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Direito aula 6

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Direito aula 6
Sociedade Limitada e Anonima
Iniciaremos nossa aula estudando a Sociedade Limitada. A Sociedade Limitada é considerada uma das sociedades mais usuais no Direito Brasileiro, já que a responsabilidade dos sócios está restrita ao valor de suas quotas, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio pessoal dos sócios, que não podem ser atingidos pelas obrigações.
Seu capital social é a contribuição inicial dos sócios para a formação da sociedade. O ato inicial para a contribuição do capital social representa uma manifestação de vontade em tornar-se sócio da sociedade, podendo a subscrição ocorrer de imediato ou em até 180 dias.
Veja agora como são as normas relacionadas às responsabilidades dos sócios.
Limitada: Cada sócio responde pelo valor de sua quota-parte, mas todos são solidários pela integralização total do capital social.
Ilimitada: O patrimônio dos sócios não pode se alcançado por dívidas contraídas pela sociedade.
Subsidiária: Enquanto não esgotado o patrimônio social, não pode a execução recair sobre bens particulares dos sócios.
Vamos conhecer os direitos e deveres dos sócios nas Sociedades Limitadas?
Diretos: Participar no resultado social, Participar no resultado social, Participar no resultado social e Retirar-se da sociedade.
Deveres: Integralização do capital social.lealdade,sigilo e Informação.
A Administração da Sociedade Limitada compete aos sócios determinados pelo contrato social ou a terceiros estranhos à sociedade. Assim, o administrador da sociedade limitada poderá ser sócio ou não, nomeado em contrato ou ato separado.
As deliberações dos sócios serão computadas conforme a participação destes na sociedade, podendo ser realizadas em assembléia ou reunião de sócios.
Vamos estudar agora a Sociedade Anônima?
É regida pela Lei 6.404/76, usualmente utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos. Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu objeto social.
É regida pela Lei 6.404/76, usualmente utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos. Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu objeto social.
Veja como a Sociedade Anônima é classificada:
Sociedade anônima aberta e fechada ,na Sociedade anônima aberta, os valores mobiliários estão em negociação no mercado de valores mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou das bolsas de valores. Já na fechada, seus valores mobiliários não estão em negociação nesses mercados.
Veja como é classificado o mercado de capitais da Sociedade Anônima.
Mercad0 Primário-Opera a subscrição de valores mobiliários emitidos pela companhia.
Mercado secundário-Opera a compra e venda de ações por intermédio das bolsas de valores.
Mercado de balcão-Opera emissão de valores mobiliários de companhia aberta, perante terceiros, por meio de um banco. Integra tanto o mercado primário como o secundário.
Bolsa de valores-Pessoa jurídica de direito privado cuja função é ampliar o volume de negócios nos mercados de capitais, operando a compra e venda de ações ou de outros valores mobiliários.
A Sociedade Anônima poderá ser constituída por escritura pública ou particular, devendo em ambos os casos atender a certos requisitos. Veja quais são:
Subscrição, de pelo menos, duas pessoas de todas as ações em que se divide o capital social.
Realização inicial de 10%, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro.
Efetivação do depósito da parte do capital em dinheiro no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM.
As ações representam uma parcela do capital social da companhia.
Aquele que adquirir uma ação será considerado acionista.
As ações possuem valores mobiliários, emitidos pela própria companhia com a finalidade de captar investidores.
Aula 7
Empresa e relação com o consumidor
Consumidor – É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Consumidor por Equiparação – A lei o equipara ao conceito de consumidor, podendo com isso o agente se valer das proteções das regras consumeristas.
Fornecedor – É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira e os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Produto – É qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Serviço – É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.
