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PATOLOGIA FLORESTAL Sidney Fernando Caldeira. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Faculdade de Engenharia Florestal - FENF Curso de Engenharia Florestal Cuiabá – MT - 2012 PLANO DE ENSINO BIBLIOGRAFIA BÁSICA PROGRAMA DA DISCIPLINA CALENDÁRIO DAS AULAS AVALIAÇÃO I. INTRODUÇÃO PRÉ-TESTE 01: IDENTIFICAR UMA FOLHA DE CADERNO COM O SEU NOME E TURMA E RESPONDER ÀS SEGUINTES QUESTÕES (A ENTREGA DA FOLHA SERÁ UTILIZADA PARA A PRESENÇA NA AULA): 1. CITAR DUAS CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM OS VÍRUS DAS BACTÉRIAS? 2. CITAR DUAS CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM OS FUNGOS DOS NEMATOIDES? 3. CONCEITUE O QUE É UM PARASITA DE PLANTA SUPERIOR E CITE, AO MENOS, UM EXEMPLO DESTE TIPO DE SER VIVO? 4. QUAIS PROBLEMAS VOCÊ PODE CONSIDERAR QUE OS MICRORGANISMOS CAUSAM NAS DIVERSAS FASES DE VIDA DAS ÁRVORES? I. INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS: AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5ª ed. San Diego, California: Elsevier Academic Press, 2005. p.1-22. ALFENAS, A.C.; ZAUZA, E.A.V.; MARIA, R.G.; ASSIS, T.F. Clonagem e Doenças do Eucalipto. 2ª Ed. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2009. p.169-172. BERGAMIN FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. Manual de Fitopatologia. Princípios e conceitos. 3ª ed. São Paulo: Ceres, 1995. p.2-12. FERREIRA, F.A. Patologia Florestal. Principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. p.1-6. *I. INTRODUÇÃO 1. CONCEITOS Patologia Florestal é a parte da Fitopatologia que estuda as doenças em espécies florestais e envolve: sintomatologia, diagnóstico, etiologia, epifitologia e controle. Etimologia do Grego: Fitopatologia: Phyton = planta; pathos = doença, logos = estudo. Sintomatologia: estudo dos sintomas e sinais. Etiologia: Ethos = origem; logos = estudo. Epifitologia: estudo das epifitias (epidemia) e enfitotias (endemia). 2. IMPORTÂNCIA 9Perda média agrícola mundial: Pragas=14%; doenças=12% e ervas=9% (FAO, 1981). 91964-67 (MG): Perda de 100.000.000 mudas de Eucalyptus sp. em viveiro (tombamento: Cylindrocladium scoparium) (FERREIRA, 1989). Exemplos: Exemplos: 91999-2001 (MT): Perdas até 33% em clones, híbridos e E. urophylla por Chrysoporthe cubensis [Cryphonectria cubensis] - cancro (CALDEIRA & MOJENA, 2001). 91981-2008 (MT): Tectona grandis (asfixia do colo: causa primária biótica e posteriormente fungos oportunistas). *3. HISTÓRICO Evolução do conceito de doença vegetal: Causa ( ? ) X Efeito (anomalias no vegetal). 3.2. Período da predisposição (início até metade do Século XIX) 3.1. Período místico (antiguidade até início do Século XIX) 3.4. Período ecológico (início até metade do Século XX) 3.3. Período etiológico (metade do Século XIX até início Século XX) 3.5. Período fisiológico (metade do Século XX até a atualidade) *3. HISTÓRICO Referências: 9Condições climáticas; 9Teorias: geração espontânea; perpetuidade das espécies (Lineu); 91755: M. Tillet considerou um fungo como a causa da cárie do trigo. 3.2. Período da predisposição (1800 - 1850): Causa: desordens nutricionais predispunham o vegetal a produzir fungos. 3.1. Período místico (antiguidade - 1800): Causa: mística, sem explicação racional. Referências: 91807: Prévost constatou a associação fungo-planta na cárie do trigo; Geração espontânea para outros fungos; 91845: Nascimento da Fitopatologia (epifitia da requeima da batata). *3. HISTÓRICO Causa: microrganismos. 