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Enfermagem em UTI

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Enfermagem em UTI.pdf
ENFERMAGEM EM 
UTI 
Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel 
AULA 01 
Marcelai7
Texto digitado
Curso sobre o assunto: http://bit.ly/19Vlfce
ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR 
EMERGÊNCIA 
 
É uma situação de surpresa, e o 
primeiro atendimento geralmente 
é feito por um leigo 
despreparado próximo à vítima. 
Princípios e Prioridades no 
Atendimento de Emergência 
 É necessário estabelecer prioridades, 
saber o que fazer: 
 
1- Tomar conta do caso: é preciso agir com 
rapidez porém sem precipitação, 
identificando-se e mantendo a calma, o 
que ajudará a evitar pânico nos demais e 
a conquistar a confiança do acidentado e 
dos circunstantes, e a cooperação destes 
quando necessário. 
 2- Grite por socorro: se for necessário, 
grite por socorro para conseguir a 
colaboração de pessoas. 
 Atualmente acione a Unidade de Resgate. 
 3- Verifique se há riscos para você: evite 
tornar-se uma segunda vítima, observe se 
há algum risco elétrico no local, se há 
presença de gás, fumaça ou vapores, se 
existe uma pessoa violenta no local, etc. 
 
 4- Verifique se há perigo para a vítima: se 
houver riscos externos, faz se necessário 
mudar a vítima para um local seguro. 
Riscos inerentes às lesões do acidente, 
às vezes são motivos para não remover a 
vítima (lesão no pescoço ou nas coluna). 
5- Se você recebeu treinamento formal na 
técnica de RCP, verifique respiração, 
pulso, hemorragias e realize os 
procedimentos necessários para 
manutenção da vida da vítima. 
6- Solicite uma Unidade de Resgate: 
encaminhe a vítima para um local que 
tenha assistência médica e avise o 
serviço que for receber a vítima. 
 
ATENDIMENTO HOSPITALAR 
 São locais apropriados para o 
atendimento de pacientes com 
afecções agudas, onde existe 
um trabalho de equipe 
especializado, e podem ser 
divididas, segundo o Ministério 
da Saúde em: 
UNIDADES DE EMERGÊNCIA 
Pronto-Atendimento 
 Unidades destinadas a prestar, 
dentro do horário de funcionamento 
do estabelecimento de saúde, 
assistência a doentes com ou sem 
risco de vida, cujos agravos à saúde 
necessitam de atendimento imediato. 
Pronto-Socorro 
 
 Destinado a prestar assistência a 
doentes com ou sem risco de vida, 
cujos agravos à saúde necessitam 
de atendimento imediato. Funciona 
24 horas do dia e dispõe apenas de 
leito de observação. 
 É aquela destinada à assistência de 
doentes, com ou sem risco de vida, 
cujos agravos à saúde necessitam de 
atendimento imediato. São próprias de 
hospitais de grande porte (com 
capacidade de 151 a 500 leitos), para 
uma permanência do paciente até 48 
horas, com um conjunto de elementos 
que atendam às exigências do 
atendimento imediato. 
Unidade de Emergência 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE DE 
EMERGÊNCIA 
 
 Para a organização deste serviço, duas 
figuras são imprescindíveis: 
Marcelai7
Texto digitado
Curso de enfermagem em UTI: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/soenfermagem/cursos/2028/enfermagem-em-unidade-de-terapia-intensiva
Marcelai7
Texto digitado
Marcelai7
Nota
Marked definida por Marcelai7
 
 
 
a) O diretor: geralmente é um médico 
e deve possuir conhecimentos 
específicos de emergência. 
b) O coordenador do serviço de 
emergência: deve ser um 
enfermeiro dotado de extenso 
conhecimento dos aspectos que 
envolvem os cuidados com trauma 
ou emergências clínicas. 
 
 A equipe de enfermagem deve estar 
preparada para atender as 
emergências, devendo possuir as 
seguintes características: 
 
PLANEJAMENTO DA UNIDADE 
DE EMERGÊNCIA 
Capacidade altamente desenvolvida; 
Conhecimento profundo em áreas 
clínicas e cirúrgicas; 
Habilidade de avaliação, julgamento e 
priorização; 
Rapidez, agilidade e desejo expresso de 
trabalhar nessa área. 
 