A relação de consumo é constituída pela relação jurídica composta pelos dois agentes atuantes nas relações de consumo: de um lado o consumidor e do outro a figura do fornecedor.
Não haverá relação de consumo e, por via indireta, não haverá proteção do Código de Defesa do Consumidor, se não houver a formação da ponte jurídica entre o consumidor e o fornecedor, quer na aquisição de um produto, quer na prestação de um serviço.
A Política Nacional de Relações de Consumo está lastreada em determinados princípios. Vamos conhecê-los?
Vulnerabilidade do consumidor, Boa–fé, Transparência , Presença do 
Estado, Harmonização de interesses, Coibição de abusos   , Conscientização do consumidor e do fornecedor  .
Responsabilidade Fato e Vício do Produto ou Serviço
Vamos entender agora as questões relacionadas as Responsabilidades Civil e Subjetiva do Fornecedor?
O Código de Defesa do Consumidor estabeleceu obrigações para o justo equilíbrio na relação de consumo, imputando responsabilidades na hipótese de descumprimento das obrigações consignadas na legislação consumerista.
Ao diferenciar obrigação de responsabilidade, constatamos que, em toda obrigação há um dever jurídico originário; já na responsabilidade há um dever jurídico sucessivo.
O Código do Consumidor atribui a quem fornece um produto ou serviço defeituoso a obrigação de reparação dos danos causados aos consumidores.
Vamos estudar agora o Contrato nas Relações de Consumo.
Apesar do Código de Defesa do Consumidor não tipificar os contratos, norteia princípios para a boa condução de um contrato entre consumidor e o fornecedor.
O termo cláusulas abusivas do contrato concretiza as interpretações dos Tribunais acerca das cláusulas leoninas.
Veja as práticas empresariais de consumo:
Oferta - A evolução das relações de consumo conduziu à necessidade de novo tratamento atinente à oferta e publicidade.
Propaganda Enganosa -  leva o consumidor ao erro ou ao engano na aquisição do produto ou do serviço.
Propaganda Abusiva – Anuncia o produto por meios de ferramentas que venham a agredir os bons costumes ou incitam a discriminação racial, a violência, a inocência das crianças, dentre outros mecanismos.
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Aula 8
Você sabe o que significa Título de Crédito?
Título de Crédito é todo documento que o portador necessita ter em mãos para poder exigir ou provar o seu direito de crédito contra aquele que assinou o título, dentro dos limites dos valores, datas e segurança de vícios contidos nesse título.
Os atributos do Título de Crédito são: literalidade(Somente será considerado o que nele estiver escrito., cartularidade (É o documento por uma cártula (papel). Para o possuidor exercitar os direitos decorrentes do crédito, é necessária sua apresentação) e autonomia (Representa uma independência nas relações obrigacionais que se firmam no próprio título).
Veja como os Títulos de Crédito são classificados:
Quanto a estrutura: Promessa de Pagamento: o título apresenta duas relações jurídicas, o emitente – sacador – e o beneficiário – tomador. Exemplo: nota promissória. Ordem de Pagamento: título em que há três relações jurídicas: a do sacador – que dá a ordem; a do sacado – destinatário da ordem; e a do tomador – beneficiário da ordem. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto ao modelo: Livres: não existe um padrão definidopara sua confecção, podendo ser emitidos de forma livre, observados os requisitos da lei. Exemplos: nota promissória e letra de câmbio. Vinculados: a lei atribuiu um padrão específico, não permitindo sua livre confecção. Exemplos: cheque e duplicata.
Quanto a circulação: Ao portador: títulos em que o emitente não identifica seu beneficiário. Estão praticamente abolidos desde o início dos anos 90. Nominativos: títulos em que o emitente identifica o beneficiário, registrando-o em livro próprio. Exemplo: ações nominativas das S/A.
 À ordem: títulos passíveis de endosso, em branco (lança-se a assinatura sem indicar a favor de quem se endossa) ou em preto (endosso com indicação do nome do beneficiário.
Quanto a emissão: Não causais: títulos cuja criação independe de uma origem específica. Exemplos: nota promissória e cheque. Causais: necessitam de uma origem para sua criação. Exemplo: duplicata mercantil.
