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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II
PROFESSOR: MARCIO COSSICH
 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Inserem-se na categoria das obrigações complexas, caracterizadas pela multiplicidade de objetos. Apesar da plural idade de prestações, estas se excluem no pressuposto de que apenas uma delas deverá ser satisfeita. Exemplo: pagarei a dívida, mediante a entrega de R$ 200.000,00 ou de um apartamento nesse valor. Enfim, o devedor se exonera do débito, quando oferece uma das prestações.
Como as prestações têm objetos distintos, o cumprimento de uma prestação extingue a obrigação. Importa frisar que tais obrigações possuem uma fase que lhes é peculiar a da concentração. Tal fase se caracteriza pela conversão da obrigação alternativa originária em obrigação simples, pela determinação do objeto a ser prestado. Não havendo estipulação no particular, no silêncio caberá a opção ao devedor (art. 252, CC). Feita a escolha, resta irrevogável ante a individuação do objeto, salvo cláusula de arrependimento. 
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS
 A obrigação facultativa consiste na possibilidade conferida ao devedor de substituir o objeto inicialmente prestado por outro, de caráter subsidiário, mas já especificado na relação obrigacional. Mas a prestação devida é uma só, incidindo unidade de objeto quando da celebração do contrato, pois a obrigação facultativa é um direito potestativo concedido ao devedor de extinguir o débito de uma forma diversa ao estabelecido com o credor. Exemplo: A convenciona o pagamento a B da quantia de R$ 3.000,00 em novembro, com a obrigação facultativa de transferir uma motocicleta. Conseqüentemente, facilita-se o pagamento pelo devedor, passando ele a contar com uma opção a mais para se exonerar da obrigação, sem para tanto depender da aquiescência do credor.
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS
Dentre as obrigações complexas por pluralidade subjetiva, aquelas que menor dificuldade oferecem ao operador do direito são as obrigações cumulativas. De fato, tratando-se da adoção da conjunção aditiva “e”, surgirá a situação em que o devedor apenas se exonerará quando prestar as duas ou mais prestações de forma conjunta, pois, enquanto uma delas não tiver sido adimplida, poderá o credor exigi-Ia do devedor. Exemplo: se a obrigação de um marceneiro consiste na entrega de uma mesa, um armário e uma cômoda, a relação obrigacional apenas será satisfeita com o seu cumprimento total.
OBRIGAÇÕES EM DINHEIRO E DÍVIDA DE VALOR
As prestações pecuniárias caracterizam-se por traduzir um quantum, constituindo a moeda o objeto da dívida, por seu valor nominal. Trata-se de obrigações de coisas fungíveis, pois o objeto é moeda corrente de curso forçado.
De acordo com a Lei nº 10.192/01, as estipulações de pagamento de obrigações pecuniárias exeqüíveis no território nacional serão feitas em Real, pelo seu valor nominal, sendo vedada a correção monetária vinculada a unidade monetária de conta de qualquer natureza (indexador), ou estipulações em moedas estrangeiras, excepcionando-se contratos de exportação, importação, câmbio e leasing com recursos captados no exterior. 
OBRIGAÇÕES NATURAIS
São aquelas que, em virtude de lei, não podem ser judicialmente exigidas, porém, uma vez cumpridas, não admitem a possibilidade de o devedor reaver o que pagou em virtude de um dever por ele reconhecido.
Aliás, o Código Civil não regra de forma disciplinada o instituto das obrigações naturais, sendo elas apenas referidas quando do estudo do pagamento indevido. O artigo 882 do Código prefere substituir a expressão obrigação natural por obrigação judicialmente inexigível. Parece-nos que se trata de um conceito jurídico indeterminado, passível de dimensionamento pelo magistrado em todos os casos que a obrigação for inexigível, mas seja defensável a sua devolução conforme os valores sociais vigentes.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS - CLÁUSULA PENAL
As obrigações principais sempre terão como objeto uma prestação de dar, fazer ou não fazer. Porém, visando à redução do risco do descumprimento absoluto ou parcial da obrigação, mediante reforço ao bom termo contratual, podem as partes estipular cláusulas acessórias, mediante as quais o devedor oferecerá garantias suplementares à satisfação do débito. Assim ocorre na caução pessoal (fiança, aval) e na caução real (hipoteca, penhor), casos em que, respectivamente, outras pessoas se responsabilizam por débitos alheios, ou bens do devedor ou de terceiros são dados em garantia diante de eventual inadimplemento.
A cláusula penal desempenha função dúplice: inegavelmente, a sua função principal detém caráter ressarcitório, pois a pena convencional é previamente estipulada pelas partes, e em caso de inexecução o credor ficará dispensado de produzir provas em processo de liquidação, quanto aos eventuais danos emergentes e lucros cessantes, delimitando-se os prejuízos pela inexecução culposa; outrossim, acidentalmente possui natureza coercitiva, à medida que a imposição de uma pena de caráter punitivo constrangerá o devedor a adimplir o contrato, reduzindo os riscos de descumprimento.
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