PLANTA FÍSICA 
a) deve ser uma área específica da 
Unidade de Emergência, de fácil 
localização e com acesso garantido, tanto 
para as ambulâncias quanto para os 
pacientes, independentemente do acesso 
ao restante do hospital; 
 
SALA DE EMERGÊNCIA 
b) deve estar próxima a outros serviços, 
tais como: UTI, Centro Cirúrgico, Banco 
de Sangue, Laboratório e Serviço de 
Diagnóstico por Imagem; 
c) recomenda-se que as dimensões da 
sala sejam amplas; 
d) teto, paredes e piso devem ser de fácil 
limpeza, resistentes a água e soluções 
germicidas, isentos de desenhos, 
ranhuras e frestas que possam abrigar 
partículas de sujeira; 
e) deve ser provida de um ou dois 
lavatórios estrategicamente posicionados; 
f) A instalação elétrica deverá incluir 
iluminação geral e especial, tomadas, 
sinalização e telefones; energia alternativa 
(gerador); as tomadas deverão ser bem 
identificadas para circuito 110V e 220V; 
g) a sala deve ter iluminação e ventilação 
naturais. 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
a) deve ser provida de material 
suficiente para permitir um 
atendimento rápido e seguro sem que 
a insuficiência de materiais venha 
prejudicá-lo. 
 Todo material de consumo deverá 
estar discriminado e quantificado em 
uma relação, facilitando o trabalho da 
pessoa encarregada da revisão e 
reposição dos mesmos; 
c) deve haver um “check list” dos itens a 
serem verificados no início de cada plantão 
e após cada atendimento, tais como: 
funcionamento do respirador mecânico, do 
monitor cardíaco/desfibrilador, do aspirador, 
da rede de oxigênio, do laringoscópio, ambú 
e demais equipamentos; 
d) a guarda e disposição do material deve ser 
de forma organizada, com fácil acesso. 
Adotar critérios de racionalização na 
identificação dos materiais, tais como: 
ordem alfabética, numérica, crescente, 
padronização de cores, etc; 
e) a disposição do material na sala de 
emergência deve prevenir o atropelo de 
pessoal circulando aflitamente à sua 
procura; recomenda-se que os mesmos 
estejam organizados em bandejas ou “Kits” 
dispostos próximo da maca, ou ainda em 
carros ou mesinhas móveis; 
f) O suprimento de medicamento deve ser 
previsto tomando-se com base a casuística 
do serviço e mediante consulta a equipe 
médica. Deve-se mantê-los agrupados, com 
identificação em destaque. Os psicotrópicos 
necessitam de controle especial. 
Fatores Emocionais em 
Primeiros Socorros 
 Ao prestar assistência às vitimas, o 
enfermeiro deve promover o apoio 
psicológico às mesmas e também 
seus familiares, com o objetivo de 
evitar incapacidade psicológica após 
o traumatismo. Para isso o 
enfermeiro deve: 
 
 
 1- compreender e aceitar as ansiedades 
básicas do paciente que foi vitima; 
 2- compreender e apoiar o paciente no 
que diz respeito aos sentimentos 
relativos à sua perda de controle 
(emocional, física, intelectual); 
 3- estar preparado para enfrentar todos 
os aspectos do traumatismo agudo, 
sabendo o que esperar e o que fazer. Isso 
alivia os anseios do enfermeiro e 
aumenta a confiança do paciente; 
 
 
 4-
manter e transmitir otimismo, 
interessar-se pelo bem-estar do paciente; 
 5- avisar a família para que não fique 
chocada ou horrorizada com o estado do 
paciente; incentive-a a tranqüilizar o 
paciente; 
 6- aceitar os direitos e os sentimentos do 
paciente e de sua família; 
 
 
 7- manter uma atitude calma e segura, 
pois assim auxiliará o paciente 
emocionalmente perturbado, ou sua 
família, a mobilizar os seus recursos 
psicológicos para o enfrentamento da 
situação; 
 8- ajudar a família a enfrentar a 
possibilidade de morte súbita 
Inesperada. Entre algumas medidas úteis 
incluem-se: 
 - levar a família para uma sala privada; 
 - conversar com toda a família reunida; 
 
 - assegurar a família que foi feito tudo 
que possível para salvar a vida do 
indivíduo; 
 - deixe a família falar sobre o ente e o que 
ele significava para eles; permita a 
exteriorizarão de sentimentos de perda; 
 - evite administrar sedativos aos 
membros da família para não adiar ou 
massacrar o processo de perda; 
 - deixe os familiares verem o corpo se 
assim o desejarem (se não estiver 
mutilado). 
 
