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Aula 4 - ALELOPATIA 2010-2

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1
ALELOPATIAALELOPATIA
MANEJO DE PLANTAS INVASORASMANEJO DE PLANTAS INVASORAS
Prof. D.Sc. Oscar M. YamashitaProf. D.Sc. Oscar M. Yamashita
A defesa natural das plantas
INTRODUÇÃO
� Plantas superiores 
� notável capacidade de sintetizar, acumular 
e secretar grande variedade de metabólitos
secundários, 
� ALELOQUÍMICOS
� que não parecem estar relacionados 
diretamente com nenhuma função do 
metabolismo primário, 
� mas provavelmente estão associados a 
mecanismos ou estratégias químicas de 
adaptação às condições ambientais
Introdução
� Alelopatia
� Do grego
Allelon � um ao outro
pathos � causar doença, sofrimento
NEOLOGISMO
UMA PLANTA AFETANDO A OUTRA
ALELOPATIA
� NO SENTIDO PRIMÁRIO
IDÉIA DE UMA AÇÃO PREJUDICIAL
OU
AÇÃO BENÉFICA, ESTIMULANTE
2
Alelopatia - histórico Alelopatia - histórico
Utilidade humana Alelopatia - histórico
COMPROVAÇÃO DA ALELOPATIA ALELOPATIA
“O efeito prejudicial de uma planta sobre 
outra, mediante a ação de compostos 
químicos, tem merecido, ultimamente, a 
atenção de muitos cientistas pela sua 
importância na Ecologia e na 
Agronomia”
Durigan e Almeida, 1993
3
INTERAÇÕES
� INTERFERÊNCIAS � Interações que 
se desencadeiam entre os indivíduos 
das comunidades.
� Termo muito amplo
� Necessidade de divisões
INTERFERÊNCIAS
� ALELOSPOLIA ou COMPETIÇÃO �
interferência causada pelos organismos 
ao retirarem do ambiente elementos 
vitais como
� Água
� Luz
� Nutrientes
Baixando o seu teor a níveis que prejudiquem 
o desenvolvimento normal de outros
INTERFERÊNCIAS
� ALELOPATIA
� interferência provocada pela introdução 
de substâncias químicas produzidas por 
certos indivíduos e que, no ambiente, 
afetam os outros componentes da 
comunidade
INTERFERÊNCIAS
� ALELOMEDIAÇÃO ou INTERFERÊNCIA 
INDIRETA � são as provocadas pelas 
alterações que alguns indivíduos 
promovem ao ambiente físico ou biológico, 
com reflexos nos seres vizinhos.
NA NATUREZA, ESSES MECANISMOS 
ATUAM CONCOMITANTEMENTE (difícil 
de distinguir e identificar efeitos individuais)
ALELOPATIA
� ALELOPATIA INIBITÓRIA
� Alelo -
� ALELOPATIA BENÉFICA OU 
ESTIMULANTE
� Alelo +
ALELOPATIA
� ALELOPATIA 
� Ação indireta de uma planta sobre outra
� As plantas vivas ou restos vegetais liberam 
substâncias a partir das raízes ou folhas 
para o ambiente
� Substâncias tóxicas, estimulantes ou 
inócuas
4
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� Um mesmo organismo pode produzir 
diversos aleloquímicos
� Desencadeiam diversas interações
� Sintomas são observados pelo conjunto dos 
efeitos
� Dificuldade de identificar e isolar, 
estabelecendo qual deles provocou 
efetivamente os sintomas observados
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� Não se conhece com exatidão como 
esses produtos são formados nas 
células
� Metabolismo celular?
� Armazenamento em vacúolos?
� Finalidades específicas?
� Autotoxicidade?
� Síntese?
� Produtos secundários?