Vamos estudar agora os Agentes Cambiários.
Agentes Cambiários são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias que, de acordo com a sua posição, apresentam direitos e obrigações diferenciadas.
Sacador – aquele titular que emite o título de crédito.
Sacado - quem é indicado a pagar o título.
Aceitante – o sacado que aceita a indicação de pagar o título.
Avalista – terceiro que garante o pagamento daquele obrigado a pagar o título.
Endossante – aquele que transfere os direitos contidos no título para um endossatário.
Beneficiário – aquele que recebe a quantia estabelecida no título.
Conheça os Institutos Cambiários.
*Folha sobre títulos em anexo!
Veja agora as modalidades de títulos de Crédito.
Letra de Câmbio – É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela qual o sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada importância a uma terceira pessoa.
Nota Promissória –  É uma promessa direta de pagamento dada pelo devedor em favor do credor.
Cheque – É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, mediante fundos disponíveis do emitente, em poder do sacado, proveniente de depósito ou de contrato de abertura de crédito.
Duplicata – é um título de crédito de origem brasileira que tem a finalidade de documentar as operações mercantis.
Os atributos do Título de Crédito são: Literalidade,cartularidade,autonomia.
A qual ator da relação de Créditos a frase abaixo está se referindo?
__Agentes cambiários____________ são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias que, de acordo com a sua posição, apresentam direitos e obrigações diferenciadas.
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Aula 9
Os contratos empresariais, como o próprio nome sugere, referem-se a contratos que envolvem relação entre empresários.
Os contratos entre particulares, exceto os do trabalho, se submetem a dois regimes: civil e de tutela de consumidores. Os contratos empresariais especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias.
Eles possuem as características de acordo com o seu tipo de pacto.
Saiba Mais Aula 09 – Contratos Empresariais Algumas características próprias do contrato de compra e venda não se aplicam, por exemplo, aos de locação. No entanto, algumas características são comuns a todos os contratos, tais como: ser realizado entre - no mínimo – duas pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
Os contratos são norteados por vários princípios.
Por meio deles, conseguimos atuar no mundo jurídico sem que nenhuma das partes seja lesionada pelo pacto firmado. Conheça os princípios dos contratos.
- Princípio da Liberdade de Contratar
-Princípio da Relatividade Contratual
-Princípio da Força do Contrato
- Principio da Igualdade entre as Partes
Veja como os Contratos Empresariais são classificados.
Contratos Empresariais unilateral: apenas uma das partes possui obrigações (ex.: contrato de mútuo); bilateral: ambas as partes possuem obrigações (ex.: compra e venda mercantil); consensual: nasce da simples manifestação de vontade dos contratantes (ex.: o contrato de compra e venda mercantil, o qual estará perfeito e acabado logo que as partes acordem no preço, na coisa e nas condições); real: além da simples manifestação de vontade, é necessária a entrega da coisa (ex.: contrato de mútuo bancário); solene: firma-se a partir da emissão de um documento; comutativo: as partes conseguem prever como será executado (ex.: contrato de representação comercial); aleatório: as partes não conseguem prever, no início da contratação, como será executado (ex.: contrato de dívida de jogo); típico: os direitos e deveres dos contratantes estão previstos em lei; atípico: os direitos e deveres dos contratantes não estão previstos em lei.
Veja agora as modalidades de Contratos.
Modalidades de Contratos 
Compra e Venda 
Principais obrigações do vendedor: 
transferir o domínio da coisa; b) responder por vícios; c) responder por evicção. 
Principais obrigações do comprador: a) pagar o preço; b) receber a coisa. 
Espécies de Compra e Venda Mercantil
 Compra e venda pura e simples – É a que produz seus efeitos mediante o consentimento das partes, as quais não se subordinam a qualquer evento posterior.