 
Obtenção de Dados 
 É muito importante que se obtenha do 
paciente ou da pessoa que o acompanha, 
uma história resumida do 
acidente/enfermidade. Como parte da 
história, as seguintes perguntas devem 
ser respondidas: 
 1- Quais foram as circunstancias, as 
forças, o local e a hora do acidente? 
 
 2- Qual era o estado de saúde do 
paciente antes do acidente ou 
enfermidade atual? 
 3- Existe história pregressa de doença? 
 4- O paciente encontra-se atualmente em 
uso de hormônio, insulina, digitálicos, 
anticoagulantes? 
 5- Ele apresenta quaisquer alergias? 
 6- Apresenta qualquer tendência 
hemorrágica? 
 7- Quando fez sua última refeição? Esse 
é um dado importante quando for 
necessária uma anestesia. 
Exame Físico do Acidentado 
 Duração: 2 a 3 minutos 
 - observe se o cliente respira e se há 
batimentos cardíacos; 
 - observe a cor da pele para detectar 
palidez, cianose; 
 - comece pelo crânio, verificando se a 
ferimentos no couro cabeludo, se há 
saliências ou depressões, otorragia; 
 
 - examine a boca para verificar se há 
corpo estranho, o hálito da vítima pode 
ajudar a descobrir a causa da perda dos 
sentidos; 
 - palpe a nuca em busca de 
irregularidades da coluna cervical; 
 - palpe clavículas e ombros; 
 - palpe os MMSS para verificar se a 
suspeita de fraturas ou luxações; 
 
 
 - examine a coluna vertebral: no caso de 
fraturas, a falta de cuidados adequados 
ao mover, ou transportar o paciente 
pode causar danos irreparáveis; 
 - se o paciente não perdeu os sentidos, 
poderá sentir dor na vértebra fraturada 
(essa dor pode irradiar em forma de 
cinturão); 
 - se a fratura lesou a medula espinhal 
pode haver perda da movimentação e da 
sensibilidade nos MMII e MMSS e 
retenção ou incontinência urinária; 
 
 
 - em vitimas inconscientes suspeitas-
se de fratura da coluna se houver 
alguma saliência anormal e angulação 
de alguma parte da mesma. Imobilizar 
a coluna cervical; 
 - continue o exame pelo tórax, 
palpando-o para verificar se há 
fraturas, que podem manifestar-se em 
dor que piora à inspiração e com a 
tosse. Avaliar a respiração e intervir se 
for necessário. 
 - o abdome observando se a rigidez dos 
músculos abdominais, o que pode 
sugerir hemorragia interna por ruptura 
de vísceras ocas; 
 - palpe os MMII para verificar se há 
suspeita de fraturas. 
ENFERMAGEM EM 
UTI 
Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel 
 
AULA 02 
 
RESSUCITAÇÃO CARDIO-
RESPIRATÓRIA-CEREBRAL 
 
 
Introdução 
 A ressuscitação cardiorespiratória 
(RCP) é um termo utilizado para 
designar o conjunto de procedimentos 
terapêuticos utilizados no tratamento 
da parada cardiorespiratória. 
 Promover artificialmente a circulação 
de sangue oxigenado pelo organismo 
principalmente ao coração e ao cérebro 
até que sejam recuperadas as funções 
ventilatórias e cardíacas espontâneas. 
Finalidade: 
Aspectos que merecem atenção: 
 1- As vias aéreas estão pérveas? 
 2- O paciente está sendo ventilado 
adequadamente? 
 3- A reanimação circulatória está 
eficiente? 
 4- O paciente está adequadamente 
monitorado? 
 5- O que pode estar causando a parada? 
PARADA 
CARDIORESPIRATÓRIA 
 É a cessação súbita e inesperada da 
circulação em pacientes cuja expectativa 
de morrer não existia. É a condição 
súbita e inesperada de deficiência 
absoluta de oxigenação tissular, seja por 
ineficiência circulatória ou por 
interrupção da respiração. 
 Várias situações podem estar associada 
à parada cárdiorespiratória e exigem 
mudanças na abordagem inicial, como: 
 
1- Hipotermia: a hipotermia acidental 
grave- temperatura abaixo de 30ºC – está 
associada a uma importante redução do 
fluxo de oxigênio cerebral, redução do 
débito cardíaco. 
2- Quase afogamento: a hipoxemia é a 
principal conseqüência desta situação 
e a duração é o que determinará o 
prognóstico da vítima, sendo assim, 
restabelecer a ventilação e a perfusão, 
o mais rápido possível, deve ser o 
objetivo do atendimento 
 
