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Enfermagem em UTI.pdf ENFERMAGEM EM UTI Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel AULA 01 Marcelai7 Texto digitado Curso sobre o assunto: http://bit.ly/19Vlfce ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR EMERGÊNCIA É uma situação de surpresa, e o primeiro atendimento geralmente é feito por um leigo despreparado próximo à vítima. Princípios e Prioridades no Atendimento de Emergência É necessário estabelecer prioridades, saber o que fazer: 1- Tomar conta do caso: é preciso agir com rapidez porém sem precipitação, identificando-se e mantendo a calma, o que ajudará a evitar pânico nos demais e a conquistar a confiança do acidentado e dos circunstantes, e a cooperação destes quando necessário. 2- Grite por socorro: se for necessário, grite por socorro para conseguir a colaboração de pessoas. Atualmente acione a Unidade de Resgate. 3- Verifique se há riscos para você: evite tornar-se uma segunda vítima, observe se há algum risco elétrico no local, se há presença de gás, fumaça ou vapores, se existe uma pessoa violenta no local, etc. 4- Verifique se há perigo para a vítima: se houver riscos externos, faz se necessário mudar a vítima para um local seguro. Riscos inerentes às lesões do acidente, às vezes são motivos para não remover a vítima (lesão no pescoço ou nas coluna). 5- Se você recebeu treinamento formal na técnica de RCP, verifique respiração, pulso, hemorragias e realize os procedimentos necessários para manutenção da vida da vítima. 6- Solicite uma Unidade de Resgate: encaminhe a vítima para um local que tenha assistência médica e avise o serviço que for receber a vítima. ATENDIMENTO HOSPITALAR São locais apropriados para o atendimento de pacientes com afecções agudas, onde existe um trabalho de equipe especializado, e podem ser divididas, segundo o Ministério da Saúde em: UNIDADES DE EMERGÊNCIA Pronto-Atendimento Unidades destinadas a prestar, dentro do horário de funcionamento do estabelecimento de saúde, assistência a doentes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato. Pronto-Socorro Destinado a prestar assistência a doentes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato. Funciona 24 horas do dia e dispõe apenas de leito de observação. É aquela destinada à assistência de doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato. São próprias de hospitais de grande porte (com capacidade de 151 a 500 leitos), para uma permanência do paciente até 48 horas, com um conjunto de elementos que atendam às exigências do atendimento imediato. Unidade de Emergência ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA Para a organização deste serviço, duas figuras são imprescindíveis: Marcelai7 Texto digitado Curso de enfermagem em UTI: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/soenfermagem/cursos/2028/enfermagem-em-unidade-de-terapia-intensiva Marcelai7 Texto digitado Marcelai7 Nota Marked definida por Marcelai7 a) O diretor: geralmente é um médico e deve possuir conhecimentos específicos de emergência. b) O coordenador do serviço de emergência: deve ser um enfermeiro dotado de extenso conhecimento dos aspectos que envolvem os cuidados com trauma ou emergências clínicas. A equipe de enfermagem deve estar preparada para atender as emergências, devendo possuir as seguintes características: PLANEJAMENTO DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA Capacidade altamente desenvolvida; Conhecimento profundo em áreas clínicas e cirúrgicas; Habilidade de avaliação, julgamento e priorização; Rapidez, agilidade e desejo expresso de trabalhar nessa área. PLANTA FÍSICA a) deve ser uma área específica da Unidade de Emergência, de fácil localização e com acesso garantido, tanto para as ambulâncias quanto para os pacientes, independentemente do acesso ao restante do hospital; SALA DE EMERGÊNCIA b) deve estar próxima a outros serviços, tais como: UTI, Centro Cirúrgico, Banco de Sangue, Laboratório e Serviço de Diagnóstico por Imagem; c) recomenda-se que as dimensões da sala sejam amplas; d) teto, paredes e piso devem ser de fácil limpeza, resistentes a água e soluções germicidas, isentos de desenhos, ranhuras e frestas que possam abrigar partículas de sujeira; e) deve ser provida de um ou dois lavatórios estrategicamente posicionados; f) A instalação elétrica deverá incluir iluminação geral e especial, tomadas, sinalização e telefones; energia alternativa (gerador); as tomadas deverão ser bem identificadas para circuito 110V e 220V; g) a sala deve ter iluminação e ventilação naturais. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS a) deve ser provida de material suficiente para permitir um atendimento rápido e seguro sem que a insuficiência de materiais venha prejudicá-lo. Todo material de consumo deverá estar discriminado e quantificado em uma relação, facilitando o trabalho da pessoa encarregada da revisão e reposição dos mesmos; c) deve haver um “check list” dos itens a serem verificados no início de cada plantão e após cada atendimento, tais como: funcionamento do respirador mecânico, do monitor cardíaco/desfibrilador, do aspirador, da rede de oxigênio, do laringoscópio, ambú e demais equipamentos; d) a guarda e disposição do material deve ser de forma organizada, com fácil acesso. Adotar critérios de racionalização na identificação dos materiais, tais como: ordem alfabética, numérica, crescente, padronização de cores, etc; e) a disposição do material na sala de emergência deve prevenir o atropelo de pessoal circulando aflitamente à sua procura; recomenda-se que os mesmos estejam organizados em bandejas ou “Kits” dispostos próximo da maca, ou ainda em carros ou mesinhas móveis; f) O suprimento de medicamento deve ser previsto tomando-se com base a casuística do serviço e mediante consulta a equipe médica. Deve-se mantê-los agrupados, com identificação em destaque. Os psicotrópicos necessitam de controle especial. Fatores Emocionais em Primeiros Socorros Ao prestar assistência às vitimas, o enfermeiro deve promover o apoio psicológico às mesmas e também seus familiares, com o objetivo de evitar incapacidade psicológica após o traumatismo. Para isso o enfermeiro deve: 1- compreender e aceitar as ansiedades básicas do paciente que foi vitima; 2- compreender e apoiar o paciente no que diz respeito aos sentimentos relativos à sua perda de controle (emocional, física, intelectual); 3- estar preparado para enfrentar todos os aspectos do traumatismo agudo, sabendo o que esperar e o que fazer. Isso alivia os anseios do enfermeiro e aumenta a confiança do paciente; 4- manter e transmitir otimismo, interessar-se pelo bem-estar do paciente; 5- avisar a família para que não fique chocada ou horrorizada com o estado do paciente; incentive-a a tranqüilizar o paciente; 6- aceitar os direitos e os sentimentos do paciente e de sua família; 7- manter uma atitude calma e segura, pois assim auxiliará o paciente emocionalmente perturbado, ou sua família, a mobilizar os seus recursos psicológicos para o enfrentamento da situação; 8- ajudar a família a enfrentar a possibilidade de morte súbita Inesperada. Entre algumas medidas úteis incluem-se: - levar a família para uma sala privada; - conversar com toda a família reunida; - assegurar a família que foi feito tudo que possível para salvar a vida do indivíduo; - deixe a família falar sobre o ente e o que ele significava para eles; permita a exteriorizarão de sentimentos de perda; - evite administrar sedativos aos membros da família para não adiar ou massacrar o processo de perda; - deixe os familiares verem o corpo se assim o desejarem (se não estiver mutilado). Obtenção de Dados É muito importante que se obtenha do paciente ou da pessoa que o acompanha, uma história resumida do acidente/enfermidade. Como parte da história, as seguintes perguntas devem ser respondidas: 1- Quais foram as circunstancias, as forças, o local e a hora do acidente? 2- Qual era o estado de saúde do paciente antes do acidente ou enfermidade atual? 3- Existe história pregressa de doença? 4- O paciente encontra-se atualmente em uso de hormônio, insulina, digitálicos, anticoagulantes? 5- Ele apresenta quaisquer alergias? 6- Apresenta qualquer tendência hemorrágica? 