 Compra e venda por atacado – O comprador adquire mercadoria em grande escala, não a revendendo em pequenas quantidades. 
Compra e venda por varejo – O comprador adquire a mercadoria, mesmo que em grande quantidade, distribuindo-a em pequenas parcelas.
 Contrato de escambo – É a mais antiga modalidade de compra e venda. As partes trocam mercadorias entre si. 
Contrato de consignação ou estimatório – O consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando ao consignante o preço ajustado no prazo estabelecido, ou pode restituir a coisa consignada. 
Contrato Mútuo Uma das partes empresta à outra coisa fungível, com a obrigação de restituí-la, quando reclamada, ao mesmo gênero, quantidade e qualidade. O contrato assume o caráter mercantil quando o mutuário for empresário e a coisa mutuada derive de causa mercantil. 
Mandato Empresarial- Contrato em que um empresário (mandante) confia à determinada pessoa (mandatário), a gestão de um ou mais negócios. A procuração é o instrumento do mandato. Responsabilidades do mandante e do mandatário – O mandante será responsável pelos atos praticados pelo mandatário se estes estiverem em conformidade com os poderes a ele atribuídos. O mandatário responderá perante o mandante se exceder os poderes do mandato, causar prejuízos a terceiros ou incorrer em culpa, dolo, simulação e negligência. 
Extinção do mandato mercantil – O mandato mercantil extingue-se: a) pela revogação ou pela renúncia; b) pela morte ou interdição de uma das partes; c) pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes ou o mandatário a exercê-los; d) pelo término do prazo; e) pela conclusão do negócio.
 Comissão Mercantil Contrato em que uma das partes (comissário) se obriga a praticar atos em nome próprio, por conta de outra (comitente) Responsabilidade do comissário – O comissário não responde pela insolvência das partes com quem contratou, exceto nos casos de culpa ou se do contrato constar a cláusula “del credere”, pela qual o risco do descumprimento das obrigações transfere-se do comitente para o comissário. Extinção – A comissão mercantil extingue-se: a) pela revogação ou pela renúncia; b) pela morte ou interdição de uma das partes; c) pela mudança de estado que inabilite o comitente a conferir os poderes ou o comissário a exercê-los; d) pelo término do prazo; e) pela conclusão do negócio. 
Representação Comercial Segundo Frans Martins, “entende-se por contrato de representação comercial aquele em que uma parte se obriga, mediante remuneração, a realizar negócios mercantis, em caráter não eventual,em favor de outra. A pessoa que se obriga a agenciar propostas ou pedidos em favor da outra tem o nome de representante comercial; aquela em favor de quem os negócios são agenciados é o representado”. Rescisão do contrato – Quando firmado por prazo indeterminado, pode ser denunciado por qualquer uma das partes. Se existe há menos de seis meses, não cabe nenhuma indenização. Se vigora há mais tempo, só pode ser rescindido sem culpa das partes, mediante aviso prévio de 30 dias pelo interessado ou pagamento da indenização correspondente, devidamente calculada pela média das comissões recebidas nos três últimos meses. Havendo culpa do representado, o valor mínimo devido ao representante será de 1/12 do total das comissões recebidas durante o tempo de duração do contrato, acrescido de correção monetária.
 Contrato de Agência É aquele em que um dos contratantes (agente) assume, sem vínculos de dependência e em caráter não eventual, a obrigação de promover, à conta do outro (proponente), mediante retribuição, a realização de certos negócios em zona determinada. Contrato de Distribuição É o contrato pelo qual o fabricante compromete-se a vender produtos, com vantagens especiais, ao distribuidor, para revenda em zona determinada.