3- Parada cardíaca associada ao trauma: 
ao abordar um paciente em parada 
cardíaca associada ao trauma, deve-se 
direcionar a atenção para suas 
possíveis causas, que podem ser: 
A – lesão grave do SNC; 
B – hipóxia por: lesão neurológica, 
obstrução das vias aéreas, 
traumatismos torácicos; 
C – lesão vascular ou cardíaca; 
D - instabilidade hemodinâmica por 
lesões torácicas e hipovolemia. 
4 – Choque elétrico ou eletrocussão: as 
vítimas podem apresentar uma ampla 
variedade de manifestações, desde 
sensação desagradável e passageira 
determinada pela exposição à corrente 
elétrica de baixa intensidade até parada 
cardíaca por eletrocussão acidental. 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
(SBV) 
 É o conjunto de procedimentos, que pode 
ser executado por profissionais de saúde 
ou leigos com conhecimentos das 
manobras específicas, consistindo no 
reconhecimento da obstrução das vias 
aéreas, parada respiratória e cardíaca e na 
aplicação da RCP, por meio da abertura das 
vias aéreas, ventilação e massagem 
cardíaca, com o objetivo de manter a 
oxigenação cerebral. 
Os CABs da RCP 
• Circulation – circulação 
 
• Airway - vias aéreas 
 
• Breathing - Respiração 
 
 
• Determine ausência de resposta 
• Chame por socorro TELEFONE 
PRIMEIRO! Ative o SME 
• Posicione a vítima 
 
Acesso: 
Determine a ausência de Resposta 
Chame por Socorro !!!! 
Telefone Primeiro 
Ative o SME 
Posicione a Vítima 
Técnicas de RCP 
• Circulation - Circulação 
 
– Checagem: Determine a ausência de pulso 
– Coloque a mão corretamente 
– Inicie as compressões torácicas 
 
Checagem: 
Determine a Ausência de Pulso 
 Detectando a ausência de pulso 
carotídeo
ou femoral; colocar a vítima 
em superfície rígida e ficar ao lado 
dela, deslizando seus dedos indicador 
e médio pelo rebordo costal até a 
extremidade inferior do esterno, 
aproximadamente dois dedos acima do 
apêndice xifóide (para leigos traça uma 
linha imaginária entre os mamilos), 
colocando a região hipotenar da mão e, 
a outra mão, com os dedos 
entrelaçados, de forma que os dedos 
não sobreponham o gradil costal. 
Pontos de Referência para 
Compressões Torácicas Externas 
Localizando a posição das mãos 
para Compressão Torácica 
Localizando a posição das mãos para 
Compressão Torácica 
Localizando a Posição das Mãos para 
Compressão Torácica 
Mãos no Tórax para Compressões 
Torácicas 
Compressões Torácicas 
Comprima no mínimo 5 cm 
(2 polegadas) 
No mínimo100 compressões/minuto 
Técnicas de RCP 
• Airway - Vias Aéreas 
 
 Abra as vias aéreas 
 
 
A - Airway 
 
 1- Abertura das vias aéreas: observar 
inicialmente, as possíveis causas de 
obstrução de vias aéreas, que são: 
 a) Obstrução mecânica pela língua: no 
estado de inconsciência ocorre 
ausência do tônus muscular, a língua e 
epiglote poderão ocluir as vias aéreas, 
consistindo na principal causa de 
obstrução. 
Obstrução e Abertura das Vias 
Aéreas 
Chin-lift 
 Caso haja prótese dentária ou corpos 
estranhos, estes devem ser retirados 
antes de iniciar as manobras. 
 - dorsoflexão da cabeça: consiste na 
elevação do queixo e é realizada 
colocando-se a palma de uma das mãos 
na fronte da vítima e os dedos 
indicadores e médio da outra mão no 
mento, tracionando-o para frente e para 
cima – manobra de Chin-lifit. 
 Esta manobra é realizada em todas as 
vítimas que não sofreram trauma. 
 - manobra de Jaw-trust: consiste na 
elevação da mandíbula, através da 
colocação dos dedos de ambas as mãos 
do socorrista atrás do ângulo da 
mandíbula, deslocando-a para frente, e 
os polegares farão a abertura da boca. 
Esta manobra tem como objetivo, além 
do adequado posicionamento da língua, 
a inspeção da cavidade oral. 
Abra as Vias aéreas: 
Incline a Cabeça e Eleve o Queixo 
Jaw-trust 
 
 b) Obstrução por corpo estranho: 
completa ou parcial. 
 
