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Trabalho Papel do Psicologo no CRAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Campus São José do Rio Pardo
Curso de Graduação em Psicologia
ALINE DONIZETE GONÇALVES
ELOISA SANTOS JUSTINO
MILENE CRISTINA DE PAULO
SARA DA SILVA
WILIAN A. C. DE OLIVEIRA
Atuação do psicólogo no CRAS na unidade de Guaranésia – MG. 
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – SP
Maio/2016
ALINE DONIZETE GONÇALVES; RA C19761-0
ELOISA SANTOS JUSTINO; RA C06954-0
MILENE CRISTINA DE PAULO; C12673-0
SARA DA SILVA; RA C19807-2
WILIAN A. C. DE OLIVEIRA; RA C209EF-8
Atuação do psicólogo no CRAS na unidade de Guaranésia – MG
Trabalho curricular bimestral realizado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina “Psicologia Comunitária”, sob orientação da Prof. Ms. Marina Ceres Silva Pena. 
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – SP
Maio/2016
RESUMO
O presente estudo foi realizado na instituição do CRAS Centro de Referência de Assistência Social da cidade de Guaranésia – MG. Onde foram feitas a observação direta e entrevista com o psicólogo do local, com perguntas direcionadas à presença, participação e a importância da atuação da psicologia nessa prática. O projeto foi baseado, não somente, na teoria da matéria estudada na avaliação e entrevista como também em artigos acadêmicos em prol de um levantamento bibliográfico sobre o tema. Os alunos fizeram uma visita para conhecer a Instituição e seus projetos realizando uma entrevista com 14 questões desenvolvidas com base nos artigos encontrados e selecionados. Este trabalho buscou evidenciar as praticas e ações desempenhadas pelo psicólogo na instituição do CRAS, apresentando a necessidade de relacionar o conteúdo visto na sala de aula com a prática do psicólogo e os projetos sociais que este desenvolve, relacionando os conceitos da Psicologia Comunitária, apontando um modelo de atuação que visasse à autonomia dos sujeitos.
Palavras-chave: CRAS; Psicologia Comunitária; psicólogo.
SUMÁRIO
 
 3RESUMO	�
51.	INTRODUÇÃO	�
2.	OBJETIVO	8
3.	METODOLOGIA	9
93.1 Local	�
93.2 Participantes	�
93.3 Materiais	�
93.4 Procedimento	�
104.	RESULTADOS	�
175.	DISCUSSÃO	�
206.	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	�
 21Anexo 1	�
 21Roteiro de Entrevista	�
 22Anexo 2	�
 22TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido)	�
�
INTRODUÇÃO
Quando pensamos em política pública de seguridade social, o que vêm à mente são ações que objetivam diminuir as diferenças sociais pela implantação de modificações que atendam diretamente a população que se encontra à margem da sociedade, oferecendo a estes sujeitos, autonomia, dignidade e principalmente identificá-los como indivíduos de direitos e deveres (ANDRADE & ROMAGNOLI, 2009).
A partir da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) - sancionada em dezembro de 1993 – que dispõe acerca da Política Nacional de Assistência Social, foi possível estabelecer critérios para o atendimento, bem como, assegurar que todas as ações fossem garantidas legalmente. Desde então, todos os serviços prestados à população, estão padronizados e são fiscalizados para que atendam a demanda reprimida de forma igualitária e com qualidade (SILVA & CORGOZINHO, 2011).
Para tanto, a Política de Assistência Social define como regulador destas ações, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que é um modelo de gestão descentralizado e participativo, que se constitui através da regulação e organização dos benefícios socioassistenciais, executados por pessoas jurídicas de direito público (MOTTA, CASTRO, PIZZINATO, 2015).
A Proteção Social Especial pode ser dividida em média e alta complexidade. A primeira consiste no acolhimento de famílias e indivíduos que se estão em risco pessoal e social, como por exemplo: maus-tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, trabalho infantil, entre outros. Esta é atendida pelo Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS), que tem por finalidade orientar e encaminhar esses indivíduos a outros serviços. A Proteção Social Especial de alta complexidade tem a função de atender pessoas que não disponham da proteção de seus familiares, oferecendo serviços como: casa lar, república, casa de passagem, albergue e família acolhedora, entre outros. (REIS & CABRERA, 2013).
