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Diagnóstico por Imagem

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DIAGNOSTICO 
 POR 
 IMAGEM 
 
 
RADIOPROTEÇÃO 
- São os conjuntos de medidas que visam proteger o homem e o ecossistema de possíveis efeitos indesejáveis causados 
pelas radiações ionizantes. 
- A radiação provoca efeitos adversos nos seres vivos, entre eles: 
o Efeitos Biológicos: ocorrer minutos após a radiação (morte prematura das células, retardo da divisão ou 
modificação permanente), dependendo da quantidade da radiação e seu intervalo de tempo, e da textura do 
organismo de cada indivíduo 
o Efeitos Orgânicos: desequilíbrio do organismo ou de um órgão, devido a incapacidade de superar ou reparar os 
danos sofridos pela radiação, resultando em doença 
- Nos seres humanos, os tumores de mama, pulmão e tiroide são os mais comuns resultantes de exposição a radiação 
 
CUIDADOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
- Tempo: quanto menor o tempo de exposição a radiação, menores serão os efeitos adversos causados por ela 
 indicação: otimizar a habilidade do operador do aparelho de radiologia 
- Distância: ao dobrar a distância entre a fonte de radiação e o detector (pessoa recebe a radiação), reduz a taxa de 
dose de radiação a 25% menos do seu valor inicial 
- Blindagem: consistem na utilização de equipamentos de proteção individual, instrumentos de monitoração e 
isolamento e sinalização da área onde o procedimento é realizado 
 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
INSTRUMENTOS DE MONITORAÇÃO 
 
SINALIZAÇÃO 
 
Aparelhos que mensuram a radiação e 
são avaliados por empresas específicas 
mensalmente, que enviam relatórios de 
exposição a radiação 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE RADIOGRÁFICA 
o Posicionamento do animal (posição que o animal se encontra, interfere nas posições dos órgãos) 
o Conhecimento anatômico (saber a anatomia do animal) 
o Preparo e imobilização do animal (imagem perfeita) 
o Técnica radiográfica (física da radiação) 
- Imobilização do animal pode ser manual, ou se necessária, medicamentosa (sedação, analgesia, anestesia), 
contribuindo para que haja o menor tempo possível de exposição à radiação 
 
PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS 
- Realizada no mínimo, 2 projeções perpendiculares (90º), ou seja, se for 
realizada uma projeção ventrodorsal, deve-se realizar uma laterolateral 
 
NOMENCLATURA 
- Primeiro termo (raio insere) e segundo termo (raio emerge) 
→ ex.: lateroateral esquerdo (raio insere no lado direito, e emerge no 
lado esquerdo) 
→ ex.: ventrodorsal (raio insere ventral e emerge dorsal) 
- O último termo indica o decúbito em que o animal se encontra 
(ventrodorsal – decúbito dorsal) 
 
VENTRODORSAL (VD) 
 
DORSOVENTRAL (DV) 
 
LATEROLATERAL DIREITA ou LATERAL DIREITA (LD) 
 
CRANIOCAUDAL (CrCa) ou ANTERO-POSTERIOR (AP) 
 
 
 
 
 
 
- Raio insere: ventre 
- Raio emerge: dorso 
- Decúbito dorsal 
- Raio insere: dorso 
- Raio emerge: ventre 
- Decúbito ventral 
- Raio insere: lateral esquerda 
- Raio emerge: lateral direita 
- Decúbito lateral direito 
- Membros antes do carpo e tarso 
- Raio insere: face cranial 
- Raio emerge: face caudal 
 
CAUDOCRANIAL (CaCr) ou PÓSTERO-ANTERIOR (PA) 
 
 DORSOPALMAR (DP) PALMARO-DORSAL (PD) DORSO-PLANTAR (DP) 
 
 
 
 
 
 
 LATERO-MEDIAL MEDIO-LATERAL LATERAL ou MEDIAL FLEXIONADA 
 
 
 
 
 
RADIOGRAFIA SOB STRESS “FROG LEG” LATERAL EM ESTAÇÃO 
 
 
 
 
 
- Membros antes do carpo e tarso 
- Raio insere: face caudal 
- Raio emerge: face cranial 
 
- Membros torácicos após os 
carpos 
- Raio insere: face cranial 
- Raio emerge: face palmar 
 
- Membros torácicos após os 
carpos 
- Raio insere: face palmar 
- Raio emerge: face cranial 
 
- Membros pélvicos após os 
tarsos 
- Raio insere: face cranial 
- Raio emerge: face plantar 
 
- Membros torácicos e pélvicos 
- Raio insere: face lateral 
- Raio emerge: face medial 
 
- Membros torácicos e pélvicos 
- Raio insere: face medial 
- Raio emerge: face lateral 
 
- Articulações 
- Flexionar articulação, obedecendo 
aos limites fisiológicos 
 
Tração 
 
Rotação 
 
Hiperflexão 
 
Forças em 
sentido 
contráro 
 
FÍSICA E PRODUÇÃO DE RAIOS X 
PRODUÇÃO DOS RAIOS X 
- O aparelho de raio x possui um tubo de metal contendo dois polos: o ânodo 
(polo positivo) e o cátodo (polo negativo) 
 Cátodo: filamento que ao ser aquecido, produz uma nuvem de elétrons 
 Ânodo: alvo dos íons produzidos, onde irão se chocar em alta velocidade 
- Ao se chocarem com o ânodo, ocorre uma alta formação de calor, fazendo com 
que ocorra a produção dos Raios X 
 
TERMOS 
- Kilovoltagem (Kv): determina a quantidade de raio x a ser produzida (quanto maior 
o Kv, mais raio x é produzido) 
- Milliamperagem (mAs): determina a quantidade de elétrons que chegam ao ânodo 
- Tubo: fonte geradora do raio x (com interior à vácuo, com o ânodo e o cátodo) 
- Tipos de Ânodos: 
→ Ânodo Fixo: imóvel, porém é facilmente corroído (feixe de elétrons atinge o mesmo ponto) 
→ Ânodo Giratório: gira durante a exposição dos elétrons, de difícil corrosão (elétrons atingem pontos diferentes) 
 
RAIO X 
- Também chamado de Fóton, são ondas eletromagnéticas (semelhantes à luz, diferindo pelo comprimento da onda) 
- Propriedades do Raio X: 
o propagam-se na mesma velocidade da luz, e em linha reta 
o sem carga elétrica (raio x é o calor gerado pelos elétrons, e não elétrons) 
o atravessam corpos espessos e impressionam filmes fotográficos 
o produzem modificações biológicas, somáticas e genéticas no organismo 
 
FOTOELÉTRON 
- Fenômeno que ocorre quanto um fóton incidente (raio x) interage com um tecido 
- O fóton então colide com um elétron que gira ao redor do núcleo, e o elimina 
- O elétron eliminado passa a ser chamado de fotoelétron 
- O elétron da camada externa substitui o elétron que saiu, e este deslocamento 
produz uma radiação secundária 
- Essa radiação é absorvida pelo tecido 
→ quanto menor o Kv, mais eventos de fotoelétron irão ocorrer 
 
INTERPRETAÇÃO INICIAL 
- Filmes de Raio X contém uma película que ao ser exposta aos radiação, “queimam, formando a parte preta do filme 
- A tonalidade apresentada no filme irá depender da composição do tecido pelo qual a radiação atravessou 
 Radiopaca: imagem de coloração branca (tecido absorve o raio x) 
 Radioluscente: imagem de coloração preta (raio x atravessa o tecido) 
 
 
 Absorção total 
Absorção média 
nenhuma absorção 
Absorção alta Absorção Baixa 
- Efeito de Adição: sobreposição de estruturas de mesma densidade 
- Efeito de Subtração: sobreposição de estruturas de densidades diferentes 
 
APARELHOS RADIOLÓGICOS 
- Aparelhos Móveis: possibilita o transporte do aparelho, porém é de menor potência 
- Aparelhos Fixos: alto custo, necessita de sala especial, porém com maior potência 
 
REVELAÇÃO 
- Identificador: utilizado para identificar o nome do animal, bem como outras informações importantes no filme 
- Película Radiográfica: composta por microcristais de prata, que são sensíveis à luz, e que estão suspensos em gelatina 
- Chassis Radiográficos: utilizados para armazenar o filme radiográfico, por ser a prova de luz e rígido, conferindo 
proteção (cuidado no manuseio) 
- O processamento radiográfico (manual ou automático) passa por quatro fases: 
1. Revelação 
2. Fixação 
3. Lavagem 
4. Secagem 
 
CÂMARA ESCURA 
- Local onde se desenvolve o processamento do filme radiográfico 
- Deve ser a prova de luz, sem umidade, não vulnerável a temperaturas extremas, e provida de água e eletricidade 
 
