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ANATOMIA RADIOLÓGICA – TÓRAX. Introdução: - Exame radiográfico do tórax é o mais comum entre os procedimentos radiográficos. - Porção superior do tronco localizada entre o pescoço e o abdômen. - Dividido em três seções: Caixa torácica, sistema respiratório e mediastino. Caixa Torácica: - Sistema esquelético responsável pela proteção das partes envolvidas com a respiração e a circulação sanguínea. - Vísceras torácicas: pulmões e órgãos do mediastino. - Esterno (anteriormente), costelas, vértebras torácicas (dorsalmente). - Esterno: Manúbrio, corpo e processo xifoide. Referências topográficas: - Anteriormente: incisura jugular - Posteriormente: proeminência vertebral - Processo xifoide: nível T9-T10, nível anterior do diafragma - Bases pulmonares se estendem até nível T11 –T12. Vista anterior. Vista lateral. Sistema Respiratório: - A respiração consiste na troca de substâncias gasosas entre o ar que respiramos e a corrente sanguínea. - Partes do corpo através das quais o ar passa, desde o nariz e boca até os pulmões. - As quatro divisões do sistema respiratório são: a faringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. Vista anterior. Diafragma - Em formato de cúpula. - Músculo primário da inspiração. - Conforme a cúpula diafragmática se move para baixo, aumenta o volume da cavidade torácica (inspiração). - Isto faz com que os pulmões sejam preenchidos com ar, o que é conhecido como inspiração. - Comando Inspiração importante na realização exames do tórax – Apneia. Faringe - Via área superior ou trato respiratório superior. - É a região posterior compreendida entre o nariz e a boca, acima, e a laringe e o esôfago, abaixo. - Esta área serve como via de passagem de comida e fluidos, bem como de ar, sendo comum aos sistemas digestório e respiratório. - A faringe possui três divisões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Quatro partes do Sistema Respiratório: 1. Laringe (caixa vocal): - Estrutura cartilaginosa, de aproximadamente 4 a 5cm no adulto; localizada anteriormente no pescoço, suspensa por um pequeno osso chamado hióide. 2. Traqueia - Segunda divisão do sistema respiratório - Tubo fibromuscular de 2 cm de diâmetro e 11 cm de comprimento; - Possui 20 anéis cartilaginosos em forma de “C” e - Anterior ao esôfago, se estende desde a laringe (C6) até a nível T4-T5, onde bifurca-se em brônquios D e E. RADIOGRAFIAS Corte axial com meio de contraste – vasos sanguíneos ficam mais densas. 3. Brônquios direito e esquerdo - Conhecidos como brônquios fonte - Carina é uma proeminência, ou sulco, da cartilagem mais inferior da traqueia, observada no final da porção interna da traqueia, onde está se divide em brônquios direito e esquerdo. 4. Pulmões - Órgãos grandes e esponjosos, localizados em cada lado da cavidade torácica. - O pulmão direito é composto por três lobos – o superior (mais acima), o médio e o inferior (mais abaixo), – divididos por duas fissuras profundas. - A fissura inferior, que separa os lobos inferior e médio, é denominada fissura oblíqua. A fissura horizontal separa o lobo superior do médio. - O pulmão esquerdo possui apenas dois lobos – o superior (mais acima) e o inferior (mais abaixo) – separados por uma única fissura oblíqua. - Os pulmões são compostos por um tecido leve, esponjoso e altamente elástico denominado parênquima - Cada pulmão está inserido em uma delicada bolsa, denominada pleura - A camada exterior dessa bolsa pleural reveste a superfície interna da parede do tórax e o diafragma, sendo chamada de pleura parietal. - A camada interna que cobre a superfície dos pulmões e também penetra nas fissuras entre os lobos é denominada pleura pulmonar ou visceral. Pleura – espaço virtual que só identificamos no exame quando há alguma alteração. PULMÕES As partes radiologicamente importantes dos pulmões são as seguintes: - Ápice: área arredondada superior, acima do nível das clavículas, que se estendem até o nível da T1 (primeira vértebra torácica). - Esta parte importante dos pulmões deve ser incluída nas radiografias do tórax. - Carina: é o ponto de bifurcação onde a traqueia se divide em brônquios direito e esquerdo. - Base: é a área côncava mais inferior de cada pulmão que fica sobre o diafragma - O diafragma é a estrutura muscular que separa as cavidades torácica e abdominal. - Seio costofrênico: ângulo inferior mais periférico de cada pulmão, onde o diafragma toca as costelas. - Para a obtenção de radiografias do tórax, devem estar incluídos os pulmões desde os ápices até os seios costofrênicos, - O hilo também conhecido como raiz do pulmão, é a área central de cada pulmão onde brônquios, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos entram e saem dos pulmões. MEDIASTINO - A porção mediana da cavidade torácica, localizada entre os pulmões - As quatro estruturas radiograficamente importantes localizadas no mediastino são (1) timo (2) coração e grandes vasos (3) traqueia (4) esôfago TIMO - Localizado atrás da porção superior do esterno, é tido como um órgão temporário porque é muito grande na infância e alcança um peso máximo de cerca de 40g na puberdade. - Diminui gradualmente de tamanho, até quase desaparecer na fase adulta. - Pode ser visualizado em radiografias de tórax de crianças, mas geralmente não é visto em uma radiografia de adultos porque o tecido linfático mais denso é substituído por gordura menos densa. - A função primária do timo durante a infância e a puberdade é a de auxiliar o funcionamento de certos sistemas imunológicos do corpo que ajudam o organismo a resistir a doenças. CORAÇÃO E GRANDES VASOS - O coração e os ramos dos grandes vasos estão envoltos em um saco de parede dupla denominado saco - Pericárdico - O coração está posicionado obliquamente no espaço mediastinal e aproximadamente dois terços do coração se encontram do lado esquerdo da linha mediana. - Os grandes vasos do mediastino são: a veia cava inferior, a veia cava superior, a aorta e as grandes - Artérias e veias pulmonares. - A veia cava superior é uma grande