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é a instituição pública que se enquadra na forma de proteção social básica, atuando na prevenção de situações de risco e incentivos para melhores relações familiares e sociais. Este atua com uma equipe multidisciplinar e deve ficar obrigatoriamente situado em territórios onde existe vulnerabilidade social, sendo assim responsável pela execução de serviços, programas e projetos que devem potencializar a unidade familiar como referência, reconhecendo as diferentes formas de família, suas particularidades e fortalecendo seus vínculos. Alem disso, prevê a participação de profissionais de diversas categorias, não somente do assistente social, e é neste espaço, que também se insere o psicólogo como trabalhador da assistência (REIS & CABRERA, 2013). 
A psicologia no contexto do CRAS se dá em meio a intervenções realizadas por uma equipe multiprofissional através da promoção de saúde, prevenções de situações de risco e visitas domiciliares, convocam-se e são realizadas atuações fora dos consultórios. Com isso, os profissionais são convidados a lançar novos olhares sobre a Psicologia inscrita nos espaços públicos, fruto inclusive da desestabilização a que esses profissionais são arremessados em seu cotidiano de trabalho (ANDRADE & ROMAGNOLI, 2009).
Segundo Góis (1988), nos dias de hoje a presença do psicólogo no CRAS é de grande importância, a Psicologia Comunitária vem estudar todo o processo de uma vida em comunidade, visando o desenvolvimento da consciência dos indivíduos como sujeitos participantes da sociedade. Uma ciência comprometida com a realidade de um povo e que mantêm uma ligação com os trabalhos oferecidos pelo CRAS, que atua com pessoas e grupos inseridos na comunidade, visando o acolhimento, proteção social e a convivência em família. A psicologia comunitária é voltada principalmente para aquele grupo que por algum motivo é excluído da sociedade, ajudando-os a reconhecer suas capacidades e a mudar sua própria realidade. (TEIXEIRA, 2010)
Os trabalhos oferecidos pelo CRAS são principalmente executados em grupos, baseando-se na solidariedade, qualidade de vida, garantia dos direitos humanos e se igualando mais uma vez a Psicologia Comunitária que se fundamenta nestas propostas, visando à valorização do individuo. (SILVA & CORGOZINHO, 2011).
Ao se inserir em uma comunidade o psicólogo deve considerar toda a história de vida da população que está inserida em uma realidade sócio-histórica-cultural. Portanto, todo o trabalho deve ser construído juntamente com os indivíduos pertencentes à comunidade. Segundo o artigo Psicologia Social Comunitária e SUAS/CRAS: um diálogo necessário, 2011, o profissional deve se inserir efetivamente no grupo construindo um vínculo com a comunidade e não se portar como alguém que detém o poder e sim como um integrante da comunidade que irão orientá-los e ajudá-los a exercer suas idéias e vontades. (SCARPARO & GUARESCHI, 2007).
OBJETIVO
Conhecer a ação e o trabalho desempenhado pelo Psicólogo na Instituição CRAS - Centro de Referência de Assistência Social da cidade de Guaranésia – MG, e juntamente com o histórico do local, suas práticas e projetos sociais realizarmos com o psicólogo uma entrevista, com perguntas direcionadas à presença, participação e a importância da atuação da psicologia nessa prática. Dessa forma, verificar o desenvolvimento dos profissionais em seu campo de atuação, permitindo assim relacionar as teorias da Psicologia Comunitária estudadas em sala de aula com as atividades desenvolvidas no CRAS.Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico de estudos recentes sobre o tema proposto, visitas técnicas, em que foram desenvolvidas onze perguntas direcionadas ao Psicólogo. 
METODOLOGIA
	
3.1 Local
	O presente trabalho foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, em Guaranésia – MG.
3.2 Participantes
Participaram deste trabalho todos os integrantes do grupo e a Psicóloga do local descrito acima.
3.3 Materiais
	Utilizou-se o roteiro de entrevista, elaborado pelo grupo (Anexo 1); papel e caneta para a anotação das respostas; computador e impressora para o desenvolvimento e encerramento do trabalho.
3.4 Procedimento
Foi feito primeiramente um levantamento e a leitura de artigos sobre o tema para o desenvolvimento das 14 perguntas a serem feitas ao Psicólogo. Depois foi realizada a visita técnica à Instituição, com o propósito de conhecer o histórico do local, suas atividades e projetos. Após aceito e assinado o TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 02), foi realizada a entrevista com a Psicóloga do local. Posteriormente foi elaborado um relatório de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas).	
