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DIAGNOSTICO POR IMAGEM RADIOPROTEÇÃO - São os conjuntos de medidas que visam proteger o homem e o ecossistema de possíveis efeitos indesejáveis causados pelas radiações ionizantes. - A radiação provoca efeitos adversos nos seres vivos, entre eles: o Efeitos Biológicos: ocorrer minutos após a radiação (morte prematura das células, retardo da divisão ou modificação permanente), dependendo da quantidade da radiação e seu intervalo de tempo, e da textura do organismo de cada indivíduo o Efeitos Orgânicos: desequilíbrio do organismo ou de um órgão, devido a incapacidade de superar ou reparar os danos sofridos pela radiação, resultando em doença - Nos seres humanos, os tumores de mama, pulmão e tiroide são os mais comuns resultantes de exposição a radiação CUIDADOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA - Tempo: quanto menor o tempo de exposição a radiação, menores serão os efeitos adversos causados por ela indicação: otimizar a habilidade do operador do aparelho de radiologia - Distância: ao dobrar a distância entre a fonte de radiação e o detector (pessoa recebe a radiação), reduz a taxa de dose de radiação a 25% menos do seu valor inicial - Blindagem: consistem na utilização de equipamentos de proteção individual, instrumentos de monitoração e isolamento e sinalização da área onde o procedimento é realizado PROTEÇÃO INDIVIDUAL INSTRUMENTOS DE MONITORAÇÃO SINALIZAÇÃO Aparelhos que mensuram a radiação e são avaliados por empresas específicas mensalmente, que enviam relatórios de exposição a radiação POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE RADIOGRÁFICA o Posicionamento do animal (posição que o animal se encontra, interfere nas posições dos órgãos) o Conhecimento anatômico (saber a anatomia do animal) o Preparo e imobilização do animal (imagem perfeita) o Técnica radiográfica (física da radiação) - Imobilização do animal pode ser manual, ou se necessária, medicamentosa (sedação, analgesia, anestesia), contribuindo para que haja o menor tempo possível de exposição à radiação PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS - Realizada no mínimo, 2 projeções perpendiculares (90º), ou seja, se for realizada uma projeção ventrodorsal, deve-se realizar uma laterolateral NOMENCLATURA - Primeiro termo (raio insere) e segundo termo (raio emerge) → ex.: lateroateral esquerdo (raio insere no lado direito, e emerge no lado esquerdo) → ex.: ventrodorsal (raio insere ventral e emerge dorsal) - O último termo indica o decúbito em que o animal se encontra (ventrodorsal – decúbito dorsal) VENTRODORSAL (VD) DORSOVENTRAL (DV) LATEROLATERAL DIREITA ou LATERAL DIREITA (LD) CRANIOCAUDAL (CrCa) ou ANTERO-POSTERIOR (AP) - Raio insere: ventre - Raio emerge: dorso - Decúbito dorsal - Raio insere: dorso - Raio emerge: ventre - Decúbito ventral - Raio insere: lateral esquerda - Raio emerge: lateral direita - Decúbito lateral direito - Membros antes do carpo e tarso - Raio insere: face cranial - Raio emerge: face caudal CAUDOCRANIAL (CaCr) ou PÓSTERO-ANTERIOR (PA) DORSOPALMAR (DP) PALMARO-DORSAL (PD) DORSO-PLANTAR (DP) LATERO-MEDIAL MEDIO-LATERAL LATERAL ou MEDIAL FLEXIONADA RADIOGRAFIA SOB STRESS “FROG LEG” LATERAL EM ESTAÇÃO - Membros antes do carpo e tarso - Raio insere: face caudal - Raio emerge: face cranial - Membros torácicos após os carpos - Raio insere: face cranial - Raio emerge: face palmar - Membros torácicos após os carpos - Raio insere: face palmar - Raio emerge: face cranial - Membros pélvicos após os tarsos - Raio insere: face cranial - Raio emerge: face plantar - Membros torácicos e pélvicos - Raio insere: face lateral - Raio emerge: face medial - Membros torácicos e pélvicos - Raio insere: face medial - Raio emerge: face lateral - Articulações - Flexionar articulação, obedecendo aos limites fisiológicos Tração Rotação Hiperflexão Forças em sentido contráro FÍSICA E PRODUÇÃO DE RAIOS X PRODUÇÃO DOS RAIOS X - O aparelho de raio x possui um tubo de metal contendo dois polos: o ânodo (polo positivo) e o cátodo (polo negativo) Cátodo: filamento que ao ser aquecido, produz uma nuvem de elétrons Ânodo: alvo dos íons produzidos, onde irão se chocar em alta velocidade - Ao se chocarem com o ânodo, ocorre uma alta formação de calor, fazendo com que ocorra a produção dos Raios X TERMOS - Kilovoltagem (Kv): determina a quantidade de raio x a ser produzida (quanto maior o Kv, mais raio x é produzido) - Milliamperagem (mAs): determina a quantidade de elétrons que chegam ao ânodo - Tubo: fonte geradora do raio x (com interior à vácuo, com o ânodo e o cátodo) - Tipos de Ânodos: → Ânodo Fixo: imóvel, porém é facilmente corroído (feixe de elétrons atinge o mesmo ponto) → Ânodo Giratório: gira durante a exposição dos elétrons, de difícil corrosão (elétrons atingem pontos diferentes) RAIO X - Também chamado de Fóton, são ondas eletromagnéticas (semelhantes à luz, diferindo pelo comprimento da onda) - Propriedades do Raio X: o propagam-se na mesma velocidade da luz, e em linha reta o sem carga elétrica (raio x é o calor gerado pelos elétrons, e não elétrons) o atravessam corpos espessos e impressionam filmes fotográficos o produzem modificações biológicas, somáticas e genéticas no organismo FOTOELÉTRON - Fenômeno que ocorre quanto um fóton incidente (raio x) interage com um tecido - O fóton então colide com um elétron que gira ao redor do núcleo, e o elimina - O elétron eliminado passa a ser chamado de fotoelétron - O elétron da camada externa substitui o elétron que saiu, e este deslocamento produz uma radiação secundária - Essa radiação é absorvida pelo tecido → quanto menor o Kv, mais eventos de fotoelétron irão ocorrer INTERPRETAÇÃO INICIAL - Filmes de Raio X contém uma película que ao ser exposta aos radiação, “queimam, formando a parte preta do filme - A tonalidade apresentada no filme irá depender da composição do tecido pelo qual a radiação atravessou Radiopaca: imagem de coloração branca (tecido absorve o raio x) Radioluscente: imagem de coloração preta (raio x atravessa o tecido) Absorção total Absorção média nenhuma absorção Absorção alta Absorção Baixa - Efeito de Adição: sobreposição de estruturas de mesma densidade - Efeito de Subtração: sobreposição de estruturas de densidades diferentes APARELHOS RADIOLÓGICOS - Aparelhos Móveis: possibilita o transporte do aparelho, porém é de menor potência - Aparelhos Fixos: alto custo, necessita de sala especial, porém com maior potência REVELAÇÃO - Identificador: utilizado para identificar o nome do animal, bem como outras informações importantes no filme - Película Radiográfica: composta por microcristais de prata, que são sensíveis à luz, e que estão suspensos em gelatina - Chassis Radiográficos: utilizados para armazenar o filme radiográfico, por ser a prova de luz e rígido, conferindo proteção (cuidado no manuseio) - O processamento radiográfico (manual ou automático) passa por quatro fases: 1. Revelação 2. Fixação 3. Lavagem 4. Secagem CÂMARA ESCURA - Local onde se desenvolve o processamento do filme radiográfico - Deve ser a prova de luz, sem umidade, não vulnerável a temperaturas extremas, e provida de água e eletricidade VISUALIZAÇÃO DO FILME - Manual: é visualizado com o auxílio do negatoscópio (aparelho que torna visíveis as sombras dos raios X) - Digital: visualizado no computador TÉCNICA RADIOGRÁFICA - Para se saber quantos Kvs serão utilizados, utiliza-se esta fórmula: KV = E x 2 + CF, onde: - E: espessura (cm) da região a ser