veia que drena o sangue da metade superior do corpo para o coração - A veia cava inferior é uma grande veia que drena o sangue da metade inferior do corpo para o coração. - A aorta é a maior artéria no corpo (2,5 cm a 5 cm [1 a 2 polegadas] de diâmetro no adulto normal). - Transporta o sangue para todas as partes do corpo através de seus vários ramos. - A aorta é dividida em três partes: aorta ascendente (saindo do coração); arco aórtico e aorta descendente, que passa através do diafragma até o abdômen, onde se torna a aorta abdominal. - Artérias e veias pulmonares transportam e drenam o sangue de todos os segmentos dos pulmões. DERRAME PLEURAL - É uma condição caracterizada por acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural. - Os tipos de derrame pleural incluem os seguintes. - O empiema ocorre quando o líquido é purulento. Pode ser causado por feridas no tórax, obstrução dos brônquios ou ruptura de um abscesso pulmonar. Nas radiografias e tomografias usar ou janela de parênquima pulmonar ou de partes moles. Lado afetado para baixo. - Também pode se desenvolver quando uma pneumonia ou um abscesso pulmonar se disseminam pelo espaço pleural. - O hemotórax ocorre quando o líquido é sanguinolento. - Uma causa comum do derrame pleural do lado direito ou bilateral é a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) - Qualquer tipo de derrame pleural é demonstrado através da presença de níveis líquidos em radiografias do tórax com raios horizontais. Deito o paciente de lado e faço imagem anteroposterior. - Pequenas quantidades são mais visíveis no decúbito lateral com o lado afetado para baixo ou em posição ortostática. - Nas tomografias a janela de escolha deve ser de mediastino ou partes moles. Para confirmar que é líquido, se faz radiografia de decúbito lateral esquerdo. Líquido Derrame pleural PNEUMOTÓRAX - Pneumotórax é um acúmulo de ar no espaço pleural que causa colapso parcial ou completo do pulmão e resulta em encurtamento imediato e severo da respiração e dor no peito. - Pode ser causado por traumatismo ou condiçãopatológica que propicie uma ruptura espontânea de uma área enfraquecida do pulmão. - Radiograficamente, o pulmão afetado pode ser visto afastado da parede torácica. - As radiografias do tórax no pneumotórax devem ser realizadas em posição ortostática. - Caso o paciente não possa assumir uma posição ortostática, deve ser realizada uma radiografia, em decúbito lateral, com o lado afetado para cima (não para baixo como no derrame pleural) e com Raios horizontais. - Nas tomografias a janela de escolha deve ser parênquima pulmonar. EFISEMA PULMONAR Perda volumétrica do parênquima pulmonar por obstrução brônquica crônica e falência do mecanismo valvar. TEP Tromboembolismo pulmonar (TEP) - Definido como a migração de um ou mais coágulos das veias sistêmicas para o leito vascular pulmonar. Artéria descendente Coágulo – era para estar branco Traqueia Aorta ascendente Corte axial – janela de parênquima pulmonar. Não se faz exame duas vezes, se faz no computador a imagem que precisar. ANATOMIA RADIOLÓGICA: ABDÔMEN SUPERIOR Radiografia Simples do Abdômen - “Simples” – sem uso de meios de contraste. - AP Abdômen em decúbito dorsal - Precedem exames com uso de meios de contraste para descartar certas patologias. - Úteis nas condições: obstrução intestinal, perfurações envolvem ar intraperitoneal (ar fora do trato digestivo), excesso de fluido no abdômen ou massa intra-abdominal. Músculos abdominais - Diafragma - Psoas maior direito e esquerdo Diafragma: em forma de guarda-chuva; separa a cavidade abdominal da torácica. Deve estar imóvel durante exames de abdômen e tórax. Movimento respiratório deve ser interrompido – apnéia - podendo ser inspiratória ou expiratória, depende do exame. Psoas: posicionados lateralmente à coluna lombar; bordas laterais devem ser vistas em radiografias em pacientes de pequeno e médio porte. Psoas Psoas tem duas bordas, uma que esta direcionada para a parte externa – lateral (lateral ou externa), e uma borda direcionada ao meio do paciente – plano sagital (medial ou interna). Psoas contém uma densidade um pouco mais elevada, porém menos que o osso. Sistema digestivo - Junto com seus órgãos acessórios (fígado, vesícula biliar e pâncreas), preenchem a maior parte da cavidade abdominal; - Pâncreas – posterior ao estômago; - Baço (linfático) – região superoesquerda do abdômen, posteriormente ao estômago. Seis órgãos: 1. Cavidade Oral 2. Faringe 3. Esôfago 4. Estômago 5. Intestino delgado 6. Intestino Grosso Cavidade Oral, Faringe e Esôfago - Cavidade oral e faringe – comuns aos sistemas respiratório e digestório; - Esôfago – localizado no mediastino posterior. Estômago - Primeiro órgão do sistema digestório localizado dentro da cavidade abdominal; - Reservatório expansível que permite passagem de alimentos e líquidos; - Tamanho e forma variam de acordo com biótipo e hábitos alimentares; - Gastro – refere-se ao estômago; - TGI – Trato Gastrointestinal – sistema inicia no estômago e continua através intestino delgado e grosso. Radiografia onde administra um contraste, com sulfato de bário, no qual essa substância promove opacidade das estruturas, sendo que onde passar deixa as estruturas com densidade maior. Intestino delgado - Longa e convoluta (enrolado) Tubo 4,5 a 5 metros de comprimento - Duodeno; - Jejuno; - Íleo. Duodeno - Primeira porção do intestino delgado - Mais curto e mais largo - 25 cm comprimento - Forma de “C” - Porção proximal – bulbo duodenal - Ductos do fígado, vesícula biliar e pâncreas desembocam no duodeno. Jejuno e Íleo - Localizados na porção central e inferior - 2/5 – Jejuno - 3/5 – Íleo - Válvula Íleo – cecal – orifício entre íleo distal e o ceco (porção intestino grosso). Radiografia Contrastada Estômago e Delgado - Uso contraste oral: Sulfato de bário – oral ou retal. - Jejuno: abdômen superior, à esquerda da linha média - Íleo fica na parte inferior do abdômen e pelve; - Pregas circulares são mais numerosas e profundas no jejuno que no íleo. B – Jejuno C - Íleo Intestino