RESULTADOS
A entrevista foi realizada no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) da cidade de Guaranésia – MG, juntamente com a Psicóloga, que está nessa função há dois anos. Utilizamos sua sala, que apesar de pequena é muito aconchegante, com móveis coloridos, quadros na parede, um tapete, poltronas e sua mesa com computador. A iluminação ambiente estava ótima e o lugar estava arejado, pois possuía uma janela aberta. 
Primeiramente explicamos o intuito do trabalho e apresentamos-lhe o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi em seguida assinado para darmos início às perguntas elaboradas pelo grupo. 
Foi nos explicado o desmembramento do departamento de Assistência Social, que hoje consiste em Assistência Social, CRAS e o Centro de Convivência do Idoso (CCI). A Psicóloga nos informou que trabalha no CRAS e que também atende o CCI, em que alguns idosos às vezes necessitam de uma conversa, como também existe a participação em alguns projetos que lá são desenvolvidos. 
Ao perguntarmos como era o trabalho interdisciplinar no CRAS, a Psicóloga nos explica que a maior proximidade é com os departamentos de saúde e de educação. Principalmente o de saúde, que ao possuir alguma demanda a Assistente Social da saúde entra em contato com o CRAS e em conjunto fazem visitas às pessoas, para verificar se podem oferecer algo para que aquela pessoa saia da situação de vulnerabilidade e também para averiguar se existe algum problema físico ou emocional que necessite de tratamento psicológico que, no entanto, será feito no departamento de saúde, pois no CRAS não se faz o atendimento clínico. Apenas ao detectar alguma vulnerabilidade ou dificuldade que se chama para conversar, ou quando os participantes chegam e pedem para falar um “pouquinho”. Há um trabalho em parceria com as unidades de Programa de Saúde da Família (PSF), em que os agentes de saúde são parceiros e estão instruídos ao perceberem alguma vulnerabilidade direcionarem a demanda à equipe do CRAS. Onde há uma parceria também com as enfermeiras chefes, que são grandes colaboradoras para o desenvolvimento desse trabalho. Explicou nos que o departamento de Assistência Social conta com uma Assistente e um Psicólogo, diferentes dos que trabalham no CRAS. 
Como a cidade de Guaranésia não tem uma demanda, com um número de habitantes suficientes para ter um Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), eles montaram um mini CREAS, e trabalham lá quando já se tem um vínculo rompido com o CRAS. Pois neste trabalha-se com a prevenção e o fortalecimento das famílias. E na escola, com a educação se tem esse vínculo por conta dos alunos que são incluídos em algum projeto. Em que a escola nos procura por mau comportamento ou por precariedades, e a equipe vai até as famílias para saber o que está acontecendo e o que está afetando o desenvolvimento escolar das crianças.
Quando questionamos a participação das famílias nos projetos socioassistenciais, foi nos dito que é boa. E exemplificada com as amostras que são feitas duas vezes por ano – no aniversário da cidade, que é em Setembro e no Natal - em Dezembro. Onde os trabalhos dos projetos de bordado, crochê, artesanato e pintura de desenhos são expostos, juntamente com a apresentação de uma dança pelos idosos do CCI, em que toda a família e a comunidade prestigia. Ou seja, a família gosta e participa sim.
Ao que se refere à inserção do Psicólogo nos projetos do CRAS, foi nos esclarecido que lá elas são em duas técnicas, a Psicóloga entrevistada e a Assistente Social, e a inserção acontece nos projetos ou quando algum participante precisa de ajuda. As oficineiras chegam até a Psicóloga e dizem que “fulano” está muito triste, ou está faltando muito das oficinas, e propõem uma visita para saber o que está acontecendo na vida desse sujeito.Ou também quando algum indivíduo busca ajuda, se alto declarando mal e que necessita de conversar. Elas buscam verificar principalmente o que acontece nas famílias e as necessidades de algum direito. Atendendo crianças, adolescentes, adultos, terceira idade e gestantes.
