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Aula 08 Ácidos nucleicos Ácidos Nucleicos São assim chamados por seu caráter ácido, e por terem sido originalmente descobertos no núcleo das células; A partir da década de 1940, os ácidos nucleicos passaram a ser intensivamente estudados, pois se descobriu que eles formam os genes responsáveis pela herança biológica; DNA e RNA; Composição Química Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, cada nucleotídeo é constituídos por três tipos de componentes: Pentoses; Ácido fosfórico; Bases nitrogenadas (T,G,C,A,U) Esses componentes organizam-se em trios moleculares denominados nucleotídeos, que se encadeiam às centenas ou aos milhares para formar uma molécula de ácido nucleico. Pentosesdos Ácidos Nucleicos RNA DNA No RNA a pentose presente é a Ribose No DNA a Pentose presente é a Desoxirribose Pentoses Diferem uma da outra pela presença ou ausência do grupo hidroxila no C 2' da pentose. Pentoses A adição de uma pentose a uma base nitrogenada produz um nucleosídeo. Se o açúcar em questão é a RIBOSE, temos um ribonucleosídeo, característico do RNA; Se o açúcar é a desoxirribose - temos um desoxirribonucleosídeo, característico do DNA; ATP Adenosina trifosfato; Formada apenas por um nucleotídeo; As células usam energia na forma de ATP; Adenosina, ribose e três fosfatos; Na quebra das moléculas de fósforo é que é liberada energia para funcionamento do corpo; Tipos: Existem 5 tipos de bases nitrogenadas. São bases do DNA Adenina Timina Guanina Citosina São bases do RNA Adenina Uracila Guanina Citosina Timina (T) está presente somente no DNA e Uracila somente no RNA; Bases nitrogenadas Classificação: As Bases Nitrogenadas podem ser classificadas quanto ao número de anéis. Bases Pirimídicas Contém apenas 1 anel na estrutura molecular Bases Púricas Contém 2 anéis na estrutura molecular Bases nitrogenadas Nucleotídeo Pentose Ácido Fosfórico Base nitrogenada Desoxirribose Ribose Púricas Pirimídicas A G T U C Adenina Guanina Timina Uracila Citosina Papel de nucleotídeos no metabolismo celular: Constituinte dos ácidos nucleicos - RNA e DNA; Fonte de energia no metabolismo -> ATP; Componente estrutural de enzimas e co-fatores -> NAD, FAD, etc DNA → DNA (replicação) DNA → RNA (transcrição) RNA → proteína (tradução) RNA → DNA (transcrição reversa) Fluxo da informação gênica 10 DNA (Ácido Desoxirribonucleico) Características: Estrutura: 2 Fitas unidas pelas bases nitrogenadas em forma de α hélice 2. Nucleotídeo contendo: Desoxirribose Bases Nitrogenadas: Timina, Adenina, Guanina e Citosina Fosfato 3. Quantidade Maior no núcleo/nucleoide (cromatina ou cromossomo) Menor no citoplasma (mitocôndrias e cloroplastos) DNA DNA Durante a evolução da célula formou-se uma molécula, que hoje sabemos ser o ácido desoxirribonucleico (DNA ou ADN): molécula longa, formada pela junção de um grande número de nucleotídeos, e que contém a informação genética codificada. O DNA constitui uma espécie de código que determina o que uma célula tem. Além disso, o DNA é capaz de produzir uma cópia dele mesmo. Os cromossomos contêm os genes que por sua vez são formados por DNA (ácido desoxirribonucleico). Estes genes permitem a transmissão das informações genéticas de geração a geração. O material responsável pelo comando e coordenação de toda a atividade celular e pelas divisões celulares e transmissões das características hereditárias está representado nas células pelos cromossomos. Nas células procarióticas, o cromossomo é uma única molécula de um ácido nucleico (DNA). OBSERVE A COMPLEMENTAÇÃO DE BASES DO DNA ADENINA TIMINA Se liga a Timina por duas pontes de hidrogênio. A = T GUANINA CITOSINA Se liga a citosina por três pontes de hidrogênio. G C A T A