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� Conhece-se atualmente
� 10.000 produtos secundários 
� e supõe-se que hajam 100.000
AGRUPAMENTO DESSES PRODUTOS
� Gases tóxicos, ácidos orgânicos e aldeídos, 
ácidos aromáticos, lactonas simples 
insaturadas, coumarinas, quinonas, 
flavonóides, taninos, alcalóides, terpenóides
e esteróides, diversos
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� GASES TÓXICOS
� Tecidos de plantas � altas concentrações de 
glicosídeos cianogênicos
� Amigdalina, durina, linamarina
� Podem liberar HCN
� HCN � inibe a germinação de sementes e 
crescimento radicular de diversas plantas
� Algumas plantas de regiões desérticas � liberação 
de monoterpenóides voláteis (cânfora e cineolo) �
propriedades herbicidas
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� ÁCIDOS ORGÂNICOS E ALDEÍDOS
� Ácidos málico e cítrico � inibidores da 
germinação de sementes
� Ácido tricarboxílicos� toxicidade de 
resíduos de sorgo sobre culturas
� Ácidos simples alifáticos � a partir da 
decomposição anaeróbica de resíduos 
vegetais � impedem a germinação de 
sementes
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� ÁCIDOS AROMÁTICOS
� Diversos ácidos aromáticos, aldeídos, fenóis 
(derivados do ácido cinâmico e benzóico) �
propriedades alelopáticas
� Derivados do ácido cinâmico� Clorogênico, p-
coumárico, ferúlico, caféico
� Derivados do ácido benzóico � p-hidroxibenzóico, 
siríngico e vanílico� presentes em resíduos de 
trigo, milho, sorgo e aveia
� Glicosídeos cianogênicos� degradação e 
formação de aldeídos aromáticos fitotóxicos (p-
hidroxibenzaideído em sorgo; amigdalina em 
pessegueiro)
5
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� LACTONAS SIMPLES INSATURADAS
� Inibidoras de germinação
� Ácido parasórbico, patulina
� Patulina identificada em Penicillium urticae �
resíduos de trigo � inibição do 
desenvolvimento de milho
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� COUMARINAS
� São lactonas do ácido hidroxicinâmico
� Esculina e psoraleno� fortes inibidores da 
germinação (encontrados em cereais)
� Exudação de escopoletina fluorescente �
alguns genótipos de aveia
� Psoraleno� inibea germinação de alface, 
mesmo em concentrações muito baixas
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� QUINONAS
� Juglona� identificada com tóxica para as 
plantas
� Encontrada nas folhas e frutos da nogueira 
(Juglans nigra) � impede o 
desenvolvimento de outras espécies sob 
sua copa
� Alguns autores atribuem ás quinonas
(formadas pela oxidação de produtos 
fenólicos) � resistência de plantas a 
patógenos
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� FLAVONÓIDES
� Freqüentes em plantas superiores
� Florizina (macieira) � inibidora do 
crescimento de plântulas da mesma 
espécie
� Diversos flavonóides� responsáveis pela 
composição específica das comunidades 
florísticas das savanas e do substrato das 
florestas de carvalho nos EUA
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� TANINOS
� Taninos hidrolisáveis � éstereis do ácido 
gálico
� Taninos condensados � misturas 
complexas de diversos ácidos fenólicos
� Inibidores da germinação de sementes, do 
crescimento de plântulas e bactérias 
fixadoras de N e das nitrificantes do solo
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� ALCALÓIDES
� Compostos cíclicos contendo N em sua 