VISUALIZAÇÃO DO FILME 
- Manual: é visualizado com o auxílio do negatoscópio (aparelho que torna visíveis as sombras dos raios X) 
- Digital: visualizado no computador 
 
TÉCNICA RADIOGRÁFICA 
- Para se saber quantos Kvs serão utilizados, utiliza-se esta fórmula: 
 
KV = E x 2 + CF, onde: 
 
- E: espessura (cm) da região a ser radiografada 
- CF: constante filme(20 é o mais usado) 
 
Ex.: região com 10 cm 
KV = 10 x 2 + 20 
KV = 40 
 
o Tecido ósseo: o valor de Milliamperes (mAs) será igual ao valor do Kv 
o Tórax: o valor de Milliamperes (mAs) será metade do Kv 
o Abdômen: o valor de Milliampereses (mAs) será o dobro do Kv 
 
*quanto maior o Kv, menos nítido será a imagem, porém haverá maior proteção ao paciente 
*quanto menor o Kv, mais contraste haverá a imagem (melhor qualidade), porém o paciente sofrerá mais radiação 
→ pacientes obesos – utilizar menos Kv 
→ pacientes caquéticos – utilizar mais Kv 
Ocorrem na Câmara Escura 
RADIOLOGIA DO ABDÔMEN – TÉCNICAS E INTERPRETAÇÃO 
- O Raio X do abdômen, ainda é uma técnica muito utilizada, não podendo ser totalmente substituída pelo ultrassom 
- Ele confere uma visão global e estática do abdômen 
 
PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS 
- Realizar duas projeções, uma perpendicular a outra (por exemplo, uma lateral direita e outra ventrodorsal) 
- Em especial no estômago deve-se realizar três projeções: Lateral direita, Lateral esquerda e Ventrodorsal 
- A radiografia deve ser realizada durante a expiração, pois neste momento o diafragma 
está mais cranial, e não está comprimindo nenhum órgão 
- Evita-se a projeção Dorsoventral, pelo motivo de ocorrer compressão dos órgãos 
- Quando na posição Laterolateral: 
→ radiografar delimitando cranialmente o diafragma e caudalmente a articulação 
coxofemoral 
→ não radiografar tracionando caudalmente os membros posteriores, pois isto 
altera a localização anatômica dos órgãos abdominais 
→ os membros posteriores devem estar perpendiculares 
- Quando na posição Ventrodorsal: 
→ também é incorreto tracionar os membros posteriores 
→ realizar o “Frog Leg”, que é fazer uma leve abertura dos membros 
 
PREPARAÇÃO DO PACIENTE 
- Não são necessárias preparações especiais (enema, jejum, antifisético, laxante), exceto em 
casos de: 
 presença de massas abdominais pequenas, nódulos ou cálculos uretrais 
 radiologias com o uso de constrastes 
 
TÉCNICA RADIOGRÁFICA 
- Encontram-se algumas dificuldades para realização da técnica radiográfica nesta região, devido o baixo contraste que 
estes órgãos apresentam neste local, e pela alta quantidade de deposição de tecido adiposo 
- Fórmula para definir o Kv e mAs: 
Kv = E x 2 + CF 
Abdômen = mAs = Kx x 2 
- Espessura: medir o ponto mais largo do abdômen (cranial ao fígado) 
 
ÓRGÃOS ABDOMINAIS 
- Trato Gastrointestinal (estômago, ID, IG), Fígado, Baço, Vesícula Urinária e Rins são observados no raio x 
- Pâncreas, Adrenais, Próstata, Vesícula Biliar, Ureter, Útero e Ovários, Linfonodos não são observados 
o devido a sobreposição das estruturas vizinhas sobre estes órgãos 
Conteúdo alimentar ou fecal irá 
promover uma falsa 
interpretação nestes casos 
mAs no abdômen será o dobro do Kv 
 
INTERPRETAÇÃO 
- Cuidado com o diagnóstico, pois não se sabe se o problema encontrado é decorrente de um evento passado, se é um 
problema atual ou se acarretará em um problema futuro 
- Ao radiografar uma estrutura, deve-se analisar quatro regiões, nesta ordem: 
1. Região Extra-abdominal: vértebras, costelas, porções visíveis da pelve e membros pélvicos 
- não dar laudo específico, pois não se está utilizando a técnica nem posicionamento adequado para correta 
avaliação, mas realizar observações 
2. Espaço Peritoneal e Retroperitoneal: região ventral do abdômen (parede abdominal) 
- apresenta-se lisa e com mesma coloração 
3. Região do Trato Gastrointestinal: estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, baço 
4. Região Urogenital: rins e vesícula urinária 
- Após analisar todas as regiões, se atentar a órgãos não observados normalmente (por exemplo, em casos de piometra, 
é possível se observar o útero) 
 
OBSERVAÇÕES 
- Observar posição, tamanho, formato, margem, localização e material presente nos órgãos 
- Considerar a sobreposição dos órgãos (órgão sobre o outro deixa a estrutura mais radiopaca ou radioluscente) 
- A gordura presente no abdômen confere o contraste do órgão 
→ Animais Caquéticos: possuem o abdômen contraído e com baixa definição de contraste (pouca gordura) 
→ Animais Jovens (menos de 6 meses): detalhamento das estruturas abdominais ruim, devido a sua gordura ser 
imatura 
 
ANATOMIA ABDOMINAL 
 
 
 
RIN S ESTÔMAGO 
CÓLON 
B EXIGA 
B AÇO 
F ÍGADO 
B EXIGA 
B AÇO 
CÓLON 
RIM D INTESTINO 
DE L GADO 
ESTÔMAGO 
RIM E 
SISTEMA URINÁRIO 
RINS 
- Antes de tudo, é necessário saber a anatomia renal, tendo em mente as características do órgão 
- Tamanho dos rins: 
→ cães: possui de 2,5 a 3,5 x o comprimento do corpo da vértebra L2 
→ gatos: possuem de 2,4 a 3,0 x o comprimento do corpo da vértebra L2 
ex.: se um cão apresenta o corpo da L2 de 1 cm, o rim deve ter entre 2,5 a 3,5 cm 
- Formato dos rins: 
→ cães: são órgãos alongados (aparência de “feijão”) 
→ gatos: são órgãos mais arredondados 
- Localização dos rins: 
→ o rim direito é mais cranial que o rim esquerdo 
- Contorno dos rins: 
→ a superfície renal deve ser lisa, sem irregularidades (abscessos, cistos) 
- Radiopacidade dos rins: os rins tem radiopacidade de tecido mole (tons de cinza), logo, se observarmos tons mais 
radiopacos (mais brancos) ou mais radioluscentes (mais pretos) que não sejam sobreposições (imagem de outro órgão), 
isto indica alterações 
→ observar as alterações nas duas projeções (ventrodorsal e laterolateral) 
 
UROGRAFIA EXCRETORA 
- Técnica de radiografia por contraste indicada para os rins, que é administrado pela via intravenosa e ao chegar ao 
sistema urinário, percorre todo o caminho feito pela urina, composto de iodo 
- Realiza uma avaliação qualitativa dos rins (tamanho, forma, localização dos rins, ureteres e bexiga) 
- Indicação: ruptura de ureter, hidronefrose, ectopia renal, parasitas renais, neoplasias, cálculos radioluscentes 
- Contraindicações: pacientes debilitados (nefropatas, doença renal crônica), desidratados e hipotensos (é um contraste 
hipertônico, que puxa água do interstício, piorando o quadro), alérgicos a iodo 
Recomendações: 
 Jejum de 12 a 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos (diminui o conteúdo fecal e gases, melhorando a 
visualização do órgão) 
 Realizar raio x simples antes da urografia excretora (laterolateral e ventrodorsal) 
 Esvaziar a bexiga e administrar o contraste intravenoso (entre 20 a 30 minutos  preenche rins, ureteres e 
bexiga) 
 
URETERES 
- Não são visualizados no raio x simples, somente na urografia excretora 
- Assim como nos rins, observar tamanho, forma, contorno e localização dos ureteres 
- Cálculos nos ureteres são difíceis de serem visualizados, devido o conteúdo das alças intestinais 
- Urografia excretora possibilita visualizar aumento ureteral, ectopias e distorções 
 
BEXIGA 
- Encontra-se cranial ao púbis e caudal ao intestino delgado (divide-se em ápice, corpo e colo) 
- Radiopacidade da bexiga: a bexiga possui radiopacidade de tecido mole (tons de cinza) 
o Pontos Radioluscentes: podem indicar a presença de gases 
o Pontos Radiopacos: podem indicar cálculos ou mineralização da parede devido neoplasias 
- Observar localização, forma, contorno, tamanho e radiopacidade do órgão 
 
