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RESUMO O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

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FACULDADE DE SÃO PAULO - GRUPO EDUCACIONAL UNIESP
BACHARELADO EM DIREITO
	
KEILA CAMILA DA SILVA - RA 2015008439 
TRABALHO DE HERMENÊUTICA
SÃO PAULO
2016
O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA
Este trabalho apresenta uma cena fictícia, datada do ano de 4300, onde é apresentado o caso de quatro homens sentenciados à morte.
Professor: Sérgio.
São Paulo
2016
O Caso dos Exploradores de Caverna – Lon L. Fuller 
A obra apresenta uma cena fictícia, datada do ano de 4300, onde é apresentado o caso de quatro homens sentenciados à morte (forca) pelo homicídio de Roger Whetmore, segundo a lei “Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”. N.C.S.A. (n.s.) Parágrafo 12 –A. A cena se trata de um recurso à Suprema Corte de Newgarth após sentença promulgada pelo Tribunal do Condado de Stowfield . Inicialmente o tribunal apresenta uma sugestão de apelo ao Exectivo para abrandar a pena em sentença de 6 meses de detenção, mas até aquele momento não havia manifestação.
 A história destes 5 homens (os quatro acusados e o morto) trata de uma expedição em uma caverna que teve sua entrada (único acesso) obstruída por deslizamento. Após comunicado, começaram as escavações para o resgate. Fez se necessário ampliar recursos e chamar cada vez mais especialistas. Por novos deslizamentos, que adiavam a busca, acabou causando inclusive a morte de dez operários da operação de resgate. 
Após terem conseguido contato por rádio comunicador, os homens dentro da caverna ficaram sabendo que o tempo não seria suficiente, dado seus recursos escassos. Um deles, Whetmore, falou de sua ideia de um deles morrer para servir de alimento aos demais. A escolha seria feita através de um lance de dados. Perguntaram aos homens que estava do lado de fora sobre o acordo deles e, não havendo resposta de nenhum órgão oficial e acabando o contato pelo rádio, deram sequencia ao acordo. Momentos antes o próprio Whetmore voltou atrás, mas foi acusado pelo grupo de traição ao acordo. Lançaram os dados e logo este foi escolhido para a morte.
A Suprema Corte passa então através de seus quatro juízes a proferir sua decisão. 
O primeiro Juiz Foster, aborda em dois pontos a sentença de absolvição: 
Direito Natural: que os mesmos estariam em uma situação em que o poder do Estado não seria predominante, colocando a frente a “lei da natureza”. A partir do momento que tais homens estivessem distantes, em um sentido físico (sua prisão subterrânea) estariam fora da justiça do direito positivado. 
Aponta também que, no caso de manutenção da vida, mediante contrato por eles mesmos firmados, estariam livres da acusação de homicídio. 
Direito Positivo: que os mesmos estariam em uma situação em que a lei deveria ser interpretada de modo racional. Neste caso discorre com a exemplificação de um caso em que seria proibido estacionar em certo período do dia, mas que devido um ato político imprevisto o proprietário do carro não poderia ser penalizado e foi assim finalizado o caso. O juiz votou pela absolvição. 
O segundo juiz Tatting se coloca em contraposição a todo momento, levando em sua persistente análise o papel de aplicar as leis e o seu lado emocional que não entendia-os como culpados. Desqualificou o argumento anterior em que não poderiam se considerar legisladores de um estado de natureza. Também refutou a tese de que um contrato não pode se sobrepor ao homicídio. Mas também não consegue atribuir culpa a homens que lutaram pela vida. O juiz não defende nenhum argumento mais consistente fora o de se fundamentar como incapaz de julgar. 
Este preferiu não participar, abdicando de posição. 
O terceiro juiz Juiz Keen levou em consideração que os homens já sofreram o suficiente e, de acordo com sua condição privada, não o condenariam. Mas enfatizou seu papel enquanto juiz e a obrigação da aplicação na norma jurídica, ou seja, as leis. Independente de um acordo que teriam praticado, os homens cometeram o homicídio. Discordou também da sugestão pela corte de encaminharem sugestivamente o caso ao executivo, não sendo este o papel. Enfatiza que um Juiz não pode legislar em consonância aos seus desejos pessoais. Votou pela condenação.
 O último Juiz Handy discorre sobre a natureza do cargo de juiz. Que este legisla não sobre as regras, teorias abstratas, mas sim de acordo com a realidade humana. Prioriza a atuação baseada aquele que adapta os métodos e princípios os casos concretos. 
Descaracteriza as falas dos juízes anteriores, uma pela ausência total das leis e outra pelo uso exclusivo e estático da mesma. 
Enfatiza sua longa experiência e faz menção à opinião pública. De um lado a grande maioria que considera os 4 homens inocentes. A minoria estava diante de fontes distorcidas do caso. Mas assegura que nenhum dos grupos (maioria ou minoria) apontava que a melhor decisão seria dos juízes condenarem para então o caso ser tramitado ao executivo. 
Ressalta 4 modos pelos quais os sentenciados poderiam ter escapado da condenação: 1) decisão do juiz, de acordo com a lei, que não houve crime; 2) não fosse solicitada instauração do processo pelo Ministério Público; 3) absolvição pelo júri; 4) indulto ou comutação de pena pelo poder executivo. 
Ressalta que os juízes não tinham que levar em consideração a absolvição ou comutação de pena pelo executivo dado seu perfil rígido pela lei e muitas vezes contrário ao apelo público. 
Relembra um caso anterior de sacerdotismo. Que um deles teria contrariado a norma vigente e depois agredido, porém que este teria suscitado todo aquele movimento. Que por não haver provas suficientes sugere ter encerrado o caso. 
Encerradas as falas dos juízes foi constatado o empate (uma absolvição e uma condenação; duas abstenções) e a sentença foi confirmada para execução às 6 horas da manhã de sexta-feira, dia 2 de abril de 4300.

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