Quando perguntamos sobre as dificuldades encontradas para viabilizar os projetos a primeira frase mencionada foi: “Nem tudo o que a gente quer a gente consegue”. Foi nos dito que a empresa pública, muito diferente da particular, para toda compra que vai fazer necessita de licitação, por exemplo, para fazer a festa de dia das Mães foi preciso começar a requisitar e planejar cinco meses antes. É um processo moroso, lento e depende muito da gestora (que é a diretora do departamento). Nem sempre a idéia que é exposta é acatada, seja por falta de verba, por falta de vontade ou porque não se vê a necessidade. Geralmente, a atividade que não demanda custo se consegue fácil. Citou nos eventos que eram feitos antes e que esse ano não foram possíveis ainda, como viagens, passeios e idas ao cinema. A Psicóloga nos falou, que quando entrou no CRAS foi feita um grande Festa Junina, para todos os participantes do CRAS e suas famílias. E hoje, quando acontece algo é mais restrito. Como terão a festa do dia das Mães, que se realizará dia 31 de Maio de 2016, em que a equipe organizadora conseguiu um espaço para o jantar, com buffet e estão pleiteando música, porém será destinado apenas às mães. 	
Foi também nos explicado que atualmente o que se é aberto para a comunidade são as amostras, em que o espaço do CCI é decorado, como será esse ano no aniversário da cidade com o tema Pequeno Príncipe. Trabalhos foram desenvolvidos de acordo com o tema, como: amizade, carinho, a questão do cativar, foi passado o filme, coloriram e bordaram, tudo relacionado, inclusive a decoração será feita com base no tema. Contando com a apresentação de uma dança com a música “Bola de Meia Bola de Gude”, em que os idosos em um círculo dançarão de mãos dadas. A Psicóloga nos direcionou ao significado da música, que fala da criança interior, que pega pela mão o adulto que balança, ou seja, que a criança interior vem dar o suporte e apoio quando precisamos. Enfim, todo esse empenho aberto ao público em prol de motivar as atividades realizadas no CRAS.
Para nos explicar como é revertida a situação de vulnerabilidade e risco, a Psicóloga usou de um fato ocorrido. Em que um senhor, de 80 anos, viúvo, que vivia com o filho alcoólatra, que saia cedo de casa para beber e retornava apenas no fim da tarde. Deixando o senhor sem comida e sozinho. O CRAS ficou sabendo desse caso devido a uma vizinha que denunciou, assim foram até o local verificar o que acontecia. A Psicóloga conversou com o senhor e notou que ele estava muito deprimido e preocupado com o esse filho. Encontraram a casa suja, cheirando a urina, ele estava sujo e mal cuidado e nacasa havia pouca comida. A partir dessa visita, foi feito um contato com a família e descobriram a filha desse senhor, que mora em São Paulo. Foi explicado a ela o que estava acontecendo e solicitado que viesse à Guaranésia. Ela veio em um feriado, a Psicóloga foi até a casa do senhor, em um sábado e sugeriu que providenciasse alguém para cuidar do pai, ou que infelizmente teriam que pensar em uma institucionalização, pois o filho não dava conta por causa da doença. A equipe da visita até conversou com ele, mas ele não aceita sua situação e a doença. Vinte dias depois em uma nova visita, encontraram o senhor sorrindo e brincando. Uma moça muito boa cuida dele, fica com ele até as 14 h, deixa comida pronta para apenas esquentar na janta, está bem cuidado, corta as unhas das mãos e dos pés, penteia o cabelo, ajuda a dar banho, a casa está cheirosa, tem comida nos armários. E o próximo passo é levá-lo para o CCI, para que participe das atividades. Ou seja, a Psicóloga acredita ter feito a diferença na vida desse senhor e isso que dá qualidade ao seu serviço, esse é o prazer que tem, ao fazer algo pelo outro que não tem condição de fazer por ele próprio. E é gratificante quando esse trabalho é efetuado dessa forma, de uma maneira boa, sem ter que forçar. Pois muitos são os casos em que os filhos não querem, pegam o dinheiro e gastam com coisas que não lhes trás beneficio algum. 