 
Existem dois tipos de constrastes: 
- Contraste positivo: gera imagem radiopaca (iodo, enema baritado) 
- Contraste negativo: gera imagem radioluscente (ar) 
Urografia excretora evidencia todo o sistema urinário, mas quando precisa 
avaliar somente a bexiga e a uretra, util izam-se técnicas específicas para 
elas, pois são menos prejudiciais ao organismo do animal 
CISTOGRAFIA 
- Técnica de radiografia por contraste indicada para a bexiga, onde se administra o contraste por sonda uretral 
- Indicações: alterações urinárias (disúria, poliaquiúria, hematúria, estrangúria, noctúria) 
- Avalia-se a mucosa da bexiga, falhas de preenchimento e extravasamento da urina 
- Complicações: traumas iatrogênicos (quando não se faz sedação do animal), contaminaçãobacteriana 
- Técnica: 
→ Contraste Positivo (iodo): esvazia-se a bexiga e aplica o contraste 
- avalia rupturas, localização e cálculos na bexiga 
→ Contraste Negativo (ar, O2, nitrogênio, CO2): confere imagem radioluscente no interior da bexiga 
- localizar estrutura radiopaca (não indicada, por poder adentrar na circulação e causar êmbolos e morte) 
→ Duplo Contraste (iodo + ar): diminui o volume do iodo a ser utilizado, e complementa com coloração 
radioluscente no órgão 
- mais sensível para avaliar a parede vesical e defeitos no preenchimento luminal 
Recomendações: 
 Jejum alimentar e enema (reduz o conteúdo fecal) 
 
URETRA 
- Mais curta e mais ampla na fêmea, mais prolongada no macho (prostática, membranosa e peniana) 
- Raio x simples é usado para identificar cálculos radiopacos 
 
URETROCISTOGRAFIA 
- Técnica de radiografia por contraste indicada para a uretra, por sonda uretral 
- Indicações: ectopia, ruptura e cálculos radioluscentes 
 
Resumindo... 
UROGRAFIA EXCRETORA 
URETROCISTOGRAFIA 
CISTOGRAFIA 
RINS 
URETER 
BEXIGA 
URETRA 
- Tamanho 
- Contorno 
- Posição/Localização 
- Forma 
- Radiopacidade 
Raio X simples – 
somente rins e bexiga 
ESÔFAGO E ESTÔMAGO 
ESÔFAGO 
- Órgão em forma de tubo oco e colabado, com dois esfíncteres (cranial e caudal) 
- Não pode ser visualizado no raio x simples, devido a sobreposição que sofre, e condição anatômica 
 
ESOFAGOGRAMA 
- Técnica radiológica por contraste indicada para visualização do esôfago ou para delimitar regiões próximas ao 
esôfago (suspeita de massa na traqueia, fazendo com que o esôfago seja deslocado) 
- Contraste a base de Sulfato de Bário (contraste positivo), por ser mais grosseiro que o iodo, sendo administrado por 
via oral (seringa, ou direto na boca) ou por sonda nasogástrica (porém, neste caso, contraste chega somente a porção 
mais caudal do esôfago) 
o Não utilizar Sulfato de Bário em suspeita de perfuração (utilizar iodo nestes casos) 
o Sulfato de Bário, ao extravasar provoca reações granulomatosas, resultando em óbito 
Recomendações: 
 Jejum alimentar de 12 horas (em casos de megaesôfago, ocorre retenção de alimento, dificultando o 
diagnóstico, provocando uma falsa interpretação de corpo estranho) 
 Remover coleiras antes do procedimento 
 Realizar raio x simples antes da técnica e utilizar as mesmas projeções (lateral esquerda ou direta e 
ventrodorsal oblíqua) 
 Disparo do raio x imediatamente após a administração 
 Observar todas as estruturas esofágicas (esfíncter cranial e caudal, porção cervical e torácica) 
 
ESTÔMAGO 
- Órgão dividido em cárdia, fundo, corpo e piloro 
- Cranial em aposição à superfície caudal do fígado, voltado principalmente à esquerda do plano mediano 
- É observado no raio x simples, devido a presença de gases, alimento, líquidos no seu interior 
 estômago vazio: não é visto pelo raio x simples (localizado no gradil costal quando vazio) 
Recomendações: 
 Jejum de 12 a 24 horas 
Técnicas Radiográficas: 
- Exame Simples: corpo estranho radiopaco 
- Exame Contrastado: quase sempre realizado para o estômago 
→ Cães: a região do piloro é muito mais fácil de ser observada, por se encontrar à direita da linha média 
→ Gatos: a região do piloro está abaixo da coluna, dificultando a sua observação 
 
Quanto à localização das regiões nas diferentes projeções: 
Projeção Lateral 
- Fundo, corpo e piloro se encontram perpendicular à coluna e paralelos às costelas 
- Piloro está sobreposto ao corpo ou cranial a ele 
Projeção Ventrodorsal 
- Fundo, cárdia e corpo estão a esquerda da linha média 
- Piloro está a direita da linha média (gatos – abaixo da coluna) 
Quanto à localização do conteúdo gástrico nas diferentes projeções: 
 
 
 
 
RAIO X SIMPLES DO ESTÔMAGO 
- Indicação: corpo estranho radiopaco (ossos, metais), dilatação gástrica (estômago distendido), vólvulo (torção) 
o Vólvulo: apresenta compartimentalização gástrica (linhas brancas que se projetam no lúmen com gás) 
- Paciente estável: repetir em 1 a 3 dias (corpo estranho não perfurante pode acompanhar o fluxo gastrointestinal e ser 
eliminado pelas fezes, sem necessitar de intervenção cirúrgica) – caso não for eliminado  tratamento cirúrgico 
 
GASTROGRAMA 
- Técnica radiológica por contraste utilizada para visualização do estômago 
- Indicações: doenças gástricas não visualizadas no exame simples, corpos estranhos radioluscentes 
- Contraindicações: alimento no estômago (atrapalha no laudo do exame, pois tanto o alimento quanto corpo estranho 
são contornados pelo contraste), suspeitas de ruptura do órgão (mesma técnica do esofagograma, com maior dose) 
Recomendações: 
 Jejum de 12 a 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos (caso haja retardo do esvaziamento gástrico) 
 Enema (esvaziar a ampola retal com água morna) 
 Raio x simples antes da técnica (observar a estrutura abdominal e verificar a técnica de kV e mAs) 
 Projeções Lateral Direita, Lateral Esquerda e Ventrodorsal (no mínimo estas 3) 
 Disparo imediatamente após a administração do contraste (via oral ou sonda nasogástrica) 
Contraste: Sulfato de Bário (ou iodo em casos de suspeita de ruptura) 
- Principais Observações: corpo estranho radioluscente, massas/nódulos, ulcerações, gastrites, tempo de esvaziamento 
→ Corpo Estranho: após o esvaziamento, o corpo estranho continua retendo o bário (radiopaco na imagem) 
→ Corpo estranho pouco permeável ao bário, aparecerá como falha no preenchimento (radioluscente) enquanto 
todo estômago estiver preenchido (radiopaco) 
 
Resumindo... 
 
 
ESTÔMAGO 
ESÔFAGO ESOFAGOGRAMA 
GASTROGRAMA 
Raio x simples – 
Somente Estômago 
INTESTINO DELGADO E INTESTINO GROSSO 
INTESTINO DELGADO 
- Observar tamanho, posição, formato e radiopacidade do intestino delgado 
- Tamanho do Intestino Delgado: 
→ cão: 1,6 x a altura do corpo da L5 
→ gatos: 2 x a altura do corpo da L4 
ex.: cão possui 1,5 cm de altura do corpo da L5, o diâmetro máximo do intestino delgado deve ser 2,4 cm 
- Posição do Intestino Delgado (sofre algumas variações fisiológicas) 
→ estômago cheio: intestino delgado é deslocado caudalmente 
→ bexiga repleta: intestino delgado é deslocado cranialmente 
→ animais obesos: permanece deslocado para a região central 
- Formato do Intestino Delgado (depende da posição das alças intestinais): 
→ tubos curvos homogêneos (quando as alças são visualizadas lateralmente) 
→ círculos sólidos (quando as alças são vistas de frente, como um corte do lúmen) 
- Íleo Mecânico: algo que ocorre, e impede o trânsito intestinal, possibilitando a observação de distensão das alças 
cranial a obstrução (devido a obstrução, cranial a ela permanece distendida, e distal, vazia) 
 corpo estranho radiopaco: caso este seja o motivo da obstrução, é possível visualizar no raio x simples 
 corpo estranho radiolucente: não são visualizados em raio x simples, somente com contraste 
Recomendações: 
 realizar 3 projeções (lateral esquerda, lateral direita e ventrodorsal) 
 jejum de 24 horas e enema 2 horas antes do exame 
 caso o paciente apresente quadro agudo, não realizar preparo (realizar técnica mais rápido possível) 
- Duodeno – encontra-se na parede abdominal direita 
o Flexura Duodenal Cranial: fixa na superfície caudal do lado direito do fígado pelo ligamento hepatoduodenal 
o Flexura Duodenal Caudal: plano transverso à tuberosidade coxal 
- Jejuno e Íleo: estão distribuídos pela cavidade abdominal 
 