 - Obstrução Parcial: é caracterizada pela 
presença de tosse, o que deve ser 
encorajado, e o socorrista não deve 
tentar a expulsão do corpo estranho 
com manobras como golpeamento da 
região posterior do tórax. 
 
 
 
 Nas obstruções parciais: a vítima pode 
apresentar ventilação suficiente ou 
insuficiente. 
 Ventilação insuficiente: a tosse é fraca e 
ineficiente, ruído inspiratório agudo, 
crescente dificuldade respiratória e 
cianose e seu manuseio seguirá o 
protocolo da obstrução completa. 
 
- Obstrução Completa: é caracterizada 
através da tosse, afonia, face 
angustiada evoluindo para cianose 
perilabial e a vítima se posiciona com 
as mãos no pescoço. 
 
 Na vítima consciente: fazer manobra 
Heimlich – consiste no posicionamento 
do socorrista atrás da vítima, 
envolvendo-a com os braços, fechando 
uma das mãos, que é colocada com o 
lado do polegar contra o abdome da 
vítima na linha média entre o apêndice 
xifóide e a cicatriz umbilical. O punho 
fechado deve ser agarrado com a outra 
mão. Em seguida, aplica-se um rápido 
golpe para dentro e para cima. Esta 
manobra provoca uma tosse artificial 
tentando expelir o corpo estranho. 
Golpes Abdominais Subdiafragmáticos 
A manobra de Heimlich: Vítima em Pé 
 
Golpes Torácicos 
no final da 
Gravidez 
 
 Vítima em 
 Pé 
 
Em vítimas obesas ou gestantes, a manobra 
é realizada com as mãos sobre a região 
médio-esternal. 
 
 Na vítima inconsciente realizar a 
manobra de Heimlich com a vítima em 
decúbito dorsal – o socorrista ajoelha 
sobre a mesma, colocando a palma de 
uma das mãos sobre o abdome, e a outra 
mão é posicionada sobre a primeira, em 
seguida, preciona-se a região para 
dentro e para cima com múltiplos 
impulsos. 
 
Golpes Abdominais Subdiafragmáticos 
A Manobra de Heimlich: Vítima Deitada 
Técnicas de RCP 
- Breathing – Respiração 
 
- Checagem: Determine a ausência de 
respiração 
- Se a vítima estiver inconsciente mas 
estiver obviamente respirando, 
coloque a vítima em posição de 
recuperação 
 - Se a vítima não estiver respirando, 
aplique duas respirações de resgate 
lentamente (1 seg) 
Respiração Boca a Boca 
 Após ocluir as narinas da vítima, com os 
dedos polegar e indicador, o socorrista, 
faz uma inspiração profunda, aplica seus 
lábios sobre a parte externa da boca da 
vítima, vedando-a, e insufla um volume 
de ar, suficiente para expandir o tórax. A 
expiração ocorrerá espontaneamente, 
determinada pela elasticidade do tórax. 
Deve-se iniciar o socorro com duas 
ventilações e pesquisar pulsação 
carotídea. Se a parada respiratória 
persistir, mas mantiver a presença de 
pulso carotídeo, deve-se manter a 
ventilação artificial da seguinte forma: 
 - 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 
a 10 ventilações/min) no adulto, criança 
e bebê; 
 Na vítima inconsciente que se 
restabeleceram a respiração e pulso, 
deve-se procurar manter as vias aéreas 
pérveas com manobras descritas 
anteriormente ou apenas, lateralizando 
a vítima que não houver suspeita de 
trauma raquemedular. 
Posição de Recuperação 
Respiração Boca a Nariz 
Respiração Boca a Estoma 
Combinando as Compressões e 
Ventilações 
• Compressão : ventilação = 30:2 (1 ou 2 
cocorristas em adultos) 
• Cheque pelo retorno da circulação 
espontânea após cinco ciclos 
• Reinicie o ciclo com as compressões 
(se não houver pulso ou respiração) 
• Dois socorristas: divisão de tarefas 
 