radiografada - CF: constante filme(20 é o mais usado) Ex.: região com 10 cm KV = 10 x 2 + 20 KV = 40 o Tecido ósseo: o valor de Milliamperes (mAs) será igual ao valor do Kv o Tórax: o valor de Milliamperes (mAs) será metade do Kv o Abdômen: o valor de Milliampereses (mAs) será o dobro do Kv *quanto maior o Kv, menos nítido será a imagem, porém haverá maior proteção ao paciente *quanto menor o Kv, mais contraste haverá a imagem (melhor qualidade), porém o paciente sofrerá mais radiação → pacientes obesos – utilizar menos Kv → pacientes caquéticos – utilizar mais Kv Ocorrem na Câmara Escura RADIOLOGIA DO ABDÔMEN – TÉCNICAS E INTERPRETAÇÃO - O Raio X do abdômen, ainda é uma técnica muito utilizada, não podendo ser totalmente substituída pelo ultrassom - Ele confere uma visão global e estática do abdômen PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS - Realizar duas projeções, uma perpendicular a outra (por exemplo, uma lateral direita e outra ventrodorsal) - Em especial no estômago deve-se realizar três projeções: Lateral direita, Lateral esquerda e Ventrodorsal - A radiografia deve ser realizada durante a expiração, pois neste momento o diafragma está mais cranial, e não está comprimindo nenhum órgão - Evita-se a projeção Dorsoventral, pelo motivo de ocorrer compressão dos órgãos - Quando na posição Laterolateral: → radiografar delimitando cranialmente o diafragma e caudalmente a articulação coxofemoral → não radiografar tracionando caudalmente os membros posteriores, pois isto altera a localização anatômica dos órgãos abdominais → os membros posteriores devem estar perpendiculares - Quando na posição Ventrodorsal: → também é incorreto tracionar os membros posteriores → realizar o “Frog Leg”, que é fazer uma leve abertura dos membros PREPARAÇÃO DO PACIENTE - Não são necessárias preparações especiais (enema, jejum, antifisético, laxante), exceto em casos de: presença de massas abdominais pequenas, nódulos ou cálculos uretrais radiologias com o uso de constrastes TÉCNICA RADIOGRÁFICA - Encontram-se algumas dificuldades para realização da técnica radiográfica nesta região, devido o baixo contraste que estes órgãos apresentam neste local, e pela alta quantidade de deposição de tecido adiposo - Fórmula para definir o Kv e mAs: Kv = E x 2 + CF Abdômen = mAs = Kx x 2 - Espessura: medir o ponto mais largo do abdômen (cranial ao fígado) ÓRGÃOS ABDOMINAIS - Trato Gastrointestinal (estômago, ID, IG), Fígado, Baço, Vesícula Urinária e Rins são observados no raio x - Pâncreas, Adrenais, Próstata, Vesícula Biliar, Ureter, Útero e Ovários, Linfonodos não são observados o devido a sobreposição das estruturas vizinhas sobre estes órgãos Conteúdo alimentar ou fecal irá promover uma falsa interpretação nestes casos mAs no abdômen será o dobro do Kv INTERPRETAÇÃO - Cuidado com o diagnóstico, pois não se sabe se o problema encontrado é decorrente de um evento passado, se é um problema atual ou se acarretará em um problema futuro - Ao radiografar uma estrutura, deve-se analisar quatro regiões, nesta ordem: 1. Região Extra-abdominal: vértebras, costelas, porções visíveis da pelve e membros pélvicos - não dar laudo específico, pois não se está utilizando a técnica nem posicionamento adequado para correta avaliação, mas realizar observações 2. Espaço Peritoneal e Retroperitoneal: região ventral do abdômen (parede abdominal) - apresenta-se lisa e com mesma coloração 3. Região do Trato Gastrointestinal: estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, baço 4. Região Urogenital: rins e vesícula urinária - Após analisar todas as regiões, se atentar a órgãos não observados normalmente (por exemplo, em casos de piometra, é possível se observar o útero) OBSERVAÇÕES - Observar posição, tamanho, formato, margem, localização e material presente nos órgãos - Considerar a sobreposição dos órgãos (órgão sobre o outro deixa a estrutura mais radiopaca ou radioluscente) - A gordura presente no abdômen confere o contraste do órgão → Animais Caquéticos: possuem o abdômen contraído e com baixa definição de contraste (pouca gordura) → Animais Jovens (menos de 6 meses): detalhamento das estruturas abdominais ruim, devido a sua gordura ser imatura ANATOMIA ABDOMINAL RIN S ESTÔMAGO CÓLON B EXIGA B AÇO F ÍGADO B EXIGA B AÇO CÓLON RIM D INTESTINO DE L GADO ESTÔMAGO RIM E SISTEMA URINÁRIO RINS - Antes de tudo, é necessário saber a anatomia renal, tendo em mente as características do órgão - Tamanho dos rins: → cães: possui de 2,5 a 3,5 x o comprimento do corpo da vértebra L2 → gatos: possuem de 2,4 a 3,0 x o comprimento do corpo da vértebra L2 ex.: se um cão apresenta o corpo da L2 de 1 cm, o rim deve ter entre 2,5 a 3,5 cm - Formato dos rins: → cães: são órgãos alongados (aparência de “feijão”) → gatos: são órgãos mais arredondados - Localização dos rins: → o rim direito é mais cranial que o rim esquerdo - Contorno dos rins: → a superfície renal deve ser lisa, sem irregularidades (abscessos, cistos) - Radiopacidade dos rins: os rins tem radiopacidade de tecido mole (tons de cinza), logo, se observarmos tons mais radiopacos (mais brancos) ou mais radioluscentes (mais pretos) que não sejam sobreposições (imagem de outro órgão), isto indica alterações → observar as alterações nas duas projeções (ventrodorsal e laterolateral) UROGRAFIA EXCRETORA - Técnica de radiografia por contraste indicada para os rins, que é administrado pela via intravenosa e ao chegar ao sistema urinário, percorre todo o caminho feito pela urina, composto de iodo - Realiza uma avaliação qualitativa dos rins (tamanho, forma, localização dos rins, ureteres e bexiga) - Indicação: ruptura de ureter, hidronefrose, ectopia renal, parasitas renais, neoplasias, cálculos radioluscentes - Contraindicações: pacientes debilitados (nefropatas, doença renal crônica), desidratados e hipotensos (é um contraste hipertônico, que puxa água do interstício, piorando o quadro), alérgicos a iodo Recomendações: Jejum de 12 a 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos (diminui o conteúdo fecal e gases, melhorando a visualização do órgão) Realizar raio x simples antes da urografia excretora (laterolateral e ventrodorsal) Esvaziar a bexiga e administrar o contraste intravenoso (entre 20 a 30 minutos preenche rins, ureteres e bexiga) URETERES - Não são visualizados no raio x simples, somente na urografia excretora - Assim como nos rins, observar tamanho, forma, contorno e localização dos ureteres - Cálculos nos ureteres são difíceis de serem visualizados, devido o conteúdo das alças intestinais - Urografia excretora possibilita visualizar aumento ureteral, ectopias e distorções BEXIGA - Encontra-se cranial ao púbis e caudal ao intestino delgado (divide-se em ápice, corpo e colo) - Radiopacidade da bexiga: a bexiga possui radiopacidade de tecido mole (tons de cinza) o Pontos Radioluscentes: podem indicar a presença de gases o Pontos Radiopacos: podem indicar cálculos ou mineralização da parede devido neoplasias - Observar localização, forma, contorno, tamanho e radiopacidade do órgão Existem dois tipos de constrastes: - Contraste positivo: gera imagem radiopaca (iodo, enema baritado) - Contraste negativo: gera imagem radioluscente (ar) Urografia excretora evidencia todo o sistema urinário, mas quando precisa avaliar somente a bexiga e a uretra, util izam-se técnicas específicas para elas, pois são menos prejudiciais ao organismo do animal CISTOGRAFIA - Técnica de radiografia por contraste indicada para a bexiga, onde se administra