Ao nos referirmos as verbas governamentais destinadas à instituição, descobrimos que de fato ela acontece como proposta por lei, mas que quem comanda essa verba é a gestora. Como já mencionado anteriormente, nem sempre a Psicóloga consegue fazer o que se quer. Ela nos explicou mais uma vez com um exemplo. Em que elaborou o projeto colorir anti estresse para as mulheres de todas as idades. Disse nos que precisava apenas de lápis de cor, mais que estes demoraram seis meses para chegar. E como a Psicóloga sentia a necessidade desse projeto ela mesma comprou os lápis para começar o trabalho o quanto antes. E exclamou: “Às vezes a gente acaba fazendo isso para o negócio funcionar!”. Nos disse que ficou nove meses trabalhando sem computador e internet. Que suas conquistas foram lentas, pois nem tinha espaço, ficava em uma sala, a princípio, junto com a Assistente Social e a Coordenadora. Quando alguém vinha para conversar com ela, ela entrava no almoxarifado com a pessoa, com todas aquelas tralhas em volta. E dizia para a pessoa que era o que tinham para o momento. Mas que foi conquistando seu espaço com perseverança e muita resiliência. E que apesar da verba chegar, a gestora que direciona. E como se muda a cada quatro anos, cada uma tem um pensamento, uma visão diferente. Algumas pessoas são mais fáceis de compreender e outras controladoras obsessivas. O que faz com que a Psicóloga tenha que se virar com o que tem, ser criativa e ter muita força de vontade. Tem que gostar e amar o que faz e ter olhos voltados para o outro, e além desse olhar tem que “enfiar a mão na massa”. Hoje ela conta com um espaço legal, sua própria sala, computador, materiais para desempenhar algumas atividades e jogos para os adolescentes.
A comunidade tem uma aceitação favorável ao trabalho do Psicólogo. As pessoas gostam e aderem os projetos propostos, são frequentes e esse critério que determina a qualidade – “Percebemos a qualidade do serviço pela frequência”. A exemplo a grande expectativa de sucesso do jantar para as mães, pois muitas delas nunca tiverem em uma situação como essa, pois são muito pobres. A Psicóloga nos quantificou que mais de 300 famílias frequentam o CRAS e o CCI, uma pessoa indica para a outra que acaba inserindo-se também nas atividades. Porém existe uma rotatividade grande, pois assim que é encerrada a vulnerabilidade a própria pessoa se desliga ou é desligada. Porque há uma porcentagem para cada perfil em prol de atendimento. Como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), para pessoas idosas, com mais de 65 anos, que moram sozinhas e não tiveram aposentadoria ou para pessoas que tem alguma deficiência e a renda da família é um quarto do salário. Tornam-se assim um público alvo e prioritário. 
O CRAS de Guaranésia conta com projetos como o de rapkido, com ampla adesão, para crianças e adolescentes, o qual a Psicóloga disso que tentou para adultos no turno da noite, porém não funcionou. Ou seja, todos os projetos têm uma boa adesão e os que não obtêm são encerrados. Como já tiveram o coral, que não teve prosseguimento. Mencionou que as pessoas pedem com frequência aulas de violão, mas o que acontece é que não sabem se irá dar certo, e para compra de violões é despendido muito dinheiro. Contam também com as oficinas de bordado, crochê e artesanato. 
A Assistente Social faz um grupo de adolescentes, como também trabalha com as gestantes que fazem roupinhas para as crianças e bordam o nome dos filhos. Essas mães são inseridas desde o primeiro mês até ganhar o bebê, aí acontece o desligamento desse projeto. Cabe a Assistente Social as questões de leis, dos direitos e benefícios das gestantes e a Psicóloga trabalha com a questão da afetividade com a criança desde o início, aborda temas como depressão pós-parto e auxilia as mães a lidarem com outros filhos que se sentem enciumados com a vinda de um novo bebê. A Psicóloga citou também um grupo que faz em dias de sexta feira para quem quiser participar, com várias temáticas, onde ela leva temas cotidianos ou que as participantes sugerem. Ela nos relatou que estuda muito sobre o tema que será exposto, procura inserir vídeos, verifica dinâmicas que se enquadram, e nos descreveu o último tema que foi procrastinação. Ela ensina a elas músicas como Chico, Caetano, Gil, para tirá-las do “sertanejão”, em prol de levar cultura e conhecimento. Disse-nos que o grupo começou com 30 mulheres, mas que hoje são em média 15, todas fiéis. E que na próxima semana, irão trabalhar a avareza e para ilustrar a Psicóloga já pegou o Tio Patinhas, o Nono Correia – que era um personagem muquirana de uma novela, ou seja, ela trás a realidade delas para o tema. E ao desenvolver o projeto colorir anti estresse, em que ela imprime os desenhos e enquanto elas pintam, ela permanece na sala, conversando, ouvindo e dando alguns “pitacos”. Tem também o grupo de ginástica e faz trabalhos de meditação. 