7- Quando fez sua última refeição? Esse é um dado importante quando for necessária uma anestesia. Exame Físico do Acidentado Duração: 2 a 3 minutos - observe se o cliente respira e se há batimentos cardíacos; - observe a cor da pele para detectar palidez, cianose; - comece pelo crânio, verificando se a ferimentos no couro cabeludo, se há saliências ou depressões, otorragia; - examine a boca para verificar se há corpo estranho, o hálito da vítima pode ajudar a descobrir a causa da perda dos sentidos; - palpe a nuca em busca de irregularidades da coluna cervical; - palpe clavículas e ombros; - palpe os MMSS para verificar se a suspeita de fraturas ou luxações; - examine a coluna vertebral: no caso de fraturas, a falta de cuidados adequados ao mover, ou transportar o paciente pode causar danos irreparáveis; - se o paciente não perdeu os sentidos, poderá sentir dor na vértebra fraturada (essa dor pode irradiar em forma de cinturão); - se a fratura lesou a medula espinhal pode haver perda da movimentação e da sensibilidade nos MMII e MMSS e retenção ou incontinência urinária; - em vitimas inconscientes suspeitas- se de fratura da coluna se houver alguma saliência anormal e angulação de alguma parte da mesma. Imobilizar a coluna cervical; - continue o exame pelo tórax, palpando-o para verificar se há fraturas, que podem manifestar-se em dor que piora à inspiração e com a tosse. Avaliar a respiração e intervir se for necessário. - o abdome observando se a rigidez dos músculos abdominais, o que pode sugerir hemorragia interna por ruptura de vísceras ocas; - palpe os MMII para verificar se há suspeita de fraturas. ENFERMAGEM EM UTI Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel AULA 02 RESSUCITAÇÃO CARDIO- RESPIRATÓRIA-CEREBRAL Introdução A ressuscitação cardiorespiratória (RCP) é um termo utilizado para designar o conjunto de procedimentos terapêuticos utilizados no tratamento da parada cardiorespiratória. Promover artificialmente a circulação de sangue oxigenado pelo organismo principalmente ao coração e ao cérebro até que sejam recuperadas as funções ventilatórias e cardíacas espontâneas. Finalidade: Aspectos que merecem atenção: 1- As vias aéreas estão pérveas? 2- O paciente está sendo ventilado adequadamente? 3- A reanimação circulatória está eficiente? 4- O paciente está adequadamente monitorado? 5- O que pode estar causando a parada? PARADA CARDIORESPIRATÓRIA É a cessação súbita e inesperada da circulação em pacientes cuja expectativa de morrer não existia. É a condição súbita e inesperada de deficiência absoluta de oxigenação tissular, seja por ineficiência circulatória ou por interrupção da respiração. Várias situações podem estar associada à parada cárdiorespiratória e exigem mudanças na abordagem inicial, como: 1- Hipotermia: a hipotermia acidental grave- temperatura abaixo de 30ºC – está associada a uma importante redução do fluxo de oxigênio cerebral, redução do débito cardíaco. 2- Quase afogamento: a hipoxemia é a principal conseqüência desta situação e a duração é o que determinará o prognóstico da vítima, sendo assim, restabelecer a ventilação e a perfusão, o mais rápido possível, deve ser o objetivo do atendimento 3- Parada cardíaca associada ao trauma: ao abordar um paciente em parada cardíaca associada ao trauma, deve-se direcionar a atenção para suas possíveis causas, que podem ser: A – lesão grave do SNC; B – hipóxia por: lesão neurológica, obstrução das vias aéreas, traumatismos torácicos; C – lesão vascular ou cardíaca; D - instabilidade hemodinâmica por lesões torácicas e hipovolemia. 