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1 Elementos de Contabilidade Social (1)

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Elementos de Contabilidade Social	
Luiz Carlos de Santana Ribeiro
1
Estrutura de Aula
Introdução à contabilidade social
Óticas de mensuração do produto e da renda
Mensurações nominal e real
Aplicação dos números índices
O Sistema de Contas Nacionais
2
Introdução
A contabilidade social reúne instrumentos capazes de medir o movimento da economia de um país num determinado período.
Mas, qual a razão dessa mensuração na forma de contas (contabilidade)?
Para responder essa questão recorremos brevemente à HPE.
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Introdução
A economia surge no final do século XVIII preocupada com o crescimento econômico e a repartição do produto social.
Smith, Ricardo e Mill (escola clássica) se preocuparam com o funcionamento da economia do ponto de vista agregado.
Say, p. ex., preocupou-se com aspectos de interdependência e identidade entre relações econômicas.
Antes mesmo dos clássicos, os fisiocratas se preocuparam em tentar articular as relações econômicas – falharam => imaturidade histórica do capitalismo.
4
Introdução
Revolução marginalista – final século XIX. Abordagem microeconômica – Walras e Marshall.
1936 - Insatisfação com essa visão => Revolução Keynesiana – importância de se medir de forma agregada as transações econômicas.
Fornece os conceitos fundamentais para a contabilidade social.
5
Renda e Despesa da Economia
Quando se analisa se o desempenho da economia está sendo bom ou não, é natural se olhar a renda total que cada indivíduo está recebendo. 
6
5
Renda e Despesa da Economia
Para a economia como um todo, a renda tem que ser igual ao gasto porque:
Toda transação possui um comprador e um vendedor.
Cada Real gasto por algum comprador é um Real de renda para algum vendedor.
Diferentes óticas de mensuração: produto, despesa e renda.
7
6
Renda e Despesa da Economia
Característica importante:
 A economia produz uma diversidade de bens e serviços;
 Como somar toneladas de bananas, veículos, serviços em geral etc?
 Preços de mercado desse bens.
8
Ótica do dispêndio ou despesa
Avalia o produto de uma economia considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzido num determinado período que não foram destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens e serviços.
9
Ótica do dispêndio ou despesa
Setores
Produtos
Valor
1
Sementes
$ 500
2
Trigo
$ 1.500
3
Pães
$ 2.000
Valor Bruto da Produção (VBP)
$ 4.000
Para se medir o produto da economia é preciso deduzir do VBP o valor do CI;
Considerar apenas o valor dos bens finais.
10
Ótica do produto
A mensuração do produto total da economia baseia-se na consideração do valor adicionado (VA) em cada etapa do processo produtivo.
11
Ótica do produto
Setores
Valor
Valor adicionado pelo setor 1
$ 500
Valor adicionado pelo setor 2
$ 1.500 - $ 500 =$ 1.000
Valor adicionado pelo setor 3
$ 2.000 - $1.500 =$ 500
Produto total ou VA total
$ 2.000
 Dispêndio = produto
Somatório dos bens finais e serviços produzidos; ou
Soma dos VA em cada etapa do processo produtivo.
12
Ótica da renda
O produto é mensurado a partir da soma total das remunerações paga aos fatores de produção.
13
Ótica da renda
Renda Agregada (RA) = Remuneração dos fatores de produção da economia
RA= salários + juros + aluguéis + lucros
Salários = remuneração do fator trabalho;
Juros = remuneração do fator capital monetário;
Lucros = remuneração do risco incorrido pelo empresário; e
Aluguéis= remuneração pela propriedade (terra). 
14
Ótica da renda
15
Setores
Salários
Lucros
Renda
1
$ 400
$ 100
-
2
$ 800
$ 200
-
3
$ 380
$ 120
-
Total
$ 1.580
$ 420
$ 2.000
Dispêndio = produto = renda
 A forma de distribuição entre salários e lucros é infinita;
 Mas, a identidade entre produto e renda sempre se mantém.
Despesa
Para uma economia fechada, sem governo e que produz apenas bens de consumo:
DA = Consumo agregado (Y = C)
Identidade básica da contabilidade nacional:
Produto = despesa = renda
Os conceitos de renda, produto e despesa são equivalentes. Para explicar isso recorremos ao fluxo circular da renda.
16
Fluxo circular de renda
Despesa (= PIB)
Receita (= PIB)
Bens e
serviços
vendidos
Terra, trabalho
e capital
Renda (= PIB)
Insumos para
a produção
Salários, aluguéis e lucros (=PIB)
EMPRESAS
FAMÍLIAS
Fluxo de bens e serviços
Fluxo de moeda
MERCADO DE
FATORES DE
PRODUÇÃO
MERCADO DE
BENS E
SERVIÇOS 
Bens e
serviços
comprados
17
19
Fluxo circular de renda
18
 Ótica do produto – considera os indivíduos na condição de produtores, empresas;
 Ótica da despesa – considera os indivíduos como consumidores, famílias; e
 Ótica da renda – considera os indivíduos como os detentores dos fatores de produção. 
Fluxo circular de renda
 