Para cada público há uma demanda diferente, pois para cada grupo – crianças, adultos e idosos – requer uma dinâmica especifica. Disse-nos que pode trabalhar com o mesmo tema, mais que ele seja adaptado para cada idade. Não dá para pedir a um idoso para se sentar no chão como uma criança. Tanto é que nos mencionou a separação dos equipamentos – o CRAS e o CCI. Deixando claro que as pessoas podem frequentar ambos. No CCI aceitam se pessoas a partir de 57 anos e no CRAS de todas as idades. A exemplo das diferenças entre grupos eles contam com a ginástica das pessoas por volta dos 50 anos em um ritmo e das acima de 60 outro, possuem um bom material para isso, como: bolas, bambolês, pesos de perna e braço e nos relatou com alegria a chegada dos estepes, que será em breve.
O CRAS de Guaranésia tem uma instalação pequena, portanto não é possível atender toda a demanda. Ao perguntarmos sobre a estrutura tivemos a boa notícia da construção de um novo CRAS, e assim a Psicóloga acredita que conseguirão atender toda a demanda da comunidade. Mas que por enquanto atendem como é possível, principalmente através de grupos. Ressaltando a grande importância do acolhimento, em trazer as pessoas para perto, contando com as parcerias interdisciplinares já mencionadas, para conhecer e trabalhar a realidade de cada situação. Vindo do amor ao que faz a sua maior motivação e nos diz ter nascido para isso. 
Por fim, ao perguntarmos se existe um trabalho voltado para a Zona Rural, a Psicóloga nos informou que infelizmente não há. Devido ao tamanho do CRAS e por ainda ser apenas um. O que estão tentando fazer é um “braço” no distrito da cidade – em Santa Cruz da Prata. Mas o deslocamento de toda a estrutura está complicado e não contamcom ônibus circulares para que as pessoas possam vir fazer suas atividades na cidade. E o trabalho que acaba sendo feito na Zona Rural é quando a equipe do CRAS fica sabendo de alguma necessidade, através da agente de saúde que faz suas visitas e passa a necessidade à enfermeira do PSF que lhes transmite. A Psicóloga faz a visita e conversa com a família, porém não tem como trazer para cidade. A precariedade de transporte tem limitado muito o trabalho, pois a equipe do CRAS e o CCI contam com apenas uma Kombi e um motorista, para executar todos os trabalhos, seja de coleta das pessoas para as atividades ou para as visitas. Abordamos aqui uma grande dificuldade que é a locomoção restrita e precária, não condizente com a demanda, sendo nesse ponto da entrevista nos informado a necessidade de um motorista acolhedor também. A exemplo, há uma participante que adora fazer o bordado, que chega a ficar ansiosa para chegar quinta feira para ela ir ao CRAS, nesse caso o motorista vai a sua casa, e por não ter condições de andar a pega, coloca na Kombi, já no CRAS a leva no colo até a sala de oficinas e a coloca em uma cadeira que foi adaptada para ela. Sendo assim conta-se com uma pessoa para desempenhar esse papel de locomoção, que a Psicóloga nos informou que nem sempre é possível, pois os membros do CRAS não podem pegar seus carros próprios e gastar com gasolina para isso, por mais que goste da profissão ela tem restrições financeiras. Como nem sempre a hora que o motorista pode é a mesma que ela pode, no início se deslocava com seu automóvel, até chegar ao ponto que ela pensou que se continuassem assim eles nunca fariam nada, não iriam enxergar a necessidade, que vão continuar acomodados sem fornecer outro motorista. Então não faz mais isso para ter condições de pressionar. Pois a gestora pensa de forma diferente, a Psicóloga vê o lado mais humano, a gestora olha mais para os números. Ao passo que necessitam de um número de pessoas no BPC, então a entrevistada usa desses momentos de cobrança para argumentar o que tem e o que falta para a estrutura e muitas vezes para adquirir a quantidade necessária ela desloca os oficineiros para as entidades, para o asilo, conferência e para sociedade. Levam até eles as atividades, com a professora de ginástica fazem algo adaptado, pois são convidados mais não se deslocam até o CRAS. Ensinou-nos principalmente a necessidade da criatividade, do pensamento estratégico para conseguir desempenhar tarefas com o menor gasto possível.