o contraste por sonda uretral - Indicações: alterações urinárias (disúria, poliaquiúria, hematúria, estrangúria, noctúria) - Avalia-se a mucosa da bexiga, falhas de preenchimento e extravasamento da urina - Complicações: traumas iatrogênicos (quando não se faz sedação do animal), contaminaçãobacteriana - Técnica: → Contraste Positivo (iodo): esvazia-se a bexiga e aplica o contraste - avalia rupturas, localização e cálculos na bexiga → Contraste Negativo (ar, O2, nitrogênio, CO2): confere imagem radioluscente no interior da bexiga - localizar estrutura radiopaca (não indicada, por poder adentrar na circulação e causar êmbolos e morte) → Duplo Contraste (iodo + ar): diminui o volume do iodo a ser utilizado, e complementa com coloração radioluscente no órgão - mais sensível para avaliar a parede vesical e defeitos no preenchimento luminal Recomendações: Jejum alimentar e enema (reduz o conteúdo fecal) URETRA - Mais curta e mais ampla na fêmea, mais prolongada no macho (prostática, membranosa e peniana) - Raio x simples é usado para identificar cálculos radiopacos URETROCISTOGRAFIA - Técnica de radiografia por contraste indicada para a uretra, por sonda uretral - Indicações: ectopia, ruptura e cálculos radioluscentes Resumindo... UROGRAFIA EXCRETORA URETROCISTOGRAFIA CISTOGRAFIA RINS URETER BEXIGA URETRA - Tamanho - Contorno - Posição/Localização - Forma - Radiopacidade Raio X simples – somente rins e bexiga ESÔFAGO E ESTÔMAGO ESÔFAGO - Órgão em forma de tubo oco e colabado, com dois esfíncteres (cranial e caudal) - Não pode ser visualizado no raio x simples, devido a sobreposição que sofre, e condição anatômica ESOFAGOGRAMA - Técnica radiológica por contraste indicada para visualização do esôfago ou para delimitar regiões próximas ao esôfago (suspeita de massa na traqueia, fazendo com que o esôfago seja deslocado) - Contraste a base de Sulfato de Bário (contraste positivo), por ser mais grosseiro que o iodo, sendo administrado por via oral (seringa, ou direto na boca) ou por sonda nasogástrica (porém, neste caso, contraste chega somente a porção mais caudal do esôfago) o Não utilizar Sulfato de Bário em suspeita de perfuração (utilizar iodo nestes casos) o Sulfato de Bário, ao extravasar provoca reações granulomatosas, resultando em óbito Recomendações: Jejum alimentar de 12 horas (em casos de megaesôfago, ocorre retenção de alimento, dificultando o diagnóstico, provocando uma falsa interpretação de corpo estranho) Remover coleiras antes do procedimento Realizar raio x simples antes da técnica e utilizar as mesmas projeções (lateral esquerda ou direta e ventrodorsal oblíqua) Disparo do raio x imediatamente após a administração Observar todas as estruturas esofágicas (esfíncter cranial e caudal, porção cervical e torácica) ESTÔMAGO - Órgão dividido em cárdia, fundo, corpo e piloro - Cranial em aposição à superfície caudal do fígado, voltado principalmente à esquerda do plano mediano - É observado no raio x simples, devido a presença de gases, alimento, líquidos no seu interior estômago vazio: não é visto pelo raio x simples (localizado no gradil costal quando vazio) Recomendações: Jejum de 12 a 24 horas Técnicas Radiográficas: - Exame Simples: corpo estranho radiopaco - Exame Contrastado: quase sempre realizado para o estômago → Cães: a região do piloro é muito mais fácil de ser observada, por se encontrar à direita da linha média → Gatos: a região do piloro está abaixo da coluna, dificultando a sua observação Quanto à localização das regiões nas diferentes projeções: Projeção Lateral - Fundo, corpo e piloro se encontram perpendicular à coluna e paralelos às costelas - Piloro está sobreposto ao corpo ou cranial a ele Projeção Ventrodorsal - Fundo, cárdia e corpo estão a esquerda da linha média - Piloro está a direita da linha média (gatos – abaixo da coluna) Quanto à localização do conteúdo gástrico nas diferentes projeções: RAIO X SIMPLES DO ESTÔMAGO - Indicação: corpo estranho radiopaco (ossos, metais), dilatação gástrica (estômago distendido), vólvulo (torção) o Vólvulo: apresenta compartimentalização gástrica (linhas brancas que se projetam no lúmen com gás) - Paciente estável: repetir em 1 a 3 dias (corpo estranho não perfurante pode acompanhar o fluxo gastrointestinal e ser eliminado pelas fezes, sem necessitar de intervenção cirúrgica) – caso não for eliminado tratamento cirúrgico GASTROGRAMA - Técnica radiológica por contraste utilizada para visualização do estômago - Indicações: doenças gástricas não visualizadas no exame simples, corpos estranhos radioluscentes - Contraindicações: alimento no estômago (atrapalha no laudo do exame, pois tanto o alimento quanto corpo estranho são contornados pelo contraste), suspeitas de ruptura do órgão (mesma técnica do esofagograma, com maior dose) Recomendações: Jejum de 12 a 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos (caso haja retardo do esvaziamento gástrico) Enema (esvaziar a ampola retal com água morna) Raio x simples antes da técnica (observar a estrutura abdominal e verificar a técnica de kV e mAs) Projeções Lateral Direita, Lateral Esquerda e Ventrodorsal (no mínimo estas 3) Disparo imediatamente após a administração do contraste (via oral ou sonda nasogástrica) Contraste: Sulfato de Bário (ou iodo em casos de suspeita de ruptura) - Principais Observações: corpo estranho radioluscente, massas/nódulos, ulcerações, gastrites, tempo de esvaziamento → Corpo Estranho: após o esvaziamento, o corpo estranho continua retendo o bário (radiopaco na imagem) → Corpo estranho pouco permeável ao bário, aparecerá como falha no preenchimento (radioluscente) enquanto todo estômago estiver preenchido (radiopaco) Resumindo... ESTÔMAGO ESÔFAGO ESOFAGOGRAMA GASTROGRAMA Raio x simples – Somente Estômago INTESTINO DELGADO E INTESTINO GROSSO INTESTINO DELGADO - Observar tamanho, posição, formato e radiopacidade do intestino delgado - Tamanho do Intestino Delgado: → cão: 1,6 x a altura do corpo da L5 → gatos: 2 x a altura do corpo da L4 ex.: cão possui 1,5 cm de altura do corpo da L5, o diâmetro máximo do intestino delgado deve ser 2,4 cm - Posição do Intestino Delgado (sofre algumas variações fisiológicas) → estômago cheio: intestino delgado é deslocado caudalmente → bexiga repleta: intestino delgado é deslocado cranialmente → animais obesos: permanece deslocado para a região central - Formato do Intestino Delgado (depende da posição das alças intestinais): → tubos curvos homogêneos (quando as alças são visualizadas lateralmente) → círculos sólidos (quando as alças são vistas de frente, como um corte do lúmen) - Íleo Mecânico: algo que ocorre, e impede o trânsito intestinal, possibilitando a observação de distensão das alças cranial a obstrução (devido a obstrução, cranial a ela permanece distendida, e distal, vazia) corpo estranho radiopaco: caso este seja o motivo da obstrução, é possível visualizar no raio x simples corpo estranho radiolucente: não são visualizados em raio x simples, somente com contraste Recomendações: realizar 3 projeções (lateral esquerda, lateral direita e ventrodorsal) jejum de 24 horas e enema 2 horas antes do exame caso o paciente apresente quadro agudo, não realizar preparo (realizar técnica mais rápido possível) - Duodeno – encontra-se na parede abdominal direita o Flexura Duodenal Cranial: fixa na superfície caudal do lado direito do fígado pelo ligamento hepatoduodenal o Flexura Duodenal Caudal: plano transverso à tuberosidade coxal - Jejuno e Íleo: estão distribuídos pela