grosso - Começa quadrante ínfero-direito, válvula íleo cecal; - Ceco: porção inferior; - Apêndice: unido à região postero-medial do ceco; - Colón ascendente; - Flexura cólica direita ou hepática; - Colón transverso; - Flexura cólica esquerda ou esplênica; - Colón Descendente; - Colón Sigmoide (forma de “S”); - Reto (15 cm) e ânus. Baço e Órgãos acessórios Baço: - Órgão linfoide; Sistema circulatório; Órgão abdominal - Á esquerda, quadrante supero esquerdo, à esquerda do estômago - Pâncreas, Fígado e Vesícula Biliar - Pâncreas: glândula posterior ao estômago; sistema endócrino (produção insulina) /exócrino (secreção sucos digestivos – ducto Wirsung). - Fígado: maior órgão sólido corpo; inúmeras funções; trato digestório produz bile para digestão de gorduras. - Vesícula Biliar: em forma de saco; capta, concentra, armazena e libera a bile (colecistoquinina). Não é visualizada em radiografias simples nem contrastadas. É visualizada em exame de ultrassonografia, ressonância e tomografia. Fígado Subdividido em segmentos: - 8 segmentos relacionado às drenagens hepáticas arterial, portal e biliar para as regiões (segmentos) do fígado. - Lobo caudado = segmento I - Demais são numerados em sentido horário até o segmento VIII. São divididos através do sistema vascular – de drenagem. Estômago Paciente em jejum – o exame anula os órgãos que não contém líquido. Não utiliza contraste. Fazer acoplamento respiratório – um cinto medindo a frequência respiratória (dependência de uma respiração constante) ou fazer apnéia. Cavidade abdominal – Peritônio, Mesentérico, Omento e Mesocólon. Peritônio - Membrana serosa de dupla camada; - Parietal (aderida à parede da cavidade abdominal - externa); - Visceral (recobre os órgãos - interna); - Cavidade ou espaço peritoneal (espaço entre as camadas) – preenchido por vários órgãos abdominais: fígado, baço, estômago, parte superior do duodeno, jejuno, íleo, colón transverso e sigmoide, parte superior do reto); - Contém alguns fluidos lubrificantes serosos (movimento sem atrito); - Acúmulo anormal de líquido livre (ar, água) – ASCITE. Corte axial. Órgãos retroperitoneais e infraperitoneais - Retro – atrás - Infra – sob ou abaixo de Órgãos Retroperitoneais - Presos à parede abdominal posterior Rins, ureteres, adrenais, pâncreas, duodeno, cólons ascendente e descendente, reto superior, aorta abdominal e veia cava inferior Órgãos Infraperitoneais - Reto inferior, bexiga urinária e órgãos reprodutores Órgãos Intraperitoneais - Fígado, vesícula biliar, baço, estômago, jejuno, íleo, ceco e os cólons transverso e sigmoide. Corte coronal. Quadrantes e Regiões - Quatro Quadrantes; - Linha transversal plano cristas ilíacas (L4-L5); - Linha Longitudinal coincidindo com PMS (plano médio sagital); - Quadrante superior direito (QSD); - Quadrante superior esquerdo (QSE); - Quadrante inferior direito (QID); - Quadrante inferior esquerdo (QIE). Nove Regiões - Dois planos transversais (transpilórico –L1 e transtubercular – L5); - Dois planos longitudinais (laterais direito e esquerdo – paralelos ao PMS a meio caminho entre ele e as espinhas ilíacas anterosuperiores). Referências Topográficas 1. Processo Xifóide (T9-T10): ponto mais distal do esterno, corresponde a posição anterossuperior do diafragma, borda superior do abdômen. 2. Margem costal inferior das costelas (L2-L3): localização órgãos do abdômen superior como vesícula biliar, estômago. 3. Crista Ilíaca (L4-L5): corresponde ao meio do abdômen (ligeiramente abaixo do umbigo). 4. Espinha ilíaca anterossuperior: meio da pelve. 5. Trocanter maior: mesma altura sínfise púbica, margem inferior do abdômen (ponto secundário). 6. Sínfise Púbica: margem inferior do abdômen. Preparo do paciente - Solicitação troca roupa (uso avental da clínica, ausência de materiais metálicos) - A depender do uso do contraste ou não pode ser solicitado jejum - Para visualizar vesícula biliar, no mínimo 6 horas de jejum - Apneia expiratória: diafragma em posição superior, proporciona melhor visualizaçãodas estruturas abdominais. Reconvocar senão der certo o exame, mas evitar, pois, geram um certo medo do paciente. TGI – Trato Gastro Intestinal - Escolha modalidade investigação – dependente sinais e sintomas clínicos; - Advento novas tecnologias – papel da radiografia panorâmica do abdômen tem diminuído; - Radiografias contrastadas com bário (oral ou retal) – exame mais sensível para examinar TGI – fornecem informações sobre a distribuição do tubo digestivo, detalhes sobre músculos e mucosas; - USG = aplicação limitada no TGI = presença de gás no intestino (onda sonoro não propaga, acaba retornando, dificultando o exame); largamente usado para identificação coleções (presença de líquidos) intra-abdominais. - Medicina nuclear = resolução espacial menos satisfatória – Limita a quantidade de informações morfológicas; Vantagens: usadas para estudo da função, esvaziamento gástrico, avaliação atividade da doença inflamatória do intestino, investigação de sangramento intestinal; - TC = papel limitado – embora seja utilizada em combinação com agentes de contraste oral ou retais (a base de iodo) para demonstrar presença de massa na parede ou ao redor da mesma. - RM = técnica de escolha identificação fístulas anorretais – alto contraste, alta definição de tecidos. Abdômen Superior Método de investigação: - USG - ultrassom: procedimento inicial escolhido para examinar órgãos do abdômen superior; Pacientes de maior compleição exigem transdutores de frequências menores Vantagem: permitir estudos em planos não ortogonais, quando combinados a cabeças pequenas de transdutores (baixa frequência – atinge grandes profundidades, ex: pessoas obesas, e alta frequência atinge mais superficiais) modernos, os órgãos podem ser examinados em pequenas janelas anatômicas (entre as costelas); - USG com Doppler: examinar fluxo de sangue para os órgãos. - TC: demonstram órgãos do abdômen no plano axial; Frequentemente associado a contraste endovenoso (trifásico) para demonstrar as fases arterial, venosa e mista do realce e da perfusão hepática (portal - venosa). - RM: auxiliar muito útil à TC – os dois usam o método de três fases. - MN (medicina nuclear): podem fornecer informações tanto funcionais como estáticas que não podem ser obtidas por TC ou RM, sobretudo na parte de observações renais. Com contraste. Branco – osso, contraste ou calcificação. Sem contraste. Ressonância obtém melhor imagem dos órgãos. Artérias ilíacas QUIZ A – Fígado. B – Intestino grosso. C – Rim direito. D – Ramo da artéria renal. E – Músculo oblíquo - psoas. F – Vértebra lombar. G – Rim esquerdo. H – Pelve Renal. I – Cólon descendente. J – Intestino delgado. K – Aorta abdominal. L – Veia cava inferior. O plano de corte desta imagem é o plano axial de abdômen superior, e não contém contraste. ANATOMIA RADIOLÓGICA: TRATO URINÁRIO E PELVE Trato Urinário Métodos de investigação: - Raio X: útil para visualização de cálculos renais – densidade maior – branco. Preparação do intestino – laxante e medicamento para diminuir os gases, além do jejum um dia antes do exame; - TC: útil para pesquisa de cálculos renais e também avaliação de ureteres e bexiga sem sobreposição. Não precisa de preparo intestinal. Contraste endovenosa, podendo apresentar efeitos adversos; - Urografia excretora: Nefrograma (contorno renal), os sistemas pielocaliciais, ureteres e bexiga (fase urográfica). Começa com uma radiografia simples do abdômen sem nenhum meio de contraste, e com preparo intestina. Ai depois o paciente recebe contraste por via intravenosa a base de iodo, e faz-se radiografias seriadas para melhor observação da funcionalidade do rim. - Visualização lateral do rim: obtida por incidências obliquas no raio-x. - Preenchimento dos ureteres melhor demonstrados com o paciente em pronação (decúbito ventral). Métodos de investigação: - TC: rins localizados entre T12 e L3 - Após injeção contraste: o córtex é opacificado, e somente mais tarde o mesmo ocorre com a medula e as pirâmides - RM: Padrão córtico medular é bem visualizado em sequencias ponderadas em T1 sem necessidade de administração de contraste; RINS - Órgãos retroperitoneais localizados nos sulcos paraventrais da parede abdominal posterior; - Córtex: terço externo; - Medula: 2/3 internos. URETERES - Tubo fibromuscular (bilaterais) com cerca de 25 cm de comprimento; - Estende-se do rim até a bexiga; - Dividido em porções: abdominal, pélvica e intravesical; - Pontos mais estreitos: JUP (junção uretero pielica), ureter médio, borda pélvica e JUV (junção uretero vesical – ureter entrando na bexiga). JUV JUP ADRENAIS (glândulas suprarrenais) - Órgãos endócrinos, em pares localizados em posição anterior, medial e superior aos pólos superiores em ambos os rins, ao nível de T12; - “Aspecto casca de banana”. PELVE Métodos de Investigação: Osso - RX: demonstração anatomia óssea bruta da pelve; - TC: com reconstruções e algoritmos específicos apresentam alta resolução espacial para imagens ósseas. Sem sobreposição das estruturas. Melhor visualização de osso, melhor que ressonância; - RM: fornece informações únicas relacionadas aos componentes da medula óssea com gordura, tecido hematopoiético e condições de doença medular. Partes Moles - USG, TC e RM – visualização da pelve. - USG: triagem básica, técnicas transvaginais e transretal fornecem detalhes refinados sobre anatomia interna da próstata e vesículas seminais e do trato genital feminino sem a necessidade da bexiga cheia - HSG (Histerosalpingografia – com contraste): papel importante na avaliação da cavidade do útero e tubas uterinas (RX). Para pacientes que apresente infertilidade. VÍSCERAS PÉLVICAS Bexiga e Uretra Bexiga - Situada atrás dos ossos púbicos - Posteriormente: vagina (mulher) e vesículas seminais (homem) - Útero: localizado acima da bexiga. - Próstata: sob o colo da bexiga. Pede para o paciente esvaziar a bexiga – ressonância. URETRA - Masculina: 20 cm de extensão; - Divide-se em partes: prostática, membranosa (que juntas formam a uretra posterior) e a esponjosa (anterior) - Uretra Prostática: 3 cm de comprimento, porção mais ampla da uretra - Uretra Membranosa: 1,5 cm de comprimento, porção mais estreita, mais fixa e menos dilatável; - Uretra Esponjosa: Porção Bulbosa e Peniana. Masculina: Método de investigação. – Radiografia contrastada – Uretrocistografia Retrograda (contraste pelo pênis – visualizar bexiga e uretra). - Através uso de meio de contraste via retrógrada, com um cateter de balão na fossa navicular. - Feminina: 3 a 4 cm de extensão; - Estende-se do colo da bexiga até o vestíbulo, onde se abre 2,5 cm atrás do clitóris; - Visualizada através de um exame chamado uretrocistografia miccional. Sonda com iodo e soro fisiológico, e com xilocaína. E depois pede para urinar para ver contraste na uretra. TRATO GENITAL MASCULINO Próstata - Glândula fibromuscular em forma de pirâmide com 3,5 cm de comprimento. - Par de vesículas seminais localizados posteriormente; - Subdividido em três zonas distintas: periférica, central e de transição. Vesículas Seminais - Dois sacos lobulados, com cerca de 5 cm de comprimento; - Localizados em sentido transverso à bexiga - Armazenam o sêmen; - Em sua porção inferior cada vesícula seminal se estreita e se funde com a ampola do vaso deferente para formar os dois ductos ejaculatórios. Testículos, epidídimo e vaso deferente - Testículo: órgão endócrino, ovóide e reprodutor, responsável pela produção dos espermatozoides; - Cada testículo fica dentro do escroto, bolsa projetada para fora da parede abdominal. Pênis - Corpo compreende três massas de tecido expansível: dois corpos cavernosos dorsais e um corpo esponjoso ventral que cerca a uretra; TRATO GENITAL FEMININA Vulva e vagina - Vagina: tubo muscular com cerca de 8 cm de comprimento que se estende para cima e para trás a partir da vulva - Frente vagina: bexiga e uretra - Atrás do terço superior: fundo de saco retouterino ou bolsa de Douglas. Útero - Órgão muscular em forma de pêra, localizado entre o retoe a bexiga; - Dividido em Fundo, Corpo e Colo. - Tubas uterinas penetram cada ângulo supero lateral - Eixo longo do útero