cadeia
� Potentes inibidores da germinação (tabaco, 
café, cacau)
� Mais conhecidos � cocaína, fisostigmina, 
cafeína, quinina, quinconina, estriquinina, 
berberina e codeína
� Alguns microorganismos produzem 
alcalóides � ácido fusárico e alfa-picolínico
6
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� TERPENÓIDES e ESTERÓIDES
� Monoterpenóides formam a maioria dos 
óleos essenciais das plantas
� Identificados com maiores potencialidades 
inibitórias
� Salvia, Eucalipto e Artemisia� elaboram 
produtos voláteis (canfeno, dipenteno, alfa-
pineno e beta-pineno)
� Digitoxigenina e estrofanditina� forte 
atividade antimicrobiana
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS 
ALELOPÁTICAS
� DIVERSOS
� Ácidos graxos de cadeias longas
� Álcoois
� Polipeptídeos
� Nucleosídeos
Muitos outros, porém, envolvidos no 
processo, ainda não foram identificados
FUNÇÃO NOS ORGANISMOS FUNÇÃO NOS ORGANISMOS
“As plantas, apesar de auferirem a 
vantagem de ser autotróficas, são 
imóveis, não podendo, por isso, escapar 
ao ataque de seus inimigos. É pois, 
compreensível que, com a escassez de 
outras alternativas, utilizem com maior 
intensidade do que os animais, a 
estratégia dos produtos químicos para sua 
defesa”
LOWETT, 1982
FUNÇÃO NOS ORGANISMOS
� PREVENÇÃO DA DECOMPOSIÇÃO 
DAS SEMENTES
� INTERFERÊNCIA NA DORMÊNCIA E 
GEMAS
� INFLUENCIAM NA RELAÇÃO COM 
OUTRAS PLANTAS, 
MICROORGANISMOS, ANIMAIS E O 
HOMEM
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Milho dente-de-cavalo � resistência ao 
ataque de brocas pela presençade 
BENZOXAZOLINONA
7
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� No algodoeiro, o 
gossipol inibe o 
crescimento da 
lagarta Heliothis spp.
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Resistência da 
cevada ao pulgão 
Schizaphis
graminum (fenóis)
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� As ecdisonas regulam o 
processo de instares 
nos insetos, mas são 
encontrados também 
em samambaias e 
gimnospermas (larvas 
consomem essas 
plantas, passam por 
ínstares extras e 
originam adultos 
deformados).
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Lecitinas comuns em 
muitas leguminosas, são 
repelentes a algumas 
espécies, como o 
feijoeiro em relação a 
alguns escaravelhos
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Contra animais superiores � estes se 
alimentam principalmente pela 
palatabilidade
� A maior parte das substâncias tóxicas 
tem sabor amargo e/ou adstringente
� HCN � altamente venenoso, com 
paladar desagradável
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Algumas 
Samambaias são 
cianogênicas
� Ovelhas e veados 
distinguem-nas, 
alimentando-se 
apenas das não-
cianogênicas
8
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Alcalóides possuem gosto 
amargo
� Gorilas e macacos 
reconhecem pelo gosto 
as espécies que as 
contém, e rejeitam-nas 
como alimento
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Gambá� vegetais 
que possuem 
salicina (produto 
tóxico e com paladar 
desagradável)
INFLUÊNCIA - EXEMPLOS
� Frutos verdes são 
ricos em TANINOS 
(gosto desagradável)
� A medida que 
amadurecem, são 
polimerizados, 
tornando-se 
apetecíveis para os 
animais que deles 
se alimentam
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)
Espécie rica em tanino
� Abrunheiro bravo (Prunnus spinosa L.)
