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parte-05-relacao-funcao.pdf EDUARDO F R E I R E NAKAMURA I n s / t u t o d e C o m p u t a ç ã o U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o A m a z o n a s n a k a m u r a @ i c o m p . u f a m . e d u . b r Relações e Funções Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 1 1Este material baseia-se no capítulo 1 do livro: Vieira, N.J. Introdução aos Fundamentos da Computação: Linguagens e Máquinas, Pioneira Thomson Learning (atualmente, CENGAGE), 2006. OB J E T I VO R EV ER O S CONCE I TO S D E R E LAÇÃO Matemática Discreta Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) 2 Relação Definição informal Exemplos Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta O que significa relacionar dois objetos? u Comparar dois objetos segundo uma regra definida u Relação é uma comparação entre dois “objetos” MatemáDca u “Menor do que” u “Maior do que” u “É paralelo à” u “É um subconjunto de” 3 O que é uma relação? Definição formal Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Relação binária: R ⊆ A × B u Domínio: A u Contradomínio: B u Imagem: { y | (x,y) ∈ R para algum x } Notação 4 O que é uma relação? Relação de n argumentos sobre A1, A2, …, An Subconjunto de A1 × A2 × … × An (x,y) ∈ R ou x R y Que relação é essa? Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta x R y u x é irmão de y u { (Caim, Abel), (Abel, Caim) } 5 Exemplos Caim A Adão Abel Eva Caim A Adão Abel Eva Que relação é essa? Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta x R y u x é “marido” de y u { (Adão, Eva) } 6 Exemplos Caim A Adão Abel Eva Caim A Adão Abel Eva Que relação é essa? Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta x R y u x = y u { (1,1), (2,2), (3,3), (4,4) } 7 Exemplos 1 A 2 3 4 1 A 2 3 4 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta x R y = { (1,2), (1,4), (2,1), (2,3), (3,2), (3,4), (4,1), (4,3) } 8 Exemplos 1 A 2 3 4 1 A 2 3 4 x R y ↔ x + y é ímpar Tipos de relações binárias Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 9 A B A B A B A B um-‐para-‐um muitos-‐para-‐um muitos-‐para-‐muitos um-‐para-‐muitos Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 10 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 11 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 12 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 13 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 14 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 15 Representação gráfica de uma relação 3 A 4 5 6 7 8 x R y ↔ |x – y| é par sobre A 3 A 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 Propriedades de uma relação Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 16 Quais as propriedades das relações abaixo? > sobre N Reflexiva, Simétrica, TransiDva? ≥ sobre N Reflexiva, Simétrica, TransiDva? ⊆ sobre P (N) Reflexiva, Simétrica, TransiDva? = sobre N Reflexiva, Simétrica, TransiDva? Inversa de R R-‐1 = { (y,x) | (x,y)} ∈ R } Propriedades de uma relação binária R ⊆ A × A • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Reflexiva, Simétrica, TransiDva Reflexiva, Simétrica, TransiDva Reflexiva, Simétrica, TransiDva Reflexiva, Simétrica, TransiDva Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 17 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 18 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 Reflexiva? Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 19 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 SIM Existe um laço para cada nó cada elemento de A é relacionado consigo mesmo Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 20 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 Simétrica? Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 21 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 SIM Para cada aresta de “ida” existe uma aresta de “volta” Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 22 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 SIM Para cada aresta de “ida” existe uma aresta de “volta” Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 23 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 TransiDva? Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 24 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 NÃO Temos 1R0 e 0R3 mas não temos 1R3, o que implica na não transi/vidade Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 25 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 AnD-‐simétrica? Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Considere A = {0, 1, 2, 3} Representação gráfica Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Seja a relação R = { (0, 0), (0, 1), (0, 3), (1, 0), (1, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 3) } Diga quais as propriedades da relação Reflexiva, Simétrica, TransiDva, Assimétrica 26 Representação gráfica de uma relação 0 1 2 3 NÃO Temos 1R0 e 0R1, e 1 ≠ 2 Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Exercícios Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 27 Demonstre as propriedades de R 1. x R y ↔ x + y é par, sobre N 2. x R y ↔ x divide y, sobre Z+ 3. x R y ↔ x = y2, sobre N 4. x R y ↔ x = y2, sobre {0, 1} 5. R = { (1,1), (2,2), (3,3), (1,2), (2,1) }, sobre {1, 2, 3} 6. R = { (0,0), (1,1), (2,2), (4,4), (6,6), (4,6), (6,4) } Propriedades de uma relação binária R ⊆ A × A • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Fechos de relações Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 28 Uma relação binária ρ* em um conjunto S é o fecho de uma relação ρ em S em relação à propriedade P se u ρ* tem a propriedade P; u ρ ⊆ ρ*; u ρ* é subconjunto de qualquer outra relação em S que inclua ρ e tenha a propriedade P. Considere A = {1, 2, 3} Considere a relação R abaixo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 29 Representação gráfica de uma relação 1 2 3 Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y Reflexiva? Simétrica? TransiDva? AnD-‐simétrica? Considere A = {1, 2, 3} Considere a relação R abaixo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 30 Representação gráfica de uma relação 1 2 3 Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y R* em relação a reflexividade? Considere A = {1, 2, 3} Considere a relação R abaixo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 31 Representação gráfica de uma relação 1 2 3 Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y R* em relação a simetria? Considere A = {1, 2, 3} Considere a relação R abaixo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 32 Representação gráfica de uma relação 1 2 3 Propriedades de uma relação • Reflexiva: ∀x ∈ A, xRx • Simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy à yRx) • TransiDva: ∀x,y,z ∈ A, (xRy ∧ yRz) à xRz • AnD-‐simétrica: ∀x,y ∈ A, (xRy ∧ yRx) à x=y R* em relação a transiDvidade? Exercício Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 33 1. Encontre os fechos reflexivo, simétrico e transiDvo da relação u S = {a,b,c}; u R = {(a,a), (a,b), (b,c),(c,c)} 2. Encontre os fechos reflexivo, simétrico e transiDvo da relação u S = {a,b,c,d}; u R = {(a,a), (b,b), (c,c), (a,c), (a,d),(b,d), (c,a), (d,a)} Definição Exemplo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 34 Função Função parcial Uma função f: A→B é uma relação f ⊆ A×B, tal que se (x,y) ∈ f e (x,z) ∈ f, então y = z Relação Função? f: {1,2,3} → {1,2,3}; f = {(1,1),(2,3),(3,1),(2,1)} g: Z→N; g(x) = |x| (módulo) h: N→N h(x) = x – 4 f: R→R f(x) = 4x – 1 f: R→R f(x) = x ✗ ✔ ✗ ✔ ✗ - (x,y) ∈ f é o mesmo que f(x) = y - f é indefinida para x, se não existe y tal que f(x) = y - Função total definida ∀x no domínio - Função f: A1 ×…× An→ B de n argumentos Definição Exemplo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 35 Função Função parcial Uma função f: A→B é uma relação f ⊆ A×B, tal que se (x,y) ∈ f e (x,z) ∈ f, então y = z Função Total Parcial + : N × N → N * : N × N → N ÷ : N × N → N ÷ : N × Z+ → N ✔ ✔ ✔ ✔ Definição Exemplo Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 36 Funções compostas Composição de duas funções g e f g ! f = g f (x)( ) f : Z→N, !tal!que!f (x) = x +1 g :N→ Z, !tal!que!g(x) = 2− x g ! f : Z→ Z, !tal!que g ! f( )(x) = g x +1( ) = 2− x +1( ) =1− x f ! g :N→N, !tal!que f ! g( )(x) = f 2− x( ) = 2− x +1 Tipos de funções Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 37 Tipos de funções Uma função total f : A à B pode ser 1. Injetora ∀x,y ∈ A, [ x ≠ y → f(x) ≠ f(y) ] Exemplo: f : N → N, tal que f(x) = x + 1 2. Sobrejetora ∀y ∈ B, ∃x ∈ A, f(x) = y , ou seja, B é a imagem de f Exemplo: f : R → R+ ∪ {0}, tal que f(x) = x2 3. Bijetora f é injetora e sobrejetora Exemplo: f : R → R, tal que f(x) = x3 Exercício Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 38 Diga quais relações abaixo são funções e especifique suas propriedades: 1. f: Z → N, onde f(x)= x2+1 2. f:{1,2,3} → {p,q,r}, onde f = { (1,q), (2,r), (3,p) } 3. g : N → N, onde g é definida por g(x) = 2x OB J E T I VO A PR ENDER A D E F I N I R CON JUNTOS R E CURS I VAMENTE A PR ENDER A P ROVAR P ROPR I EDADE S SOBRE O S I N T E I ROS U SANDO I NDUÇÃO MATEMÁT I CA Matemática Discreta Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) 39 Recursividade e Indução MatemáDca Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 40 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 41 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta É possível definir recursivamente qualquer conjunto enumerável! 42 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Exemplo 01: Números naturais Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 43 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Exemplo 01: Números naturais Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Definição a) 0 ∈ N b) Se n ∈ N, então n + 1 ∈ N c) Só pertencem a N, os números gerados usando (a) ou (b). 44 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Exemplo 02: Fatorial Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Definição – fat : N → N a) fat(0) = 1 b) ∀n > 0, fat(n) = n × fat(n−1) c) implícito 45 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Exemplo 03: Exponencial an Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Definição – an : N → N a) a0 = 1 b) ∀n ∈ N, an+1 = a × an c) implícito 46 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Definição Exemplo 04: Ling. Proposicional Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Definição – Ling. proposicional (LP) a) Toda a variável lógica está na LP b) Se P e Q, estão na LP, então também estão na LP: u ¬P u P∧Q u P∨Q u P→Q u P↔Q c) implícito 47 O que é uma definição recursiva? Definição Recursiva do Conjunto A a) Base: especificação de B ⊂ A b) Passo Recursivo: como obter elementos de A a parDr de outros elementos de A c) Fechamento: só pertencem a A, os elementos obDdos através dos passos (a) ou (b). Indução matemáDca Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 48 h}p://meangreenmath.files.wordpress.com/2013/08/dominoes.jpg Nono axioma de Giuseppe Peano Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 49 Princípio da indução h} p: // en .w ik ip ed ia .o rg /w ik i/G iu se pp e_ Pe an o ht tp :/ /w w w .o no rd es te .c om /a dm in is tr ad or /p er so na lid ad es /i m ag em Pe rs on al id ad e/ c6 cc 80 94 c2 dc 07 b7 00 ffc c3 6d 64 e2 13 88 14 .jp g Nono axioma de Giuseppe Peano Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 50 Princípio da indução h} p: // en .w ik ip ed ia .o rg /w ik i/G iu se pp e_ Pe an o ht tp :/ /w w w .th ea rt sd es k. co m /s ite s/ de fa ul t/ fil es /i m ag es /s to ri es /N EW _M U SI C/ th om as _h _g re en / le m m y2 .jp g Nono axioma de Giuseppe Peano Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Se K é um conjunto tal que 1. 