19
O Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida da renda e dos gastos de uma economia. 
É o valor total de mercado de todos os bens finais e serviços produzidos dentro de um país durante um dado período de tempo. 
Utilizado como medida de bem-estar. 
Produto Interno Bruto
20
7
Características Importantes do PIB
A produção é valorada a preços de mercado (denominador comum).
Registra somente o valor dos bens finais, não dos bens intermediários (dupla contagem).
Inclui tanto bens tangíveis (alimentos, vestuário, carros) como intangíveis (serviços em geral). 
21
20
Características Importantes do PIB
Inclui bens e serviços produzidos correntemente, não incluindo transações envolvendo bens produzidos no passado. Ex: venda carro novo x carro usado
Mede o valor da produção dentro dos limites geográficos de um país. 
22
21
Características Importantes do PIB
Mede o valor da produção que acontece dentro de um período específico de tempo, usualmente um ano ou um trimestre. 
23
22
O Que É Mensurado no PIB?
O PIB inclui todos os itens produzidos numa economia e vendidos legalmente nos mercados. 
24
23
O Que Não É Mensurado no PIB?
O PIB exclui muitos itens que são produzidos e consumidos em casa, e que nunca entram no mercado. 
Exclui itens que são produzidos e vendidos ilicitamente, como drogas ilegais. 
25
24
Agregados econômicos
Mas atenção!!!!!!
Até aqui, estamos trabalhando com uma economia simplificada e fechada, em que as empresas produzem apenas bens de consumo e não há governo.
Primeira flexibilização: suponha-se que as empresas também podem produzam bens de capital e bens de investimento.
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Agregados econômicos: Investimento
É a aquisição de bens de produção ou bens de capital que visam aumentar a capacidade produtiva da economia e, portanto, a oferta de produto no período seguinte. 
É também chamado de taxa de acumulação do capital.
Componentes do Investimento: máquinas, equipamentos, edifícios e estoques. 
Por isso nos referimos a ele como formação bruta de capital fixo.
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Poupança
Se supusermos que as famílias não consomem toda a sua renda, o que não for consumido será poupado. 
A Poupança Agregada corresponde à parcela da renda agregada não consumida em um dado período.
 consumo
Renda poupança Investimento 
 