Aleloquímicos ALELOQUÍMICOS
� Objeto de pesquisa como complemento ou 
alternativa ao uso de herbicidas
� Maioria � resultante do metabolismo 
secundário
� Vantagens à ação de organismos
� Vírus
� Fungos e bactérias
� Outros patógenos
� Predadores
� Inibem a atividade desses organismos ou
� Estimulam o crescimento e desenvolvimento das 
plantas
9
ALELOQUÍMICOS
� Compostos secundários lançados no 
ambiente afetam
� Crescimento
� Estado sanitário
� Comportamento e biologia da população de 
organismos de outra espécie
EsquematizaEsquematizaçção da provão da prováável seqvel seqüüência de sência de sííntese das substâncias ntese das substâncias 
que apresentam efeitos alelopque apresentam efeitos alelopááticos sobre os vegetaisticos sobre os vegetais
piruvatos
carboidratos
Ácido D-hidrosímico
Ácido chiquímico
aminoácidos
Derivados do 
ác.cinâmico
flavonóides
acetatos
Ácido 
mevalônico
Terpenóides
esteróides
Taninos hidrolisáveis
Ácidos gálico e 
protocatético
Ácidos digálico
Aminoácidos e polipeptídeos
alcalóides e cianohidrinos
óleos gicosídeos
nucleosídeos e purinas
Fenóis simples 
ácido benzóico
cumarinas
Taninos condensáveis
Ácidos orgânicos 
solúveis em água, 
aldeídos alifáticos, 
lactonas, ácidos 
graxos, quinonas
diversas
Tipos de aTipos de açção alelopão alelopáática que podem ocorrer entre tica que podem ocorrer entre 
espespéécies diferentes de plantas em convivênciacies diferentes de plantas em convivência
Planta infestantePlanta infestante
Planta infestantePlanta infestante
Planta cultivadaPlanta cultivada
Planta cultivadaPlanta cultivada
Planta infestantePlanta cultivada
Planta infestantePlanta cultivada
Planta infestantePlanta cultivada
Planta infestantePlanta cultivada
Planta cultivadaPlanta infestante
Planta cultivadaPlanta infestante
Planta infestantePlanta cultivada
Planta infestantePlanta cultivada Alelo +
Alelo +
Alelo -
Alelo +
Alelo -
Alelo -
Alelo +
Alelo +
Alelo +
Alelo -
Alelo -
Alelo +
Alelo -
Alelo +
Alelo -
Alelo -
AUTO-ALELOPATIA
““Processo em que os Processo em que os metabmetabóólitoslitos
secundsecundáários podem inibir a prrios podem inibir a próópria pria 
planta que os produziu applanta que os produziu apóós serem s serem 
transferidos para o ambientetransferidos para o ambiente””
Rice, 1984
LIBERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
SUBSTÂNCIAS ALELOPÁTICAS
LIBERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
�Muitos dos produtos são autotóxicos e 
as plantas dispõe de mecanismos de 
defesa contra eles
� Manutenção desses produtos 
biologicamente inativos
� Isolá-los em compartimentos das células 
(enzimas e antienzimas)
� Volatilização dos metabólitos tóxicos 
(terpenos)
10
LIBERAÇÃO DOS 
ALELOQUÍMICOS NO AMBIENTE
� ASSOCIADA AO ESTRESSE 
AMBIENTAL
� REGULADO GENETICAMENTE
�MAIOR PRODUÇÃO EM PLANTAS 
MAIS VELHAS
� PODE SER COMPARTIMENTALIZADO 
PARA EVITAR A AUTO-ALELOPATIA
LIBERAÇÃO � VOLATILIZAÇÃO
� Comum em plantas 
aromáticas 
(fedegoso, 
mentrasto 
e eucalipto)
LIBERAÇÃO � EXUDAÇÃO DE 
RAÍZES
� Difícil de ser 
identificado
� Exemplo de juglone
nas nogueiras
LIBERAÇÃO
LIXIVIAÇÃO
� Remoção das 
substâncias 
alelopáticas através 
da água das chuvas, 
orvalho ou neblina 
(plantas vivas ou em 
decomposição)
SUBSTÂNCIAS ALELOPÁTICAS
LIBERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
� A quantidade e a natureza química dos 
exudatos diferem com:
� Espécie e idade da planta
� Temperatura
� Intensidade luminosa
� Disponibilidade de nutrientes
� Atividade microbiana da rizosfera
� Composição do solo em que se encontram 
as raízes
SUBSTÂNCIAS ALELOPÁTICAS
LIBERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
� Tiririca amarela 
(Cyperus esculentus) 
afeta o crescimento 
tanto de plantas 
cultivadas como 
silvestres que se 
desenvolvem junto dela.
� Caruru
� Ançarinha-branca
� Capim-arroz
11
MECANISMOS DE AÇÃO
� Se a identificação das substâncias 
alelopáticas é deficiente, o 
conhecimento do seu modo de ação é
ainda maior.