C A T G G G T T T G C C C A A Importância dos Ácidos Nucleicos Principais responsáveis pela vida e pelo tipo de atividade de cada célula. Ex: Como a célula realiza suas funções? R.através de reações químicas. Quem catalisa essas reações? R. As enzimas. Quimicamente o que são enzimas? R. Proteínas. Quem comanda a síntese das proteínas? R. Os A.N. Logo, sem A.N as células não receberiam de suas antecessoras as informações genéticas para orientarem a síntese das enzimas certas capazes de catalisarem as reações responsáveis pelo tipo de atividades a ser desenvolvida por cada tipo de célula. Cromossomos Cromossomos Contêm os genes que por sua vez são formados por DNA. É o material responsável pelo comando e coordenação de toda a atividade celular e pelas divisões celulares e transmissões das características hereditárias. ADENINA GUANINA URACILA CITOSINA R – Ribose P – Ácido Fosfórico P R RNA Características: Local de Produção: Núcleo da Célula (Transcrição) Estrutura: 1 Fita (fita simples) Nucleotídeo contendo: Ribose Bases Nitrogenadas: Uracila, Adenina, Guanina e Citosina Fosfato Tipos de RNA: RNAm (Mensageiro) - Núcleo RNAt (Transportador) - Citoplasma RNAr (Ribossômico) – Ribossomos RNA mensageiro Leva o código genético do DNA para o citoplasma onde ocorrerá a Tradução. RNA Transportador Transporta Aminoácidos até o local da síntese de proteínas na Traduação. RNA Ribossômico Participa da constituição dos Ribossomos. São armazenados no núcleo (nucléolo). RNA Os tipos de RNA e suas funções RNA Transportador (RNAt) Carreador de aminoácidos Forma de um trevo RNA Mensageiro (RNAm) Transcreve o código genético e o leva para o citoplasma. RNA Ribossômico (RNAr) Parte constituinte dos Ribossomos RNA RNA RNAm O RNA mensageiro é formado no núcleo e contém a “mensagem” - o código transcrito a partir do DNA - para a síntese das proteínas. Cada conjunto de três nucleotídeos no RNAm é chamado de CÓDON. RNAt O RNA transportador está presente no citoplasma e é responsável pelo transporte dos aminoácidos até os ribossomos para a síntese proteica. No RNAt existe uma seqüência de nucleotídeos correspondente ao códon chamada de ANTI-CÓDON. RNAr O RNA ribossômico ou ribossomal faz parte da estrutura dos ribossomos e participa do processo de tradução dos códons para construção das proteínas. Principais diferenças entre RNA e DNA Estruturada Molécula Bases Púricas Bases Pirimídicas Pentose Função na célula RNA Fita Simples Adenina Guanina Uracila Citosina Ribose Síntesede Proteínas (RNAmeRNAt) e formação de ribossomos(RNAr) DNA Fita Dupla Adenina Guanina Timina Citosina Desoxirribose Armazenamentoe transmissãode informação genética A Estrutura do DNA Elucidada em 1953 por Watson e Crick Modelo Helicoidal – Dupla Hélice Duplicação (Replicação) do DNA Replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético mantendo assim o padrão de herança ao longo das gerações; Teoria semi-conservativa Por ação de uma enzima chamada DNA-polimerase a molécula se abre e novos nucleotídeos são acrescidos, sempre seguindo a ordem A-T e G-C. Ao final se tem duas “moléculas-filhas” que conservam a metade da “molécula-mãe”. A duplicação é, portanto, semiconservativa Duplicação (Replicação) do DNA Propriedades da Duplicação O DNA é a única molécula capaz de sofrer auto-duplicação. A duplicação do DNA ocorre sempre quando uma célula vai se dividir. Ocorre durante a fase S da intérfase. Duplicação (Replicação) do DNA Uma molécula de DNA difere de outra pela sequência de seus nucleotídeos. A quantidade de A é sempre igual a T (A=T), o mesmo acontecendo com a quantidade de C=G (C=G). Se A+T+C+G= 100% dos nucleotídeos de uma molécula de DNA. Ex: A=20% Se A=T, então T=20% e A+T=40%. Se A+T+C+G=100%: 40+C+G=100 