0 (zero) está pertence a K 2. Para todo natural k § Se k está conDdo em K, § Então o sucessor de k está em K Então K contém todos os números naturais 51 Princípio da indução h} p: // en .w ik ip ed ia .o rg /w ik i/G iu se pp e_ Pe an o Reformulando... Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Se P é um predicado tal que 1. P(0) é verdade 2. ∀k ∈ N, P(k) → P(k+1) Então, P(n) é verdadeiro para todo n ∈ N 52 Princípio da indução h} p: // en .w ik ip ed ia .o rg /w ik i/G iu se pp e_ Pe an o Reformulando... Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Se P é um predicado tal que 1. P(0) é verdade 2. ∀k ∈ N, P(k) → P(k+1) Então, P(n) é verdadeiro para todo n ∈ N 53 Princípio da indução É possível provar propriedades para conjuntos naturais e inteiros usando indução matemáDca! Definição Estrutura de demonstração Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Princípio da indução fraca Se ① P(0)* ② ∀n, P(n) → P(n+1) Então ü ∀n, P(n) 1. Provar P(0) (caso base) 2. Seja n ≥ 0 abitrário 3. Suponha P(n) (hipótese de indução) 4. Provar P(n+1) 5. Concluir ∀n, P(n) Os passos (2) a (4) são chamados de passo induDvo 54 Princípio da indução fraca *Primeiro elemento do conjunto, não necessariamente 0 (zero) Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 55 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] S(n) + [2(n+1) – 1] n2 + [2(n+1) – 1] n2 + [2n + 2 – 1] n2 + 2n + 1 (n + 1)2 Por definição S(n) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n – 1) Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 56 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] = S(n) + [2(n+1) – 1] n2 + [2(n+1) – 1] n2 + [2n + 2 – 1] n2 + 2n + 1 (n + 1)2 Por hipótese de indução S(n) = n2 Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 57 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] = S(n) + [2(n+1) – 1] = n2 + [2(n+1) – 1] n2 + [2n + 2 – 1] n2 + 2n + 1 (n + 1)2 Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 58 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] = S(n) + [2(n+1) – 1] = n2 + [2(n+1) – 1] = n2 + [2n + 2 – 1] n2 + 2n + 1 (n + 1)2 Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 59 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] = S(n) + [2(n+1) – 1] = n2 + [2(n+1) – 1] = n2 + [2n + 2 – 1] = n2 + 2n + 1 (n + 1)2 Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, temos que 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 60 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, temos que a soma 1 + 3 + 5 +…+ (2n–1) = n2. 1. Caso base n = 1 u 1 = 12 2. Passo induDvo u Hipótese: S(n) = 1+3+5+…+(2n – 1) = n2 u Tese: S(n+1) = 1+3+5+…+(2n–1)+[2(n+1) – 1] = (n+1)2 S(n+1) = 1 + 3 + 5 +…+ (2n-‐1) + [2(n+1) – 1] = S(n) + [2(n+1) – 1] = n2 + [2(n+1) – 1] = n2 + [2n + 2 – 1] = n2 + 2n + 1 = (n + 1)2 Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 61 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 22n (22) – 1 22n (4) – 1 (3m+1)(4) – 1 3m(4) + 4 – 1 3(4m) + 3 3(4m + 1) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 62 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 22n (22) – 1 22n (4) – 1 (3m+1)(4) – 1 3m(4) + 4 – 1 3(4m) + 3 3(4m + 1) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 63 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 22n (4) – 1 (3m+1)(4) – 1 3m(4) + 4 – 1 3(4m) + 3 3(4m + 1) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 64 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 (3m+1)(4) – 1 3m(4) + 4 – 1 3(4m) + 3 3(4m + 1) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 65 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 = 22n (3 + 1) – 1 3(22n) + 22n – 1 3(22n) + 3m 3(22n + m) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 66 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 = 22n (3 + 1) – 1 = 3(22n) + 22n – 1 3(22n) + 3m 3(22n + m) Por hipótese de indução: 22n – 1 = 3m Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 67 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 = 22n (3 + 1) – 1 = 3(22n) + 22n – 1 = 3(22n) + 3m 3(22n + m) Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3 68 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 = 22n (3 + 1) – 1 = 3(22n) + 22n – 1 = 3(22n) + 3m = 3(22n + m) k = (22n + m) ∈ Z+ Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Logo, para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 69 Princípio da indução fraca Prove que para todo n ∈ Z+, o número 22n – 1 é divisível por 3. 1. Caso base n = 1 u 22(1) – 1 = 4 – 1 = 3 (divisível por 3) 2. Passo induDvo u Hipótese: 22n – 1 = 3m, para m,n ∈ Z+ u Tese: 22(n+1) – 1 = 3k, para k ∈ Z+ 22(n+1) – 1 = 22n+2 – 1 = 22n (22) – 1 = 22n (4) – 1 = 22n (3 + 1) – 1 = 3(22n) + 22n – 1 = 3(22n) + 3m = 3(22n + m) Definição Estrutura de demonstração Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Princípio da indução forte Se ① [P(0) ∧ P(1) ∧...∧ P(k)] → P(k+1)* Então ü ∀n, P(n) 1. Seja n ≥ 0 abitrário 2. Suponha ∀k < n, P(k) (hipótese de indução) 3. Provar P(k+1) 4. Concluir ∀n, P(n) 70 Princípio da indução forte *Primeiro elemento do conjunto, não necessariamente 0 (zero) Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Caso 1: (k+1) é primo Neste caso (k+1) = (k+1)(1), produto de dois primos. 71 Princípio da indução forte Prove que todo n > 1 ∈ Z+ pode ser escrito como o produto de números primos. 1. Caso base n = 2 u 2 = 2(1) (produto de dois primos) 2. Passo induDvo u Hipótese: todo 2 ≤ r ≤ k , pode ser escrito como o produto de primos u Tese: (k + 1) pode ser escrito como o produto de primos Exemplo 01 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Caso 2: (k+1) não é primo Se (k+1) não é primo, então (k+1) é composto, ou seja, (k+1) = ab, tal que 2 ≤ a ≤ b ≤ k. Por hipótese, todo 2 ≤ r ≤ k , é o produto de primos. Logo, a e b podem ser escrito como produtos de números primos. Portanto, (k+1) também pode! 72 Princípio da indução forte Prove que todo n > 1 ∈ Z+ pode ser escrito como o produto de números primos. 1. Caso base n = 2 u 2 = 2(1) (produto de dois primos) 2. Passo induDvo u Hipótese: todo 2 ≤ r ≤ k , pode ser escrito como o produto de primos u Tese: (k + 1) pode ser escrito como o produto de primos Exemplo 02 Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta Por hipótese, temos que u (k – 3) pode ser escrito como a soma de 4’s ou 5’s u Afinal, 12 ≤ (k – 3) ≤ k. Note que (k + 1) = (k – 3) + 4. Portanto, (k + 1) também pode ser escrito como a soma de 4’s ou 5’s. 73 Princípio da indução forte Prove que todo n ≥ 12 ∈ Z+ pode ser obDdo somando-‐se 4’s ou 5’s. 1. Caso base n = 12, 13, 14, 15 u 12 = 4 + 4 + 4 13 = 4 + 4 + 5 u 14 = 4 + 5 + 5 15 = 5 + 5 + 5 2. Passo induDvo u Hipótese: todo 15 ≤ r ≤ k é a soma de 4’s ou 5’s u Tese: (k + 1) é a soma de 4’s ou 5’s Exercícios de fixação Eduardo Freire Nakamura (nakamura@icomp.ufam.edu.br) Matemática Discreta 74 1. Prove que para todo n ∈ Z+ temos que . 2. Prove que que 11n − 6 é divisível por 5 qualquer n ∈ Z+. 3. Prove que todo n ≥ 8 ∈ Z+ pode ser obDdo somando-‐se 3’s e 5’s. 4. A função de Fibonacci é dada por . Prove que . 2i i=0 n ∑ = 2n+1 −1 F(n) = 0, !se!n = 0 1, !se!n =1 F(n−1)+F(n− 2), !se!n ≥ 2 # $ % & % F(n) = 15 1+ 5 2 ! " # $ % & n − 1− 5 2 ! " # $ % & n( ) * * + , - - __MACOSX/._parte-05-relacao-funcao.pdf
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