fica horizontal ao plano sagital, formando um ângulo de 90 ° com a vagina. - Fundo é flexionado anteriormente: anteversão ou anteflexão - Colo do útero é direcionado para cima e para trás = retroversão. Tubas Uterinas - Cerca de 10 cm de comprimento; - Localizada na borda livre do ligamento largo; - Estende-se para fora a partir dos cornos do útero. Ovários - Par de órgãos endócrinos e reprodutores - Em forma de amêndoas, localizados nas fossas ovarianas. - Superfície medial e lateral, bordas anterior e posterior, pólos superior e inferior. A – Útero anterovertido B – Retrovertido C – Mediovertido ou medioversão MAMOGRAFIA Quadrante lateral Quadrante medial Mamografia bilateral (mais densa – branca – tecido glandular ou fibroglandular, densidade menor – cinzas – tecido adiposo) Crânio caudal – termo utilizado para o caminho da radiação. Médio lateral oblíqua (posição do equipamento). Indicação na Mamografia - Controvérsias quanto à cronologia; - Anual a partir dos 40 anos x bienal 40 – 50 anos + Anual a partir 50 anos; - Duas correntes estão certas; - BR não há programa oficial de rastreio de CA de mamas; - Divide em duas categorias: Assintomáticas e Sintomáticas (pode ser antes dos 40 anos) – Incidência crânio caudal e médio caudal nas duas situações. Exame de rastreio – sem sintomas e histórico na família. Assintomáticas - 35 – 40 anos = 1a MMG de base - 40-49 anos = uma bienal - 50 anos em diante = uma anual. Sintomáticas - Mulheres em qualquer idade – nódulos, descarga papilar, espessamento cutâneo, mastites ou traumas; - Mulheres com alto risco familiar – mãe, irmã CA mama antes menopausa – iniciar tto (rastreio) 10 a antes do caso familiar mais precoce; - Mulheres Doença Hodgkin – doença do sistema imunológico; - Mulheres que farão procedimentos invasivos na mama (core, mamotomia e/ou PAAF); - Homem – ginecomastia, nódulo e abscesso mamário. - Mamografia diagnóstica: sintomas e históricos na família. Critérios Importantes - Importância significativa posicionamento mama - Posicionamento incorreto – problema mais comum na revisão imagens e reconvocações; - Além fatores técnicos – estado emocional da paciente; - Contato inicial + Ananmese dirigida = facilita a forma de abordagem à paciente; correto preenchimento questionário. Exames anteriores relacionados a mama. Mamógrafo Itens Mamógrafo Sistema Magnificação – imagem ampliada. Médio lateral oblíqua. Seleção de Altura Controle Automático de Exposição (CAE) B – Fotocélula - regula dose de radiação. Receptor de Imagens - fazer a escolha antes do posicionamento. Técnica do Exame - Automática ou Semi Automática (mamografias de rotina – crânio caudal e médio lateral oblíqua). - Ampliações: Foco fino (ajuste automático na inserção da plataforma) - Mamas com prótese silicone: técnica manual em virtude da presença prótese (alta densidade) - Escola do receptor: 18 x 24 ou 24 x 30 cm (de acordo com tamanho da mama). Compressão - Interfere drasticamente na qualidade do exame; - Fixar mama e mantê-la na posição desejada; - Redução espessura da mama; - Separação das estruturas – pois no exame há uma estrutura sobre a outra. - Densidade Uniforme; - Redução DOF - Redução dose radiação. 2. Placa que Compressão Seletiva (compressão focalizada na área que o médico tem dúvidas – SPOT – Radio transparente, para poder visualizar melhor se tiver um posicionamento errado. Incidência de Rotina - Crânio Caudal - CC - Médio Lateral Oblíqua – MLO. Crânio Caudal - Abrange tecido mamário médio-lateral/ anteriormente ou posteriormente. - Exceto porção axilar; - Tubo – Posição vertical - Mama centralizada - Borda bucky nivelada com sulco infra mamário. Médio Lateral Oblíqua - Abrange todo tecido mamário; - Inclusão porção axilar; - Tubo – Posição obliqua (30 a 60°); - Paralelo ao plano do músculo peitoral. Incidências Complementares - Realizadas com certa frequência; - Esclarecimento diagnóstico; - Obtidas: manobras, angulações ou projeções diferentes das incidências de rotina; - Esgotar todas as possibilidades que a mamografia oferece para um bom resultado; - Informação à paciente é fundamental. Compressão Seletiva - Compressor pequeno; - Reduz a espessura da área; - Aumenta o contraste; - Permite estudo de contorno das lesões e áreas obscuras. Ampliação - Redução ponto focal para compensar a falta de nitidez geométrica; - Aumento da DOF; - Necessária plataforma de ampliação; - Aumento 1,5 a 2,0 x; - Avaliação detalhada de lesões; - Microcalcificações; Obs: Combina-se com a compressão seletiva. Ampliação + Compressão Seletiva Caudo Cranial - Incidência Complementar; - Nos casos de lesões da região superior da mama, mamas pequenas, mamas masculinas, pacientes com marcapasso, cifose, gravidez e ascite; - Tubo 180°. Mama com Prótese - Incidências de rotina mama + prótese; - Manobra Eklund (técnica manual – kV e mAs); - Compressão somente da mama, deslocando manualmente o implante no sentido posterior. Anamnese - Realizada preferencialmente pelo profissional responsável pela execução do exame; - Idade; condição menstrual; possibilidade de gravidez; uso de hormônios; - A indicação do exame e as informações sobre cirurgias e radioterapia devem constar da solicitação médica, mas nem sempre estão disponíveis. - Condição hormonal: Última menstruação; Menopausa - idade ou ano da última menstruação. - Câncer de mama na família. Os itens mais importantes são: mãe e irmã com câncer de mama na pré-menopausa - escrever a idade da mãe ou irmã na época do diagnóstico (não há interesse em anotar outros parentes (primas, sobrinhas etc). - Hormônio atual: descrever o tempo que o hormônio está em uso ou se tiver sido interrompido em menos de 3 meses. - Radioterapia: tratamento auxiliar no câncer de mama, geralmente após a cirurgia conservadora. Se recente (até 1 ano), anotar a data ou mês do término. Mama bem posicionada - Papila deve ser vista bem posicionada, de forma que não se projete na mama como um pseudonódulo; - Prega inframamária deve estar bem aberta; - Espaço retromamário bem demonstrado; Exames Anteriores - Três anteriores são suficientes; - Comparação é usada para determinar se uma anormalidade é um achado novo ou se houve alguma alteração do achado já presente; - Útil para evitar biópsias. Composição da Mama - Predominantemente adiposas (<25% tecido fibroglandular); - Com densidade fibroglandular (de 25% a 50% tecido fibroglandular); - Heterogeneamente Densa (de 50% a 75% tecido fibroglandular); - Extremamente densa (>75% tecido fibroglandular). ACR – Colégio Americano de Radiologia. