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Diagnóstico Por Imagem Teórica – Conceitos Gerais em Medicina Interna. Anatomia Topográfica Abdominal

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Diagnóstico Por Imagem – Conceitos Gerais em Medicina Interna. Anatomia Topográfica Abdominal
Estudo da Anatomia: É divido em dois ramos.
Anatomia Descritiva – Descrição dos diversos sistemas.
Anatomia Topográfica - 
A necessária a descrição de: Direção, Formas e Posições Anatômicas.
É importante definir nomes das regiões para áreas específicas do corpo.
Planos Anatômicos
Plano Sagital ou Longitudinal – Plano orientado de forma longitudinal ao axis do corpo. Usado na ultrassonografia abdominal e torácica. Quando passa exatamente sobre a linha média do corpo e divide o corpo na metade, é chamada linha mediana e, qualquer linha paralela é um corte sagital.
Plano Transversal - Passam pelo corpo perpendicularmente ao axis e divide o corpo ou órgão em segmentos craniais e caudais. Usado na ultrassonografia abdominal e torácica. 
Plano Frontal, Dorsal ou Coronal - Perpendiculares aos planos sagitais e transversos e dividem o corpo longitudinalmente em segmentos dorsais e ventrais, mais usado para avaliação do rim. Paralelo ao dorso.
Importantes para a avaliação ultrassonográfica de rim, alça intestinal, testículo, ovário, etc.
Secciona-se o órgão em vários planos para fazer uma varredura completa daquela órgão pois ele pode apresentar, por exemplo, um nódulo que talvez não aparecesse em um plano mas ficaria evidente em outro.
O rim sempre tem que fazer corte sagital e depois fazer mensuração. Não precisa fazer mensuração da largura? Estudos provam que a largura tem variabilidade muito grande dependendo do tempo que o animal ingeriu líquido e outros, então isso não tem muita importância. Na rotina, avalia-se mesmo o comprimento, ou seja, tamanho é documento.
Cavidade Abdominal
Se estende do diafragma à região pélvica.
Limites:
Cranial – Diafragma
Dorsal – Vértebras e músculos lombares
Lateral – Músculos oblíquo e transverso
Ventral – Músculo reto
Recoberta pelo peritônio: membrana serosa.
Parietal – Superfície interna da parede abdominal
Visceral – Órgãos abdominais
Conectivo – Refere-se ao omento e mesentério
Espaço retroperitoneal: Área dorsal ao peritônio e ventral aos músculos sublombares.
Divisão Abdominal – Linhas Imaginárias
Região Abdominal Cranial - Liga Ponta das ultima costelas uma a outra.
Região Abdominal Média – Região entre os íleos.
Região Abdominal Caudal – Caudal à região entre os íleos. 
Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na cavidade abdomino pélvica, os anatomistas dividiram a cavidade em nove regiões (Quadrantes).
[Foto no Celular] – Quadrantes Abdominais
Região Epigástrica
Região Mesogástrica
Região Hipogástrica
Com que objetivo divide-se em quadrantes? Para entender órgãos e estruturas localizadas naquele quadrante. Se digo que tem um nódulo na região paracondríaca esquerda, automaticamente deve-se ter uma noção em que porção de que órgão aquele nódulo pode estar localizado.
Exame Radiográfico
Fornece perspectiva global da cavidade abdominal, diferente do ultrassom, em que consegue avaliar de forma dinâmica pequenas áreas.
Leitura do exame radiográfico:
Seguir sequência de visualização das estruturas/órgãos habitualmente identificáveis (Posição topográfica).
Analisar essas estruturas em relação a radiopacidade, forma, tamanho e contorno.
Limitações: Definição e avaliação da arquitetura interna do parênquima dos órgãos.
Alterações Radiográficas: Opacidade, tamanho, forma, posição, margens. 
Os órgãos abdominais têm muita semelhança em relação à sua radiopacidade, porém têm forma diferente, contorno diferente e localização diferente, além de uma pequena variação de radiopacidade.
Aspectos Técnicos
Posicionamento/Enquadramento
Imagem radiográfica: Visualização de toda cavidade abdominal.
Visão panorâmica.