TRÂNSITO GASTROINTESTINAL 
- Técnica radiográfica de contraste de Sulfato de Bário indicada para visualização de estruturas do intestino delgado 
- É uma técnica muito demorada (até 6 horas em cães e de 2 a 3 horas em gatos) 
- Indicação: corpo estranho radiolucente, massas e intussuscepção 
- Contraindicação: em evidências de obstrução intestinal (ao ter evidências, realizar diretamente a cirurgia após o raio 
x simples) e suspeita de perfuração gastrointestinal (utilizar contraste de iodo) 
Recomendações: jejum de 24 horas e enema de 2 horas antes do exame 
 caso o paciente apresente quadro agudo, não realizar preparo (realizar técnica mais rápido possível) 
- Medicações que alteram a motilidade 
o isofluorano, xilazina e fentanil (sedativos e anestésicos que alteram a motilidade gastrointestinal) 
o no lugar dos citados acima, utilizar diazepam e ketamina para sedação do animal 
- Se houver obstrução intestinal, observará: 
o demora no tempo do trânsito intestinal 
o obstrução parcial: corpo estranho fica delineado após a passagem do contraste 
o obstrução total: o contraste fica cranial à obstrução 
 
 
 
 
INTESTINO GROSSO 
- Ceco, cólon (ascendente, transverso e descendente), reto e canal anal 
- Conteúdo: fezes e gases (uniformemente distribuídos) 
- Exame retal, palpação abdominal e enemas prévios ao procedimento aumentam a quantidade de gás 
e líquido 
- Fecaloma: fezes segmentadas com diversos pontos brancos de mineralização, visualizado no raio x 
simples 
 
ENEMA BARITADO 
- Técnica radiográfica por contraste de Sulfato de Bário, realizada para visualização do intestino grosso, por via retal 
- Indicações: obstrução por corpo estranho radioluscente, estenose, intussuscepção íleo-ceco-cólica, má formação 
Recomendações: 
 jejum de 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos, enema com água morna (caso haja fezes) 
 raio x imediatamente após a administração do contraste (laterolateral e ventrodorsal) 
 esperar a eliminação do contraste e novas radiografias 
- Achados normais no exame: 
 cólon uniformemente distendido e contorno liso 
 ventrodorsal: intestino grosso possui forma de ponto de interrogação 
 laterolateral: intestino grosso se encontra paralelo a coluna 
- Colite (inflamação do cólon) 
o raio x simples: dilatação 
o contraste: mucosa irregular, espessa, com diminuição ou dilatação do órgão 
- Neoplasias (cólon e reto) 
o raio x simples: pode haver dilatação 
o contraste: mucosa irregular, com falha de preenchimento e constrições anulares 
- Corpo estranho 
o raio x simples: identifica somente corpo estranho radiopaco 
o contraste: identifica somente corpo estranho radiolucente (falha no preenchimento) 
- Megacólon 
o observa-se massa de fezes densa e dilatação que termina abruptamente 
- Retenção fecal 
o observa-se massa de fezes densa e possivelmente fecaloma 
 
Resumindo... 
 
 
INTESTINO DELGADO 
INTESTINO GROSSO 
TRÂNSITO GASTROINTESTINAL 
ENEMA BARITADO 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
TRAQUEIA 
- Constituída por anéis cartilaginosos unidos por musculatura, localizada na região cervical e torácica 
- As alterações mais comuns observadas neste órgão são: ruptura e colapso de traqueia 
- Ruptura de traqueia: causada por trauma (por exemplo, morderdura), ocorrendo na região cervical da traqueia 
→ raio x: observa-se enfisema subcutâneo, perda da continuidade dos anéis traqueais 
- Colapso de traqueia: enfraquecimento da musculatura dorsal dos anéis traqueis 
→ raio x: visualização de estreitamento de luz traqueal 
→ caso não seja visualizado o estreitamento, não exclui o diagnóstico de colapso 
(estressar e excitar o animal ou pressionar a traqueia, para induzir tosse) 
 
BRÔNQUIOS 
- Ramificações da traqueia, divididos em direito e esquerdo principais 
- São tubos cartilaginosos que levam ar aos pulmões 
- Bronquite (inflamação dos brônquios): 
→ raio x: presença de secreção bronquial ou espessamento da parede dos brônquios 
→ este padrão pode aparecer em forma de “Donuts” ou “Trilho de Trem”, dependendo do corte do brônquio 
 
 
 
 
 
PULMÕES 
- Pulmão esquerdo: lobo cranial e lobo caudal 
- Pulmão direito: lobo cranial, lobo médio e lobo caudal (acessório) 
*Efusão pleural e pneumotórax não possuem bom diagnóstico pelo raio x, pois causam alterações somente superficiais 
- Nos pulmões podemos observar dois tipos de padrão que definem alterações no órgão: 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO BRONQUIAL: alteração do brônquio evidenciada por presença de exsudato ou 
espessamento da parede, possuindo forma de Donuts ou Trilho de Trem. 
PADRÃO INTERSTICIAL: alteração do interstício pulmonar evidenciada por presença de exsudato, 
fluido ou fibrose, possuindo forma de linear (nebulosidade difusa nos pulmões) ou nodular (aparenta a 
presença de nódulos, mas não são). 
PADRÃO ALVEOLAR: alteração dos alvéolos pulmonares evidenciada por presença de exsudato, 
fluido ou fibrose alveolar, com aparência de flocos de algodão, envolvendo todo o lobo pulmonar 
PADRÃO PULMONAR BRONQUIAL 
Setas Pretas: “trilho de trem” 
Setas Brancas: “donuts” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Cuidado: padrão alveolar pode ser confundido com nódulo, por isso necessita-se observar outras projeções 
*Broncograma aéreo: sobreposição que os brônquios fazem, por estarem com ar (radiolucente) em padrões 
alveolares, onde há a presença de exsudato (radiopacos) 
- Pneumonias: apresentam opacidade pulmonar difusa (padrão intersticial) 
o Pneumonia Fúngica: apresentam padrão miliar (vários focos de opacidade) 
o Pneumonia Aspirativa: pode acometer todo o pulmão ou apenas o lobo cranial (padrão alveolar e intersticial) 
- Neoplasias Pulmonares: podem ser primárias ou por metástase 
o apresentam massas radiopacas (realizar projeções múltiplas, como laterais, ventrodorsal e dorsoventral) 
- Edema Pulmonar: acúmulo de fluido no interstício e alvéolos dos pulmões (padrão intersticial, alveolar ou ambos) 
o Cardiogênico: alterações na região peri-hilar 
o Não Cardiogênico: lobos caudais são mais afetados 
- Efusão Pleural: acúmulo de líquido na pleura (transudato, sangue, quilotórax)  drenar antes do raio x (conforto) 
o apresenta aumento de densidade nos campos pulmonares, normalmente na região ventral do tórax, e escurece a 
silhueta cardíaca 
o se o animal não estiver estável, não realizar o raio x, pois pode causar o óbito do animal 
- Pneumotórax: ar livre dentro da cavidade pleural 
o apresenta aumento da distância da silhueta cardíaca ao esterno, lobos pulmonares retraem da parede torácica, e 
se tornam mais densos do que o normal 
- Hérnia Diafragmática: deslocamento de órgãos abdominais para dentro da cavidade torácica (rompimento do 
diafragma, podendo ter conteúdo esplênico, hepático, gástrico ou intestinal) 
o apresenta perda da cúpula do diafragma, difícil de visualizar os pulmões, com órgãos abdominais na cavidade 
torácica 
- Fratura de Costela 
o apresenta solução de continuidade (fratura) nas costelas 
 
Resumindo... 
 