DISCUSSÃO
No decorrer do trabalho podemos ver a importância que se dá o regimento de políticas públicas em prol da seguridade dos direitos de modo mais justo e igualitário para todos. Essas que objetivam trazer indivíduos que estão à margem da sociedade para lhes mostrar e assegurar um caminho diferente a ser seguido, onde possam estar cientes de seus direitos, proporcionando sua própria autonomia e uma vida mais digna.
De modo geral essas políticas são voltadas as famílias e indivíduos que estão em alguma situação de vulnerabilidade social.Essas causadas por pobreza, falta de oportunidades no mercado de trabalho, ausência de vínculos afetivos, de pertencimento social e nas inter-relações familiares e comunitárias. O CRAS vem então, com a intenção de suprir essas necessidades, incluindo ações preventivas, de convivência e socialização, inserção e acolhida, capacitação e inserção produtiva, apoio e acompanhamento familiar, onde as pessoas são encaminhadas para a rede de serviços socioassistênciais, tais como educação, saúde, obtenção de documentos, lazer, atividades profissionalizantes, auxílios, entre outras. 
Em relação às ações de proteção social básica, em Guaranésia são desenvolvidas as seguintes modalidades de serviço:Cadastro Único (CadÚnico) – que consiste no registro de informações que servem de referência e participação em programas sociais de concessão de benefícios, como: Bolsa Família, Tarifa Social, Energia Elétrica e Água, Carteira do Idoso e Telefone Popular; Proteção e atendimento integral à família (PAIF) – ações socioeducativas em parceria com órgãos municipais, entidades sociais e instituições privadas que promovem e desenvolvem a autoestima, autonomia, protagonismo, diferenciação e criatividade; Atendimento social – está voltado para a acolhida e entrevistas, visitas domiciliares, solicitação para concessão de benefícios eventuais (como Auxílio Natalidade e Funeral), elaboração do plano de ação e acompanhamento de cada família com prioridade às beneficiárias dos Programas de Transferência de Renda, busca ativa das famílias prioritárias nos serviços e articulação com encaminhamentos para a rede socioassistêncial; Convivência social e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários para todas as idades, que acontecem a partir da participação de famílias e/ou indivíduos nas atividades de grupos de convivência e de incentivo ao protagonismo; pessoas com deficiência e idosas recebem uma atenção especial, principalmente as que recebem o Benefício de Prestação Continuada. Porém, essas modalidades na cidade não são serviços prestados pelo CRAS, mas sim pelo Departamento de Assistência Social.
Podemos ver também a importância da inserção da psicologia no CRAS. No caso de Guaranésia, vimos que alguns dos projetos desenvolvidos são de autoria da psicóloga ou contam com o seu suporte. Alguns dos projetos que podemos evidenciar são o bordado, crochê, artesanato, pintura de desenhos, rapikdô feito com as crianças e a ginástica feita com os idosos, são os que tem maior aceitação pela comunidade, que comparece aos encontros assiduamente. Projetos esses, que são desenvolvidos a partir da imersão da psicóloga dentro da comunidade, direta ou indiretamente, buscando compreender o seu contexto para atender de forma mais eficiente as demandas existentes, indo de encontro com o que é previsto em seu papel de psicóloga como uma intermediadora na promoção de autonomia e dignidade humana.
Um projeto interessante utilizado pela psicóloga, que é dado às sextas feiras, onde temas cotidianos dos indivíduos ou trazidos por eles são abordados em reuniões para discussão e/ou orientação da psicóloga para com a comunidade que se apresenta no local. Ela nos relatou em algum momento posterior a entrevista que utiliza os pressupostos ensinados por Paulo Freire, onde tenta assimilar novos conhecimentos com a própria história de vida dos indivíduos e a realidade em que estão inseridos, pois acredita-se que novos conhecimentos são melhores compreendidos e assimilados a conhecimentos que lhes são familiares, com o intuito então, de trazer a eles mais cultura a fim de lhes proporcionar uma consciência crítica e buscar uma mudança de sua realidade.