�� Os efeitos observados:Os efeitos observados:
�� São causados diretamente pelas São causados diretamente pelas 
substâncias tsubstâncias tóóxicas?xicas?
�� Constituem efeitos secundConstituem efeitos secundáários? rios? 
MECANISMOS DE AÇÃO
� OS PRINCIPAIS PROCESSOS 
AFETADOS SÃO:
� Efeitos na assimilação de 
nutrientes: os ácidos fenólicos são 
responsáveis pela redução na 
absorção de micro e 
macronutrientes em diversas 
espécies
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos no crescimento: várias substâncias 
alelopáticas afetam os hormônios responsáveis 
pelo crescimento (AIA e GA). Alguns taninos 
inibem a ação de giberelinas em plântulas de 
ervilha.
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos na fotossíntese: algumas 
substâncias alelopáticas afetam o 
transporte de elétrons e a 
fosforilação nos cloroplastos de 
maneira semelhante a alguns 
herbicidas inibidores da fotossíntese 
ácidos fenólicos, coumarinas, 
polifenóis e flavonóides).
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos sobre a 
respiração: juglona
reduz em 90% a 
respiração nas raízes 
do milho. 
� O macerado de folhas 
de Artemisia acelera a 
respiração em pepino.
12
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos na síntese de 
proteínas: os ácidos 
fenílicos e as 
coumarinas impedem 
a incorporação de 
carbono nas proteínas 
da sementes e dos 
embriões de rosas e, 
as quinonas, 
nas das algas
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos na 
permeabilidade da 
membrana celular: a 
permeabilidade iônica da 
plasmalema é alterada 
por diversas substâncias 
alelopáticas. 
� O ácido salicílico
provoca perdas 
consideráveis de K+ do 
plasmalema e do 
tonoplasto das células
MECANISMOS DE AÇÃO
� Efeitos na atividade 
enzimática: ácidos 
clorogênico e caféico
� impedem a 
fosforilase da batata.
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
“A capacidade de as plantas produzirem 
substâncias alelopáticas, e a natureza 
química dessas substâncias, diferem 
entre as espécies, assim como a 
suscetibilidade destas aos aleloquímicos
liberados por outras”.
Durigan & Almeida, 1993
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
� Como consequênciadessa variabilidade:
� Algumas plantas são favorecidas
� Outras espécies são prejudicadas
ISSO INFLUENCIA NA COMPOSIISSO INFLUENCIA NA COMPOSIÇÇÃO ÃO 
ESPECESPECÍÍFICA E QUANTITATIVA DAS FICA E QUANTITATIVA DAS 
COMUNIDADES FLORCOMUNIDADES FLORÍÍSTICAS, TANTO STICAS, TANTO 
NO NO ESPAESPAÇÇOO COMO NO COMO NO TEMPOTEMPO
13
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
BOOTH (1941) � regeneração de terrenos 
agrícolas abandonados (Oklahoma - EUA)
� 4 fases:
� Ervas pioneiras (2 a 3 anos; população mista de 
gramíneas e folhas largas anuais)
� Gramíneas anuais (8 a 13 anos; dominada por 
Aristida oligantha)
� Gramíneas perenes (até 20 anos; predomina o 
Andropogon scoparius)
� Savana (posterior a fase anterior)
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
� RICE (1977) � continuou a pesquisa de 
BOOTH e demonstrou:
� O rápido desaparecimento das plantas do 
primeiro estádio era devido a produção, 
pelas espécies pioneiras, de substâncias 
alelopáticas de toxicidade inter e intra-
específica (ácido clorogênico, gálico, tânico, 
coumárico e p-hidroxibenzaldeído)
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
� RICE (1977) � continuou a pesquisa de 
BOOTH e demonstrou:
� Aristida oligantha � que substitui a primeira 
comunidade � afetada pelos 
aleloquímicos, beneficiando-se pois 
estimulou seu desenvolvimento
ALELOPATIA NAS COMUNIDADES 
FLORÍSTICAS NATURAIS
� RICE (1977) � continuou a pesquisa de 
BOOTH e demonstrou: 
� A espécie Aristida oligantha exudou no solo 
aleloquímicos que são inibidores de bactérias 
fixadoras de N, o que impediu a colonização de 
espécies exigentes nesse elemento.