cavidade abdominal TRÂNSITO GASTROINTESTINAL - Técnica radiográfica de contraste de Sulfato de Bário indicada para visualização de estruturas do intestino delgado - É uma técnica muito demorada (até 6 horas em cães e de 2 a 3 horas em gatos) - Indicação: corpo estranho radiolucente, massas e intussuscepção - Contraindicação: em evidências de obstrução intestinal (ao ter evidências, realizar diretamente a cirurgia após o raio x simples) e suspeita de perfuração gastrointestinal (utilizar contraste de iodo) Recomendações: jejum de 24 horas e enema de 2 horas antes do exame caso o paciente apresente quadro agudo, não realizar preparo (realizar técnica mais rápido possível) - Medicações que alteram a motilidade o isofluorano, xilazina e fentanil (sedativos e anestésicos que alteram a motilidade gastrointestinal) o no lugar dos citados acima, utilizar diazepam e ketamina para sedação do animal - Se houver obstrução intestinal, observará: o demora no tempo do trânsito intestinal o obstrução parcial: corpo estranho fica delineado após a passagem do contraste o obstrução total: o contraste fica cranial à obstrução INTESTINO GROSSO - Ceco, cólon (ascendente, transverso e descendente), reto e canal anal - Conteúdo: fezes e gases (uniformemente distribuídos) - Exame retal, palpação abdominal e enemas prévios ao procedimento aumentam a quantidade de gás e líquido - Fecaloma: fezes segmentadas com diversos pontos brancos de mineralização, visualizado no raio x simples ENEMA BARITADO - Técnica radiográfica por contraste de Sulfato de Bário, realizada para visualização do intestino grosso, por via retal - Indicações: obstrução por corpo estranho radioluscente, estenose, intussuscepção íleo-ceco-cólica, má formação Recomendações: jejum de 24 horas, uso de laxantes e antifiséticos, enema com água morna (caso haja fezes) raio x imediatamente após a administração do contraste (laterolateral e ventrodorsal) esperar a eliminação do contraste e novas radiografias - Achados normais no exame: cólon uniformemente distendido e contorno liso ventrodorsal: intestino grosso possui forma de ponto de interrogação laterolateral: intestino grosso se encontra paralelo a coluna - Colite (inflamação do cólon) o raio x simples: dilatação o contraste: mucosa irregular, espessa, com diminuição ou dilatação do órgão - Neoplasias (cólon e reto) o raio x simples: pode haver dilatação o contraste: mucosa irregular, com falha de preenchimento e constrições anulares - Corpo estranho o raio x simples: identifica somente corpo estranho radiopaco o contraste: identifica somente corpo estranho radiolucente (falha no preenchimento) - Megacólon o observa-se massa de fezes densa e dilatação que termina abruptamente - Retenção fecal o observa-se massa de fezes densa e possivelmente fecaloma Resumindo... INTESTINO DELGADO INTESTINO GROSSO TRÂNSITO GASTROINTESTINAL ENEMA BARITADO SISTEMA RESPIRATÓRIO TRAQUEIA - Constituída por anéis cartilaginosos unidos por musculatura, localizada na região cervical e torácica - As alterações mais comuns observadas neste órgão são: ruptura e colapso de traqueia - Ruptura de traqueia: causada por trauma (por exemplo, morderdura), ocorrendo na região cervical da traqueia → raio x: observa-se enfisema subcutâneo, perda da continuidade dos anéis traqueais - Colapso de traqueia: enfraquecimento da musculatura dorsal dos anéis traqueis → raio x: visualização de estreitamento de luz traqueal → caso não seja visualizado o estreitamento, não exclui o diagnóstico de colapso (estressar e excitar o animal ou pressionar a traqueia, para induzir tosse) BRÔNQUIOS - Ramificações da traqueia, divididos em direito e esquerdo principais - São tubos cartilaginosos que levam ar aos pulmões - Bronquite (inflamação dos brônquios): → raio x: presença de secreção bronquial ou espessamento da parede dos brônquios → este padrão pode aparecer em forma de “Donuts” ou “Trilho de Trem”, dependendo do corte do brônquio PULMÕES - Pulmão esquerdo: lobo cranial e lobo caudal - Pulmão direito: lobo cranial, lobo médio e lobo caudal (acessório) *Efusão pleural e pneumotórax não possuem bom diagnóstico pelo raio x, pois causam alterações somente superficiais - Nos pulmões podemos observar dois tipos de padrão que definem alterações no órgão: PADRÃO BRONQUIAL: alteração do brônquio evidenciada por presença de exsudato ou espessamento da parede, possuindo forma de Donuts ou Trilho de Trem. PADRÃO INTERSTICIAL: alteração do interstício pulmonar evidenciada por presença de exsudato, fluido ou fibrose, possuindo forma de linear (nebulosidade difusa nos pulmões) ou nodular (aparenta a presença de nódulos, mas não são). PADRÃO ALVEOLAR: alteração dos alvéolos pulmonares evidenciada por presença de exsudato, fluido ou fibrose alveolar, com aparência de flocos de algodão, envolvendo todo o lobo pulmonar PADRÃO PULMONAR BRONQUIAL Setas Pretas: “trilho de trem” Setas Brancas: “donuts” *Cuidado: padrão alveolar pode ser confundido com nódulo, por isso necessita-se observar outras projeções *Broncograma aéreo: sobreposição que os brônquios fazem, por estarem com ar (radiolucente) em padrões alveolares, onde há a presença de exsudato (radiopacos) - Pneumonias: apresentam opacidade pulmonar difusa (padrão intersticial) o Pneumonia Fúngica: apresentam padrão miliar (vários focos de opacidade) o Pneumonia Aspirativa: pode acometer todo o pulmão ou apenas o lobo cranial (padrão alveolar e intersticial) - Neoplasias Pulmonares: podem ser primárias ou por metástase o apresentam massas radiopacas (realizar projeções múltiplas, como laterais, ventrodorsal e dorsoventral) - Edema Pulmonar: acúmulo de fluido no interstício e alvéolos dos pulmões (padrão intersticial, alveolar ou ambos) o Cardiogênico: alterações na região peri-hilar o Não Cardiogênico: lobos caudais são mais afetados - Efusão Pleural: acúmulo de líquido na pleura (transudato, sangue, quilotórax) drenar antes do raio x (conforto) o apresenta aumento de densidade nos campos pulmonares, normalmente na região ventral do tórax, e escurece a silhueta cardíaca o se o animal não estiver estável, não realizar o raio x, pois pode causar o óbito do animal - Pneumotórax: ar livre dentro da cavidade pleural o apresenta aumento da distância da silhueta cardíaca ao esterno, lobos pulmonares retraem da parede torácica, e se tornam mais densos do que o normal - Hérnia Diafragmática: deslocamento de órgãos abdominais para dentro da cavidade torácica (rompimento do diafragma, podendo ter conteúdo esplênico, hepático, gástrico ou intestinal) o apresenta perda da cúpula do diafragma, difícil de visualizar os pulmões, com órgãos abdominais na cavidade torácica - Fratura de Costela o apresenta solução de continuidade (fratura) nas costelas Resumindo... TRAQUEIA BRÔNQUIOS PULMÕES - Colapso de Traqueia - Ruptura de Traqueia - Padrão Bronquial - Padrão Intersticial - Padrão Alveolar PADRÃO PULMONAR ALVEOLAR Setas Pretas: broncogramas aéreos PADRÃO PULMONAR INTERSTICIAL Aparência pulmonar nebulosa SISTEMA CARDÍACO CORAÇÃO - Na radiologia do coração, avalia-se a silhueta, o tamanho, formato e posição do coração LATEROLATERAL → coração oblíquo, com a margem cranial abaulada e margem caudal retilínea → eixo crânio-caudal: no máximo 2,5 espaços intercostais (animais de tórax estreito) e 3,5 espaços intercostais (animais de tórax largo) → eixo ápico-basilar: não deve ultrapassar 2/3 da altura da cavidade torácica - Na radiologia do coração, é possível observar alterações no tamanho, formato e