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PSICOLOGIA COMUNITÁRIA

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CURSO DE PSICOLOGIA
Danielle de Oliveira Rosa
Michelle de Souza Rocha
 
 
 
RIO DE JANEIRO - 2019
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 CURSO DE PSICOLOGIA
 
Trabalho apresentado ao Professor Douglas Bianchi como requisito para a aprovação na disciplina Psicologia Comunitária, do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá. 
 
 
INTRODUÇÃO
Quando se fala em psicologia em um âmbito geral, parece só existir a clínica como principal exercício de um psicólogo. Ao entrar na faculdade durante algum tempo essa sensação persiste. Mas, ao nos depararmos com a psicologia comunitária observamos que outras fontes para um auxílio ao indivíduo também existe. Hoje nos sentimos impactadas ao encontrar a Psicologia comunitária, já que chegamos tão certo de que devemos escolher, clínica, talvez jurídica (hoje muito em voga nos dias atuais). Quase chegando ao término do semestre, e quase ao fim dessa jornada da graduação, nos pegamos intrigadas nas questões de políticas públicas em nosso estado e em todo o país. 
Quando pensamos em política pública de seguridade social, o que vêm à mente são ações que objetivam diminuir as diferenças sociais pela implantação de modificações que atendam diretamente a população que se encontra à margem da sociedade, oferecendo a estes sujeitos, autonomia, dignidade e principalmente identificá-los como indivíduos de direitos e de veres (ANDRADE & ROMAGNOLI, 2009)
Segundo Góis (1988), nos dias de hoje a presença do psicólogo no CRAS é de grande importância, a Psicologia Comunitária vem estudar todo o processo de uma vida em comunidade, visando o desenvolvimento da consciência dos indivíduos como sujeitos participantes da sociedade. Um a ciência comprometida com a realidade de um povo e que mantêm uma ligação com os trabalhos oferecidos pelo CRAS, que atua com pessoas e grupos inseridos na comunidade, visando o acolhimento, proteção social e a convivência em família. A psicologia comunitária é voltada principalmente para aquele grupo que por algum motivo é excluído da sociedade, ajudando-os a reconhecer suas capacidades e a mudar sua própria realidade. (TEIXEIRA, 2010) Os trabalhos oferecidos pelo CRAS são principalmente executados em grupos, baseando -se na solidariedade, qualidade de vida, garantia dos direitos humanos e se igualando mais uma vez a Psicologia Comunitária que se fundamenta nestas propostas, visando à valorização do individuo. (SILVA & CORGOZINHO, 2011). Ao se inserir em uma comunidade o psicólogo deve considerar toda a história de vida da população que está inserida em uma realidade sócio -histórica-cultural. Portanto, todo o trabalho deve ser construído juntamente com os indivíduos pertencentes à comunidade. Segundo o artigo Psicologia Social Comunitária e SUAS/CRAS: um diálogo necessário, 2011 , o profissional deve se inserir efetivamente no grupo construindo um vínculo com a comunidade e não se portar como alguém que detém o poder e sim como um integrante da comunidade que irão orientá-los e ajudá-los a exercer suas idéias e vontades. (SCARPARO & GUARESCHI, 2007). 
Partindo desse pensamento, para trabalhar na saúde e principalmente dentro dos órgãos públicos da saúde acho que o fundamental é gostar de pessoas, é empatia. Se atende pessoas com realidades totalmente diferentes uma das outras e é preciso estar preparado para qualquer tipo de demanda. 
ENTREVISTA AO CRAS
 Foi entrevistada a psicóloga Solange, no CRAS Jose Carlos Campos de Rocha Miranda localizado na Rua Guarama, 0.
1. Como é o funcionamento do CRAS?
A profissional diz que cada unidade tem uma área específica de funcionamento. A unidade de Rocha Miranda tem a abrangência dos bairros, Rocha Miranda, Coelho Neto, Honório Gurgel e Turiaçu, mas, a profissional não soube dizer quantas famílias são assistidas. A unidade faz parte da 5ª coordenadoria, funciona de segunda a sexta no horário de 8:00h às 17:00h. Também nos disse que o trabalho do CRAS é auxiliar a população, principalmente as famílias mais carentes que tem a maior vulnerabilidade social, trazendo serviços para a assistência dessa população, na possibilidade de propor um aumento da qualidade de vida daquelas famílias e na manutenção das condições de vida de todo o território. Informou também que atendem na orientação dos usuários ao serviço e na manutenção dos benefícios. Ela informou que o cadastro único é uma iniciativa do governo para conhecer as famílias daquele território e assim fornecer programas específicos para aquela população de acordo com suas necessidades. Através desse cadastro pode-se também filtrar coisas específicas, como o índice de grávidas daquele território, fornecendo dados para viabilizar programas para o grupo em destaque.
2. Quais os serviços existentes? 
O mais procurado na instituição é bolsa família, por ser um benefício que distribui renda, faz com que as pessoas tenham mais interesse e aderência ao serviço. Mas que minha casa e minha vida é bem procurado também. Como para ter benefício é preciso o cadastro único, em que através dele a instituição consiga cadastrar as famílias para adquirir os benefícios e serviços. 
3. Qual o principal serviço existente são usado na unidade? Diga-nos de outros serviços ofertados?
