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Leishmanioses MSc. Gisely Cardoso de Melo •Reino: Protozoa •Filo: Sarcomastigophora •Classe: Zoomastigophorea •Ordem: Kinetoplastida •Família: Trypanosomatidae Gêneros: Leishmania →leishmanioses cutânea e visceral LEISHMANIOSE INTRODUÇÃO • Leishmania → agentes de zoonoses que infectam a espécie humana determinando doença do sistema fagocítico mononuclear (SFM) 1. Leishmaniose cutânea → lesões cutâneas, ulcerosas ou não, mas limitadas. 2. Leishmaniose muco-cutânea ou Leishmaniose cutâneo –mucosa → lesões destrutivas nas mucosa da boca, nariz e faringe. INTRODUÇÃO LEISHMANIOSE 3. Leishmaniose cutânea difusa → formas disseminadas cutâneas em indivíduos anérgicos ou pacientes tratados de calazar. 4. Leishmaniose visceral ou calazar →parasitos com tropismo pelo SFM do baço, do fígado, medula óssea e tecidos linfóides. INTRODUÇÃO LEISHMANIOSE • Maior prevalência depois da Malária • Presente em 75 países • 80% dos infectados estão na África e Brasil • 200 milhões de infectados • 600 milhões em risco • 200.000 mortes por ano EPIDEMIOLOGIA LEISHMANIOSE DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL LEISHMANIOSE DISTRIBUIÇÃO BRASIL LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES Complexo braziliensis: L. (V.) braziliensis L. (V.) guyanensis L. (V.) panamensis • Tamanho pequeno e sem tropismo visceral •Causam lesões cutâneas e mucosas (leishmaniose cutânea e mucocutânea) • Crescem lentamente em meios de cultura • São pouco virulentos para animais de laboratório LEISHMANIOSE CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES •No vetor, os promastigotas desenvolvem-se no intestino anterior, médio e posterior •L. (V.) braziliensis→úlcera cutâneas, expansivas e persistentes, com lesões nasofaringeanas destrutivas e desfigurantes •L. (V.) guyanensis→ulcerações simples ou múltiplas com metástases nos trajetos linfáticos LEISHMANIOSE Complexo braziliensis Leishmaniose mucosa CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES LEISHMANIOSE Complexo tropica (leishmaniose cutânea) L. tropica L. major L. aethiopica Complexo donovani (leishmaniose visceral) L. (L.) donovani L. (L.) infantum L. (L.) chagasi LEISHMANIOSE CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES Complexo donovani →visceral L. (L.) donovani L. (L.) infantum L. (L.) chagasi Invadem as vísceras→baço, fígado, medula óssea e órgãos linfóides CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES LEISHMANIOSE Complexo mexicana: L. (L.) mexicana L. (L.) amazonensis L. (L.) pifanoi • Causam lesões cutâneas (leishmaniose cutânea) • Crescem bem em meios de cultura e hamster • São altamente virulentos em hamsters e camundongos BALB/c • Os promastigotas desenvolvem-se no intestino médio e anterior dos vetores flebotomíneos CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES LEISHMANIOSE • L. (L.) amazonensis →agente etiológico da leishmaniose cutânea difusa ou disseminada Zoonose de pequenos roedores silvestres Forma disseminada Leishmaniose cutânea Forma disseminada LEISHMANIOSE CLASSIFICAÇÃO ATUAL LAINSON e SHAW (1987): 2 subgêneros Subgênero Leishmania: Complexos Donovani, Mexicana e Tropica. Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis Subgênero Viannia: espécies pertencentes ao Complexo Braziliensis. Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis Morfologia das amastigostas LEISHMANIOSE Ovais, esféricos ou fusiformes Núcleo corado azul claro ocupando 1/3 corpo Cinetoplasto em forma de bastonete, vermelho púrpura 1,5-3,0 µm x 3,0-6,5 µm Invaginação na região anterior do corpo→ bolsa flagelar Extracelular, alongada e presença de flagelo Procíclico: forma de Divisão Metacíclico: forma Infectiva Desenvolve no tubo digestivo de hospedeiros invertebrados e em meios de cultura Morfologia das promastigotas LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE MECANISMO DE TRANSMISSÃO Promastigotas metacíclicas regurgitadas por mosquitos são depositadas na pele, onde são fagocitados por macrófagos MECANISMO DE TRANSMISSÃO LEISHMANIOSE Ordem: Diptera Família:Psychodidae, Subfamília: Phlebotominae, Gênero: Lutzomyia spp. Leishmaniose Tegumentar→ L. intermedia, L. migonei, L. fischeri, L. pessoai, L. wellcomei, L. whitmani, L. neivai Leishmaniose visceral →L. longipalpis LEISHMANIOSE MECANISMO DE TRANSMISSÃO Lutzomyia sp. macho Lutzomyia sp. Femea DISTRIBUIÇÃO DOS FLEBOTOMÍNIOS NO BRASIL LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE Hospedeiro acidental Reservatórios Doméstico Silvestre RESERVATÓRIOS NA AMÉRICA 1. Leishmaniose tegumentar: Roedontia (Agouti paca - Paca, Dasyprocta azarae – Cutia, Oryzomys sp., Bolomys sp., Rattus sp.) Marsupialia (Didelphis spp.) Xenarthra (bicho preguiça) 2. Leishmaniose visceral Canídeos silvestres (Cerdocyon thous, Lycalopex vetulus – Raposas) Cão doméstico LEISHMANIOSE CICLO BIOLÓGICO LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE CICLO BIOLÓGICO •Polimórfico: Pr • Promastigota Paramastigota Promastigota metacíclico Amastigota •Reprodução por divisão binária Inseto Hospedeiro mamífero Macrófago com amastigotas LEISHMANIOSE ISOLAMENTO E CULTURA Inoculação do material suspeito em meio de cultura adequado→Meio NNN, LIT Inoculação do tecido em animal de laboratório •Parasitos sistema fagocítico mononuclear (SFM) •Resposta humoral e celular (hipersensibilidade tardia) 1. Hospedeiro não-imune→ L. tropica Proliferação histiocitária e a fagocitose dos flagelados pelos macrófagos Infiltração de linfócitos e plasmócitos→diminui número parasitos→processo reparação LEISHMANIOSE RELAÇÕES PARASITO-HOSPEDEIRO LEISHMANIOSE RELAÇÕES PARASITO-HOSPEDEIRO 2. Hospedeiro com imunidade→ flagelados não são destruídos imediatamente Reação inflamatória é exagerada e grave Reações celulares→redução do número de parasitas LEISHMANIOSE FUNÇÃO DOS MACRÓFAGOS Fagocitose→lectinas presentes na membrana dos macrófagos Promastigotas→fagocitadas →lisossomos fundem com a parede do vacúolo (fagossomo) e derrramam o seu conteúdo→morte e digestão Flagelados tem mecanismos que impedem a ação destrutiva dos fagossomos Referências Bibliográficas • DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001. • NEVES, D.P.; MELO, A.L.; LINARDI, P.M.; VITOR, R.W.A. Parasitologia humana. São Paulo: atheneu, 2011. • REY, L. Parasitologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
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