posição do órgão, porém para estabelecer os possíveis diagnósticos, é necessário realizar outros métodos por imagem (ECG, ecocardiograma) DORSOVENTRAL ou VENTRODORSAL - Nestas projeções, o coração possui formato oval, e é necessário usar a analogia do relógio para observar alterações: o 11 até 1 hora: arco aórtico o 1 até 2 horas: artéria pulmonar o 2 até 3 horas: Átrio Esquerdo o 3 até 5 horas: Ventrículo Esquerdo o 5 até 9 horas: Ventrículo Direito o 9 até 11 horas : Átrio Direito TÉCNICA - Devem ser realizadas no mínimo duas projeções, priorizando durante o momento da inspiração - Evitar que o animal se movimente, para que possa se observar a posição cardíacacorreta ALTERAÇÕES CARDÍACAS - Aumento de Átrio Direito: projeção laterolateral (LL): observa-se o deslocamento dorsal da porção cranial da traqueia projeção dorsoventral (DV): observa-se dilatação da silhueta cardíaca das 9 às 11 horas - Aumento de Átrio Esquerdo: projeção laterolateral (LL): observa-se elevação dorsal da porção distal da traqueia e da carina (bifurcação da traqueia) e deslocamento dorsal dos brônquios principais projeção dorsoventral (DV): observa-se dilatação da silhueta cardíaca das 2 às 3 horas - Aumento de Ventrículo Esquerdo: projeção laterolateral (LL): perda da cintura caudal e bordo esquerdo verticalizado projeção dorsoventral (DV): arredondamento do bordo do ventrículo esquerdo, deslocamento da ponta do coração para a direita (3 às 5 horas) - Aumento de Ventrículo Direito: projeção laterolateral (LL): maior contato do coração direito com o esterno e elevação da traqueia projeção dorsoventral (DV): arredondamento do bordo do coração direito (5 às 9 horas) - Aumento Generalizado do Coração: quando ocorre o aumento de duas câmaras ou mais projeção laterolateral (LL): contorno cardíaco arredondado, perda das cinturas cranial e caudal, maior contato com o esterno projeção dorsoventral (DV): diâmetro cardíaco aumentado, campos pulmonares diminuídos e bordas cardíacas mais próximas da parede torácica COLUNA VERTEBRAL A coluna compreende os ossos vertebrais, que se dividem em cinco segmentos: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígeo. raio x simples: visualiza as estruturas ósseas raio x contrastado: realiza o mesmo trajeto do líquor, conferindo avaliação nervosa AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA - Avaliar o alinhamento da coluna, forma ou contorno, densidade dos ossos e espaço intervertebral POSIÇÕES RADIOGRÁFICAS - Coluna Cervical - Coluna Toracolombar DOENÇAS CONGÊNITAS Formação e desenvolvimento anormal das vértebras, sem alterações cínicas importantes. - Espinha Bífida: ausência ou hipoplasia do processo espinhoso - Vértebra em Bloco: fusão de dois ou mais corpos vertebrais - Hemivértebra: desenvolvimento parcial da vértebra CURVATURAS DA COLUNA - Escoliose: desvio lateral da coluna - Cifose: desvio dorsal da coluna - Lordose: desvio ventral da coluna Alterações colunares cursam com dor intensa no animal sedação ou anestesia Devido o formato anatômico da coluna, o animal em decúbito lateral não deixa a coluna alinhada, se fazendo necessário o uso de almofadas de areia ou blocos de espuma Decúbito Lateral (flexão de membros, impedindo sobreposição da escápula aos ossos cervicais) Decúbito Lateral em Extensão (extensão da cabeça e flexão dos membros) Decúbito Lateral em Flexão (flexão total da cabeça, para avaliar atlas e axis) Ventrodorsal Decúbito Lateral Ventrodorsal ESCOLIOSE CIFOSE LORDOSE FRATURAS E LUXAÇÕES - Fratura do corpo vertebral: bordos vertebrais desalinhados, com alteração na forma e tamanho, angulação normal da coluna, podendo envolver o espaço intervertebral - Fratura do processo espinhoso ou processo transverso - Subluxação Atlantoaxial: marcada compressão da medula devido distância entre a C1 (atlas) e C2 (axis), promovendo sinais neurológicos, podendo ser devido causas congênitas ou adquiridas aumento da distância do arco do atlas e a espinha dorsal do áxis (processo odontoide) agenesia ou diminuição do processo odontoide do áxis SÍNDROME DE WOBBLER (Espondilomielopatia Cervical) Desenvolvimento anormal da vértebra cervical causando deformidade e subluxação, que levam a uma compressão medular. Mais comum em cães de raças grandes e em equinos. subluxação da vértebra cervical estreitamento do espaço intervertebral vértebra em forma anormal SÍNDROME DA CAUDA EQUINA Ocorre por instabilidade ou estenose do espaço intervertebral, comprimindo a cauda equina (L7-S1), promovendo uma subluxação lombossacral. subluxação de vértebras lombossacrais (onde está a cauda equina) espondilose ventral e/ou lateral entre as vértebras lombossacrais estenose óssea do canal medular das vértebras DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL (Hérnia de Disco) Ocorre por degeneração e protrusão do disco intervertebral, levando a compressão da raiz nervosa e da medula. alguns animais não apresentam sinais radiográficos (necessário realizar raio x contrastado) diminuição do espaço intervertebral forma e tamanho do forame intervertebral alterado aumento da radiopacidade dentro do canal medular (devido calcificação do disco) ESPONDILITE Infecção do corpo vestebral - Discoespondilite: infecção do corpo vertebral e do espaço do disco intervertebral lesões ósseas irregulares (proliferativas ou osteolíticas) ESPONDILOSE Condição degenerativa da vértebra, por causas desconhecidas (vários osteófitos nos corpos vertebrais). osteófitos nos bordos vertebrais lateral, dorsal e ventral (pequenas espículas ósseas, até formação de ponte) NEOPLASIAS - Primárias: osteoma, osteossarcoma, condrossarcoma - Metastáticas: carcinoma, sarcoma benigno: esclerose delimitada, ausência de reação periosteal, cortical delgada maligno: margens mal definidas, alterações osteolíticas, reação periosteal, pode causar fratura compressiva Mielografia: raio x contrastado de iodo, realizado em alterações das lombares para cima (administrar na cisterna magna) Epidurografia: raio x contrastado de iodo, realizado em alterações das lombares para baixo (administrar na espaço epidural, L5-L6) Hérnia de disco: comprovada com raio x contrastado (raio x simples dá ideia de alteração) CAVIDADE ABDOMINAL E SISTEMA REPRODUTIVO ASCITE Coleção líquida livre na cavidade abdominal, por diferentes causas. O raio x não identifica o conteúdo, porém demonstra a sua presença. aumento da radiopacidade do abdômen, impossibilitando a definição das estruturas aparência de “fundo de piscina”, devido a perda de detalhe dos órgãos alças intestinais podem estar flutuando quando cheias de gases - Drenagem e teste do baloteamento – confirmam a ascite PERITONITE Inflamação do peritônio, sem causar distensão, podendo ser localizada ou generalizada. aumento de radiopacidade do abdômen, impossibilitando a definição dos órgãos aparência do abdômen com grumos (fibrina) e turvo diferente da ascite, não propaga por todo abdômen, ficando mais concentrado no peritônio ÚTERO GRAVÍDICO - Radiografia no início da gestação: útero estendido – não confirma gestação (pode ser mucometra, hemometra) - Confirmação de gestação: somente quando há mineralização dos ossos dos fetos (45 dias) útero normal: próximo ao ligamento redondo, inserido ventral à bexiga útero aumentado: distende-se na região mesogástrica e hipogástrica, deslocando as alças intestinais cranialmente contagem fetal: feito pela contagem da coluna vertebral ou pela cabeça dos fetos - Ultrassom é mais utilizado no diagnóstico gestacional - Raio x é mais