Quem ventila avalia a vítima 
Relação Compressão:Ventilação 
30:2 
Pausa para a ventilação 
Necessidade de Troca Após 5 
Ciclos ou 2 Minutos de RCP 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
(SAV) 
 Consiste na reanimação com uso de 
equipamentos adicionais ou utilizados no 
suporte básico de vida. 
 Inclui monitorização cardíaca e constatação 
do tipo de parada cardíaca, desfibrilação, 
marcapasso, equipamentos e técnicas para 
manutenção de vias aéreas, ventilação, 
obtenção de acesso venoso e administração 
de medicamentos. 
 Deve ser realizado por médico e 
profissionais da aérea da saúde. 
 As modalidades de Parada cardíaca 
podem ser as seguintes: 
 Assistolia, Fibrilação Ventricular, 
Taquicardia Ventricular sem pulso e 
Dissociação eletromecânica. 
DESFIBRILADOR EXTERNO 
AUTOMÁTICO (DEA) 
 
DESFIBRILADOR EXTERNO 
AUTOMÁTICO (DEA) 
DESFIBRILADOR EXTERNO 
AUTOMÁTICO (DEA) 
 
Passos para Operar um DEA 
• Passo 1: LIGUE o DEA 
• Passo 2: FIXE as pás auto-adesivas 
• Passo 3: pressione o botão ANALISAR 
(ANALYZE) – AFASTE-SE! 
• Passo 4: permaneça AFASTADO do 
paciente e PRESSIONE o botão 
CHOQUE (SHOCK), se a descarga 
estiver indicada 
 
Situações Especias 
• Crianças com menos de
8 anos 
• Água 
• Marcapassos implantados 
• Adesivos de medicação transcutânea 
• Pêlo abundante no tórax 
• Prótese de silicone 
 
Obstrução de Vias Aéreas por 
Corpo Estranho (OVACE) 
Mortes 
1991 
 
• Doença cardíaca ----- 485.438 mortes 
 coronariana 
 
• Obstrução de vias 
 aéreas por Corpo estranho ---- 3.240 mortes 
Causas Comuns 
 
• Pedaços grandes de comida 
• Álcool 
• Dentaduras 
• Outros corpos estranhos 
Obstrução das Vias Aéreas 
• Leve 
• Grave: o socorrista deve agir 
– Faça a pergunta: “você está engasgado?” 
– Se a vítima sinalizar afirmativamente com a 
cabeça, a ajuda será necessária 
– Sinais: cianose, aumento da dificuldade para 
respirar, tosse silenciosa incapacidade para 
falar ou respirar 
Vítima Inconsciente 
• Telefone para o serviço de emergência 
médica 
• Realize RCP 
Sinal Universal de Sufocação 
Checagem 
Manobras Manuais 
• Golpes abdominais (Manobra de Heimlich) 
• Golpes torácicos ( final da gravidez e 
obesidade acentuada) 
• Abertura de vias aéreas (inclinação da 
cabeça e elevação do queixo) 
• Varredura digital – não deve ser feita às 
cegas 
Golpes Abdominais Subdiafragmáticos 
A manobra de Heimlich: Vítima em Pé 
Golpes Abdominais Subdiafragmáticos 
A Manobra de Heimlich: Vítima Deitada 
Golpes Abdominais Subdiafragmáticos 
A Manobra de Heimlich: Vítima em Pé 
Criança em Pé 
Golpes Torácicos no final da Gravidez 
 
Vítima em Pé 
Golpe nas Costas 
Bebês 
Varredura Digital Sob Visão Direta 
do Corpo Estranho 
Tratamento da Obstrução de Vias Aéreas 
por Corpo Estranho 
 
Adulto Consciente 
• Determine a obstrução de vias aéreas 
• Realize golpes abdominais 
• Repita até 
– Retorno da boa troca aérea ( o corpo 
estranho foi expelido) ou 
– A Vítima se torna inconsciente 
Tratamento da Obstrução de Vias 
Aéreas por Corpo Estranho 
 Vítima Inconsciente 
 
• Posicione a Vítima 
• Ative o SME 
Tratamento da Obstrução de Vias 
Aéreas por Corpo Estranho 
• Vítima Inconsciente 
– Abra vias aéreas e inspecione a cavidade 
oral 
– Tente ventilar e tente novamente 
– Realize 5 golpes abdominais (com vítima 
deitada) 
• REPITA 3,4,5 VEZES ATÉ OBTER SUCESSO 
Tratamento da Obstrução por 
Corpo Estranho 
• Vítima Foi Encontrada Inconsciente 
 