� Com o passar do tempo, o teor de N vai 
aumentando paulatinamente, permitindo instalação 
de gramíneas como Andropogon scoparius se 
desenvolverem, até a constituição da savana.
Exemplo de auto-alelopatia
� Feijão-miúdo (Vigna unguiculata)
� Cultivos sucessivos na mesma área
Exemplo de auto-alelopatia
� Pessegueiros, citrus e macieiras
� Cultivos sucessivos na mesma área
14
Liberação de substâncias alelopáticas
� Volatilização
� Exudação radicular
� Lixiviação
� Decomposição de folhas e ramos
Absorção de substâncias alelopáticas
� Terpenóides (mono e sesquiterpenos).
� Absorvidos diretamente pela cutícula 
das plantas vizinhas (vapores ou 
condensados no orvalho).
� Ou ainda alcançar o solo e ser absorvido 
pelas raízes.
Aleloquímicos produzidos por 
espécies de Eucalipto
Agliconas fenólicas, glicosídeos, terpenóides, além dos ácidos gentísico, 
elágico, sináptico e caféico
E. viminalis
Fenóis e terpenosE. Teraticornis
Terpenóides e fenóisE. Regnans
Alfa-pireno, campfeno, cineol, além de ácidos clorogênico, ferúlico, p-
cumárico e caféico
E. Microtheca
Óleos voláteis, limoneno, cineol, taninos e monoterpenos, além de ácidos 
clorogênicos, ferúlico, p-cumárico, caféico, gálico e elágico
E. Globulus
Óleos voláteis, cineol e limonenoE. Citriodora
Cineóis, terpenos, pirenos, fenóis, além de ácidos gálico, ferúlico, p-cumarico, 
clorogênico e acféico
E. Camaldulensis
Glicosídeos, fenóis, terpenóides, além de ácidos gentísico, sináptico,caféico e 
elágico
E. Baxteri
AleloquímicosEspécie
Fonte: Alves et al (1999); Willis (1999) e Ferreira e Áquila (2000)
Eucalipto
ABSORÇÃO
� A perda da permeabilidade seletiva da 
membrana citoplasmática ocorre pouco 
tempo após a morte da planta
� Liberação direta dos aleloquímicos por meio dos 
resíduos
� Alguns microorganismos podem metabolizar os 
produtos e produzir substâncias tóxicas
� Ex: Penicilium urticae produz toxina PATULINA 
durante a decomposição de resíduos do trigo �
promove toxicidade na cultura que o sucede
EFEITO DO ALELOQUÍMICO
� Depende
� Da concentração da fitotoxina.
� Da quantidade total disponível para 
absorção.
15
ALELOPATIA DAS PLANTAS INVASORAS 
SOBRE CULTURAS E INVASORAS
� Interferência de invasoras sobre culturas 
decorrente
� Competição por fatores comuns (água, luz, 
nutrientes, espaço físico, gases)
� Efeitos de substâncias alelopáticas que 
estas produzem
Brachiaria plantaginea
� Afeta o desenvolvimento da soja
Tiririca, capim-massambará, grama-seda
� Afeta o desenvolvimento de tomateiro
Cynodon dactylon, 
Cyperus rotundus e 
Sorghum halepense
� Inibem 
desenvolvimento 
inicial de arroz
Olyra micrantha (taquara)
� Restos vegetais inibem crescimento de 
alface
16
Eichhornia crassipes
� Folhas de aguapé
apresentam efeitos 
supressores sobre 
outras plantas 
daninhas e inibem 
o crescimento de 
alga-verde 
(Chlamydomonas
reinhardtii)
ALELOPATIA DAS CULTURAS 
SOBRE AS PLANTAS INVASORAS
� Efeito alelopático de culturas sobre 
invasoras não é muito comum
� Deficiência de defesa pelas culturas
� Seleção e melhoramento genético visando 
outras características
Nabo forrageiro, colza, aveia e centeio
� Razoável efeito alelopático sobre 
Brachiaria plantaginea, Cenchrus
echinatus e Euphorbia heterophylla
Leucaena leucocephala
� Efeito alelopático
sobre algumas 
plantas invasoras de 
sistemas florestais
Mimosa bimucronata (maricá)
� Produção de fenóis e mimosina
� Efeito sobre várias plantas invasoras
Coffea ssp.