utilizado para diagnosticar distocias no último terço gestacional DISTOCIAS E MORTE FETAL - Distocias: dificuldade no parto ou incapacidade de expelir o concepto do útero pelo canal pélvico, podendo ser por causa materna (estreitamento do canal pélvico, dilatação incompleta da cérvix) ou fetal (tamanho, posição) feto grande ou canal pélvico estreito no raio x - Morte fetal: pode ocorrer devido distocia ou por infecção uterina feto macerado: degeneração por bactérias (feto irregular envolto por líquido) feto mumificado: reabsorvido, pela cérvix não abrir (vários ossos perdidos) feto enfisematoso: degeneração por bactérias anaeróbicas (feto irregular envolto por gás) DOENÇAS INFLAMATÓRIAS UTERINAS Piometra, Mucomentra,Endometrite e Hiperplasia Endometrial (não diferencia no raio x) aumento tubular com densidade líquida em cornos e corpo uterino laterolateral: aumento tubular observado no abdômen caudal e medial ventrodorsal: aumento do lado esquerdo do cólon descendente AUMENTO PROSTÁTICO Hipertrofia benigna, Prostatite, Abscesso, Cisto e Neoplasias. laterolateral: aumento prostático cranial à borda do púbis, deslocando cranialmente a bexiga, e o cólon e reto dorsalmente ventrodorsal: aumento prostático sobreposto aos ossos púbicos Diferenciar de filhotes que possuem gordura imatura, e animais caquéticos, sem gordura visceral, aumentando a radiopacidade abdominal ELETROCARDIOGRAMA Exame diagnóstico que realiza a mensuração elétrica do coração, através da condução do sinal elétrico para contração. O miocárdio é composto por células com potencial de propagar e produzir o próprio impulso elétrico, seguindo em direção da base do coração para o ápice. CONDUÇÃO ELÉTRICA Nodo Sinoatrial (marca-passo fisiológico), localizado no átrio esquerdo ao lado da veia cava, inicia o potencial elétrico, se sobressaindo sobre as demais fibras cardíacas. O impulso gerado é transmitido por feixes internodais, conduzindo ao átrio esquerdo. Quando o impulso chega ao Nodo Atrioventricular, sofre uma parada, para que seja feita a repolarização do átrio e despolarização do ventrículo. Com isso o sinal segue conduzido pelo Feixe de His, tanto pelo ramo direito quanto o ramo esquerdo, até que chega às Fibras de Purkinje, emitindo o impulso as laterais do ventrículo. DERIVAÇÕES São pontos que indicam aos eletrodos o traçado elétrico do coração. onda positiva: impulso chega perto do eletrodo onda negativa: impulso se afasta do eletrodo curva reta: quando o impulso não passou nem se afastou do eletrodo - Derivações bipolares: D1, D2, D3 - Derivações unipolares: aVR, aVL, aVF ONDAS DO ECG Intervalo PR – ocorre a parada do impulso no Nodo AV, para repolarização atrial e despolarização ventricular Intervalo ST – impulso se encontra nas Fibras de Purkinje, para realizar a repolarização ventricular Intervalo QT – despolarização e repolarização ventricular POSICIONAMENTO NO ECG Animal deve estar em decúbito lateral direito ou em estação, sendo que os membros não podem se encostar. Colocação dos eletrodos: - amarelo: membro torácico esquerdo - vermelho: membro torácico direito - verde : membro pélvico esquerdo - preto: membro pélvico direito Onda P – despolarização atrial Complexo QRS – despolarização ventricular Onda T – repolarização ventricular X Y Eixo X – indica o tempo (duração) Eixo Y – indica a voltagem (amplitude) Subida da onda: impulso próximo da derivação – impulso no Átrio Direito Descida da onda: impulso se afasta da derivação – impulso no Átrio Esquerdo Repolarização Atrial: é mascarada, pois ocorre no mesmo momento do complexo QRS, pois a massa ventricular emite impulso maior por ter a massa mais forte D2 – confere melhor análise do traçado, por possuir localização anatômica privilegiada, e acompanha o impulso (mais utilizada) ANÁLISE ELETROCARDIOGRAMA Ritmo - avaliar o ritmo cardíaco (regular ou irregular), e identificar onda P e complexo QRS ritmo sinusal: quando há a presença da onda P e QRS, sendo o ritmo regular do coração arritmia: ritmo cardíaco irregular, sem a presença sequencial da onda P e complexo QRS arritmia sinusal: ritmo cardíaco irregular, com a presença da onda P e QRS Frequência Cardíaca - contagem dos números de batimentos do coração por minuto bradicardia: números de batimentos abaixo do fisiológico taquicardia: números de batimentos acima do fisiológico - ritmo sinusal: realiza-se a contagem dos quadrados entre as ondas R, e o valor encontrado é dividido pelo valor de referência da velocidade: velocidade 50 mm/s (divide-se por 3.000) ou velocidade 25 mm/s (divide-se por 1.500) ex.: caso haja 19 quadradinhos 1500 / 19 = 79 bpm - ritmo não sinusal: realiza-se a contagem dos complexos QRS presentes em 3 segundos (que é igual a 15 quadrados grandes ou 75 quadradinhos) ex.: caso haja 8 complexos QRS em 3 segundos 8 x 20 = 160 bpm Onda P - realizar a contagem da amplitude e duração da onda P, que indica a despolarização atrial Intervalo PR - realizar a contagem da duração do intervalo PR, que indica a parada do impulso no Nodo AV Complexo QRS - realizar a contagem da amplitude e duração do Complexo QRS, que indica a despolarização ventricular Intervalo QT - realizar a contagem da duração do intervalo QT, que indica a parada do impulso nas Fibras de Purkinje Batimento Ectópico ou Arritmia - avaliar através das mensurações anteriores se existem alterações no batimento e ritmo cardíaco Considera-se um ritmo normal quando a distância entre uma onda R e outra onda R esteja entre mais ou menos de 10% quadradinho: apresenta 0,04 segundos e 0,1 mV quadradão: apresenta 0,2 segundos e 0,5 mV Onda T: sua altura deve ser 25% menor que a onda R ULTRASSONOGRAFIA EM PEQUENOS ANIMAIS O ultrassom é um exame diagnóstico que é realizado em forma de ondas sonoras não audíveis, sendo regulado através da frequência, que são os números de vezes que uma onda é repetida por segundo. A probe é o material responsável por emitir propagação das ondas sonoras. Ao atingirem os tecidos e órgãos, estas ondas resultam em ecos, que é o retorno da onda. - Quanto maior a frequência, mais ondas serão produzidas, resultando na formação de ondas de menor comprimento que irão atingir tecidos mais superficiais, e consequentemente, em imagens de maior qualidade - Quanto menor a frequência, menos ondas serão produzidas, resultando na formação de ondas de maior comprimento que irão atingir tecidos mais profundos, e consequentemente, em imagens de menor qualidade INTRODUÇÃO - Transdutores: são aparelhos que transformam algum tipo de energia em ondas de ultrassom. Mediante a produção do som em pulsos, a imagem é formada a partir de ecos que retornam dos tecidos após cada pulso o tipo de probes: linear (usada na reprodução), convexa, intravacitária - Modos de exibição: modo A (amplitude), modo B (brilho), modo M (movimento) modo B o é mais usado o modos indicam as características que o ultrassom irá demonstrar na avaliação AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA A avaliação deve ser feita bilateralmente, e avaliar três características principais: - Ecogenicidade: indica a reação do órgão ao receber as ondas sonoras Anecóico: estruturas que não produzem ecos (líquidos) – coloração preta Hiperecóico: estruturas que produzem muitos ecos – coloração branca Hipoecóico: estruturas que produzem poucos ecos – coloração acinzentada - Textura do órgão: avaliar a uniformidade do órgão em sua extensão Homogênea: apresenta-se uniforme em toda a sua extensão Heterogênea: não apresenta-se uniforme em toda