 TRAQUEIA 
BRÔNQUIOS 
PULMÕES 
- Colapso de Traqueia 
- Ruptura de Traqueia 
- Padrão Bronquial 
- Padrão Intersticial 
 
- Padrão Alveolar 
PADRÃO PULMONAR ALVEOLAR 
Setas Pretas: broncogramas aéreos 
PADRÃO PULMONAR INTERSTICIAL 
Aparência pulmonar nebulosa 
SISTEMA CARDÍACO 
CORAÇÃO 
- Na radiologia do coração, avalia-se a silhueta, o tamanho, formato e posição do coração 
 
LATEROLATERAL 
→ coração oblíquo, com a margem cranial abaulada e margem caudal retilínea 
→ eixo crânio-caudal: no máximo 2,5 espaços intercostais (animais de tórax estreito) e 3,5 espaços intercostais 
(animais de tórax largo) 
→ eixo ápico-basilar: não deve ultrapassar 2/3 da altura da cavidade torácica 
- Na radiologia do coração, é possível observar alterações no tamanho, formato e posição do órgão, porém para 
estabelecer os possíveis diagnósticos, é necessário realizar outros métodos por imagem 
(ECG, ecocardiograma) 
 
DORSOVENTRAL ou VENTRODORSAL 
- Nestas projeções, o coração possui formato oval, e é necessário usar a analogia do 
relógio para observar alterações: 
o 11 até 1 hora: arco aórtico 
o 1 até 2 horas: artéria pulmonar 
o 2 até 3 horas: Átrio Esquerdo 
o 3 até 5 horas: Ventrículo Esquerdo 
o 5 até 9 horas: Ventrículo Direito 
o 9 até 11 horas : Átrio Direito 
 
TÉCNICA 
- Devem ser realizadas no mínimo duas projeções, priorizando durante o momento da inspiração 
- Evitar que o animal se movimente, para que possa se observar a posição cardíacacorreta 
 
ALTERAÇÕES CARDÍACAS 
- Aumento de Átrio Direito: 
 projeção laterolateral (LL): observa-se o deslocamento 
dorsal da porção cranial da traqueia 
 projeção dorsoventral (DV): observa-se dilatação da 
silhueta cardíaca das 9 às 11 horas 
 
 
- Aumento de Átrio Esquerdo: 
 projeção laterolateral (LL): observa-se elevação dorsal da porção distal da traqueia e da 
carina (bifurcação da traqueia) e deslocamento dorsal dos brônquios principais 
 projeção dorsoventral (DV): observa-se dilatação da silhueta cardíaca das 2 às 3 horas 
 
 
- Aumento de Ventrículo Esquerdo: 
 projeção laterolateral (LL): perda da cintura caudal e bordo esquerdo 
verticalizado 
 projeção dorsoventral (DV): arredondamento do bordo do ventrículo 
esquerdo, deslocamento da ponta do coração para a direita (3 às 5 horas) 
 
 
- Aumento de Ventrículo Direito: 
 projeção laterolateral (LL): maior contato do coração direito 
com o esterno e elevação da traqueia 
 projeção dorsoventral (DV): arredondamento do bordo do 
coração direito (5 às 9 horas) 
 
 
- Aumento Generalizado do Coração: quando ocorre o aumento de duas câmaras ou mais 
 projeção laterolateral (LL): contorno cardíaco arredondado, 
perda das cinturas cranial e caudal, maior contato com o esterno 
 projeção dorsoventral (DV): diâmetro cardíaco aumentado, 
campos pulmonares diminuídos e bordas cardíacas mais 
próximas da parede torácica 
 
 
 
 
 
 
 
COLUNA VERTEBRAL 
A coluna compreende os ossos vertebrais, que se dividem em cinco segmentos: 
cervical, torácica, lombar, sacral e coccígeo. 
 raio x simples: visualiza as estruturas ósseas 
 raio x contrastado: realiza o mesmo trajeto do líquor, conferindo 
avaliação nervosa 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA 
- Avaliar o alinhamento da coluna, forma ou contorno, densidade dos ossos e espaço intervertebral 
 
POSIÇÕES RADIOGRÁFICAS 
- Coluna Cervical 
 
 
 
 
 
- Coluna Toracolombar 
 
 
 
DOENÇAS CONGÊNITAS 
Formação e desenvolvimento anormal das vértebras, sem alterações cínicas importantes. 
- Espinha Bífida: ausência ou hipoplasia do processo espinhoso 
- Vértebra em Bloco: fusão de dois ou mais corpos vertebrais 
- Hemivértebra: desenvolvimento parcial da vértebra 
 
CURVATURAS DA COLUNA 
- Escoliose: desvio lateral da coluna 
- Cifose: desvio dorsal da coluna 
- Lordose: desvio ventral da coluna 
Alterações colunares cursam com dor intensa no 
animal  sedação ou anestesia 
Devido o formato anatômico da 
coluna, o animal em decúbito lateral 
não deixa a coluna alinhada, se fazendo 
necessário o uso de almofadas de areia 
ou blocos de espuma 
Decúbito Lateral (flexão de 
membros, impedindo sobreposição 
da escápula aos ossos cervicais) 
Decúbito Lateral em 
Extensão (extensão da 
cabeça e flexão dos membros) 
Decúbito Lateral em Flexão 
(flexão total da cabeça, para 
avaliar atlas e axis) 
Ventrodorsal 
Decúbito Lateral 
Ventrodorsal 
ESCOLIOSE CIFOSE LORDOSE 
FRATURAS E LUXAÇÕES 
- Fratura do corpo vertebral: bordos vertebrais desalinhados, com alteração na forma e 
tamanho, angulação normal da coluna, podendo envolver o espaço intervertebral 
- Fratura do processo espinhoso ou processo transverso 
- Subluxação Atlantoaxial: marcada compressão da medula devido distância entre a C1 (atlas) e 
C2 (axis), promovendo sinais neurológicos, podendo ser devido causas congênitas ou adquiridas 
 aumento da distância do arco do atlas e a espinha dorsal do áxis (processo odontoide) 
 agenesia ou diminuição do processo odontoide do áxis 
 
SÍNDROME DE WOBBLER (Espondilomielopatia Cervical) 
Desenvolvimento anormal da vértebra cervical causando deformidade e subluxação, que levam 
a uma compressão medular. Mais comum em cães de raças grandes e em equinos. 
 subluxação da vértebra cervical 
 estreitamento do espaço intervertebral 
 vértebra em forma anormal 
 
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA 
Ocorre por instabilidade ou estenose do espaço intervertebral, comprimindo a cauda equina (L7-S1), promovendo 
uma subluxação lombossacral. 
 subluxação de vértebras lombossacrais (onde está a cauda equina) 
 espondilose ventral e/ou lateral entre as vértebras lombossacrais 
 estenose óssea do canal medular das vértebras 
 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL (Hérnia de Disco) 
Ocorre por degeneração e protrusão do disco intervertebral, levando a compressão da raiz nervosa e da medula. 
 alguns animais não apresentam sinais radiográficos (necessário realizar raio x contrastado) 
 diminuição do espaço intervertebral 
 forma e tamanho do forame intervertebral alterado 
 aumento da radiopacidade dentro do canal medular (devido calcificação do disco) 
 
ESPONDILITE 
Infecção do corpo vestebral 
- Discoespondilite: infecção do corpo vertebral e do espaço do disco intervertebral 
 lesões ósseas irregulares (proliferativas ou osteolíticas) 
 
ESPONDILOSE 
Condição degenerativa da vértebra, por causas desconhecidas (vários osteófitos nos corpos vertebrais). 
 osteófitos nos bordos vertebrais lateral, dorsal e ventral (pequenas espículas ósseas, até formação de ponte) 
 
NEOPLASIAS 
- Primárias: osteoma, osteossarcoma, condrossarcoma 
- Metastáticas: carcinoma, sarcoma 
 benigno: esclerose delimitada, ausência de reação periosteal, cortical delgada 
 maligno: margens mal definidas, alterações osteolíticas, reação periosteal, pode causar fratura compressiva 
 
 
 
Mielografia: raio x contrastado de iodo, 
realizado em alterações das lombares para 
cima (administrar na cisterna magna) 
Epidurografia: raio x contrastado de 
iodo, realizado em alterações das 
lombares para baixo (administrar na 
espaço epidural, L5-L6) 
Hérnia de disco: 
comprovada com raio x 
contrastado (raio x simples 
dá ideia de alteração) 
CAVIDADE ABDOMINAL E SISTEMA REPRODUTIVO 
ASCITE 
Coleção líquida livre na cavidade abdominal, por diferentes causas. O raio x não identifica o 
conteúdo, porém demonstra a sua presença. 
 aumento da radiopacidade do abdômen, impossibilitando a definição das estruturas 
 aparência de “fundo de piscina”, devido a perda de detalhe dos órgãos 
 alças intestinais podem estar flutuando quando cheias de gases 
- Drenagem e teste do baloteamento – confirmam a ascite 
 
PERITONITE 
Inflamação do peritônio, sem causar distensão, podendo ser localizada ou generalizada. 
 aumento de radiopacidade do abdômen, impossibilitando a definição dos órgãos 
 aparência do abdômen com grumos (fibrina) e turvo 
 diferente da ascite, não propaga por todo abdômen, ficando mais concentrado no peritônio 
 