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 18.24 – escalte de abdômen total. Esquerda - esquenograma Terminologia - TAC = tomografia assistida por computador ou tomografia axial computadorizada - TC = tomografia computadorizada - TCMD = Tomografia computadorizada multidetectores - Método do diagnóstico por imagem que utiliza radiação ionizante num sistema giratório. Possui uma ampola de raio x e uma fileira de detectores, posicionados opostamente. Evolução Tomógrafos - Primeira geração - 1972 – feixe estreito – lápis – um detector - Exposição = 4 minutos = coletar as informações referente a rotação de 180° - Realizavam apenas tomografias de crânio - Segunda geração – feixe em leque – 30 ou + detectores - Exposições – 15 segundos cada cortes – 10 min realizar exame de 40 cortes. - Quarta geração – anel fixo - 4800 detectores – giro de 360° -rotação do tubo com detectores estacionários - Exposição – inferiores a um minuto para um exame completo - Inviável = alto custo = quantidade de detectores - Tomógrafos de volume – Helicoidais (1992) – aneís deslizantes para alimentação tensão ao tubo de raios-x – sliprings – rotação contínua combinada ao movimento da mesa. Vantagens: - Reconstrução multiplanar (MPR) - Tempos de aquisição mais curtos - Artefatos reduzidos. TomógrafosMultidetectores (1998) – mais de uma fileira de detectores localizados opostos ao tubo de raio x. - Detectores de estado sólido Vantagens: - Tempos mais curtos de aquisição: sistema 64 pode adquirir até 160 cortes por segundo, ideais em apneias mais curtas; períodos exposição mais curtos como tomografias cardíacas. - Diminuição volume de contraste: em virtude do aumento da velocidade de aquisição - Resolução espacial melhorada: cortes com espessuras submilimétricas – quanto mais fino meu corte, mais informações terá. - Qualidade das imagens aprimorada. Componentes do Tomógrafos Fixo: Gantry, Computador e Painel de operação Gantry - Tubo raios-x – similar a um tubo radiográfico – modificado para resistir ao calor adicional em virtude maior tempo de exposição (tubo grande). - Detectores em estado sólido – convertem energia transmitida de raio-x para luz – convertido em energia elétrica – sinal digital. - Conjunto de colimadores: reduz a dose de radiação – melhora a qualidade da imagem - Colimador pre paciente – no tubo de raio-x – molda e limita o feixe - Espessura de cortes TCMD é determinada pelo tamanho do feixe de detectores utilizados. Computador - Dois: um para o sistema e outro para as aplicações - Sistema operacional: controla o equipamento - Aplicação: gerenciamentos pós processamento, reconstruções de imagens e outras operações pós processamento - Alta velocidade e alta capacidade de armazenamento (memória) – matriz 512x512 – 262.144 cálculos matemáticos por corte. Painel de Operação (Console) - Teclado, mouse e monitor simples ou duplo - Controle de parâmetros de exame, protocolos, visualização e manipulação de imagens - Protocolo: quilovoltagem, miliamperagem, ângulo de inclinação (tilt), campo de visão, espessura de corte, indexação da mesa, reconstrução de algoritmos e exibição de janelas. Conexão e Armazenamento - Rede de computadores que incluam estações de trabalho (workstation) - Locais ou remotos Arquivamento: - PACS (picture archiving and communications system/Sistema de comunicações e arquivamento de imagens - Discos opticos e rígidos com alta capacidade - Impressão à laser. Reconstrução de Imagens - Imagens: vários tons de cinza - Radiação incidente = atenuada pelo paciente - Radiação remanescente = medida pelos detectores - Estrutura densidade baixa (pulmões e estruturas preenchidas por ar) - atenuam muito pouco o feixe de raio x. - Estruturas densidade alta (ossos e meios de contraste) – atenuam todos ou quase todos os feixes de raios-x. - Informação de atenuação – sai dos detectores de forma analógica – convertida sinal digital através conversor analógico digital - Valores digitais serão utilizados na reconstrução da imagem com base em reconstruções de algoritmos. - Elemento de volume = voxel - Pixel = representação bidimensional do volume 3D do tecido no corte apresentado - Voxel = altura, largura e profundidade (espessura do corte) - Voxel é representado por um pixel numa imagem bidimensional (2D) reconstruída. - TCMD – voxels – isotrópicos (mesma dimensão nos três eixos) - Permite reconstruções de altíssima qualidade - Cada voxel – número – proporcional ao nível de atenuação dos raios-x pela unidade de volume atravessada. Escalas de tons de cinza - Atenuação ou absorção de cada voxel – convertida em valores numéricos = Números de TC - Linha de base = água = 0 (zero) - Osso denso = +1000 a + 3000 - Ar = - 1000 - Entre esses dois extremos = tecidos e substâncias = números variam de acordo com a atenuação que produzem. Branca – hiperdenso. Preto – hipodenso. Isodenso – cinza. Largura e Nível de janela REGULAÇÃO NO NÍVEL DE CONTRASTE - Largura – (WW – Windown Windt) – variedade de números de TC apresentados em tons de cinza - Regula o contraste da imagem - Estreita – alto contraste (Tc Cranio) - Ampla – baixo contraste (Tc tórax) - Nível – Centro (WL-Window Level) – controla o brilho da imagem – determinado pela densidade do tecido mais frequente da imagem. Procedimento do Exame - Anamnese criteriosa – viabilidade do uso do contraste, investigação possível alergia ao meio de contraste - Posicionamento: decúbito dorsal ou ventral, cabeça ou pés primeiro. - Aquisição imagem preliminar: escanograma, scout ou topograma (realizado com conjunto tubo-detector em varredura linear- ausência do