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EBC19 - O Governo Castelo Branco e o combate à inflação com o PAEG (1964-1967)

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REZENDE, A. L. “Estabilização e reforma: 1964-1967”.
1 – Governo do Marechal Castelo Branco (1964-1967)
Humberto de Alencar Castelo Branco: eleito pelo Congresso em 11/04/1964
09/04/1964: decretado o Ato Institucional nº 1 (AI-1) que:
- Suspendia a imunidade parlamentar, permitia a cassação de mandatos e a retirada de direitos políticos;
- Suspensão temporária da estabilidade dos funcionários públicos e da vitaliciedade dos magistrados; 
- Prerrogativa do Executivo na criação de despesa pública;
- Possibilidade de instauração de inquéritos policial-militares (IPMs) contra os subversivos;
- Criado o Serviço Nacional de Informações (SNI): órgão governamental para controle e repressão aos opositores do regime militar.
27/10/1965: decretado o AI-2:
Acabou com o pluripartidarismo no Brasil, permitindo a existência de apenas dois partidos: na situação a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e na oposição o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
05/02/1966: decretado o AI-3:
- Eleições para governador e seu vice seriam de forma indireta;
- Prefeitos de capitais e cidades de segurança nacional seriam nominados pelo governador.
07/12/1966: decretado o AI-4:
- Centralizou o poder nas mãos do presidente.
2 – O PAEG: suas políticas e metas
Economia brasileira em 64: passava por uma estagflação
- Atividade econômica estagnada: PIB cresceu 0,6% em 1963
- Inflação de 79,9% em 1963
Equipe econômica do primeiro governo militar: Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Octávio de Gouveia Bulhões (Ministro da Fazenda)
- Dois economistas de perfil ortodoxo
No final de abril, lançaram o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG): um plano com viés duplo: PLANO DE ESTABILIZAÇÃO (para conter a inflação) e REFORMAS ESTRUTURAIS (sobretudo fiscal e financeira)
Objetivos principais do PAEG:
	- Combater a inflação de forma gradualista: inflação deveria ser de 70% em 1964, 25% em 1965 e 10% em 1966;
	- Recuperar o crescimento econômico: previa crescimento médio do PIB de 6% entre 1965-1966;
	- Corrigir desequilíbrios no balanço de pagamentos;
	- Eliminar desníveis econômicos setoriais e regionais;
	- Estimular os investimentos a fim de aumentar o nível de emprego.
Diagnóstico do Processo Inflacionário: UMA INFLAÇÃO DE DEMANDA
Déficit Público/Governamental: a origem do problema
- para cobrir seus déficits, o governo emite meios de pagamentos (moeda)
Expansão excessiva do credito às empresas
Aumento dos salários acima da produtividade
- uma necessidade para repor o poder de compra perdido, mas que agravava ainda mais a inflação
Os três fatores geravam um excesso de demanda: nasce a partir do déficit público
- Oferta de bens e serviços não acompanha a demanda que leva a um nível de preços mais elevados
Quanto ao Plano de Crescimento Econômico do PAEG:
Entendia-se que:
O crescimento econômico seria uma decorrência automática do controle inflacionário
Esperava-se que, na medida em que a inflação se reduzisse, maiores incentivos seriam criados para formação de poupanças;
Os investimentos se deslocariam da natureza puramente especulativa para a produtiva
A redução das despesas de custeio do governo e o aumento da participação dos investimentos no orçamento gerariam uma nova capacidade para investimento na economia
A política de favorecimento à entrada de capitais estrangeiros complementaria a taxa desejada de investimentos
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONOMICA UTILIZADOS PELO PAEG:
Política Financeira:
- Redução do déficit governamental
- Política Tributária que aumentava arrecadação federal para financiar os gastos do governo
- Política monetária que ajude no combate da inflação, mas não inviabilize o crescimento econômico
- Política bancária que fortaleça os bancos nacionais na captação das poupanças e no fornecimento de crédito
- Política de investimentos públicos que caminhe ainda mais na formação de uma infraestrutura a fim de estimular os investimentos privados
Política Econômica Internacional:
- Política cambial (desvalorização cambial) e de comércio exterior que buscava estimular as exportações
- Consolidação da dívida externa e reposicionar o Brasil como tomador de crédito
- Estímulos à entrada dos capitais externos (Aliança para o Progresso)
Política Salarial:
- Fazer com que os aumentos salariais não inviabilizassem as metas de estabilização dos preços
3 – O PAEG e o Combate à Inflação
Foram adotadas as seguintes medidas de PE (para o controle da Demanda):
Política Trabalhista: arrocho salarial (reajuste calculado pela média dos últimos dois anos + projeção da inflação futura)
- inflação projetada para 1965 (25%) > inflação ocorrida (50%)
- inflação projetada para 1966 (10%) > inflação ocorrida (34%)
- Março de 1965: salário reduzido em 18´% em relação ao seu valor em fevereiro de 1964
- Nível do salário mínimo de 1964 era 126; em 1965 era 103; em 1966 era 103; e em 1967 era 83
Controle de crédito: em 1964 houve retração dos meios de pagamento; em 1965 houve expansão monetária; em 1966 nova retração
- Corte dos gastos públicos e elevação da carga tributária (de 16% do PIB em 1963 para 21% em 1967) fez com que déficit do governo caísse de 4,2% do PIB em 1963 para 1,1% em 1966
- Reajuste dos preços dos bens e serviços públicos (para corrigir os preços devido à inflação) (REFORMA TRIBUTÁRIA): melhorou o financiamento das estatais, apesar de gerar a INFLAÇÃO CORRETIVA
Contas Externas:
Bom relacionamento do governo militar brasileiro com os EUA fez o Brasil o quarto maior tomador de crédito mundial entre 1964-1967
Em 1965, os empréstimos e financiamentos cresceram 65% comparados à 1964
Investimentos diretos quase triplicaram
Importações cresceram 2,7% entre 1964-1967 enquanto as exportações aumentaram 4,1%, resultando num superávit de US$412 milhões
1964 e 1966 tiveram pequenos déficits no balanço de pagamentos, enquanto em 1965 houve um superávit de US$218 milhões
Resultados do PAEG sobre a inflação e o crescimento econômico:
	Inflação caiu (não como se queria, mas caiu – meta era irrealista) e o PIB aumentou progressivamente (por mais que ainda fosse pouco).
Razões para o Baixo Crescimento Econômico:
Taxa de investimento (FBCF) foi de 15% do PIB entre 1964 e 1967; entre 1968 e 1973 será de 19,5%
- Principalmente a diminuição nos investimentos públicos
- Queda no crédito industrial, principalmente para as pequenas e médias empresas
Quanto às metas de crescimento:
A decisão de investir está ligada a expectativas futuras de crescimento da demanda (aqui acabou a aula e todo mundo entrou na frente do projetor, impossível de copiar, mas só faltavam duas linhas).

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