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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E VISCERAL FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO: ENFERMAGEM – PARASITOLOGIA – 2020 PROFESSOR: DIMITRI R. ALVES E-mail: dimitri.alves@foa.org.br LEISHMANIOSE Introdução: o As leishmanioses constituem um grupo de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, subgêneros (Viannia) e (Leishmania); o Mais de 20 espécies desse gênero são descritas como agentes etiológicos de doenças humanas. LEISHMANIOSE Introdução: o É uma parasitose endêmica em 88 países (Américas – Central e Sul, África, Ásia e Europa). o É considerada uma Doença Tropical Negligenciada o ± 2 milhões de novos casos por ano. LEISHMANIOSE Aspectos Epidemiológicos: o No Brasil a Leishmaniose sempre esteve relacionada preferencialmente com áreas preservadas: Amazónia e faixa litorânea que compõe a Mata Atlântica: Região Norte e Nordeste LEISHMANIOSE Aspectos Epidemiológicos: o Surgimento de focos de transmissão em áreas urbanas (Surtos epidêmicos: Belo Horizonte, Recife e São Paulo) o Evidente plasticidade dos vetores de se adaptarem ao ambiente urbano. LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) É uma doença de caráter zoonótico que acomete o homem e diversas espécies de animais silvestres e domésticos. Padrões Epidemiológicos da LTA Padrões Epidemiológicos da LTA Padrões Epidemiológicos da LTA Complexo Leishmania braziliensis* L. braziliensis L. panamensis L. guyanensis L. peruniana Complexo Leishmania mexicana** L. mexicana L. amazonensis L. pifanoi Complexo Leishmania donovani*** L. donovani L. infantum* L. chagasi* *** Parasitos com tendência a invadir as vísceras. ** Parasitos encontrados na pele e são benignas, não apresentando metástases. * Parasitos encontrados na pele e não apresentam tendência a invadir as vísceras; tendência a produzir metástases – disseminação e colonização dos parasitos , em áreas distantes do ponto em que penetraram. Distribuição das Leishmanioses na América (cachorro-do-mato) (raposa-do-campo) (Gambá-de-orelha-branca) Adaptado de Manual de procedimientos para vigilancia y control de las leishmaniasis en las Américas (2019) LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) Aspectos morfológicos: 1) FORMAS AMASTIGOTAS: apresentam-se tipicamente ovóides e esféricas, não há flagelo livre; 1.1) Quando os parasitos estão no interior das células dos hospedeiros vertebrados. 2) FORMAS PROMASTIGOTAS: são formas alongadas em cuja região anterior emerge um flagelo livre; 2.1) Quando se desenvolvem no tubo digestivo dos insetos flebotomíneos – Promastigota e Promastigota metacíclico Aspectos biológicos: o Os vetores biológicos são pequenos insetos da Ordem Diptera, Família Psychodidae: Phlebotominae o Os hospedeiros vertebrados incluem grande variedade de mamíferos: roedores, edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambá), canídeos e primatas, incluindo o homem. LEISHMANIOSE Classificação: • Phlebotomus spp. (velho mundo); • Lutzomyia spp. (novo mundo), mais de 350 espécies, sendo 12 adaptadas a situações domésticas e peridomésticas; • Lutzomyia (Nyssomyia) • Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis Sub-ordem Nematocera Família Psychodidae Sub-família Phlebotominae Flebotomineos adultos Flebotomineo adulto Larva de flebotomineo Aspectos biológicos: As formas amastigotas de Leishmania são encontradas parasitando o sistema mononuclear fagocitário (SMF) do hospedeiro vertebrado, principalmente macrófagos, monócitos e neutrófilos residentes na pele. MECANISMO DE TRANSMISSÃO: - A transmissão ocorre pela picada de insetos hematófagos (♀) pertencentes ao gênero Lutzomyia LEISHMANIOSE Formas Amastigotas Formas Amastigotas Formas Promastigota (Próciclica) Formas Promastigota Metacíclica* Formas Promastigota (Próciclica) * Forma infectante LEISHMANIOSE Aspectos clínicos Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA): Desenvolvimento de uma lesão cutânea, papular, com ou não a presença de lesões secundárias, de forma ulcerativa, de bordas elevadas (em moldura), indolor e não pruriginosa. Evolução Lesão eritematopapulosa Lesão papulopustulosa Lesão ulcerocrostosa Infecção Inaparente Resultado positivo em indivíduos sadios residentes de áreas endêmicas LT Ganglionar Linfadenopatia localizada que ocorre na ausência de lesão tegumentar. Pode preceder a mesma. LT Cutânea 1) Única (L. Cutân. Localizada); 2) Múltipla (LCL); 3) Disseminada (LCD); 4) Recidiva cútis (Metaleishmaniose ou leishmaniose Lupoide) – lesões nodulares no entorno no interior de uma lesão; 5) Difusa LEISHMANIOSE Aspectos clínicos Leishmaniose Mucosa Caracteriza por apresentar aspectos de cronicidade e latência, e por desenvolver metástases em mucosas que conduzem a quadro clínico de desfiguração. Lesões na mucosa oral e nasal. Lesões no palato, lábios, nas cavidades nasais, na faringe e na faringe. São lesões indolores, infiltrativas, que eventualmente ulceram. LEISHMANIOSE Aspectos clínicos Leishmaniose Visceral Leishmaniose visceral - Calazar: cursa com febre, anorexia e perda de peso. A hepatoesplenomegalia é acentuada, intensa palidez de pele e mucosas, consequência de severa anemia. Os parasitos proliferam no baço, no fígado, na medula óssea, pulmão e intestino. Óbito > 90% - Sem tratamento ou tratamento inadequado ou tardio Lesão – Distensão abdominal associada a Leishmaniose visceral Cães parasitados por Leishmania spp. Crescimento anormal das unhas do cão LEISHMANIOSE Diagnóstico Laboratorial: Leishmaniose tegumentar Leishmaniose visceral Detecção das formas amastigotas em raspados das bordas da lesão Exame histopatológico Cultivo e identificação dos parasitos A reação intradérmica de Montenegro (Teste de hipersensibilidade tardia) o Detecção de formas amastigotas em aspirados de medula óssea, baço, fígado ou linfonodo. o Cultivo dos parasitos o Níveis elevados de anticorpos IgG LEISHMANIOSE Profilaxia: o O uso de inseticidas é recomendável apenas nas áreas urbanas – Domiciliar e peridomiciliar; o Em algumas situações é possível evitar a picada dos flebotomídeos através de proteção individual, com a utilização de repelentes e utilização de mosquiteiros de malha fina; o Recomenda-se a construção das casas a uma distância mínima de 500 metros da mata. Profilaxia: o Notificação e tratamento precoce dos casos de infecção humana – diminuição da morbidade; o Controle dos reservatórios – eliminação dos cães infectados em áreas de transmissão urbana; o Desenvolvimento de vacinas LEISHMANIOSE
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