– Determine a ausência de reposta 
– Chame por socorro, ative o SME 
– Posicione a vítima 
– Abra as vias aéreas: determine a ausência de 
respiração 
Tratamento da Obstrução de Vias 
Aéreas por Corpo Estranho 
• A Vítima Foi Encontrada Inconsciente 
(cont) 
– Tente ventilar, tente ventilar novamente 
– Realize 5 golpes abdominais 
– Abra 
– Tente ventilar 
» REPITA 6,7 E 8 ATÉ OBTER SUCESSO 
ENFERMAGEM EM 
UTI 
Profª. Enfª.Joyce C. Botton Miguel 
 
AULA 03 
AFOGAMENTOS 
 Afogamento é a asfixia gerada por 
aspiração de líquido de qualquer 
natureza que venha a inundar o 
aparelho respiratório. Haverá 
suspensão da troca ideal de oxigênio e 
gás carbônico pelo organismo. 
Sinais e Sintomas 
 Em um quadro geral pode haver 
hipotermia (baixa temperatura 
corporal), náuseas, vômito, distensão 
abdominal, tremores , cefaléia (dor de 
cabeça), mal estar, cansaço, dores 
musculares. Em casos especiais pode 
haver apnéia (parada respiratória), ou 
ainda, uma parada cárdio-respiratória 
Prevenção 
 Para bebês - Estes nunca devem ser 
deixados sozinhos no banho ou 
próximo a qualquer superfície líquida. 
 
Para crianças - Além dos cuidados 
anteriores deve-se estimulá-las a 
assumir responsabilidade por sua 
própria segurança. Elas devem 
aprender a nadar e a boiar e devem 
compreender que não devem entrar em 
águas perigosas. Saltos de trampolim 
são extremamente perigosos. 
 Para adultos- Estes devem ter noções 
sobre as suas limitações 
principalmente quando suas funções 
normais estiverem comprometidas 
devido ao manuseio de drogas, sejam 
elas medicamentos ou bebidas. Evitar 
nadar sozinho em áreas não 
supervisionadas ou em áreas onde as 
condições do meio líquido sejam 
desconhecidas. Qualquer nadador deve 
estar apto a nadar diagonalmente a 
uma corrente que o pegou e não contra 
a mesma , se não conseguir escapar 
deve chamar por socorro. 
 "NUNCA SE DEVE FINGIR 
ESTAR PRECISANDO DE 
SOCORRO" 
PRIMEIROS SOCORROS EM 
AFOGAMENTO 
 Objetivo 
 Promover menor número de 
complicações provendo-se o cérebro e 
o coração de oxigênio até que a vítima 
tenha condições para fazê-lo sem ajuda 
externa, ou até esta ser entregue a 
serviço médico especializado. 
 Meios 
 Suporte Básico de Vida (SBV) afim de 
habilitar a vítima aos procedimentos 
posteriores do Suporte Cardíaco 
Avançado de Vida (SCAV). O SBV 
consiste apenas em medidas não 
invasivas. 
 "NÃO É PERMITIDO AO 
SOCORRISTA 
NENHUMA MEDIDA INVASIVA" 
O socorrista 
 Deve promover o resgate imediato e 
apropriado, nunca gerando situação 
em que ambos (vítima e socorrista ) 
possam se afogar, sabendo que a 
prioridade no resgate não é retirar a 
pessoa da água, mas fornecer-lhe um 
meio de apoio que poderá ser qualquer 
material que flutue, ou ainda, o seu 
transporte até um local em que esta 
possa ficar em pé. 
 O socorrista deve saber reconhecer 
uma apnéia, uma parada cárdio-
respiratória (PCR) e saber prestar 
reanimação cárdio-pulmonar (RCP). 
O resgate 
 O resgate deve ser feito por fases 
consecutivas : Compreendendo a Fase 
de observação, de entrada na água , de 
abordagem da vítima, de reboque da 
vítima, e o atendimento da mesma. 
Fase de observação 
 Implica na observação do acidente, o 
socorrista deve verificar a 
profundidade do local, o número de 
vítimas envolvidas, o material 
disponível para o resgate. 
 
 O socorrista deve tentar o socorro sem 
a sua entrada na água, estendendo 
qualquer material a sua disposição que 
tenha a propriedade de boiar na água, 
não se deve atirar nada que possa vir a 
ferir a vítima. 
 Em casos de dispor de um barco para o 
resgate, sendo este com estabilidade 
duvidosa a vítima não deve ser 
colocada dentro do mesmo, pois estará 
muito agitada. 
Fase de entrada na água 
 O socorrista deve certificar-se que a 
vítima está visualizando-o. Ao ocorrer 
em uma piscina a entrada deve ser 
diagonal à vítima e deve ser feita da 
parte rasa para a parte funda. Sendo no 
mar ou rio a entrada deve ser diagonal 
à vítima e também diagonal à corrente 
ou à correnteza respectivamente. 
 