a sua extensão - Tamanho do órgão Preparo do Paciente: contenção do animal (utilizar contenção mecânica, evitando ao máximo a contenção química) sedação com acepromazina promove esplenomegalia, conferindo uma falsa interpretação no ultrassom - Animal deve estar do lado direito com a cabeça perto do aparelho e pernas perto do instrumentador - Realizar tricotomia ampla, pois as bolhas de ar formadas nos pelos confere vários artefatos que dificultam a visualização ultrassonográfica, juntamente com o gel, que realiza a retirada desta camada de ar - Jejum alimentar, uso de laxantes, antifiséticos e enema (retirada das fezes – são hiperecoicas, dificultando a visualização de estruturas adjacentes) AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS - Fígado: parênquima homogêneo, hiperecóico e textura média (vasos sanguíneos aparecem como círculos anecóicos) vesícula biliar em jejum apresenta-se repleta e anecóica diafragma: linha hiperecóicaacima do fígado - Baço: parênquima homogêneo, mais hiperecóico que o fígado e de textura fina - Estômago: quando repleto, avalia-se o seu conteúdo, e vazio, é possível visualizar as pregas e criptas gástricas - Pâncreas: visível apenas quando alterado - Rim: parte cortical mais clara, e medular mais escura - Glândulas Adrenais: formato de amendoim, parênquima hipoecóico (difícil visualização) - Região central: alças intestinais e linfonodos (avaliar uniformidade do diâmetro, espessura, conteúdo e peristaltismo) - Bexiga: conteúdo anecóico quando repleta (examinar a parede e seu conteúdo) - Útero e Ovários: visualizados somente quando alterados (piometra, neoplasias, gestação) SISTEMA ÓSSEO OSSOS Os ossos são órgãos constituídos por cálcio e fósforo, o que os tornam densos e facilmente observados no exame radiográfico (estruturas radiopacas). O desenvolvimento ósseo ocorre por duas maneiras: Ossificação Endocondral: matriz pré-formada, onde o osso cresce em extensão (comprimento) Ossificação Intramembranosa: osso cresce pelo seu diâmetro (largura) CÉLULAS ÓSSEAS o Osteoblastos: células que formam a matriz óssea (quando ativados, aumentam a Fosfatase Alcalina) o Osteoclastos: células que realizam a reabsorção óssea o Osteócitos: osteoblastos cercados pela matriz óssea que produziram ESTRUTURAS ÓSSEAS - Periósteo: camada de tecido conjuntivo que recobre o osso - Forame nutrício: estrutura que contém vasos sanguíneos (visualizado no raio x – não confundir com alteração) Epífises: são os centros de crescimento o osso Metáfises: são as estruturas que contém o osso esponjoso Diáfises: são as estruturas que contém o osso denso e compacto RADIOGRAFIA - Duas projeções, em ângulos retos (90º entre as duas) - Animais jovens devido a ossificação endocondrial (crescimento ósseo) apresentam cartilagens fisárias que são linhas radioluscentes que separam a epífise da metáfise - Quando o crescimento ósseo cessa, observa-se a cicatriz fisária, que é uma linha radiopaca na junção entre a epífise e a metáfise - Na radiografia dos ossos longos, a posição radiográfica deve abranger até as epífises POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO - Úmero - Rádio e Ulna - Carpo Mediolateral caudocranial Mediolateral Craniocaudal Mediolateral Dorsopalmar Mediolateral flexionada Acima do carpo: cranial – caudal Abaixo do carpo: dorsal – palmar Acima do tarso: cranial – caudal Abaixo do tarso: dorsal – plantar - Metacarpianos e Falanges - Coxal - Fêmur - Tíbia e Fíbula - Tarso - Metatarsianos e Falanges RESPOSTA ÓSSEA À LESÃO - Opacidade óssea reduzida: ocorre diminuição na densidade óssea (áreas radioluscentes), devido uma lesão (traumas, desuso, doenças, infecções, neoplasias) onde ocorre perda do padrão trabecular. A diminuição da opacidade do osso pode ser por duas causas: osteopenia: diminuição da mineralização por perda de cálcio (ex.: hiperparatireoidismo secundário) osteólise: lesão no osso que leva a perda de matriz óssea (por ação dos osteoclastos), podendo ter localização focal, “roída por traça” (pequenos caminhos de osteólise) ou permeativa (pontos de osteólise) - Aumento da opacidade óssea: maior mineralização ou produção de tecido ósseo (áreas radiopacas), devido uma lesão (neoplasias, trauma, infarto ósseo), formando as escleroses: esclerose: área de aumento da opacidade óssea (maior densidade) - Reação Periosteal: periósteo (tecido conjuntivo que reveste o osso) frente à uma injúria, sofre uma reação, podendo produzir um novo tecido ósseo, podendo ser classificado de acordo com a gravidade da lesão em: Sólida (regular) Lamelar Espicular Triângulo de Codman Mediolateral Dorsopalmar Mediolateral (isolamento do dígito) “Frog-Leg” Ventrodorsal Craniocaudal Mediolateral Caudocranial Mediolateral Mediolateral Dorsoplantar Dorsoplantar - Alteração de tamanho ou contorno: ocorrem durante o crescimento ósseo (lesão altera forma normal do osso), ou podem ocorrer devido doenças ou traumas. Valgus: ângulo dos membros voltado para fora da linha média Varus: ângulo dos membros voltado para a linha média FRATURAS RADIOGRAFIA DAS FRATURAS - Deve-se realizar duas projeções, para confirmar, determinar o grau de cicatrização e medir a extensão da fratura - Fraturas no raio-x são observadas como soluções de continuidade (resultante de trauma ou doenças) CLASSIFICAÇÃO Quanto à extensão da fratura: completa: ocorre perda da continuidade de toda a substância ou largura do osso incompleta: mantém algum elo de ligação no osso (ex.: fissuras ou lesão em galho verde) Quanto à exteriorização da fratura: fechada: sem comunicação do osso com o meio externo aberta: com comunicação do osso com o meio externo Quanto ao número de fragmentos da fratura: simples: formação de dois fragmentos cominutiva: formação de três ou mais fragmentos Quanto à posição da linha da fratura: transversal: linha da fratura forma um ângulo reto ao eixo do osso oblíqua: linha da fratura forma um ângulo diagonal no osso espiral: linha da fratura circula o eixo longo do osso, expondo parte do interior Quanto à causa da fratura: patológica: ocorre no local onde uma afecção (doença) fragilizou o tecido ósseo estresse: resultante de traumatismo contínuo de menor gravidade (difíceis de observar) Quanto ao local da fratura: diafisária: ocorre na região do centro de um osso longo epifisária: deslocamento da posição normal da epífise Quanto à lesão epifisária e a Classificação de Salter-Harris: I – separação simples da epífise da metáfise II – separação epifisária junto com fratura de um canto da metáfise III – fratura da superfície articular à placa fisária (fragmento separado) IV – fratura da superfície articular à placa fisária, se estendendo até a metáfise V – placa epifisária sofre esmagamento entre a epífise e a diáfise REPARO DA FRATURA Nas fraturas, ocorre aumento da vascularização local e da ação dos osteoclastos, levando uma reabsorção óssea nas bordas da fratura. O periósteo e endósteo são estimulados para reparo do local. fratura recente: linha de fratura bem definida, com aumento de volume de tecidos moles fratura de 7 a 10 dias: reabsorção óssea na borda da fratura, diminuição dos tecidos moles e discreta reabsorção óssea fratura de 2 a 3 semanas: reação periosteal evidente e calo ósseo mineralizado fratura de 4 a 8 semanas: linha da fratura preenchida pelo calo ósseo (observa- se pontes entre o foco de fratura e o novo osso) Calo Ósseo: tecido mesenquimatoso indiferenciado formado ao lado da linha de fratura COMPLICAÇÕES DO SISTEMA ÓSSEO COMPLICAÇÕES DA FRATURA - Não União: extremidades lisas, arredondadas e escleróticas, sem a formação do calo ósseo (erro cirúrgico) - União Retardada: formação do calo ósseo demorada, com persistência da linha radiolucente (erro cirúrgico) - Má União: reação cicatricial, porém sem a densidade óssea normal, com calo ósseo (devido doenças do paciente) OSTEOMIELITE Inflamação no interior do osso, derivada de processo infeccioso da medula Osteomielite Aguda: ocorre reação periosteal agressiva no osso osteólise, que resulta em linha radiolucente no osso aumento de volume dos tecidos moles (tendão, músculo, articulação) Osteomielite Crônica: ocorre reação periosteal discreta no osso margem esclerótica (compensação na deposição de tecido ósseo) saída de fragmentos ósseos soltos avasculares aumento de volume dos tecidos moles PANOSTEÍTE Doença inflamatória autolimitante, que promove distúrbio na ossificação endosteal nas diáfises de ossos longos - Acomete em sua maioria, os cães jovens de grandeporte, promovendo claudicação de somente um membro, tendo pausas no acometimento, e nos próximos dias, pode acometer o outro membro (sugestivo pelo histórico do animal) esclerose na medular, por aumento da densidade óssea perda do padrão trabecular (medular mais radiopaca, e cortical normal), sendo necessário comparar com o membro contralateral (membro contralateral não apresentará alteração) NEOPLASIA ÓSSEA Benigna: sítios demarcados, com zonas de transição, sem reação periosteal e sem invadir tecidos adjacentes Maligna: apresenta o triângulo de Codman, com reação periosteal, osteólise da cortical, zona de transição e sem envolver articulação adjacente DOENÇAS ÓSSEAS METABÓLICAS OSTEODISTROFIA RENAL (Mandíbula de Borracha / Hiperparatireoidismo Secundário Renal) Ocorre devido insuficiência renal, onde os rins perdem muito cálcio (osteopenia) e reabsorve fósforo, fazendo com que devido a baixa concentração de cálcio no sangue, haja a retirada de cálcio nos ossos, por ação do paratormônio. afinamento da mandíbula e maxila (“dentes flutuantes”) perda do padrão trabecular dos ossos do crânio (osteopenia da cortical) OSTEODISTROFIA JUVENIL (Osteodistrofia Fibrosa / Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional) Mesma patogenia da osteodistrofia renal, porém a causa é alimentar (pouca ingestão de cálcio), sendo comum em animais jovens alimentados exclusivamente com carne (muito fósforo, pouco cálcio) claudicação com desvio “valgus” e ossos dolorosos (devido a pouca mineralização) presença de fissuras no osso devido as fraturas em “galho verde” (osso não é totalmente maturo) OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA (Osteodistrofia Metafisal / Escorbuto Juvenil) Mais comum em cães de raças grandes (devido o crescimento rápido) devido desequilíbrio do cálcio e fósforo metáfises aumentadas e doloridas, com faixas radiolucentes esclerose da metáfise após um período proliferação óssea periosteal SISTEMA ARTICULAR ARTICULAÇÃO O fluido sinovial, cápsula articular e as cartilagens articulares são as estruturas que compõem uma articulação. Devido a sua composição de tecido mole, estes não são observados na radiografia. O que servirá para guiar o diagnóstico radiológico deste sistema, será as alterações ósseas que serão observadas em caso de alteração articular LUXAÇÃO Deslocamento de um osso em relação à outro, fazendo com que as estruturas articulares não se articulem umas com as outras, devido o deslocamento sofrido - Subluxação: leve deslocamento da articulação (não é completo como a luxação) Luxação da Articulação Coxofemoral - Deslocamento da cabeça do fêmur em relação ao acetábulo (traumas, displasia coxofemoral) - Observa-se área de esclerose do osso subcondral (linha branca no osso abaixo da articulação) Luxação de Patela - Ocorre devido alterações na conformação do fêmur e úmero, podendo ser medial, lateral ou proximal - É classificada de acordo com o grau do acometimento (de I a IV) - Para diagnóstico de luxação patelar, é necessário realizar 3 projeções: o Craniocaudal: quando o deslocamento é medial ou lateral ao fêmur o Mediolateral: quando a patela não está na tróclea do fêmur (sobreposta aos côndilos femorais) o Skyline: flexão significativa da região patelar com animal anestesiado, observando o arrasamento do sulco da patela DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (DAD) Final de toda doença articular crônica, cursando com destruição e perda da cartilagem articular, tendo achados que são característicos: Osteófito: crescimento ósseo excessivo de um osso na articulação Entesófito: crescimento ósseo no ponto de inserção de músculo, tendão ou ligamento Osteoartrite : inflamação de uma articulação e dos ossos adjacentes Estreitamento do espaço articular: articulação se encontra reduzida Esclerose do osso subcondral: linha radiopaca no osso abaixo da articulação Áreas císticas radiolucentes (menos comum): osteólise no osso subcondral Osteófito: crescimento ósseo na articulação (seta) ARTRITE Inflamação de uma articulação (por causa infecciosa ou não), sendo diagnosticada a partir de artrocentese e cintilografia óssea. observa-se reação periosteal ao redor da articulação aumento da radiopacidade nos tecidos moles destruição óssea subcondral DOENÇAS DO DESENVOLVIMENTO OSTEOCONDROSE (Osteocondrite Dissecante) Anomalia da ossificação endocondral, mais comum em cães de raça grande, jovens com claudicação, acomentendo os ossos longos (tíbia, fêmur, úmero) observa-se a presença de “flaps” cartilaginosos (fragmentos radiopacos de cartilagem presentes livremente no interior articulação) DISPLASIA COXOFEMORAL Formação anormal das articulações coxofemorais, afetando o encaixe perfeito da articulação (onde o acetábulo encontra-se côncavo e a cabeça do fêmur convexa). É necessário realizar posicionamento dorsoventral e “frog-leg” para diagnosticar a displasia coxofemoral - Confirmação de displasia coxofemoral: sinais da doença articular degenerativa (entesófitos, osteófitos, esclerose) achatamento da cabeça do fêmur (luxação e subluxação do fêmur) arrasamento do acetábulo (cabeça do fêmur e acetábulo incongruentes) ângulo de Norberg menor que 105º - Somente a partir de 24 meses pode-se diagnosticar que o animal possui ou não displasia coxofemora (final do crescimento ósse), sendo que pode-se realizar um pré-laudo aos 12 meses e esperar o desenvolvimento - Não radiografar fêmeas no estro (ocorre achatamento de diversas estruturas, inclusive das articulações) - Ângulo de Norberg: procurar o ponto médio da cabeça do fêmur e traçar uma linha até o ponto médio da cabeça do fêmur do membro contralateral, e traçar outra linha até a borda do acetábulo. A partir da angulação obtida, classifica-se o grau do acometimento: maior que 105º - articulação encontra-se normal menor que 105º - anatomia perfeita com incongruência femoral de 100 a 105º - displasia coxofemoral discreta ou suave de 90 a 100º - displasia coxofemoral moderada menor que 90º - displasia coxofemoral severa ou grave 1 DIAGNOSTICO Aula 1 - RADIOPROTEÇÃO Aula 2 - POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO Aula 3 - FÍSICA E PRODUÇÃO DE RAIOS X Aula 4 - RADIOLOGIA DO ABDÔMEN Aula 5 - SISTEMA URINÁRIO Aula 6 - ESÔFAGO E ESTÔMAGO Aula 7 - INTESTINO DELGADO E INTESTINO GROSSO Aula 8 - SISTEMA RESPIRATÓRIO Aula 9 - SISTEMA CARDÍACO Aula 10- COLUNA VERTEBRAL e ABDOMEN Aula 11 - ELETROCARDIOGRAMA Aula 12 - ULTRASSONOGRAFIA EM PEQUENOS ANIMAIS SISTEMA ÓSSEO
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