4 – Choque elétrico ou eletrocussão: as vítimas podem apresentar uma ampla variedade de manifestações, desde sensação desagradável e passageira determinada pela exposição à corrente elétrica de baixa intensidade até parada cardíaca por eletrocussão acidental. SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) É o conjunto de procedimentos, que pode ser executado por profissionais de saúde ou leigos com conhecimentos das manobras específicas, consistindo no reconhecimento da obstrução das vias aéreas, parada respiratória e cardíaca e na aplicação da RCP, por meio da abertura das vias aéreas, ventilação e massagem cardíaca, com o objetivo de manter a oxigenação cerebral. Os CABs da RCP • Circulation – circulação • Airway - vias aéreas • Breathing - Respiração • Determine ausência de resposta • Chame por socorro TELEFONE PRIMEIRO! Ative o SME • Posicione a vítima Acesso: Determine a ausência de Resposta Chame por Socorro !!!! Telefone Primeiro Ative o SME Posicione a Vítima Técnicas de RCP • Circulation - Circulação – Checagem: Determine a ausência de pulso – Coloque a mão corretamente – Inicie as compressões torácicas Checagem: Determine a Ausência de Pulso Detectando a ausência de pulso carotídeo ou femoral; colocar a vítima em superfície rígida e ficar ao lado dela, deslizando seus dedos indicador e médio pelo rebordo costal até a extremidade inferior do esterno, aproximadamente dois dedos acima do apêndice xifóide (para leigos traça uma linha imaginária entre os mamilos), colocando a região hipotenar da mão e, a outra mão, com os dedos entrelaçados, de forma que os dedos não sobreponham o gradil costal. Pontos de Referência para Compressões Torácicas Externas Localizando a posição das mãos para Compressão Torácica Localizando a posição das mãos para Compressão Torácica Localizando a Posição das Mãos para Compressão Torácica Mãos no Tórax para Compressões Torácicas Compressões Torácicas Comprima no mínimo 5 cm (2 polegadas) No mínimo100 compressões/minuto Técnicas de RCP • Airway - Vias Aéreas Abra as vias aéreas A - Airway 1- Abertura das vias aéreas: observar inicialmente, as possíveis causas de obstrução de vias aéreas, que são: a) Obstrução mecânica pela língua: no estado de inconsciência ocorre ausência do tônus muscular, a língua e epiglote poderão ocluir as vias aéreas, consistindo na principal causa de obstrução. Obstrução e Abertura das Vias Aéreas Chin-lift Caso haja prótese dentária ou corpos estranhos, estes devem ser retirados antes de iniciar as manobras. - dorsoflexão da cabeça: consiste na elevação do queixo e é realizada colocando-se a palma de uma das mãos na fronte da vítima e os dedos indicadores e médio da outra mão no mento, tracionando-o para frente e para cima – manobra de Chin-lifit. Esta manobra é realizada em todas as vítimas que não sofreram trauma. - manobra de Jaw-trust: consiste na elevação da mandíbula, através da colocação dos dedos de ambas as mãos do socorrista atrás do ângulo da mandíbula, deslocando-a para frente, e os polegares farão a abertura da boca. Esta manobra tem como objetivo, além do adequado posicionamento da língua, a inspeção da cavidade oral. Abra as Vias aéreas: Incline a Cabeça e Eleve o Queixo Jaw-trust b) Obstrução por corpo estranho: completa ou parcial. - Obstrução Parcial: é caracterizada pela presença de tosse, o que deve ser encorajado, e o socorrista não deve tentar a expulsão do corpo estranho com manobras como golpeamento da região posterior do tórax. Nas obstruções parciais: a vítima pode apresentar ventilação suficiente ou insuficiente. Ventilação insuficiente: a tosse é fraca e ineficiente, ruído inspiratório agudo, crescente dificuldade respiratória e cianose e seu manuseio seguirá o protocolo da obstrução completa. - Obstrução Completa: é caracterizada através da tosse, afonia, face angustiada evoluindo para cianose perilabial e a vítima se posiciona com as mãos no pescoço. Na vítima consciente: fazer manobra Heimlich – consiste no posicionamento do socorrista atrás da vítima, envolvendo-a com os braços, fechando uma das mãos, que é colocada com o lado do polegar contra o abdome da vítima na linha média entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. O punho fechado deve ser agarrado com a outra mão. Em seguida, aplica-se um rápido golpe para dentro e para cima. Esta manobra provoca uma tosse artificial tentando expelir o corpo estranho. Golpes Abdominais Subdiafragmáticos A manobra de Heimlich: Vítima em Pé Golpes Torácicos no final da Gravidez Vítima em Pé Em vítimas obesas ou gestantes, a manobra é realizada com as mãos sobre a região médio-esternal. Na vítima inconsciente realizar a manobra de Heimlich com