Fase de Abordagem 
 Esta fase ocorre em duas etapas 
distintas: 
 Abordagem verbal; Ocorre a uma 
distância média de 03 metros da vítima. 
O socorrista vai identificar-se e tentar 
acalmar a vítima. Caso consiga, dar-
lhe-á instruções para que se posicione 
de costas habilitando uma 
aproximação sem riscos. 
 
 Abordagem física; O socorrista deve 
fornecer algo em que a vítima possa
se 
apoiar, só então o socorrista se 
aproximará fisicamente e segurará a 
vítima fazendo do seguinte modo: O 
braço de dominância do socorrista 
deve ficar livre para ajudar no nado , já 
o outro braço será utilizado para 
segurar a vítima sendo passado abaixo 
da axila da vítima e apoiando o peito da 
mesma, essa mão será usada para 
segurar o queixo do afogado de forma 
que este fique fora da água. 
 "O SOCORRISTA NÃO PODE 
PERMITIR 
QUE A VÍTIMA O AGARRE" 
Fase de reboque 
 O nado utilizado será o "Over arms" 
também conhecido como nado militar , 
ou nado de sapo. Quando em piscinas 
e lagos o objetivo sempre será 
conduzir a vítima para a porção mais 
rasa . 
 No mar, será admitido o transporte até 
a praia, quando a vítima estiver 
consciente e quando o mar oferecer 
condições para tanto; será admitido o 
transporte para o alto mar (local 
profundo e de extrema calmaria), 
quando a vítima apresentar-se 
inconsciente e o mar estiver 
extremamente revolto (essa atitude 
dará condições ao socorrista de 
repensar o salvamento). Caso exista 
surfistas na área o socorrista, deve-se 
pedir ajuda . 
 Quando o socorrista puder caminhar, 
deve fazê-lo, pois é mais seguro do que 
nadar. Deverá carregar a vítima de 
forma que o peito desta fique mais 
elevado do que a cabeça, diminuindo o 
perigo da ocorrência de vômito. 
 Fase de atendimento 
 
O atendimento 
 
 Em Primeiros Socorros as alterações 
eletrolíticas e hídricas decorrentes de 
diferentes tipos de líquidos (água doce 
ou salgada) em que ocorreu o acidente 
não são relevantes, não havendo 
tratamentos diferentes ou especiais. Os 
procedimentos em Primeiros Socorros 
devem adequar-se ao estado particular 
de cada vítima, no que se refere às 
complicações existentes. 
 
 Vale frisar que o líquido que costuma 
ser expelido após a retirada da água 
provêm do estômago e não dos 
pulmões por isso, sua saída deve ser 
natural , não se deve forçar 
provocando vômito, pois pode gerar 
novas complicações. 
 Caso o acidente não tenha sido visto 
pelo socorrista, ele deve considerar 
que a vítima possui Traumatismo 
Raquimedular (TRM) e deverá tomar 
todos os cuidados pertinentes a este 
tipo de patologia. 
A nível de Primeiros Socorros 
deve-se sempre: 
 1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e 
aquecê-la através da substituição das 
roupas molhadas e fornecimento de 
roupas secas, casacos, cobertores e 
bebidas quentes 
 2. Manter a vítima deitada em decúbito 
dorsal procedendo com a lateralização 
da cabeça ou até da própria vítima afim 
de que não ocorra aspiração de 
líquidos. 
 3. Caso o afogado inconsciente seja 
deixado sozinho, ele deve ser colocado 
na posição de recuperação que 
mantêm o corpo apoiado em posição 
segura e confortável, além de impedir 
que a língua bloqueie a garganta e 
facilitar a saída de líquidos. 
Respiração Artificial Boca-a-Boca Reanimação Cárdio Pulmonar 
Marcelai7
Texto digitado
Curso de enfermagem em UTI: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/soenfermagem/cursos/2028/enfermagem-em-unidade-de-terapia-intensiva
Comece fazendo o que é necessário, 
depois o que é possível e, de 
repente, estará fazendo o impossível. 
 
São Francisco de Assis

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