91874: Robert Hartig descreve as podridões arbóreas; 91874: P. Sorauer descreve as doenças não parasitárias; 91876: T.J. Burril descrição de bacteriose em vegetais; 91881: Robert Koch estabeleceu seus postulados: 91882: Millardet descobre o primeiro fungicida, a calda bordalesa; 91886: A. Mayer descreve a infecção virótica. Referências: 91853: Anton de Bary e Julius Kühn, fungos como agentes de doenças de plantas; 91860: Louis Pasteur destrói a teoria geração espontânea (bactérias); 9Teoria da evolução (Darwin) x perpetuidade das espécie (Lineu); 3.3. Período etiológico (1850 - 1900) POSTULADOS DE KOCK (Robert Koch, 1881) : (1) Associação de sintomas e sinais nas plantas doentes; (2) (3)(5) (4) (1) (2) Isolamento do patógeno da planta doente; (3) Inoculação em planta sadia da mesma espécie; (4) Repetição dos sintomas e sinais na planta inoculada; (5) Reisolamento do mesmo patógeno da planta que foi inoculada. *3. HISTÓRICO 3.4. Período ecológico (1900 - 1950) Causa: importância do ambiente na doença de planta, além do microorganismo. Referências: 91874: P. Sorauer reconhece a importância dos fatores ecológicos; 9Estudo dos fatores climáticos, edáficos, nutricionais, estacionais, ... 9Doença de planta = interação (hospedeiro + patógeno + ambiente); 9Estudos sobre resistência, predisposição, genética e melhoramento; 91913: E. Riehm desenvolve o fungicida mercurial orgânico; 91934: W.Tisdalle e I. Williams desenvolvem os fungicidas orgânicos do grupo dos tiocarbamatos. *3. HISTÓRICO 3.5. Período fisiológico (1950 a ...) Causa: relações fisiológicas, dinâmicas, entre planta e patógeno e desenvolvimento holístico da doença no campo (epidemiologia). Referências: 91946: Ernst Gaumann publica o livro “Principles of plant infection”; 9Última década do Século XX: referências ao período biotecnológico. *4. PATOLOGIA FLORESTAL 4.1. No mundo: 1874: H.J.A. Robert Hartig (pai da Patologia Florestal): 9Podridões de raízes de árvores. 9Micorriza (micos = fungo; rhizos = raiz); 9Anel de Hartig (ectomicorriza); 4.2. No Brasil: Até 1960: Contribuições esporádicas: 9Bitancourt(1927); Arruda(1943); Silveira(1944); Batista e Ciferri(1963); 91962-1967: Luiza Cardoso May – IF-SP; Pinus spp.; 91965-1976: Mauro Silva Reis – IBDF - PRODEPEF; 91973-1976: Charles S. Hodges – FAO/PRODEPEF; 91980: Tasso Leo Krügner – Manual de Fitopatologia – Vol. II; *4. PATOLOGIA FLORESTAL 4.2. No Brasil: 91989: Francisco Alves Ferreira – Patologia Florestal; 91991: Acelino Couto Alfenas – Eletroforese de fungos de essências florestais; 92002: Francisco Alves Ferreira e Doraci Milani – Diagnose visual e controle de doenças abióticas e bióticas do eucalipto no Brasil; 92004: Acelino Couto Alfenas, Edival A. Valverde Zauza, Reginaldo Gonçalves Maria e Teotônio Francisco de Assis – Clonagem e Doenças do eucalipto. 92007: Acelino Couto Alfenas e Edival A. Valverde Zauza – Doenças na cultura do eucalipto; 92007: Acelino Couto Alfenas e Reginaldo Gonçalves Mafia – Métodos em Fitopatologia; 92009: Acelino Couto Alfenas, Edival A. Valverde Zauza, Reginaldo Gonçalves Mafia e Teotônio Francisco de Assis – Clonagem e Doenças do eucalipto (2ª Ed.). * Exemplos: Doença Agente Antracnose de Erythrina sp. Colletotrichum gloeosporioides Cancro do tronco de Tectona grandis Dothiorella sp. Ferrugem de Tabebuia serratifolia Prospodium bicolor Ferrugem de Tectona grandis Olivea tectonae Galhas dos ramos de Inga sp. Agrobacterium tumefaciens Mal das folhas de Hevea sp. Microcyclus ulei [Dothidella ulei] (Fusicladium macrosporum) Murcha vascular de Eucalyptus sp. Ralstonia solanacearum (Pseudomonas) Podridão da raiz de Araucaria angustifolia Cylindrocladium clavatum Podridão de sementes em spp. Florestais Rhizopus sp. Tombamento de plântulas em Eucalyptus sp. (3) e outras espécies florestais em viveiro Cylindrocladium spp.; Rhizoctonia sp.; Botrytis cinerea; Pythium sp., Fusarium sp. Vassoura-de-bruxa de Theobromae cacao Moniliophtora perniciosa [Crinipellis perniciosus e Marasmium perniciosus] Exemplos (1): Exemplos (2): Exemplos (3): DÚVIDAS ?... EXERCÍCIO: O aluno presente deverá entregar na próxima aula teórica 1 (UM) artigos publicados nos últimos dois anos que tratem de Patologia Florestal. Colocar em capa-padrão UFMT.
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