28
Poupança
Y = C + S
DA = C + I
Sabe-se que: 
Produto = Renda = despesa, então: DA = Y
Logo:
C + S = C + I
S = I
Ou seja, poupança é igual aos investimentos
	Obs: Essa identidade contábil não implica nenhuma relação de causa e efeito entre as variáveis.
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Depreciação (D)
Parcela dos bens de capital que é consumida (gasta) a cada período produtivo. 
Nem toda produção de bens de capital corresponde a um novo investimento. Uma parte destina-se a repor o que foi depreciado.
Podemos então diferenciar o investimento bruto(IB) do investimento líquido (IL).
IL = IB - D
30
Conceitos básicos:Produto Bruto e Produto Líquido
Como o produto deve ser considerado como a soma da produção de bens de consumo mais investimento (C + I) podemos agora apresentar dois conceitos de produto:
Produto bruto (PB) 
Produto líquido
(PL)
PL= PB - Depreciação
31
Economia fechada com Governo
Governo
Ofertante
Consumidor
Regulador do mercado
Tem por função prover os chamados “ bens públicos” com recursos que provém da arrecadação de impostos (receita).
32
Economia fechada com Governo
Impostos diretos (incidem diretamente sobre a renda e o patrimômino) IR, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, entre outros. 
Impostos indiretos (incidem sobre a venda de bens e serviços ) ISS, ICMS, IPI
	Ao incluir o governo estamos criando um novo destino para a renda das famílias 
Logo:
Y = C + S + T
33
Economia fechada com Governo
Além disso, devemos considerar os gastos públicos (G) que representam a aquisição de bens e serviços pelo governo. Neste caso, a despesa agregada passa a ser: 
DA = C + I + G
Como renda = DA:
C + S + T= C + I + G
S + T = I + G
Rearranjando: S – I = G - T
34
Economia fechada com Governo
Se o governo gasta mais do que arrecada(G>T) há déficit público.
Se houver déficit público, deverá ocorrer uma poupança maior do setor privado para compensar (S > I).
35
Produto à custo de fatores (Pcf) e produto a preço de mercado (Ppm)
A existência de impostos indiretos faz com que nem toda a renda obtida pela venda do produto vá para a remuneração dos fatores de produção.
Por outro lado alguns bens costumam receber subsídios
Desta forma chegamos aos conceitos:
Ppm = Pcf + impostos indiretos - subsídios
36
Economia Aberta com Governo
	Neste novo modelo de economia passamos a considerar o Resto do mundo (RM).
	O RM são todos os agentes (famílias, empresas e governo) de outros países, também chamados de não residentes.
Exportações: venda da produção interna para o exterior. Entra como um componente da demanda pela produção interna.
Importações: aquisição da produção de outros países
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Economia Aberta com Governo
	O país pode importar do RM produtos finais, assim como fatores de produção. 
	Para usar estes fatores precisam remunerá-los, o que implica envio de renda para o exterior, na forma de: juros da dívida externa, remessa de lucros, pagamento de royalties etc. 
Renda líquida enviada para o exterior (RLEE) =
	(Remuneração dos fatores estrangeiros utilizados na produção interna) – (remuneração dos fatores internos utilizados no mercado externo)
38
Economia Aberta com Governo
Se RLEE > 0 o país envia mais renda para o exterior do que recebe; e
Se RLEE < 0 o país envia menos renda para o exterior do que recebe. 
39
Economia Aberta com Governo
	A introdução do resto do mundo traz algumas alterações nas identidades macroeconômicas:
Os produtos passam a ser ofertados pela economia nacional e pelo RM, ou seja, agora no mercado interno os residentes podem optar entre produtos internos e produtos produzidos no exterior, logo:
Oferta agregada global= Y + M
Y= produto interno; e 
M= Importações 
40
Economia Aberta com Governo
A produção interna pode ser consumida tanto pela população do país como pelo RM, logo:
DA = C + I + G + X 
C = Consumo;
I = Investimento;
G = Gasto do governo; e
X = Exportações.
41
Economia Aberta com Governo
Sabemos que 
OA = DA
Logo:
Y + M = C + I + G + X
Para obtermos a demanda agregada INTERNA :
Y=C+I+G+(X-M)
Oferta interna = Despesa interna
42
Economia Aberta com Governo
O termo (X-M) também é conhecido como exportações líquidas.
Com a introdução do setor externo temos portanto as seguintes identidades:
Y = C + S + T
Que representa a ótica da utilização da renda
43
Economia Aberta com Governo
Y = C + I + G + X - M
Representa a ótica da despesa, ou seja, indica como o produto é gasto pelos consumidores, governo e setor externo.
Igualando as duas identidades:
C + S + T = C + I + G + (X – M)
Logo: S + T = I + G + (X - M)
Rearranjando: (X-M) = (T - G) + (S - I)
44
Economia Aberta com Governo
(X - M) = (T – G ) + (S - I)
Esta indentidade mostra que se o país exporta mais do que importa (X-M) > 0 haverá um superávit que deverá ser compensado por um aumento do termo relacionado:
	- ao setor privado (S-I) > 0; ou 
	- ao governo (T-G) > 0
45
Economia Aberta com Governo
Exemplo: situação de equilíbrio
X
M
T
G
S
I
Soma
10
10
10
10
10
10
 
(X - M) =
10 – 10 = 0
(T - G) =
10 – 10 = 0
(S - I) =
10 - 10=0
0
46
Economia Aberta com Governo
Economia exporta mais do que importa:
X
M
T
G
S
I
Soma
12
10
10
10
10
10
 
(X - M) =
12 – 10 = 2
(T - G) =
10 – 10 = 0
(S - I) =
10 - 10=0
2
47
Economia Aberta com Governo
Se o Governo se ajusta: duas possibilidades
Aumenta os impostos
Diminui o gasto 
X
M
T
G
S
I
Soma
12
10
10
10
10
12
 