a vítima em decúbito dorsal – o socorrista ajoelha sobre a mesma, colocando a palma de uma das mãos sobre o abdome, e a outra mão é posicionada sobre a primeira, em seguida, preciona-se a região para dentro e para cima com múltiplos impulsos. Golpes Abdominais Subdiafragmáticos A Manobra de Heimlich: Vítima Deitada Técnicas de RCP - Breathing – Respiração - Checagem: Determine a ausência de respiração - Se a vítima estiver inconsciente mas estiver obviamente respirando, coloque a vítima em posição de recuperação - Se a vítima não estiver respirando, aplique duas respirações de resgate lentamente (1 seg) Respiração Boca a Boca Após ocluir as narinas da vítima, com os dedos polegar e indicador, o socorrista, faz uma inspiração profunda, aplica seus lábios sobre a parte externa da boca da vítima, vedando-a, e insufla um volume de ar, suficiente para expandir o tórax. A expiração ocorrerá espontaneamente, determinada pela elasticidade do tórax. Deve-se iniciar o socorro com duas ventilações e pesquisar pulsação carotídea. Se a parada respiratória persistir, mas mantiver a presença de pulso carotídeo, deve-se manter a ventilação artificial da seguinte forma: - 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min) no adulto, criança e bebê; Na vítima inconsciente que se restabeleceram a respiração e pulso, deve-se procurar manter as vias aéreas pérveas com manobras descritas anteriormente ou apenas, lateralizando a vítima que não houver suspeita de trauma raquemedular. Posição de Recuperação Respiração Boca a Nariz Respiração Boca a Estoma Combinando as Compressões e Ventilações • Compressão : ventilação = 30:2 (1 ou 2 cocorristas em adultos) • Cheque pelo retorno da circulação espontânea após cinco ciclos • Reinicie o ciclo com as compressões (se não houver pulso ou respiração) • Dois socorristas: divisão de tarefas Quem ventila avalia a vítima Relação Compressão:Ventilação 30:2 Pausa para a ventilação Necessidade de Troca Após 5 Ciclos ou 2 Minutos de RCP SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) Consiste na reanimação com uso de equipamentos adicionais ou utilizados no suporte básico de vida. Inclui monitorização cardíaca e constatação do tipo de parada cardíaca, desfibrilação, marcapasso, equipamentos e técnicas para manutenção de vias aéreas, ventilação, obtenção de acesso venoso e administração de medicamentos. Deve ser realizado por médico e profissionais da aérea da saúde. As modalidades de Parada cardíaca podem ser as seguintes: Assistolia, Fibrilação Ventricular, Taquicardia Ventricular sem pulso e Dissociação eletromecânica. DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) Passos para Operar um DEA • Passo 1: LIGUE o DEA • Passo 2: FIXE as pás auto-adesivas • Passo 3: pressione o botão ANALISAR (ANALYZE) – AFASTE-SE! • Passo 4: permaneça AFASTADO do paciente e PRESSIONE o botão CHOQUE (SHOCK), se a descarga estiver indicada Situações Especias • Crianças com menos de 8 anos • Água • Marcapassos implantados • Adesivos de medicação transcutânea • Pêlo abundante no tórax • Prótese de silicone Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Mortes 1991 • Doença cardíaca ----- 485.438 mortes coronariana • Obstrução de vias aéreas por Corpo estranho ---- 3.240 mortes Causas Comuns • Pedaços grandes de comida • Álcool • Dentaduras • Outros corpos estranhos Obstrução das Vias Aéreas • Leve • Grave: o socorrista deve agir – Faça a pergunta: “você está engasgado?” – Se a vítima sinalizar afirmativamente com a cabeça, a ajuda será necessária – Sinais: cianose, aumento da dificuldade para respirar, tosse silenciosa incapacidade para falar ou respirar Vítima Inconsciente • Telefone para o serviço de emergência médica • Realize RCP Sinal Universal de Sufocação Checagem Manobras Manuais • Golpes abdominais (Manobra de Heimlich) • Golpes torácicos ( final da gravidez e obesidade acentuada) • Abertura de vias aéreas (inclinação da cabeça e elevação do queixo) • Varredura digital – não deve ser feita às cegas Golpes Abdominais Subdiafragmáticos A manobra de Heimlich: Vítima em Pé Golpes Abdominais Subdiafragmáticos A Manobra de