ÚTERO GRAVÍDICO 
- Radiografia no início da gestação: útero estendido – não confirma gestação (pode ser mucometra, hemometra) 
- Confirmação de gestação: somente quando há mineralização dos ossos dos fetos (45 dias) 
 útero normal: próximo ao ligamento redondo, inserido ventral à bexiga 
 útero aumentado: distende-se na região mesogástrica e hipogástrica, 
deslocando as alças intestinais cranialmente 
 contagem fetal: feito pela contagem da coluna vertebral ou pela cabeça 
dos fetos 
- Ultrassom é mais utilizado no diagnóstico gestacional 
- Raio x é mais utilizado para diagnosticar distocias no último terço gestacional 
 
DISTOCIAS E MORTE FETAL 
- Distocias: dificuldade no parto ou incapacidade de expelir o concepto do útero pelo canal pélvico, podendo ser 
por causa materna (estreitamento do canal pélvico, dilatação incompleta da cérvix) ou fetal (tamanho, posição) 
 feto grande ou canal pélvico estreito no raio x 
- Morte fetal: pode ocorrer devido distocia ou por infecção uterina 
 feto macerado: degeneração por bactérias (feto irregular envolto por líquido) 
 feto mumificado: reabsorvido, pela cérvix não abrir (vários ossos perdidos) 
 feto enfisematoso: degeneração por bactérias anaeróbicas (feto irregular envolto por gás) 
 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS UTERINAS 
Piometra, Mucomentra,Endometrite e Hiperplasia Endometrial (não diferencia no raio x) 
 aumento tubular com densidade líquida em cornos e corpo uterino 
 laterolateral: aumento tubular observado no abdômen caudal e medial 
 ventrodorsal: aumento do lado esquerdo do cólon descendente 
 
AUMENTO PROSTÁTICO 
Hipertrofia benigna, Prostatite, Abscesso, Cisto e Neoplasias. 
 laterolateral: aumento prostático cranial à borda do púbis, deslocando cranialmente a bexiga, e o cólon e 
reto dorsalmente 
 ventrodorsal: aumento prostático sobreposto aos ossos púbicos 
Diferenciar de filhotes que possuem gordura 
imatura, e animais caquéticos, sem gordura 
visceral, aumentando a radiopacidade abdominal 
ELETROCARDIOGRAMA 
Exame diagnóstico que realiza a mensuração elétrica do coração, através da condução do sinal elétrico para contração. 
O miocárdio é composto por células com potencial de propagar e produzir o próprio impulso elétrico, seguindo em 
direção da base do coração para o ápice. 
 
CONDUÇÃO ELÉTRICA 
Nodo Sinoatrial (marca-passo fisiológico), localizado no átrio esquerdo ao lado da veia cava, inicia o potencial 
elétrico, se sobressaindo sobre as demais fibras cardíacas. O impulso gerado é transmitido por feixes internodais, 
conduzindo ao átrio esquerdo. Quando o impulso chega ao Nodo Atrioventricular, sofre uma parada, para que seja 
feita a repolarização do átrio e despolarização do ventrículo. Com isso o sinal segue conduzido pelo Feixe de His, 
tanto pelo ramo direito quanto o ramo esquerdo, até que chega às Fibras de Purkinje, emitindo o impulso as laterais do 
ventrículo. 
 
DERIVAÇÕES 
São pontos que indicam aos eletrodos o traçado elétrico do coração. 
 onda positiva: impulso chega perto do eletrodo 
 onda negativa: impulso se afasta do eletrodo 
 curva reta: quando o impulso não passou nem se afastou do eletrodo 
- Derivações bipolares: D1, D2, D3 
- Derivações unipolares: aVR, aVL, aVF 
 
ONDAS DO ECG 
 
 
Intervalo PR – ocorre a parada do impulso no Nodo AV, para repolarização atrial e despolarização ventricular 
Intervalo ST – impulso se encontra nas Fibras de Purkinje, para realizar a repolarização ventricular 
Intervalo QT – despolarização e repolarização ventricular 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO NO ECG 
Animal deve estar em decúbito lateral direito ou em estação, sendo que os membros não podem se encostar. 
Colocação dos eletrodos: 
- amarelo: membro torácico esquerdo 
- vermelho: membro torácico direito 
- verde : membro pélvico esquerdo 
- preto: membro pélvico direito 
Onda P – despolarização atrial 
Complexo QRS – despolarização ventricular 
Onda T – repolarização ventricular 
X 
Y 
Eixo X – indica o tempo (duração) 
Eixo Y – indica a voltagem (amplitude) 
Subida da onda: impulso próximo da derivação – impulso no Átrio Direito 
Descida da onda: impulso se afasta da derivação – impulso no Átrio Esquerdo 
Repolarização Atrial: é mascarada, pois ocorre no mesmo momento do complexo 
QRS, pois a massa ventricular emite impulso maior por ter a massa mais forte 
D2 – confere melhor análise do traçado, por possuir localização anatômica privilegiada, 
e acompanha o impulso (mais utilizada) 
ANÁLISE ELETROCARDIOGRAMA 
Ritmo 
- avaliar o ritmo cardíaco (regular ou irregular), e identificar onda P e complexo QRS 
 ritmo sinusal: quando há a presença da onda P e QRS, sendo o ritmo regular do coração 
 arritmia: ritmo cardíaco irregular, sem a presença sequencial da onda P e complexo QRS 
 arritmia sinusal: ritmo cardíaco irregular, com a presença da onda P e QRS 
 
 
 
Frequência Cardíaca 
- contagem dos números de batimentos do coração por minuto 
 bradicardia: números de batimentos abaixo do fisiológico 
 taquicardia: números de batimentos acima do fisiológico 
- ritmo sinusal: realiza-se a contagem dos quadrados entre as ondas R, e o valor encontrado é dividido pelo valor de 
referência da velocidade: velocidade 50 mm/s (divide-se por 3.000) ou velocidade 25 mm/s (divide-se por 1.500) 
 ex.: caso haja 19 quadradinhos  1500 / 19 = 79 bpm 
- ritmo não sinusal: realiza-se a contagem dos complexos QRS presentes em 3 segundos (que é igual a 15 quadrados 
grandes ou 75 quadradinhos) 
 ex.: caso haja 8 complexos QRS em 3 segundos  8 x 20 = 160 bpm 
 
Onda P 
- realizar a contagem da amplitude e duração da onda P, que indica a despolarização atrial 
 
Intervalo PR 
- realizar a contagem da duração do intervalo PR, que indica a parada do impulso no Nodo AV 
 
Complexo QRS 
- realizar a contagem da amplitude e duração do Complexo QRS, que indica a despolarização ventricular 
 
Intervalo QT 
- realizar a contagem da duração do intervalo QT, que indica a parada do impulso nas Fibras de Purkinje 
 
Batimento Ectópico ou Arritmia 
- avaliar através das mensurações anteriores se existem alterações no batimento e ritmo cardíaco 
 
 
 
 
 
Considera-se um ritmo normal quando a distância entre uma onda R e outra onda R esteja entre mais ou menos de 10% 
quadradinho: apresenta 0,04 segundos e 0,1 mV 
quadradão: apresenta 0,2 segundos e 0,5 mV 
Onda T: sua altura deve ser 25% menor que a onda R 
 ULTRASSONOGRAFIA EM PEQUENOS ANIMAIS 
O ultrassom é um exame diagnóstico que é realizado em forma de ondas sonoras não audíveis, 
sendo regulado através da frequência, que são os números de vezes que uma onda é repetida 
por segundo. A probe é o material responsável por emitir propagação das ondas sonoras. Ao 
atingirem os tecidos e órgãos, estas ondas resultam em ecos, que é o retorno da onda. 
- Quanto maior a frequência, mais ondas serão produzidas, resultando na formação de ondas de 
menor comprimento que irão atingir tecidos mais superficiais, e consequentemente, em imagens de maior qualidade 
- Quanto menor a frequência, menos ondas serão produzidas, resultando na formação de ondas de maior comprimento 
que irão atingir tecidos mais profundos, e consequentemente, em imagens de menor qualidade 
 
INTRODUÇÃO 
- Transdutores: são aparelhos que transformam algum tipo de energia em ondas de ultrassom. Mediante a produção do 
som em pulsos, a imagem é formada a partir de ecos que retornam dos tecidos após cada pulso 
o tipo de probes: linear (usada na reprodução), convexa, intravacitária 
- Modos de exibição: modo A (amplitude), modo B (brilho), modo M (movimento)  modo B o é mais usado 
o modos indicam as características que o ultrassom irá demonstrar na avaliação 
 
AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA 
A avaliação deve ser feita bilateralmente, e avaliar três características principais: 
- Ecogenicidade: indica a reação do órgão ao receber as ondas sonoras 
 Anecóico: estruturas que não produzem ecos (líquidos) – coloração preta 
 Hiperecóico: estruturas que produzem muitos ecos – coloração branca 
 Hipoecóico: estruturas que produzem poucos ecos – coloração acinzentada 
- Textura do órgão: avaliar a uniformidade do órgão em sua extensão 
 Homogênea: apresenta-se uniforme em toda a sua extensão 
 Heterogênea: não apresenta-se uniforme em toda a sua extensão 
- Tamanho do órgão 
Preparo do Paciente: contenção do animal (utilizar contenção mecânica, evitando ao máximo a contenção química) 
 sedação com acepromazina promove esplenomegalia, conferindo uma falsa interpretação no ultrassom 
- Animal deve estar do lado direito com a cabeça perto do aparelho e pernas perto do instrumentador 
- Realizar tricotomia ampla, pois as bolhas de ar formadas nos pelos confere vários artefatos que dificultam a 
visualização ultrassonográfica, juntamente com o gel, que realiza a retirada desta camada de ar 
- Jejum alimentar, uso de laxantes, antifiséticos e enema (retirada das fezes – são hiperecoicas, dificultando a 
visualização de estruturas adjacentes) 
 
AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
- Fígado: parênquima homogêneo, hiperecóico e textura média (vasos sanguíneos aparecem como círculos anecóicos) 
 vesícula biliar em jejum apresenta-se repleta e anecóica 
 diafragma: linha hiperecóicaacima do fígado 
- Baço: parênquima homogêneo, mais hiperecóico que o fígado e de textura fina 
- Estômago: quando repleto, avalia-se o seu conteúdo, e vazio, é possível visualizar as pregas e criptas gástricas 
- Pâncreas: visível apenas quando alterado 
- Rim: parte cortical mais clara, e medular mais escura 
- Glândulas Adrenais: formato de amendoim, parênquima hipoecóico (difícil visualização) 
- Região central: alças intestinais e linfonodos (avaliar uniformidade do diâmetro, espessura, conteúdo e peristaltismo) 
- Bexiga: conteúdo anecóico quando repleta (examinar a parede e seu conteúdo) 
- Útero e Ovários: visualizados somente quando alterados (piometra, neoplasias, gestação) 
SISTEMA ÓSSEO 
OSSOS 
Os ossos são órgãos constituídos por cálcio e fósforo, o que os tornam densos e facilmente observados no exame 
radiográfico (estruturas radiopacas). O desenvolvimento ósseo ocorre por duas maneiras: 
 Ossificação Endocondral: matriz pré-formada, onde o osso cresce em extensão (comprimento) 
 Ossificação Intramembranosa: osso cresce pelo seu diâmetro (largura) 
CÉLULAS ÓSSEAS 
o Osteoblastos: células que formam a matriz óssea (quando ativados, aumentam a Fosfatase Alcalina) 
o Osteoclastos: células que realizam a reabsorção óssea 
o Osteócitos: osteoblastos cercados pela matriz óssea que produziram 
ESTRUTURAS ÓSSEAS 
- Periósteo: camada de tecido conjuntivo que recobre o osso 
- Forame nutrício: estrutura que contém vasos sanguíneos (visualizado no raio x – não confundir com alteração) 
 Epífises: são os centros de crescimento o osso 
 Metáfises: são as estruturas que contém o osso esponjoso 
 Diáfises: são as estruturas que contém o osso denso e compacto 
 
RADIOGRAFIA 
- Duas projeções, em ângulos retos (90º entre as duas) 
- Animais jovens devido a ossificação endocondrial (crescimento ósseo) apresentam cartilagens fisárias que são 
linhas radioluscentes que separam a epífise da metáfise 
- Quando o crescimento ósseo cessa, observa-se a cicatriz fisária, que é uma linha radiopaca na junção entre a 
epífise e a metáfise 
- Na radiografia dos ossos longos, a posição radiográfica deve abranger até as epífises 
 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
- Úmero - Rádio e Ulna 
 
 
 
 
- Carpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mediolateral 
caudocranial 
Mediolateral Craniocaudal 
Mediolateral Dorsopalmar 
Mediolateral 
flexionada 
Acima do carpo: cranial – caudal 
Abaixo do carpo: dorsal – palmar 
Acima do tarso: cranial – caudal 
Abaixo do tarso: dorsal – plantar 
- Metacarpianos e Falanges 
 
 
 
- Coxal - Fêmur 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Tíbia e Fíbula - Tarso - Metatarsianos e Falanges 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA ÓSSEA À LESÃO 
- Opacidade óssea reduzida: ocorre diminuição na densidade óssea (áreas radioluscentes), devido uma lesão 
(traumas, desuso, doenças, infecções, neoplasias) onde ocorre perda do padrão trabecular. A diminuição da 
opacidade do osso pode ser por duas causas: 
 osteopenia: diminuição da mineralização por perda de cálcio (ex.: hiperparatireoidismo secundário) 
 osteólise: lesão no osso que leva a perda de matriz óssea (por ação dos osteoclastos), podendo ter 
localização focal, “roída por traça” (pequenos caminhos de osteólise) ou permeativa (pontos de osteólise) 
- Aumento da opacidade óssea: maior mineralização ou produção de tecido ósseo (áreas radiopacas), devido uma 
lesão (neoplasias, trauma, infarto ósseo), formando as escleroses: 
 esclerose: área de aumento da opacidade óssea (maior densidade) 
- Reação Periosteal: periósteo (tecido conjuntivo que reveste o osso) frente à uma injúria, sofre uma reação, 
podendo produzir um novo tecido ósseo, podendo ser classificado de acordo com a gravidade da lesão em: 
 Sólida (regular) 
 Lamelar 
 Espicular 
 Triângulo de Codman 
 
Mediolateral Dorsopalmar Mediolateral 
(isolamento do dígito) 
“Frog-Leg” 
Ventrodorsal 
Craniocaudal Mediolateral 
Caudocranial 
Mediolateral Mediolateral 
Dorsoplantar 
Dorsoplantar 
- Alteração de tamanho ou contorno: ocorrem durante o crescimento ósseo (lesão 
altera forma normal do osso), ou podem ocorrer devido doenças ou traumas. 
 Valgus: ângulo dos membros voltado para fora da linha média 
 Varus: ângulo dos membros voltado para a linha média 
 
FRATURAS 
RADIOGRAFIA DAS FRATURAS 
- Deve-se realizar duas projeções, para confirmar, determinar o grau de cicatrização e medir a extensão da fratura 
- Fraturas no raio-x são observadas como soluções de continuidade (resultante de trauma ou doenças) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Quanto à extensão da fratura: 
 completa: ocorre perda da continuidade de toda a substância ou largura do osso 
 incompleta: mantém algum elo de ligação no osso (ex.: fissuras ou lesão em galho verde) 
Quanto à exteriorização da fratura: 
 fechada: sem comunicação do osso com o meio externo 
 aberta: com comunicação do osso com o meio externo 
Quanto ao número de fragmentos da fratura: 
 simples: formação de dois fragmentos 
 cominutiva: formação de três ou mais fragmentos 
Quanto à posição da linha da fratura: 
 transversal: linha da fratura forma um ângulo reto ao eixo do osso 
 oblíqua: linha da fratura forma um ângulo diagonal no osso 
 espiral: linha da fratura circula o eixo longo do osso, expondo parte do interior 
Quanto à causa da fratura: 
 patológica: ocorre no local onde uma afecção (doença) fragilizou o tecido ósseo 
 estresse: resultante de traumatismo contínuo de menor gravidade (difíceis de observar) 
Quanto ao local da fratura: 
 diafisária: ocorre na região do centro de um osso longo 
 epifisária: deslocamento da posição normal da epífise 
Quanto à lesão epifisária e a Classificação de Salter-Harris: 
 I – separação simples da epífise da metáfise 
 II – separação epifisária junto com fratura de um canto da metáfise 
 III – fratura da superfície articular à placa fisária (fragmento separado) 
 IV – fratura da superfície articular à placa fisária, se estendendo até a metáfise 
 V – placa epifisária sofre esmagamento entre a epífise e a diáfise 
 
REPARO DA FRATURA 
Nas fraturas, ocorre aumento da vascularização local e da ação dos osteoclastos, levando uma reabsorção óssea nas 
bordas da fratura. O periósteo e endósteo são estimulados para reparo do local. 
 fratura recente: linha de fratura bem definida, com aumento de volume de tecidos moles 
 fratura de 7 a 10 dias: reabsorção óssea na borda da fratura, diminuição dos 
tecidos moles e discreta reabsorção óssea 
 fratura de 2 a 3 semanas: reação periosteal evidente e calo ósseo mineralizado 
 fratura de 4 a 8 semanas: linha da fratura preenchida pelo calo ósseo (observa-
se pontes entre o foco de fratura e o novo osso) 
 Calo Ósseo: tecido mesenquimatoso indiferenciado 
formado ao lado da linha de fratura 
COMPLICAÇÕES DO SISTEMA ÓSSEO 
COMPLICAÇÕES DA FRATURA 
- Não União: extremidades lisas, arredondadas e escleróticas, sem a formação do calo 
ósseo (erro cirúrgico) 
- União Retardada: formação do calo ósseo demorada, com persistência da linha 
radiolucente (erro cirúrgico) 
- Má União: reação cicatricial, porém sem a densidade óssea normal, com calo ósseo 
(devido doenças do paciente) 
 