(X - M) =
12 – 10 = 2
(T - G) =
10 - 10 = 0
(S - I)=
10 – 12 = -2
0
 12
10 
 10
10 
8 
 10
 
(X - M) =
12 – 10 = 2
(T - G) =
10 - 10 = 0
(S - I) =
8 - 10 = -2
0 
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Economia Aberta com Governo
Se o setor privado se ajusta: duas possibilidades
Aumenta a poupança
Diminui o Investimento
X
M
T
G
S
I
Soma
12
10
12
10
10
10
 
(X - M) =
12 – 10 = 2
(T - G) =
12 - 10 = 2
(S - I)=
10 – 10 = 0
0
 12
10 
 10
8 
10 
 10
 
(X - M) =
12 – 10 = 2
(T - G) =
10 - 8 = 2
(S - I) =
10 - 10 = 0
0 
49
Economia Aberta com Governo
Ao incluirmos o setor externo temos mais duas medidas de produto:
Produto Interno: diz respeito à produção cuja renda é gerada dentro dos limites do território do país.
Produto Nacional: Refere-se à produção cuja renda é propriedade dos residentes do país, independente de esta renda ter sido gerada em um outro país. 
50
Economia Aberta com Governo
Quando nos referimos ao produto interno, estamos considerando a RLEE;
O produto nacional representa, portanto:
PN = PI - RLEE
51
Economia Aberta com Governo
 No caso brasileiro, a RLEE é historicamente positiva.
 Ou seja, a remuneração dos fatores estrangeiros utilizados na produção interna é maior do que a remuneração dos fatores internos utilizados no mercado externo.
 Isto ocorre devido principalmente ao pagamento de juros internacionais relativos à divida externa. 
 Logo, PI > PN .
52
Economia Aberta com Governo
Podemos, por fim, relacionar os conceitos: 
Produto líquido X Produto bruto
Produto à custo de X Produto a preços de 
Fatores mercado 
Produto nacional X Produto Interno
53
Economia Aberta com Governo
PIBpm = PIB à preços de mercado
PIBcf = PIB à custo de fatores
PIBcf = PIBpm – impostos indiretos + subsídios
PILcf= PIL à custo de fatores
PILcf = PIBcf - depreciação
PNBpm= PNB à preço de mercado
PNBpm = PIBpm - RLEE
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Economia Aberta com Governo
Y = C + I + G + (X – M)
Como a equação acima representa uma identidade, podemos inferir que quaisquer alterações em uma das variáveis do lado direito afeta o PIB.
Mas, como saber se o aumento do PIB em determinado momento não ocorreu em razão do crescimento nos preços?
55
PIB Real versus PIB Nominal
O PIB nominal valora a produção de bens e serviços a preços correntes.
O PIB real valora a produção de bens e serviços a preços constantes. 
56
40
PIB Real versus PIB Nominal
Uma visão acurada da economia exige um ajuste do valor nominal para o valor real do PIB através do uso do deflator do PIB. 
57
41
Deflator do PIB
O deflator do PIB mede o nível corrente dos preços em relação ao nível de preços do ano base. 
Ele expressa o aumento do PIB nominal que é devido ao aumento de preços. 
58
42
Deflator do PIB
O deflator do PIB é calculado como:
59
44
Aplicação dos números índices
60
Valores nominais e valores reais:
Problema de separar crescimento de preços de crescimentos reais. Ex.: O produto aumentou de $22.950,00 para $32.900,00 entre os dois períodos. Crescimento real ou nominal?
Anos
1
2
Produtos
Qtd.
Preço
Valor
Qtd.
Preço
Valor
Automóveis (und.)
10
2.000
20.000
10
3.000
30.000
Liquidificadores
30
20
600
30
40
1200
Batatas (t)
10
200
2.000
10
100
1.000
Tecidos (m²)
30
5
150
30
10
300
Bebidas (l)
20
10
200
20
20
400
TOTAL
-
-
22.950
-
-
32.900
61
Índice de Laspeyres: média aritmética ponderada do relativo de preços, com base de ponderação no período inicial.
Em relação à tabela anterior, o resultado do L12 = 144.
Ou seja, o produto cresceu entre os períodos 1 e 2 devido a um aumento de 44% do nível de preços.
62
Outra tabela: período 1 completo e preços do período 2 são exatamente idênticos.
A variação total de valor entre 1 e 2 é de aproximadamente 70%, mas 44%, como vimos, foi decorrente de um efeito nominal.
Anos
1
2
Produtos
Qtd.
Preço
Valor
Qtd.
Preço
Valor
Automóveis (und.)
10
2.000
20.000
12
3.000
36.000
Liquidificadores
30
20
600
29
40
1160
Batatas (t)
10
200
2.000
11
100
1.100
Tecidos (m²)
30
5
150
31
10
310
Bebidas (l)
20
10
200
21
20
420
TOTAL
-
-
22.950
-
-
38.990
63
Assim, podemos calcular o produto real do período 2, a preços do período 1 (deflacionar):
Em que:
	 r2 – é o produto real no período 2 a preços do período 1;