� Produção de xantina cafeína
�Mecanismo de defesa contra plantas 
invasoras
17
Eucalyptus ssp.
� Interação 
continuada com 
microorganismos 
do solo e presença 
de material vegetal 
depositado no solo 
(serrapilheira)
Potencial alelopático de Myrcia guianensis
Inibição de 71%
Estímulo de 60%
ALELOPATIA ENTRE CULTURAS
� EFEITOS ALELOPÁTICOS benéficos ou 
maléficos
� Preocupação em relação a esses efeitos 
quando as culturas apresentam interesse 
agronômico
� ROTAÇÃO
� CONSORCIAÇÃO
COLZA
� Redução do estande de soja semeada 
imediatamente após a colheita da colza
SORGO
� Seu exudato radicular provocou redução 
de 68,4% na área foliar de alface
DECOMPOSIÇÃO
� O processo de decomposição do 
material vegetal é variável de acordo 
com 
� A qualidade do tecido
� Tipo de solo
� Condições climáticas
MUITO VARIÁVEIS
18
MATERIAL FRESCO
� Normalmente, material fresco, como 
adubações verdes, provoca efeito 
alelopático pouco acentuado e por 
períodos curtos (<25 dias)
� Necessidade de incorporação dos 
resíduos com antecedência da 
semeadura das culturas
ALELOPATIA DAS COBERTURAS MORTAS
� No SSD
� Cobertura morta � prevenir a germinação, 
reduzir o vigor vegetativo e provocar 
amarelecimento e clorose das folhas, 
redução do perfilhamento e até a morte das 
plantas invasoras durante a fase inicial do 
seu desenvolvimento.
Palhada no SSD ALELOPATIA DAS COBERTURAS MORTAS
� Cobertura morta da cultura de inverno:
� Forma-se no final dessa estação
� Taxa de decomposição alta
� Rápida liberação de compostos alelopáticos
� Se a cultura de verão for implantada com 
intervalo de tempo � possivelmente não 
haverá toxicidade
ALELOPATIA DAS COBERTURAS MORTAS
� Cobertura morta da cultura de verão:
� Resíduos escassos
� Temperatura e umidade do solo são 
suficientes para manter a atividade 
microbiana alta, degradando os 
aleloquímicos
Palhada
19
Exemplos de ação alelopática
IpomoeaIpomoea sppspp;; B. B. plantagineaplantaginea ee BidensBidens pilosapilosaTrigo (Trigo (TriticumTriticum aestivumaestivum))
B. B. plantagineaplantaginea; ; CenchrusCenchrus echinatusechinatusTremoTremoçço (o (LupinusLupinus spp)spp)
B. B. plantagineaplantaginea; ; CenchrusCenchrus echinatusechinatus, E. , E. heterophyllaheterophylla
e e BidensBidens pilosapilosa
Nabo (Nabo (BrassicaBrassica rapa)rapa)
BidensBidens pilosa pilosa e e CyperusCyperus rotundusrotundusMucunaMucuna--pretapreta ((StylozobiumStylozobium aterrimumaterrimum))
FeijãoFeijão--comum ecomum e SorghumSorghum bicolorbicolorMandioca(Mandioca (ManihotManihot utilissimautilissima))
Digitaria Digitaria horizontalishorizontalisGirassol (Girassol (HelianthusHelianthus annuusannuus))
CyperusCyperus rotundusrotundusFeijãoFeijão--dede--porcoporco ((CanavaliaCanavalia ensiformisensiformis))
CyperusCyperus rotundusrotundusFeijão comum (Feijão comum (PhaseolusPhaseolus vulgarisvulgaris))
BidensBidens pilosapilosaCanaCana--dede--aaçúçúcar (car (SaccharumSaccharum ssp.)ssp.)