OSTEOMIELITE 
Inflamação no interior do osso, derivada de processo infeccioso da medula 
Osteomielite Aguda: 
 ocorre reação periosteal agressiva no osso 
 osteólise, que resulta em linha radiolucente no osso 
 aumento de volume dos tecidos moles (tendão, músculo, articulação) 
Osteomielite Crônica: 
 ocorre reação periosteal discreta no osso 
 margem esclerótica (compensação na deposição de tecido ósseo) 
 saída de fragmentos ósseos soltos avasculares 
 aumento de volume dos tecidos moles 
 
PANOSTEÍTE 
Doença inflamatória autolimitante, que promove distúrbio na ossificação endosteal 
nas diáfises de ossos longos 
- Acomete em sua maioria, os cães jovens de grandeporte, promovendo claudicação 
de somente um membro, tendo pausas no acometimento, e nos próximos dias, pode 
acometer o outro membro (sugestivo pelo histórico do animal) 
 esclerose na medular, por aumento da densidade óssea 
 perda do padrão trabecular (medular mais radiopaca, e cortical normal), sendo necessário comparar com o 
membro contralateral (membro contralateral não apresentará alteração) 
 
NEOPLASIA ÓSSEA 
Benigna: sítios demarcados, com zonas de transição, sem reação periosteal e 
sem invadir tecidos adjacentes 
Maligna: apresenta o triângulo de Codman, com reação periosteal, osteólise da 
cortical, zona de transição e sem envolver articulação adjacente 
 
DOENÇAS ÓSSEAS METABÓLICAS 
OSTEODISTROFIA RENAL (Mandíbula de Borracha / Hiperparatireoidismo Secundário Renal) 
Ocorre devido insuficiência renal, onde os rins perdem muito cálcio (osteopenia) e 
reabsorve fósforo, fazendo com que devido a baixa concentração de cálcio no sangue, 
haja a retirada de cálcio nos ossos, por ação do paratormônio. 
 afinamento da mandíbula e maxila (“dentes flutuantes”) 
 perda do padrão trabecular dos ossos do crânio (osteopenia da cortical) 
 
 
 
OSTEODISTROFIA JUVENIL (Osteodistrofia Fibrosa / Hiperparatireoidismo Secundário 
Nutricional) 
Mesma patogenia da osteodistrofia renal, porém a causa é alimentar (pouca ingestão de cálcio), sendo 
comum em animais jovens alimentados exclusivamente com carne (muito fósforo, pouco cálcio) 
 claudicação com desvio “valgus” e ossos dolorosos (devido a pouca mineralização) 
 presença de fissuras no osso devido as fraturas em “galho verde” (osso não é totalmente 
maturo) 
 
OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA (Osteodistrofia Metafisal / Escorbuto Juvenil) 
Mais comum em cães de raças grandes (devido o crescimento rápido) devido desequilíbrio do cálcio e fósforo 
 metáfises aumentadas e doloridas, com faixas radiolucentes 
 esclerose da metáfise após um período 
 proliferação óssea periosteal 
 
SISTEMA ARTICULAR 
ARTICULAÇÃO 
O fluido sinovial, cápsula articular e as cartilagens articulares são as estruturas que compõem uma articulação. 
Devido a sua composição de tecido mole, estes não são observados na radiografia. O que servirá para guiar o 
diagnóstico radiológico deste sistema, será as alterações ósseas que serão observadas em caso de alteração articular 
 
LUXAÇÃO 
Deslocamento de um osso em relação à outro, fazendo com que as estruturas articulares não se articulem umas com 
as outras, devido o deslocamento sofrido 
- Subluxação: leve deslocamento da articulação (não é completo como a luxação) 
Luxação da Articulação Coxofemoral 
- Deslocamento da cabeça do fêmur em relação ao acetábulo (traumas, displasia coxofemoral) 
- Observa-se área de esclerose do osso subcondral (linha branca no osso abaixo da articulação) 
Luxação de Patela 
- Ocorre devido alterações na conformação do fêmur e úmero, podendo ser medial, lateral ou proximal 
- É classificada de acordo com o grau do acometimento (de I a IV) 
- Para diagnóstico de luxação patelar, é necessário realizar 3 projeções: 
o Craniocaudal: quando o deslocamento é medial ou lateral ao fêmur 
o Mediolateral: quando a patela não está na tróclea do fêmur (sobreposta aos côndilos femorais) 
o Skyline: flexão significativa da região patelar com animal anestesiado, observando o 
arrasamento do sulco da patela 
 
DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (DAD) 
Final de toda doença articular crônica, cursando com destruição e perda da cartilagem articular, tendo achados que 
são característicos: 
 Osteófito: crescimento ósseo excessivo de um osso na articulação 
 Entesófito: crescimento ósseo no ponto de inserção de músculo, tendão ou ligamento 
 Osteoartrite : inflamação de uma articulação e dos ossos adjacentes 
 Estreitamento do espaço articular: articulação se encontra reduzida 
 Esclerose do osso subcondral: linha radiopaca no osso abaixo da articulação 
 Áreas císticas radiolucentes (menos comum): osteólise no osso subcondral 
 
 
Osteófito: crescimento ósseo 
na articulação (seta) 
ARTRITE 
Inflamação de uma articulação (por causa infecciosa ou não), sendo diagnosticada a partir de artrocentese e 
cintilografia óssea. 
 observa-se reação periosteal ao redor da articulação 
 aumento da radiopacidade nos tecidos moles 
 destruição óssea subcondral 
 
DOENÇAS DO DESENVOLVIMENTO 
OSTEOCONDROSE (Osteocondrite Dissecante) 
Anomalia da ossificação endocondral, mais comum em cães de 
raça grande, jovens com claudicação, acomentendo os ossos 
longos (tíbia, fêmur, úmero) 
 observa-se a presença de “flaps” cartilaginosos 
(fragmentos radiopacos de cartilagem presentes 
livremente no interior articulação) 
 
DISPLASIA COXOFEMORAL 
Formação anormal das articulações coxofemorais, afetando o encaixe perfeito da articulação (onde o acetábulo 
encontra-se côncavo e a cabeça do fêmur convexa). É necessário realizar 
posicionamento dorsoventral e “frog-leg” para diagnosticar a displasia coxofemoral 
- Confirmação de displasia coxofemoral: 
 sinais da doença articular degenerativa (entesófitos, osteófitos, esclerose) 
 achatamento da cabeça do fêmur (luxação e subluxação do fêmur) 
 arrasamento do acetábulo (cabeça do fêmur e acetábulo incongruentes) 
 ângulo de Norberg menor que 105º 
- Somente a partir de 24 meses pode-se diagnosticar que o animal possui ou não displasia coxofemora (final do 
crescimento ósse), sendo que pode-se realizar um pré-laudo aos 12 meses e esperar o desenvolvimento 
- Não radiografar fêmeas no estro (ocorre achatamento de diversas estruturas, inclusive das articulações) 
- Ângulo de Norberg: procurar o ponto médio da cabeça do fêmur e traçar uma linha até o ponto médio da cabeça 
do fêmur do membro contralateral, e traçar outra linha até a borda do acetábulo. A partir 
da angulação obtida, classifica-se o grau do acometimento: 
 maior que 105º - articulação encontra-se normal 
 menor que 105º - anatomia perfeita com incongruência femoral 
 de 100 a 105º - displasia coxofemoral discreta ou suave 
 de 90 a 100º - displasia coxofemoral moderada 
 menor que 90º - displasia coxofemoral severa ou grave 
 
	1 DIAGNOSTICO
	Aula 1 - RADIOPROTEÇÃO
	Aula 2 - POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO
	Aula 3 - FÍSICA E PRODUÇÃO DE RAIOS X
	Aula 4 - RADIOLOGIA DO ABDÔMEN
	Aula 5 - SISTEMA URINÁRIO
	Aula 6 - ESÔFAGO E ESTÔMAGO
	Aula 7 - INTESTINO DELGADO E INTESTINO GROSSO
	Aula 8 - SISTEMA RESPIRATÓRIO
	Aula 9 - SISTEMA CARDÍACO
	Aula 10- COLUNA VERTEBRAL e ABDOMEN
	Aula 11 - ELETROCARDIOGRAMA
	Aula 12 - ULTRASSONOGRAFIA EM PEQUENOS ANIMAIS
	SISTEMA ÓSSEO

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