	R2 – é o produto nominal do período 2; e
	L12 – é o índice de preços entre 1 e 2.
64
Na medida em que estamos mensurando tudo a preços do período 1, o produto real do período 1 é igual ao produto nominal deste mesmo período.
Assim, o crescimento percentual do produto real entre 1 e 2 é:
65
 Assim como escolhemos as quantidades do período 1 para efeito do cálculo do índice de preços, poderíamos da mesma forma utilizar as quantidades do período 2, ou seja:
Índice de Paasche: média harmônica ponderada do relativo de preços, com base de ponderação no período de referência.
66
O Sistema de Contas Nacionais
67
O Sistema de Contas Nacionais (SCN)
O SCN tem como objetivo organizar, na forma de contas, as transações econômicas do país.
quanto se produziu
quanto se consumiu
quanto se investiu
quanto se vendeu para o exterior
quanto se comprou do exterior
68
O Sistema de Contas Nacionais (SCN)
Diferentes bases conceituais e teóricas entre países.
Necessidade de realizar comparações internacionais => ONU, responsável pela SNA, fornece, de tempos em tempos, um conjunto de recomendações.
A ideia é homogeinizar o SCN entre os países e melhorar as comparações.
69
O Sistema de Contas Nacionais (SCN)
Princípio da partida dobrada
 um lançamento a débito deve sempre corresponder a um outro a crédito; 
equilíbrio interno: refere-se à exigência de igualdade entre o valor do débito e do crédito em cada uma das contas;
equilíbrio externo: implica a necessidade de equilíbrio entre todas as contas do sistema.
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O Sistema de Contas Nacionais (SCN)
Constituído de cinco contas:
Capital;
Apropriação;
Governo;
Setor externo; e
Capital.	
Baseado em noções de contabilidade, muitas vezes pouco intuitivas para economistas.
Uma forma mais intuitiva, interessante e integrada de apresentar esse sistema é por meio da Matriz de Insumo-Produto (MIP).
71
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
Mostra todas as transações de forma desagregada de bens intermediários e bens finais da economia em determinado período;
Fotografia da estrutura econômica – estática comparativa;
Compatíveis com as identidades macroeconômicas básicas.
72
Matriz de Insumo-Produto
Fotografia da economia em um determinado período do tempo.
73
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
Notações e relações fundamentais
Para representar a estrutura completa de insumo-produto suponha:
	- Economia pequena com dois setores (1 e 2)
	- Demanda final formada por:
	consumo das famílias ( C ), 
	investimento (I), 
	compras do governo (federal, estadual e local) (G) e,
	vendas para o setor externo (exportações – E).
74
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
Notações e relações fundamentais
Tabela de fluxos para uma economia de dois setores
75
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
Notações e relações fundamentais
Portanto,
Componentes do setor de pagamentos(remuneração dos fatores de produção) dos dois setores (1 e 2)
	Remuneração do fator trabalho - L1 e L2
	Demais itens do valor adicionado (serviços do governo – impostos), capital (juros), terra (aluguel), empreendimento (lucro) – N1 e N2.
76
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
Notações e relações fundamentais
O total do valor adicionado será:
Neste caso os valores das importações também serão classificados no setor de pagamentos – M1 e M2
Portanto, o gasto total no setor de pagamentos pelo setor 1 e 2 será:
77
Matriz de Insumo-Produto (MIP)
78
Notações e relações fundamentais
Somando a coluna de produto total, teremos a produção total bruta da economia.
Este mesmo valor pode ser encontrado somando os valores da última linha, ou seja:
 Igualando as duas expressões anteriores, teremos a seguinte relação:
(Novo) Sistema de Contas Nacionais no Brasil
79
SCN no Brasil
Antigo sistema vigorou até 1996
Novo SCN segue recomendações da ONU (1993)
Um dos instrumentos mais importantes do novo sistema é a inclusão da TRU
Informações desagregadas por setor
Integração com a MIP
Contas Econômicas Integradas (CEI) – três grupos de contas: bens e serviços (resume as informações da TRU), produção, renda e acumulação e operações correntes com o resto do mundo. 
80
Plan1
	