Heimlich: Vítima Deitada Golpes Abdominais Subdiafragmáticos A Manobra de Heimlich: Vítima em Pé Criança em Pé Golpes Torácicos no final da Gravidez Vítima em Pé Golpe nas Costas Bebês Varredura Digital Sob Visão Direta do Corpo Estranho Tratamento da Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho Adulto Consciente • Determine a obstrução de vias aéreas • Realize golpes abdominais • Repita até – Retorno da boa troca aérea ( o corpo estranho foi expelido) ou – A Vítima se torna inconsciente Tratamento da Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho Vítima Inconsciente • Posicione a Vítima • Ative o SME Tratamento da Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho • Vítima Inconsciente – Abra vias aéreas e inspecione a cavidade oral – Tente ventilar e tente novamente – Realize 5 golpes abdominais (com vítima deitada) • REPITA 3,4,5 VEZES ATÉ OBTER SUCESSO Tratamento da Obstrução por Corpo Estranho • Vítima Foi Encontrada Inconsciente – Determine a ausência de reposta – Chame por socorro, ative o SME – Posicione a vítima – Abra as vias aéreas: determine a ausência de respiração Tratamento da Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho • A Vítima Foi Encontrada Inconsciente (cont) – Tente ventilar, tente ventilar novamente – Realize 5 golpes abdominais – Abra – Tente ventilar » REPITA 6,7 E 8 ATÉ OBTER SUCESSO ENFERMAGEM EM UTI Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel AULA 03 AFOGAMENTOS Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo. Sinais e Sintomas Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores , cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória Prevenção Para bebês - Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida. Para crianças - Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos. Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas. Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro. "NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO" PRIMEIROS SOCORROS EM AFOGAMENTO Objetivo Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado. Meios Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas. "NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA NENHUMA MEDIDA INVASIVA" O socorrista Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio- respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP). O resgate O resgate deve ser feito por fases consecutivas : Compreendendo a Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima, de reboque da vítima, e o atendimento da mesma. Fase de observação Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate. O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada. Fase de entrada na água O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente. Fase de Abordagem Esta fase ocorre em duas etapas distintas: Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar- lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos. Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água. "O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGARRE" Fase de reboque O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda . Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito. Fase de atendimento O atendimento Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos (água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes. Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações. Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular (TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia. A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre: 1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes 2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos. 3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos. Respiração Artificial Boca-a-Boca Reanimação Cárdio Pulmonar Marcelai7 Texto digitado Curso de enfermagem em UTI: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/soenfermagem/cursos/2028/enfermagem-em-unidade-de-terapia-intensiva Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, estará fazendo o impossível. São Francisco de Assis
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