EuphorbiaEuphorbia heterophyllaheterophylla e e CyperusCyperus rotundusrotundusAmendoim (Amendoim (ArachisArachis hypogeaehypogeae))
PLANTA INIBIDA (INFESTANTE OU NÃO)PLANTA INIBIDA (INFESTANTE OU NÃO)PLANTA CULTIVADA INIBIDORAPLANTA CULTIVADA INIBIDORA
Exemplos de ação alelopática
Caruru; Caruru; ananççarinhaarinha--brancabranca; capim; capim--arroz; milho; arroz; milho; 
canacana--dede--aaçúçúcarcar
CyperusCyperus sppspp..
EuphorbiaEuphorbia heterophyllaheterophylla; ; IpomoeaIpomoea sppspp., ., 
AmaranthusAmaranthus sppspp.; .; DesmodiumDesmodium purpureumpurpureum; ; 
MomordicaMomordica charantiacharantia
TagetesTagetes patulapatula
Soja e Soja e CyperusCyperus sppspp..AmaranthusAmaranthus sppspp..
MilhoMilhoSetariaSetaria faberiifaberii (capim(capim--raborabo--dede--raposa)raposa)
GirassolGirassolDigitaria Digitaria horizontalishorizontalis (Capim(Capim--colchão)colchão)
MilhoMilhoEchinochloaEchinochloa crusgallicrusgalli (Capim arroz)(Capim arroz)
Soja e Soja e CyperusCyperus rotundusrotundus e e AmaranthusAmaranthus sppspp..ChenopodiumChenopodium albumalbum ((AnAnççarinhaarinha
branca)branca)
PLANTA INIBIDA (CULTIVADA OU NÃO)PLANTA INIBIDA (CULTIVADA OU NÃO)PLANTA INFESTANTE PLANTA INFESTANTE 
INIBIDORAINIBIDORA
Alelopatia nas culturas
Cobertura morta de aveia, 
nabo-forrageiro e colza aos 
26 dias depois de formadas 
QUASE SEM ERVAS
Centeio � ligeira infestação
Trigo e triticale� mais 
infestadas
Pousio� alta infestação
POUSIO AVEIA NABO
COLZA CENTEIO
TREMOÇOTRITICALETRIGO
20
Nabo forrageiro Aveia-preta e ervilhaca
Palhada de azevém
Plantio de milho na palhada de 
azevém dessecado
Plantas daninhas com suposta atividade 
alelopática no ecossistema
Herbicidas comerciais desenvolvidos com base 
em compostos produzidos por microorganismos
21
APLICAÇÃO DA 
ALELOPATIA NA 
AGRICULTURA
� Método promissor �manejo de 
plantas invasoras
� Manutenção da cultura totalmente 
limpa de invasoras � impossível e 
não desejado (erosão, vida biológica 
no solo, fitossanidade das plantas)
� Convívio de plantas invasoras com 
culturas � equilíbrio e sistema 
desejável
COEXISTÊNCIA DE ERVAS E COEXISTÊNCIA DE ERVAS E 
CULTURACULTURA
PESQUISAS ATUARIAIS
� Estudos
�� Avaliam e colecionam Avaliam e colecionam germoplasmasgermoplasmas de de 
plantas plantas alelopalelopááticasticas
�� Objetivando melhoramento genObjetivando melhoramento genééticotico
FUTURO
Controle biológico de plantas invasoras
Opção de manejo integrado
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
Perguntas ...Perguntas ...

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