giro) - Aquisições são em sua maioria no plano axial em virtude da posição do paciente em relação ao equipamento - Após a realização do exame o software permite varias reconstruções: - MPR – reconstruções multiplanares (coronal, sagital, axiais e outros planos oblíquos) - MIP – máxima intensidade de Pixel (valoriza regiões com alta intensidade de pixel – alta densidade) - VRT – renderizações volumétricas (coloridas). Visualização das Imagens - Direita do paciente à esquerda de quem às vê - Cortes axais – com vistas a partir da extremidade dos pés. Meio de Contraste - Endovenoso: distinguir tecido normal e anormal - Contraste à base de iodo - Vias de Administração: intravenosa, oral ou retal - Intravenosa: 1,0 ml/kg de peso - Oral: 20 ml contraste iodado diluído em um litro de água filtrada (ingerido no dia anterior buscando opacificar intestino grosso, ingerido 1 hora antes do exame para opacificar estomago e intestino delgado) - Retal: 20 ml contraste iodado diluído em 250 ml de soro fisiológico, introduzido através de sonda retal. Documentação do exame Última etapa - Boa documentação – zelo – decisivo para correta interpretação do estudo - Levar em consideração tecido de maior interesse - Ajuste da janela - Window Level – Nível da imagem (WL) - Window Width – Centro da imagem (WW) - Janelas muito amplas – acinzentadas – baixo contraste - Janela “fechada” – alto contraste. Artefatos em tomografia - Artefato – palavra usada para definir discrepâncias entre os verdadeiros números do objeto e o coeficiente de atenuação do objeto nas imagens reconstrúidas - Podem interferir negativamente nas imagenspodendo simular alterações - O profissional deve estar preparado para identifica-los buscando solucionar quanto possível. Materiais de alta densidade (STRIKE) - Objetos metálicos - Projéteis de bala, implantes de materiais de alta densidade (obturações dentárias) - Artefatos lineares de alta densidade - Altos coeficientes de atenuação - Solução – pode ser atenuado com uso de feixe de alta energia (120/130 kV). RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Introdução - Imagens de RM foram descritas pelas primeiras vezes em 1946 e eram usadas para determinar a estrutura de moléculas complexas. - São utilizados prótons livres nos núcleos de H em moléculas de água – nível nuclear – dentro do núcleo. Onda de radiofrequência é emanada de seu equipamento que incide no paciente, interage com os prótons de hidrogênio do seu paciente, excita os prótons, que vão ganhar uma energia. Assim, cessa a radiofrequência e o próton volta em seu estado normal, emitindo uma onda de radiofrequência, que será captada pelo equipamento que fará uma série de construções matemáticas e depois aparece a imagem. - Prótons funcionam como pequenos ímãs, orientados de forma aleatória no espaço. Mas por que prótons de H? - São os mais abundantes no corpo humano; - Funcionam como um mini-magneto; - Possuem alta frequência de ressonância. Requisitos para formação imagem RM - Campo magnético potente – dado em tesla – medida de potência – 1,5 T; 2,0 T; 3,0 T – responsável alinhamento prótons H - Pulsos de RF – ondas de RF originadas do equipamento e que vão excitar os prótons de H do tecido biológico a ser estudado – fornecer energia e capitada por bobinas - Bobinas de recepção (de radiofrequência) – recebem o sinal do tecido biológico e amplificam. Diferenças Entre Intensidade De Campo Magnético - Quanto maior o campo magnético maior a intensidade de sinal – influenciam na qualidade das imagens. Prótons na ausência do campo magnético Alinhamento Prótons H ao campo magnético principal (BO) Transmissão e Recepção de RF (Sinais) - Quando o paciente é colocado em um forte campo magnético esses prótons ficamalinhados (plano longitudinal) no mesmo sentido do campo magnético oriundo do equipamento - São aplicados pulsos de RF ao paciente que são capazes de promover deflexão ao próton de H (desloca o próton de H para o plano transverso) - Cessado esse pulso de RF o próton retorna ao alinhamento inicial e emitem pequenos pulsos de RF. Formação Imagem - Prótons são excitados por pulsos de RF, ganham energia e liberam para o meio em intensidade de sinal. - A força, frequência e tempo que leva para os prótons voltarem ao seu estado inicial produz um sinal - Esses sinais são interpretados por um computador e criam-se as imagens - Alterando as sequencias de pulso a que os prótons estão sujeitas, podemos avaliar diferentes propriedades dos prótons - Essas propriedades são as ponderações. Contraste Básico em RM • T1 = água hipossinal; gordura hiperssinal • T2 = água hipersinal; gordura hipossinal Obs: esse contraste não tem relação com substancias injetadas no paciente (meios de contraste). Técnicas de Supressão de Gordura - Tecido Gorduroso apresenta alto sinal nas imagens de RM - Reduzir esse sinal permite distinguir outros tecidos ou lesões - Usada em todas as regiões anatômicas, principalmente musculo esqueléticas e abdômen - FAT SAT // IR (recuperação inversão). Bexiga urinária com alto sinal. Figura 01 – água com hipossinal e Figura 02 – Água com hiperssinal. Líquido encefalorraquidiano. Líquor Derrame articular Edema ósseo Fratura Edema Lesão Métodos de aquisição: Pulsos de RF - Não utiliza raio-x - Não existe EPI (proteção individual) – avental de chumbo - Paciente pode entrar acompanhado na sala de exames. (respeitando as restrições!!) - Pacientes grávidas PODEM fazer exames de RM – a partir do segundo trimestre. O aparelho de RM Aparelho RM - Bobinas transmissoras e receptoras de RF - Bobinas de Gradiente – altera campo nos três eixos e permite a aquisição em todos os planos ortogonais - Magneto – forma campo magnético. Obs: Equipamentos de alto campo de RM estão sempre energizados e tem pode de atração. Eles não desligam!!!! O que é RM Aberta e RM Fechada??? - Magneto (Campo Aberto) - Típicamente 0,35 a 0,5 T (baixo campo) - Apelo: Claustrofobia e custo. - Bobina de campo 1,5 T; 3T; 7T (Tesla) Campo magnético da terra: 0,5mT Magneto (Campo Fechado) - Supercondutores. - Refrigerado por Hélio