	
				1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11
				Extrativa	Construção	Manufatura	Comércio	Serviços	Demanda	Gastos	Outras demandas	Exportações	Demanda	Demanda
									Total da Ind	das Famílias	finais locais		Final Total	Total
		1	Extrativa	183	31	599	6	73	892	99	88	596	783	1675
		2	Construção	14	1	43	14	293	365	0	1803	353	2156	2521
		3	Manufatura	142	414	1390	110	356	2412	1275	1130	9344	11749	14161
		4	Comércio	52	224	520	72	257	1125	2563	161	970	3694	4819
		5	Serviços	102	221	862	558	1990	3733	4262	523	2828	7613	11346
		6	Total dos Insumos Locais	493	891	3414	760	2969	8527	8199	3705	14091	25995	34522
		7	Famílias	595	665	3696	2385	4603	11944	100	2524	0	2624	14568
		8	Outros pagamentos	261	191	1624	1365	2402	5843	(3789)	(943)	(1098)	(5830)	13
		9	Importações	325	773	5428	311	1372	8209	3778	1057	(12994)	(8159)	50
		10	Total dos pagto finais	1181	1629	10748	4061	8377	25996	88.8	2638	(14092)	(11365)	14631
		11	Insumos Totais	1674	2520	14162	4821	11346	34523	8287.8	6343	(1)	14630	49153
Plan2
	
Plan3
	
Plan1
	
	
				1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11
				Extrativa	Construção	Manufatura	Comércio	Serviços	Demanda	Gastos	Outras demandas	Exportações	Demanda	Demanda
									Total da Ind	das Famílias	finais locais		Final Total	Total
		1	Extrativa	183	31	599	6	73	892	99	88	596	783	1675
		2	Construção	14	1	43	14	293	365	0	1803	353	2156	2521
		3	Manufatura	142	414	1390	110	356	2412	1275	1130	9344	11749	14161
		4	Comércio	52	224	520	72	257	1125	2563	161	970	3694	4819
		5	Serviços	102	221	862	558	1990	3733	4262	523	2828	7613	11346
		6	Total dos Insumos Locais	493	891	3414	760	2969	8527	8199	3705	14091	25995	34522
		7	Famílias	595	665	3696	2385	4603	11944	100	2524	0	2624	14568
		8	Outros pagamentos	261	191	1624	1365	2402	5843	(3789)	(943)	(1098)	(5830)	13
		9	Importações	325	773	5428	311	1372	8209	3778	1057	(12994)	(8159)	50
		10	Total dos pagto finais	1181	1629	10748	4061	8377	25996	88.8	2638	(14092)	(11365)	14631
		11	Insumos Totais	1674	2520	14162	4821	11346	34523	8287.8	6343	(1)	14630	49153
Plan2
	
	
	
				Produção	Demanda Final
	
		Distribuuição				Produção	Total
				II	I
				Estrutura	Padrão de consumo
				Inter-industrial
	
		Pagamento	Final
				III	IV
				Rendas	Transferências
	
	
				Insumo Total
Plan3
	
	
	
	
					Setores compradores
					1	2	...	i	...	n
		Setores	Vendedores	1
				2
	
				i
	
				n
	
	
															Setores compradores		Demanda Final				Produto Total
															1	2	(Y)				(X)
													Setores	1			C1	I1	G1	E1	X1
													Produtivos	2			C2	I2	G2	E2	X2
	
													Setor de	Valor	L1	L2	Lc	Li	Lg	Le	L
													Pagamentos
Adicionado	N1	N2	Nc	Ni	Ng	Ne	N
														(W)	M1	M2	Mc	Mi	Mg	Me	M
													Produto
													Total (X)		X1	X2	C	I	G	E	X
MBD00016219.unknown
MBD00019D12.unknown
MBD0001C54C.unknown
MBD00037E31.unknown
MBD0003830C.unknown
MBD00038542.unknown
MBD00038158.unknown
MBD0001D1D1.unknown
MBD0001D454.unknown
MBD0001CEF7.unknown
MBD0001A037.unknown
MBD0001A200.unknown
MBD00019E91.unknown
MBD000192F8.unknown
MBD000195BB.unknown
MBD00019735.unknown
MBD0001944E.unknown
MBD0001677E.unknown
MBD00016927.unknown
MBD00016588.unknown
MBD00014535.unknown
MBD00015ABC.unknown
MBD00015C96.unknown
MBD000158AC.unknown

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