito processual e sim simples objeto de um procedimento investigatório (arts. 20 e 21 do CPP), salvo em situações excepcionais em que a lei o ampara (formalidades de auto de prisão em flagrante, nomeação de curador a menor, ...). 
FUNCÃO E OBJETO DO IP: 
Função do IP: servir de base à acusação (denúncia ou queixa), nos termos do art. 12 do CPP. Isso porque nele são encontrados elementos que levam à ‘suspeita’ – opinio delicti – da existência do delito e do seu autor. 
Objeto do IP: demonstrar a AUTORIA + MATERIALIDADE do evento criminoso – art. 4º do CPP. 
CARACTERÍSTICAS: 
A atividade de polícia judiciária, assim denominada pela CF/88, dentro do IP, tem como características: 
DISCRICIONARIEDADE: 
Tem a faculdade de operar ou deixar de operar dentro do campo cujos limites são fixados estritamente pelo Direito. Escolhe o momento da realização de determinado ato, pode deferir ou indeferir qualquer pedido de prova (art. 14 do CPP), não estando sujeito à suspeição (art. 107 do CPP). 
AUTO-EXECUTABILIDADE (ou OFICIOSIDADE): 
Independe de prévia autorização do Poder Judiciário para sua concretização jurídico-material, dentro dos limites legais (ex.: mandado de busca e apreensão), podendo ser submetida ao controle jurisdicional através de H.C. ou M.S. 
PROCEDIMENTO ESCRITO: 
Está previsto no art. 9º do CPP. Tendo em vista sua destinação de fornecer elementos de convicção ao titular da ação penal (MP), não sendo, porém, sujeito a formas rígidas e indeclináveis. Exige-se, no entanto, algum rigor formal especialmente na comprovação da materialidade do delito, no interrogatório e auto de prisão em flagrante (procedimento arcaico e burocrático para seus críticos). Deve ser, portanto, escrito ou datilografado (digitado), sendo rubricadas todas as peças pela Autoridade. 
SIGILOSO: 
Qualidade necessária para que possa a Autoridade Policial providenciar as diligências necessárias para a completa elucidação do fato sem que lhe oponham os empecilhos para impedir a coleta de provas (art. 20 do CPP). Este sigilo não se estende ao MP (art. 5º, III, da LOMP), nem ao Judiciário. O advogado só pode ter acesso ao IP quando possua legitimatio ad procedimentus, e decretado o sigilo (em segredo de justiça), não está autorizada a sua presença a atos procedimentais diante do princípio da inquisitoriedade que norteia o nosso CPP quanto à investigação. Pode, porém, manusear e consultar os autos, findos ou em andamento (art. 89, XV, do Estatuto da OAB). 
OBRIGATÓRIO E INDISPONÍVEL: 
Em crime de ação pública a instauração é obrigatória (art. 5º, I, do CPP), não podendo arquivá-lo depois de instaurado. 
Outros autores colocam outras características ao IP, tais como: OFICIALIDADE (o IP é feito por órgãos oficiais); AUTORITARIEDADE (o IP é presidido por uma autoridade pública).
Criminologia - são os estudos das estatísticas e dos (porquês). Na maior parte o crime é doloso e ( vítima e autor se conheciam). 70% crimes a distância das moradias é de 2KM. No máximo. 68% dos crimes são fúteis e por vingança.
Sistema de Justiça Criminal (SJC)
Formado por – Polícia, M.P, Judiciário e Sistema penitenciário.
Funções da polícia. 
1) preventiva/administrativa - (buscaevitar que o crime ocorra) precisa ser ostensiva.
2) investigativa/judiciária, ou repressiva. – Como não foi evitado, precisa apurar o crime. (pq?, quem? Como?)
Código Penal Militar - foi criado para as forças armadas. Só que a PM é força auxiliar, das forças armadas, então usa o regimento (esse código) para crimes militares(ex. desvio de munição)
Sujeitos Processuais
Para o desenvolvimento da ação condenatória haverá, necessariamente, a participação de três sujeitos: o autor e o réu que defendem interesses antagônicos na relação processual. E o juiz que é órgão estatal imparcial a quem se entrega a resolução da lide. Dentre esses sujeitos essenciais ou principais do processo, pode-se fazer a seguinte distinção doutrinária. 
A – sujeitos parciais : O autor (M.P ou querelante e o réu.
B – sujeitos imparciais : O juiz ou, com maior rigor técnico o Estado-juiz.
 
AÇÃO PENAL
É o procedimento judicial iniciado pelo titular da ação quando há indícios de autoria e de materialidade a fim de que o juiz declare procedente a pretensão punitiva estatal e condene o autor da infração penal. Durante o decorrer da ação, será assegurado ao acusado pleno direito de defesa, a estrita observância do procedimento previsto em lei, de só ser julgado pelo juiz competente, de ter assegurado o contraditório e o duplo grau de jurisdição.
Ação penal pública é aquela em que a iniciativa de seu desencadeamento é exclusiva do MP (órgão público). Havendo indícios de autoria e materialidade colhidos durante as investigações, mostra-se obrigatório o oferecimento da denúncia (peça inicial nesse tipo de ação). A ação pública apresenta as seguintes modalidades :
Incondicionada – exercício da ação independente de qualquer condição especial.
Condicionada – a propositura da ação depende de prévia existência de uma condição especial (representação da vítima ou requisição do ministro da justiça).
A titularidade é ainda do M.P que todavia, só pode oferecer a denúncia se estiver presente no caso concreto a representação da vítima ou a requisição do ministro de justiça, que constituem, assim, condições de procedibilidade.
Ação penal privada – é aquela que a iniciativa da propositura da ação é conferida à vítima. A peça inicial se chama queixa-crime.
Vitor Gabriel Citty

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