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Leishmaniose: Transmissão, Ciclo Biológico e Tratamento

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Mileyde Gordiano – Enfermagem 
 
Introdução 
A Leishmaniose é provocada por protozoários do 
gênero Leishmania e transmitida através da 
picada das fêmeas de flebotomíneos, 
especialmente dos gêneros Lutzomyia e 
Psycodopigus. Popularmente esses insetos são 
conhecidos como mosquito palha ou birigui. 
Existem dois tipos de Leishmaniose: 
• Leishmaniose Tegumentar Americana 
(LTA) 
• Leishmaniose Visceral (LV) ou Calazar 
Taxonomia 
Filo: Sarcomastigophora 
Subfilo: Mastigophora 
Ordem: Kinetoplastida 
Família: Tripanosomatidae 
Gênero: Leishmania 
Subgênero: L. (Leishmania) 
 L. (Viannia) 
Espécie: L. infantum chagasi 
 L. amazonensis 
 L. braziliensis 
 L. guyanensis 
Obs: essas são apenas as espécies de maior 
importância no Brasil. Existem muitas outras 
encontradas em seres humanos e animais. 
Morfologia 
São encontradas as formas amastigotas, sem 
flagelo livre no interior de células fagocitárias 
do hospedeiro vertebrado; promastigotas e 
paramastigostas flageladas livres ou aderidas 
no trato digestivo do hospedeiro invertebrado. 
A forma infectante para o hospedeiro 
vertebrado é a promastigota metacíclica, 
enquanto para o hospedeiro invertebrado é a 
amastigota. 
 
Ciclo Biológico 
Ciclo heteroxênico. 
Inoculação de promastigotas metacíclicas 
durante o repasto sanguíneo da fêmea do 
flebotomíneo ➔ adentram os macrófagos do 
hospedeiro vertebrado ➔ convertem-se em 
amastigotas e se multiplicam ➔ rompem a célula 
➔ amastigotas no meio extracelular podem 
adentrar outros macrófagos e reiniciar o ciclo 
ou podem ser ingeridas pelo vetor ➔ 
flebotomíneo ingere formas amastigotas ➔ 
estômago ➔ macrófagos se rompem ➔ 
amastigotas se transformam em promastigotas 
metacíclicas e depois em promastigotas ➔ se 
dirigem ao intestino depois de 3 a 4 dias ➔ 
convertem-se em paramastigotas ➔ 
promastigotas metacíclicas ➔ migram em 
direção à faringe, cibário e probócide ➔ repasto 
sanguíneo e inoculação recomeçando o ciclo. 
 Mileyde Gordiano – Enfermagem 
 
 
Transmissão 
- Vetorial 
- Transmissão congênita 
- Transfusões e agulhas contaminadas 
- Transplantes 
Lutzomyia sp. 
Leishmaniose Tegumentar 
No Brasil, as espécies causadoras da LTA em 
humanos são: Leishmania (Viannia) braziliensis, 
Leishmania (Viannia) guyanensis, Leishmania 
(Viannia) lainsoni, Leishmania (Viannia) shawi, 
Leishmania (Viannia) naiffi e Leishmania 
(Leishmania) amazonensis. Além dos humanos, os 
hospedeiros vertebrados podem ser roedores, 
tatus, gambás e canídeos. 
A LTA possui três formas clínicas: 
• Cutânea: formação de úlceras únicas ou 
múltiplas confinadas na derme com 
epiderme ulcerada. Em pacientes 
imunocomprometidos pode ocorrer uma 
variação dessa forma, a cutâneo-
disseminada. As espécies de Leishmania 
mais importantes são L. amazonensis, L. 
guyanensis e L. braziliensis. 
 
 
 
• Cutaneomucosa: ulceração na derme com 
invasão da mucosa e destruição de 
cartilagem; é responsável pelo nariz de 
anta ou nariz de tapir. O curso da doença 
é crônico e lento e o primeiro sinal é a 
coriza constante devido eritema no septo 
nasal. A principal espécie envolvida é a L. 
braziliensis. 
 
 
 
• Cutânea Difusa: formação de lesões 
difusas não ulceradas por toda a pele e 
grande número de amastigotas. É causada 
pela L. amazonensis e associada a 
imunossupressão. 
Leishmaniose Visceral 
Também conhecida como Calazar, a LV tem 
evolução crônica e as principais características 
são hepatomegalia, esplenomegalia, leucopenia e 
emagrecimento. É causada pelas espécies L. 
(Leishmania) tropica, L. (Leishmania) major, L. 
(Leishmania) aethiopica. 
 Mileyde Gordiano – Enfermagem 
 
Diagnóstico 
Exame clínico das lesões e diagnóstico 
diferencial de esquistossomose, pesquisa do 
parasito (esfregaço, biópsia da lesão, cultura, 
histopatológico), teste de Montenegro, RIFI e 
PCR. 
Epidemiologia 
A Leishmaniose é endêmica principalmente em 
regiões tropicais. No Brasil, as regiões Norte 
(principalmente Pará e Amazonas) e Nordeste 
são, respectivamente, as com os maiores 
números de casos de Leishmaniose Tegumentar. 
A Leishmaniose Visceral está fortemente 
presente na região Nordeste e Pará. Não há LV 
no Amazonas. 
Profilaxia 
A prevenção é focada no combate ao vetor. 
Tratamento 
Antimoniato de N-metil glucamina: via 
endovenosa ou intramuscular uma vez ao dia 
durante 30 dias. 
Desoxicolato de anfotericina B: 1mg/kg/dia 
por infusão venosa durante 14 a 20 dias. 
Anfotericina B lipossomal: infusão venosa em 
dose única ou diária durante 5 a 7 dias 
 
 
 
Referências 
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana, 
13 ed. São Paulo. Atheneu, 2016. 
PELISSARI, Daniele Maria et al. Tratamento 
da Leishmaniose Visceral e Leishmaniose 
Tegumentar Americana no 
Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, v. 20, 
n. 1, pág. 107-110, mar. 2011 Disponível em 
<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1679-
49742011000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos 
em 19 ago. 2021. 
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-
49742011000100012. 
COSTA, J. M. L. Epidemiologia das 
Leishmanioses no Brasil. Gazeta Médica da 
Bahia, v. 75, n.1, p.3-17, 2005 
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000100012
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000100012

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