Liquido, Temperatura de 4K (-269,15oC) - Todas de alto campo; Bobina de Gradiente - Cria uma variação controlada do campo magnético nos eixos X, Y e Z - Permite aquisição nos três planos. Aquisição em três Planos - Aquisição dos três planos sem reposicionamento do paciente; Obs: nos exames de tomografia isso não ocorre!!! Sala de Comando - Console (painel de operação) - Protocolos - Aquisição Imagens - Reconstruções - Documentação - Envio imagens sistema armazenamento PACS - Formato imagens – DICOM Sala de Exame - Equipamento de RM com a mesa de exames; - Bobinas receptoras de RF (usadas de acordo com a região anatômica em estudo). Bobinas- Bobina de Corpo – Q Body Bobina do Equipamento Bobina – Encéfalo - Usada para realizar exames na região do encéfalo (órbitas, mastóides, hipófise, etc). Colocar protetor auricular. Bobina – Flex (flexíveis) - Usada para realizar pequenas regiões anatômicas (órbitas, ATM –articulações temporo mandibulares). Flex – extremidades e articulações Bobina - Coluna - Rm de coluna dorsal, coluna lombar, sacro-coccix, articulações sacro-ilíacas, articulação esterno- clavicular, etc). Bobina - Mamas - Exclusiva para RM mamas (pêndula). Bobina – Ombro Bobina – Punho/Mão/Cotovelo Bobina – Joelho Bobina - Pé e Ante-pé/ Tornozelo. Bobina – Abdomen- Torax (Torso Coil) - Usada para RM Abdomen superior, Pelve, Tórax, coxas e pernas. CONTRASTE. O Que é? - Medicamento – realça as imagens nos exames - Gadolínio. Tomografia – contraste iodado. - Contra indicações Reações adversas – poucas - Muito seguro - Rotina: 0,1 ml/kg - Angios: 0,2 ml/kg Segurança em RM - O campo magnético estático (B0) oferece dois tipos básicos de risco: • atração de objetos ferromagnéticos • alteração no funcionamento de equipamentos. - Todos os objetos que necessitarem ser levados para dentro da sala devem ser cuidadosamente verificados por pessoal especializado (físicos, engenheiros ou responsáveis da instituição ou fabricante) de forma a garantir que não haverá risco de atração com o campo magnético. - Pacientes, acompanhantes, membros da equipe técnica e médica ou qualquer pessoa que necessite entrar na sala de exames (sala do magneto) deve ser cuidadosamente questionada e se possível inspecionada, para que não porte materiais ferromagnéticos ou que não possua implantes ou equipamentos sensíveis ao campo magnético. Contra indicações absolutas - Bombas de Infusão (inclusive implantáveis); - Clipes de aneurisma cerebral ferromagnéticos (antes de 1995 todos são). Não pode realizar RM modelos em aço inox 17-7PH e 405 - Holter – altera funcionamento. - Fios metálicos de localização pré-cirúrgica mamário (exceto aqueles especificamente compatíveis); - Fixadores ortopédicos externos metálicos não removíveis; - Halos cranianos; - Prótese coclear metálica, implantes otológicos e aparelhos auditivos não removíveis; - Próteses internas ortopédicas em pacientes anestesiados, com rebaixamento do nível de consciência, ou conscientes com perda de sensibilidade no local da prótese. Contra indicações relativas - Aparelhos auditivos (necessário remover) - Implantes otológicos, como tubos de ventilação, são feitos de titânio, teflon ou silicone e podem ser utilizados a depender da marca e modelo. - Marcapassos – deve ser verificada a compatibilidade com RM - Cânula de traqueostomia metálica (trocar por cânula plástica); - Claustrofobia (depende do tipo de exame, possibilidade de sedação); - Clipes de aneurisma fracamente ferromagnético (checar data de colocação, modelo, etc). A falta dessas informações contraindica a realização do exame. - Outros clipes cirúrgicos metálicos podem realizar exame, exceto os de aneurisma cerebral. - Expansores mamários são seguros. Gestante: - Evitar primeiro trimestre - Pode ser realizado em equipamentos de 1,5 e 3,0 T - A realização do exame e do contraste depende da indicação. Indicações - 1 Trimestre: lesões cerebrais ou medulares maternas, pacientes oncológicas, pacientes com doenças aguda torácica, abdominal ou pélvica sem diagnóstico pelo USG; casos específicos de anomalia fetal ou desordens fetais complexas. Uso do contraste: - não há outros métodos diagnósticos? RM sem contraste é suficiente? A dúvida é relevante? O médico responsável pela paciente não acha prudente esperar resolver a gestação para obter informação do exame? O médico responsável, radiologista e a paciente precisam preencher a documentação sobre os riscos. Material metálico na órbita: - Se externo (palpebra, supercilio, etc), pode realizar em 1,5 T consciente; - Se for intraorbitário (exceto prótese para glaucoma, que está liberado), não pode realizar; - Não realizar com anestesia/sedação e não realizar na 3,0 T (se necessário radiografar antes). - Projéteis ou rastilhos metálicos por ferimento de arma de fogo (depende da localização – avaliar com radiografias); - Sonda gastrointestinal com ponta metálica (remover se exame de abdômen superior); - Piercing (necessário remover, a remoção deve ser feita pelo próprio paciente); - Próteses valvares cardíacas (mesmo metálicas), realizar somente na 1,5 T; - Próteses penianas: sem contra-indicação na 1,5 T, se consciente (Não fazer sob anestesia e não colocar na 3,0 T) # Existem duas marcas: Duraphase e Omniphase que não podem ser submetidas ao campo de 1,5 ou 3,0 T. - Valvulas de DVP podem tanto na 1,5 quanto na 3,0 T. Nas vávulas de pressão programável é necessário ajuste após exame de RM e não realizar na 3,0 T - Tatuagens e maquiagem definitiva: orientação ao paciente, totalmente cicatrizada). Sem contra indicações - Acessos venosos centrais (port-o-cath, Hickman), exceto Swan Ganz ou com eletrodos; - Aparelhos ortodônticos;- Banda escleral ao redor do globo ocular (silicone). Se o paciente relatar desconforto interromper estudo; - Material de osteossintese (fixação) de craniotomia; - Diafragma contraceptivo - DIU; - Cateter urinário “duplo J”. - Proteses vasculares; - Stents vasculares (mesmo coronarianos), traqueobronquicos e biliares. - Acesso venoso central.
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