C+G=100-40 C+G=60% Se C=G, então C=30% e G30%. DNA NA MINHA COMIDA? Cada célula contém cerca de 3 metros de DNA. Refeição = 55.000.000 células ou Cerca de 150.000 km de DNA. Síntese Proteica – Transcrição (DNA – RNA) A enzima RNA-polimerase abre a dupla hélice do DNA e inicia a produção de uma molécula de RNAm, no sentido 5’ 3’. Os nucleotídeos são ligados respeitando a ordem A-U,G-C. Ao final da transcrição a RNA-polimerase se desliga do DNA, a molécula de RNAm está formada e segue para o citoplasma onde será traduzida. Observe a complementação de uma fita de DNA para RNA A T A C A T U U U G C A A Sempre com a Adenina se ligando a Uracila e a Guanina se ligando a Citosina. DNA RNA RNAm Tradução Ribossomo RNA mensageiro NÚCLEO CITOPLASMA “LÊ” O PRIMEIRO CÓDON Ex.: CCU (Pro/P) Prolina Sequência de 3 bases nitrogenadas 1 2 RNA transportador com anticódon correspondente 3 Transporta o aminoácido e se liga ao CÓDON 4 Tradução O ribossomo se desloca, no sentido 5’3’ e lê o próximo códon. Os aminoácidos são unidos por ligações peptídicas. Ao final da tradução o polipeptídeo se desliga e se constituí na proteína. Participantes da Tradução: RNA mensageiro, RNA transportador, Ribossomos e Aminoácidos. Ribossomo RNA mensageiro Tradução Cada 3 Bases (triplet) do gene do DNA recebe o nome de Código. Código Os códigos do Gene do DNA são transcrito em CÓDONS de RNA mensageiro. Dessa maneira cada CÓDON do RNAm possui 3 bases nitrogenadas que complementa seu respectivo CÓDIGO. Na Tradução cada CÓDON (3 bases do RNAm) codifica um Aminoácido. 1 CÓDON = 1 AMINOÁCIDO. Existem Códons de Início (AUG) e Códons de Parada (UAA), (UAG) e (UGA) A Tabela do Código Genético nos informa qual aminoácido será incorporado na proteína dependendo do códon presente no RNAm A Tradução ocorre nas organelas celulares chamadas Ribossomos. Estes possuem 2 subunidades, as quais se unem quando o Ribossomos se liga ao RNAm. 31 Tradução Resumo 32 Código Genético: Resumo Toda a atividade celular depende da presença de proteínas A função das proteínas depende da sua conformação tridimensional que, por sua vez, é determinada por uma sequência de aminoácidos Quem contém a informação para especificar a sequência de aminoácidos das diferentes proteínas é o DNA No entanto, os genes (DNA) não codificam diretamente as proteínas, fazendo isto por meio de uma molécula mensageira (mRNA) A unidade básica (códon) do código para um aminoácido consiste em uma sequência de três pares de bases nucleotídicas (códon de trincas) O código genético também inclui sequências para o início (códon iniciador) e para o término (códon finalizador) da região codificadora O código genético é universal: os mesmos códons são utilizados por diferentes organismos Como existem 4 bases de RNA (A,U,G,C), existem ao todo 64 códons. Porém, como vimos, um códon (AUG) é o de inicio e três são se parada (UAA), (UAG) e (UGA). Existem apenas 20 aminoácidos diferentes para 60 códons. Então, há mais de um códon para certos aminoácidos. Dizemos que o Código Genético é Degenerado ou Redundante. Porém, o Código Genétigo não é Ambíguo: um único códon não especifica mais do que um aminoácido. Podemos dizer também que o Código Genético é universal, pois os códons têm o mesmo significado em quase todos os organismo do planeta. Código Genético 34 Código Genético Visto que o código genético tem redundância, é possível que diferentes sequências nucleotídicas codifiquem a mesma sequência de aminoácidos; Essas diferenças limitam-se a uma ou, quando muito, a duas posições da trinca de uma dado códon; Leu Pro Arg Lis Ile UUA CCU AUU AAA CGG CUG CCG AUA AAG CGA Exemplo DNA A – T C - G RNA A – U T – A C – G DNA fita molde: AAT TCG GGA ACC DNA fita sense: TTA AGC CCT TGG RNA m (códons): UUA AGC CCU UGG RNA t (anticódons): AAU UCG GGA ACC aminoácidos ASP SER GLI TRE Oração do DNA Creio no DNA todo poderoso criador de todos os seres vivos, creio no RNA, seu único filho, que foi concebido por ordem a graça do DNA polimerase. Nasceu como transcrito primário padeceu sobre o poder das nucleases, metilases e poliadenilases. Foi processa, modificado e transportado. Desceu do citoplasma e em poucos segundos foi traduzido à proteína. Subiu pelo retículo endoplasmático e o complexo de Golgi E está ancorado à direita de uma proteína G Na membrana plasmática De onde há de vir a controlar a transdução de sinais Em células normais e apoptóticas Creio na Biologia Molecular Na terapia gênica e na biotecnologia No seqüenciamento do genoma humano Na correção de mutações Na clonagem da Dolly Na vida eterna. Amém Amplificação de regiões do genoma mitocondrial via PCR Para a amplificação de regiões específicas do DNAmt foram utilizados cinco pares de primers. Tabela 1. Primers para amplificar o genoma mitocondrial Nome Seqüência (5’ 3’) Referência Genes principais Temp. (ºC) MtD2 MtD9 GCTAAATAAGCTAACAGGTTCAT CCCGGTAAAATTAAAATATAAACTTC (Simonet al.,1994) (Simonet al.,1994) ND2, COI 42 MtD7 COI-IIR GGATCACCTGATATAGCATTCCC GATCAATATCATTGATGACC (Simonet al.,1994) (Hall e Smith, 1991) COI 44 5612R tPheF GAAATTAATATAACATGACCACC GCGTAATATTGAAAATATTAATGA (Francisco.,2002) (Francisco.,2002) COIII, ND3 42 MtD24 MtD28 GGAGCTTCAACATGAGCTTT ATTACACCTCCTAATTTATTAGGAAT (Simonet al.,1994) (Simonet al.,1994) ND4, ND6, CytB 42 MtD26 MtD30 TATGTACTACCATGAGGACAAATATC ATTCAGGATCGTAAAGGTCC (Ariaset al.,in prep.) (Ariaset al.,in prep.) CytB, ND1 42 mtD2 COI - IIR tPheF 5612R mtD24 mtD28 mtd26 mtD30 mtD7 MtD9 Figura 1: Mapa do genoma mitocondrial (16.343pb).As setas indicam as regiões amplificadas , as posições dos primers, indicando o sentido de elongação de cada um deles. A digestão do produto de PCR com Enzimas de Restrição Para verificar a existência dos sítios de restrição, os fragmentos de DNAmt amplificados via PCR, foram digeridos durante um período de no mínimo seis horas com as seguintes enzimas de restrição: Dra I, Hinf I e EcoR I. Enzimas Sítio de restrição 5’-3’ EcoR I G▼GAATTC Hinf I G▼NTC Dra I TTT▼AAA Tabela 2. Enzimas de restrição utilizadas na digestão do DNAmt Resultados e Discussão As cinco regiões amplificadas via PCR, resultam em fragmentos de DNA mitocondrial de tamanhos específicos para cada par de primers (tabela 3) Tabela 3: Regiões amplificadas do DNAmt, seus respectivos primers, os genes principais e o tamanho aproximado: Par deprimers Principais Genes Tamanhoaproximado(pares de bases) MtD2 + MtD9 ND2 e COI 2200 MtD7 + COI II R COI 1700 5612 R + tPhe F COIII e ND3 1300 MtD24 + MtD28 ND4, ND6 e CytB 2560 MtD26 + MtD30 CytB e ND1 1700 23,1 9,4 6,6 2,3 2,0 1,35 1,08 0,87 0,6 0,3 M C R2 R3 R6 LA U SP PN1 PN2 Figura 3: Análise do fragmento de PCR da região COI-COII digerida com a enzima de restrição Hinf I. PCR: 1700 1,35 1,08 0,87 0,6 0,3 2,3 M C R1 R5 RLA USP 2,0 Figura 4: Análise do fragmento de PCR da região COI-COII digerida com a enzima de restrição Dra I. PCR: 1700 M C R1 R2 2,3 2,0 1,35 1,08 0,87 0,6 0,3 Figura 5: Análise do fragmento de PCR da região CytB e ND1 digerida com a enzima de restrição EcoR I. PCR: 1700.(900pb e 800pb) M C R4 C PN1 PN2 PN3 23,1 2,3 1,35 1,08 0,87 0,6 6,6 9,4 2,0 Figura 6: Análise do fragmento de PCR da região CytB e ND1 digerida com a enzima de restrição EcoR I.PCR: 1700. M C USP LA PN1 23,1 2,3 2,0 1,35 1,08 0,87 0,6 0,3 9,4 6,6 Figura 7: Análise do fragmento de PCR da região COIII e ND3 digerida com a enzima de restrição Hinf I. PCR: 1300 (M1: 950pb e 350pb M2: 1100pb e 200pb)
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