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* * SINTAXE Acadêmicos: Anna Karolina Barbosa; Beatriz Saches; Bruno Gonçalves; Dartony Teixeira; Keyla Faria; Mírian Castro; Quedma Ramos Professor: Dr. Israel Elias Trindade Goiânia 2015 * * INTRODUÇÃO A palavra sintaxe vem do grego “syntaxis” significa ordem, relação e disposição das palavras na frase e nas frases em um discurso. * * A gramática tradicional faz uso da sintaxe sob a forma “análise sintática”; Para prescrição de regras, classificando enunciados como corretos e incorretos, chamada de normativa; A gramática sintagmática fornece meios mais simplificados para a descrição estrutural de uma oração; * * A gramática com base nos estudos funcionalista visa estudar variados usos da língua, conhecido como gramática descritiva por não impor regras, pois tem como base a língua em uso. * * BREVE HISTÓRICO Saussure ( século XX) Chomsky (1957) Montague (1974) John Ries (1984) * * Visão Formalista Estudo das características internas à língua – aspecto formal; Linguagem como um objeto autônomo; Expoentes máximos no estruturalismo norte-americano: Bloomfield, Trager, Bloch, Harris e Fries; Chomski – modelos de gerativismos. * * Segundo Mike Dillinger (1991), os formalistas, entre eles os gerativistas, estudam a língua como objeto descontextualizado, sem relação com o meio, de modo a equiparar a língua à sua gramática cuja função precípua é a expressão do pensamento. * * “preocupando-se com características internas – seus constituintes e as relações entre eles -, mas não com as relações entre os constituintes e seus significados, ou entre a língua e seu meio; chegam se, então, à concepção de língua como um ‘conjunto de frases’, ‘um sistema de sons’, ‘um sistema de signos’, equiparando, desse modo, a língua à sua gramática.” (NEVES, 2001, p. 41). * * Entende-se que a perspectiva formal sintaxista interpreta a língua em si mesma e por si mesma, configurada num conjunto de sentenças, analisando-as isoladamente. Tentando assim determinar os princípios de sua organização, para então estabelecer as relações entre elas e seu uso. * * Visão Funcionalista A abordagem funcionalista: Vê a linguagem como um sistema não–autônomo; Sujeita a limitações impostas. Para os funcionalistas: O fato da comunicação ser uma função essencial da linguagem; Por isso a análise de um fato linguístico. * * Para Halliday (1978 p.16) tentar explicar a natureza da linguagem, a sua organização interna, em termos das funções que ela desenvolveu para servir na vida do homem social. * * Pensar a sintaxe em uma perspectiva funcionalista implica : Em alargar a análise para além dos limites da sentença; Que os processos sintáticos são entendidos pelas relações; O contexto em que a sentença está inserida. * * Análise das Abordagens Formalistas e Funcionalistas * * * * O que as abordagens formalistas e funcionalistas fazem, é procurar solucionar o enigma da ordem, sugerindo algumas possíveis respostas. * * PERSPECTIVA GERATIVISTA E uma ordem linear de itens lexicais que obedece a uma sentença; Constituintes básicos que se distribuem por uma dada sentença; Na teoria gerativista a linguagem e vista como uma dotação genética, acreditasse que a Gramática Universal (GU). * * A Gramática Universal contribui para formação do estado inicial da faculdade da linguagem,logo mais o individuo na sua forma adulta constitui um estado final,concreto podendo sofrer variações. * * Segundo a teoria chomskyana (Chormsky, 1981), as línguas humanas são como sistemas constituídos por princípios universais tendo suas variantes que qualquer língua apresentará, Sintagma verbal (SV),sintagma nominal (SN),sintagma flexional (SF) e sintagma complementizador. * * Características do Português Brasileiro Segundo as nossas gramáticas normativas da língua portuguesa, ouso do sujeito pronominal explicito pode ser dispensado uma vez que as marcas de flexão do verbo; Também a ordem VS é autorizada como uma possibilidade de ordenação pelos gramáticos,estudos apontam o uso de sujeitos. * * Línguas V2 Caracterizam-se por apresentarem, nas sentenças principais, o verbo em segunda posição, antecedido por um constituinte qualquer, Nas línguas V2 típicas, como as línguas