(diafragma até alguns centímetros caudal as articulações coxofemorais).
Pelo menos duas projeções (Perpendiculares entre si).
Lateral direita/lateral esquerda.
Ventro dorsal.
Ideal = 3 projeções radiográficas.
Técnica Radiográfica
Deve ter o mAs alto e o KV baixo.
Poucas escalas de cinza e mais pretos e brancos porque se for cinza os órgãos vão se assemelhar muito, o ideal é que tenham contraste.
Cães abdômen > 10cm – Grande antidifusora.
Preparo do Animal
Depende do exame radiográfico – Jejum 12h.
Exame simples.
Exame contrastado.
Visualização Dos Órgãos Abdominais
Depende:
Densidade dos órgãos (diferença de opacidade entre os órgãos).
Quantidade de gordura, mesentério e omento (contrate).
Variação da densidade do conteúdo dos órgãos abdominais (opacidade). Ajuda a delinear o órgão (ar ou gás no estômago, fezes no colon).
Animal jovem normalmente tem pouca gordura e o contraste diminui, o que é ruim para a técnica. 
É bom visualizar ar, gás na radiografia pois ele confere um contraste e permite melhor visualização dos órgãos. Fezes no cólon, gás no duodeno ou na bexiga servem como contraste para melhor visualização do órgão. 
Fatores que Afetam a Qualidade Diagnóstica (Diminuição de Detalhe)
Magro x Gordo – Mais dificuldade se for magro
Animais Jovens – Contraste insuficiente
Líquido Abdominal – Dificulta a visualização dos órgãos abdominais pois tem radiopacidade semelhante a tecido mole. Muitas vezes não sabe se é ascite ou massa (aumento generalizado do órgão), por exemplo. O que fazer? Ultrassom, pois líquido não é igual a tecido mole.
Interpretação Radiográfica
Identificar todas as estruturas na radiografia e verificar as anormalidades.
Possíveis explicações para as anormalidades.
Correlacionar a sinais clínicos e exames complementares.
Possíveis diagnósticos em ordem de probabilidades (diagnósticos diferenciais).
Para Finalizar o Laudo, Precisa-se de:
Experiência radiográfica e conhecimento de anatomia radiográfica.
Processos fisiológicos e patológicos.
Quadro clínico.
Exames complementares.
Não indica-se raio x na suspeita de piometra pois o conteúdo dentro do útero é líquido e não da contraste com os demais órgãos e, por isso, muitas vezes, não consegue-se diagnosticar piometra só com raio x, necessita-se do ultrassom onde é possível diferenciar estruturas líquidas.
Numa avaliação abdominal, diafragma, fígado, estômago, intestinos, rins, bexiga, próstata, vesícula biliar conseguem ser avaliados claramente.
Já adrenais, linfonodos, ovário, útero são difíceis de serem avaliados em condições normais. Se estiverem aumentados, por exemplo, essa visualização torna-se mais fácil.
Ultrassonografia
Tem substituído o exame radiográfico abdominal na rotina.
Triagem.
Ultrassonografia Abdominal
Fornece informações sobre:
Topografia/posição
Contornos/Superfícies/Margens
Forma
Dimensões
Ecogenicidade (Interação tecido com feixe sonoro)
Hiperecoico - Branco
Hipoecoico - Cinza
Anecoico - Preto
Ecotextura (Distribuição interna dos ecos – aparência)
Parenquitomatosos: Homogêneo/heterogêneo
Arquitetura (Aspecto anatômico)
Órgãos Cavitários
Não têm ecotextura.
O que avalia-se?
Topografia
Repleção
Conteúdo
Anecóico
Hipoecóico
Parede
Espessura
Regular ou Irregular
Técnica
Plano Sagital: ventral (topo do monitor), dorsal (base do monitor), Cranial (lado direito do monitor) e caudal (lado esquerdo do monitor).
Decúbito dorsal, tricotomia quando necessário, gel, seleção do transdutor, posicionamento do transdutor. 
Preparo prévio
Dimeticona quando necessário para diminuir gases.
Posicionamento
Tricotomia
Gel
Seleção do Transdutor
Varredura abdominal
A varredora é feita no sentido anti horário.

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