Contudo na pratica diária, podemos notar que algumas dificuldades são encontradas, como falta de espaço físico para realização de projetos ou a insuficiência do transporte, partindo da própria psicóloga fazer esse serviço algumas vezes por vontade própria. Porém a mais importante delas é a burocracia que é imposta principalmente em relação à verba que é destinada. Embora e verba realmente seja mandada como é previsto por lei, muitas das vezes são colocados impedimentos pelos gestores, que podem ou não acatar aos pedidos realizados pelo CRAS, ou exigindo lhes licitações que demoram até meses para serem acatados, o que pode inviabilizar alguns projetos, deixando os profissionais a mercê de seu discernimento ou “boa vontade”. Isso nos mostra um eventual erro por parte dos gestores, que poderiam proporcionar aos profissionais uma total autonomia para decidiram a melhor forma de conduzir seus projetos, pois estes estão inseridos na comunidade e sabem de sua realidade e o que é preciso ser feito para a mudança desse contexto.
Por fim, de certo modo, podemos entender então como se dá a atuação do psicólogo dentro dessas políticas públicas. Com exceção de alguns casos especiais em que são feitos alguns aconselhamentos ou orientações individuais, vimos que seu trabalho é feito em moldes completamentefora do contexto tradicional (clínico) da psicologia. Que mesmo sendo uma área de conhecimento relativamente nova, está em constante expansão, e exige do profissional pensar a partir do lugar do outro e a sensibilizar para tópicos pouco comuns na graduação como movimentos sociais, cidadania e direitos humanos. Embora lidar com questões de vulnerabilidade em âmbito coletivo seja um tanto quanto difícil, parece ser a que mais nos coloca a par da verdadeira realidade que nos cerca, nos trazendo para fora das paredes de um consultório, nos inserindo na comunidade, e talvez até, evidenciando nosso lado mais humano.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANDRADE, L. F.; ROMAGNOLI, R. C. O Psicólogo no CRAS: Uma cartografia dos Territórios Subjetivos. Psicologia Ciência Profissão, v.30, n. 3, p.604-619, 2010.
REIS, R. G.; CABREIRA, L. As políticas públicas e o campo: e o Psicólogo com isso? Psicologia Ciência e Profissão, v.33, n. spe, p.1414-9893, 2013. 
SENRA, C. M. G. & GUZZO, R. S. L. Assistência social e psicologia: sobre as tensões e conflitos do psicólogo no cotidiano do serviço público. Psicologia & Sociedade, v.24, n.2, p.293-299, 2012.
SILVA, J. V.; CORGOZINHO, J. P. Atuação do Psicólogo, SUAS/CRAS e Psicologia Social Comunitária: possíveis articulações. Psicologia & Sociedade, v.23, n.spe, p.12-21, 2011. 
TEIXEIRA, S. M.; CASTRO. T. G. Trabalho Interdisciplinar nos CRAS: um novo enfoque e trato à pobreza? Textos & Contextos (Porto Alegre), v.9, n. 2, p.286-297, 2010.
Anexo A
Roteiro de Entrevista
1 – Como funcionam os trabalhos interdisciplinares no CRAS e como profissionais participam dos projetos da instituição?
2 – Como é a participação da família nos projetos socioassistenciais que o CRAS oferece?
3 – Como é a inserção do Psicólogo nos projetos sociais e de que maneira são realizados os atendimentos? 
4 – Quais são as dificuldades encontradas na viabilização dos projetos para a comunidade?
5 – Como o Psicólogo colabora para reverter às situações de vulnerabilidade e risco enfrentados pelas famílias atendidas?
6 – O recebimento de verbas governamentais destinas a instituição realmente acontece como proposto por lei? E como são distribuídos esses recursos?
7 – Como o trabalho do Psicólogo do CRAS é visto pela comunidade?
8 – As pessoas apresentam algum tipo de resistência aos projetos propostos?
9 – Quais são os projetos desenvolvidos pelo CRAS, em qual você obtêm melhores resultados?
10 – Quais as condições de trabalho dos Assistentes Sociais e Psicólogos?
11 – Quais são as diferenças nos trabalhos realizados com crianças, adultos e idosos?
12 – O CRAS possui estrutura suficiente para atender toda a demanda da comunidade?
13 – Qual a sua motivação pessoal para dar continuidade a suas atividades?
14 – Existe algum trabalho voltado para a população da Zona Rural de Guaranésia? Se sim, como ele foi elaborado e como é executado?
Anexo B
TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido)
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