germânicas, defende-se que o verbo se move para além do sintagma flexional, chegando ao núcleo do sintagma complementizador. * * Tabela representativa da ordem usual dos constituintes em uma língua V2 (Augusto & Guimarães,1996) XVS (C(C) ) (A) Onde: X=posição para atribuição de ênfase V= posição ocupada pelo verbo S= posição canônica do sujeito C= posição básica do (s) complemento (s)do verbo A= posição para adjunto adverbiais ( ) = indica opcionalidade * * Reanálise estrutural leva a mudança: No português dos séculos XVIII e XIX cria um ambiente adequado para que uma etapa de mudança sintática possa se realizar, a reanálise diacrônica. Parâmetro pro-drop: Defini-se que as relações diretas tanto com a omissão de sujeitos foneticamente realizados quanto com a possibilidade de inversão sujeito-verbo. * * O sujeito duplo e a ordem SV: “A falta de naturalidade de (4) deve-se ao fato de que o PB não é uma língua do tipo V2, o que foi proposto para o português arcaico. ” (pág. 228) Mapeamentos sintáticos de juízos lógicos: “As possibilidades de estruturação sintática definidas em uma língua refletem características semânticas/lógicas. Assim, a lógica faz referência aos juízos tético e categórico.” (p.230) * * A ordem dos constituintes no PB atual: “as possibilidades de ordenação são restringidas pelos princípios e parâmetros que operam para cada língua especificamente.” (p. 231) “apesar das semelhanças existentes entre PE e PB, cada língua apresenta um esqueleto estrutural próprio que delimita as possibilidades de geração de sentenças (…)” (p. 231) * * Análise da Ordem Sob a Perspectiva Funcionalista A postura funcionalista assume a existência de alternativas de ordenação sem atribuir nenhuma hierarquia; Não há ordem, mas coexistência de várias construções. * * Construções apresentativas de Hetzon Uma maneira de introduzir um tópico está em colocar o termo referente a essa entidade no fim da sentença. Exemplos: Veio um homem – português There came a man - inglês Jött egy ember – húngaro * * Henri Weil e Simon Dick Henri Weil: A ordem dos constituintes como um reflexo da ordem que as ideias seguem no discurso. Simon Dick: A oração possui uma estrutura abstrata, subjacente, em que está especificada uma predicação: uma estrutura de predicado e os termos previstos pela sua significação – os seus argumentos. * * Exemplos: Diadorim entregou o facão para Riobaldo. O Miguilim eu vi ontem. * * “A ordenação dos constituintes vai depender de como o falante avalia a informação de que o seu ouvinte dispõe aquilo que já conhece e o que é novo para ele – a partir disso organiza a sua fala para provocar alguma mudança nesse conjunto de informações fornecendo ao destinatário de sua mensagem algo novo.” (Mussalim; Bentes, 2011, p.234) * * Esquema Geral de Ordenação * * Votre e Naro (1986) A tendência de sujeitos representando entidades novas apareçam propostos ao verbo e inversamente, a que sujeitos já mencionados ocorram em posição pré-verbal. * * CONCLUSÃO Consideramos que a sintaxe é dotada de autonomia relativa, permitindo que determinadas sequências discursivas sejam segmentadas analisando de forma diferente os estudos tradicionais da linguagem. Compêndios gramaticais representam a visão tradicional: Ordem direita (SVO) e ordem indireta (VSO, OVS). Propostas para análise do problema: abordagem formalista e funcionalista. * * Teoria gerativista (Modelos de Princípios e Parâmetros), GU, competência e desempenho. A Gramática Funcional de Dik, e a abordagem funcionalista. Fatores de natureza discursiva/contextual. Como resultado do confronto, observa-se que as abordagens são complementares. A interação entre as abordagens formalistas e funcionalistas. O abandono a correção gramatical, e as tradições normativistas. * * REFERÊNCIAS BERLINCK, Rosane A., AUGUSTO, Marina R. A., SCHER, Ana Paula. Sintaxe. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (Orgs.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. NEVES, M.H. Uma visão geral da gramática funcional. In: ALFA – O funcionalismo em linguística. São Paulo: UNESP, v.38, 1994, p.109- 128. DILLIGER, M. Forma e função na linguística. Revista Delta, 1991, p.395-406. * * *
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