A unidade tem programas para idosos e crianças, que são o público naquele território que eles observaram uma vulnerabilidade maior. Lá eles fornecem grupos de idosos e infantil, eles fazem passeios, caminhadas, palestras. Com jovens eles fornecem orientação para fazer currículo, entrevista de emprego, cadastro para jovem aprendiz. Só não trabalham com reforço escolar, mas vendo uma necessidade eles contam com ajuda de outras instituições onde eles fazem algum encaminhamento quando necessário.
4. Além da Sra como psicóloga, quais outros profissionais que possuem na unidade? Existe um trabalho multidisciplinar?
A unidade possui um psicólogo, um pedagogo e quatro assistentes sociais. Informou que existe uma meta de produtividade mensal, fazem atendimento social, individual e de grupo especializado. Ela e as assistentes sociais fazem atendimento social, a profissional chama de social por ser um atendimento de orientação dos cadastrados com alguma dúvida ou problema referente aos benefícios ou programas. Ela e as outras assistentes quando em um atendimento social percebe que alguma pessoa ou família precisa de um acolhimento, ela é chamada para fazer essa escuta, ou ela agenda com essas pessoas um horário para que seja feita uma escuta mais de perto (mais compreensiva), um acolhimento, onde ela descreve o atendimento individual, que só é feito por ela. E muitas das vezes esse acolhimento já é suficiente para deixar essa pessoa mais segura. Os grupos eles atuam juntos para criação, discussão e efetivação dos grupos. 
5. Como funciona o trabalho do psicólogo no CRAS?
Ela nos informou que dentro do CRAS o trabalho fica pareado com o da assistente social por ser um trabalho para conhecer as famílias e suas vulnerabilidades, em que se tenta identificar a necessidade dos benefícios. Ela afirma que a visão da psicologia traz uma visão mais completa sobre a vulnerabilidade do sujeito e através disso se criam programas ou grupos para ajudar quem precisa de acolhimento, procurando o crescimento e empoderamento dessas pessoas, fortalecendo os vínculos e fazendo com que busquem oportunidades para melhora da qualidade de vida. Que não é uma escolha deles (funcionários da cras) quem ganha ou não benefícios, mas que ela tem esse olhar para entender a vulnerabilidade da família esuas necessidades. Disse que o CRAS não tem condições de um atendimento clínico pela enorme demanda, sentindo que há uma necessidade eminente tenta fazer um encaminhamento. Ela trabalha 40h semanais, informou que o salário atualmente está por volta de R$2.800,00.
6. Quais as dificuldades e facilidades para exercer suas atividades, em um momento tão difícil na área pública?
A profissional relata com alguma relutância que a maior dificuldade é a segurança, por ser próximo a comunidade é um local perigoso, por tantas vezes os confrontos fazem com que ela não consiga ir para o trabalho ou sair da unidade, mas que ultimamente anda tudo bem e conta com a ajuda da associação dos moradores informando quando está tudo bem ou não no bairro. 
E sem dúvida a facilidade para ela é a gratificação de quando ela vê que o resultado do trabalho dela deu resultado em tantas famílias, o retorno é dado pelas próprias pessoas atendidas, como o fato de algum jovem conseguir passar em processo seletivo, superar alguma dificuldade. 
7. Vocês trabalham em conjunto com outras unidades?
A profissional nos relatou que existe uma rede local, em que é feita uma reunião por mês e participam o CRAS, a clinica da familia, Vila Olimpica, CRE, CAPS, projeto Transforme e projeto Viver (que são projetos para crianças com vulnerabilidade social), e dentro dessa reunião eles se articulam para um trabalho mais integrado com o território. Dependendo de cada caso é encaminhado para o serviço mais adequado ou para vários. Ela descreve como “estar de mãos dadas”, onde cada instituição ajuda e trabalha para melhora integral do sujeito, das famílias e da comunidade. 
CONCLUSÃO
	A visita humaniza ainda mais a matéria que nos trouxe a necessidade do poder público ter um trabalho assistencialista para que as pessoas consigam retomar suas vidas ou dar um início de alguma forma, um start para que tenham um caminho a seguir. Foi contada pela própria profissional que um dado momento, uma menina que foi procurar assistência do Minha Casa, Minha vida, ela a ajudou a conseguir estágio pela faculdade e hoje é uma colega de profissão trabalhando contratada em outro CRAS. Trazer a luz para a dignidade que em tantos momentos alguns cidadãos acham que perderam a mesma. Assistencialismo esse tão criticado por alguns, mas, que efetivamente já foram vistos resultados positivos. Humaniza também ao profissional que diante de tantos problemas, segurança, miséria, e transtornos que veem no dia a dia precisa encontrar nas pequenas realizações dessas famílias para que prossiga fazendo o seu trabalho de verdade. Já que financeiramente, mesmo não revelando o valor real do que recebe, percebemos que não é o que de verdade é merecido. Já que foram anos de graduação e em alguns casos especializações. Se um dia o poder público fará o que de real é necessário com toda força não sabemos, porém, como futuros profissionais precisamos insistir em que algo mude.

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