 Contrato de Seguro Segundo o professor Fábio Ulhoa Coelho, “seguro é o contrato em que uma das partes (a sociedade seguradora) assume, mediante o reconhecimento do prêmio, obrigação de garantir interesse legítimo da outra (segurado), ou a terceiro (beneficiário), contra riscos predeterminados”. Principais obrigações do segurado: a) Pagar o prêmio; b) Guardar, na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade a respeito do objeto, como das circunstâncias e declarações a ele concernentes; c) Prestar informações verdadeiras e não omiti-las, quando necessárias para aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, sob pena de perder a garantia; d) Não agravar intencionalmente o risco objeto do contrato, sob pena de perder o direito à garantia; e) Comunicar ao segurador, imediatamente, o incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia; f) Tomar providências para diminuir as conseqüências em caso de sinistro. Principais obrigações do segurador: a) indenizar o segurado; b) guardar, na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade a respeito do objeto, como das circunstâncias e declarações a ele concernentes; c) reduzir o valor do prêmio, caso o segurado diminua o risco de forma considerável; d) pagar, em dinheiro, o prejuízo do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa; e) em caso de mora no pagamento, acrescer a atualização monetária. Resseguro – Contrato pelo qual as seguradoras transferem parte do risco assumido às resseguradoras. 
Contrato de Fiança É o contrato em que uma das partes (fiador) se obriga perante um credor a satisfazer o débito do devedor empresário (afiançado) caso este não o pague, desde que a obrigação derive de causa empresarial. O afiançado deve ser empresário, e a obrigação assumida deriva de causalidade empresarial (art. 818, CC). 
Contrato de Penhor Segundo Frans Martins, “o penhor mercantil é o contrato segundo o qual uma pessoa dá a outra coisa móvel em segurança e garantia do cumprimento de obrigação comercial”. A pessoa que oferece o bem tem o nome de dador ou devedor; a que recebe, credor pignoratício. 
Franquia Regulada pela Lei 8.955/94, é o contrato pelo qual uma das partes (franqueador) cede a outra (franqueado) o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos e serviços e, eventualmente, ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração. Principais obrigações do franqueador: a) fornecer ao interessado franqueado a “circular de oferta de franquia”, contendo as principais informações sobre seu negócio e essenciais à celebração do contrato de franquia empresarial; b) descrição detalhada da franquia, do negócio e das atividades que serão desempenhadas pelo franqueado; c) indicação do que é efetivamente oferecido ao franqueado pelo franqueador, no que se refere a supervisão de rede, serviços de orientação e treinamento do franqueado e de seus funcionários, auxílio na análise e escolha do ponto, layout e padrões arquitetônicos nas instalações do franqueado. Principais obrigações do franqueado: a) pagamento da taxa de adesão; b) pagamento de uma porcentagem do faturamento; c) venda de produtos exclusivos indicados pelo franqueador; d) venda de produtos conforme tabela de preços fornecida pelo franqueador. 
Alienação Fiduciária em Garantia É o contrato pelo qual se transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta do bem alienado, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor possuidor direito e depositário do bem. 
Arrendamento Mercantil ou Leasing Regulado pela Lei 6.099/74 e pela Resolução do Banco Central 2.309/96, aproxima-se de um contrato de locação, mas caracteriza-se por oferecer ao arrendatário, no término do prazo, a opção da compra do bem, sua devolução ou prorrogação do contrato. Pode ser leasing financeiro, ou financiamento para aquisição de bens – contrato em que não há valor reducional expressivo, caso o arrendatário faça a opção de compra do bem – ou leasing operacional – contrato em que a empresa proprietária dá certos bens em arrendamento à pessoa, mediante o pagamento de prestações determinadas, incumbindose de prestar assistência.
Avaliando o Aprendizado
Marque a(s) alternativa(s) que não representa(m) um princípio do Contrato Empresarial.
Resposta; Principio da relatividade das forças,Principio da Irmandade
Os contratos entre particulares, exceto os do trabalho, se submetem a dois regimes: _Civil e de tutela de consumidores.
	
	São considerados contratos mercantis, os contratos abaixo mencionados, exceto:
		
	
	Comissão
	
	Representação
	
	Concessão
	 
	Transporte
	
	Franquia
	
	Os Contratos de Representação e/ou Agência são contratos de:
		
	
	Factoring
	
	Compra e Venda
	
	Crédito
	 
	Intermediação e Colaboração
	
	Corretagem
	
	O Mútuo é classificado como um Contrato:
		
	
	Aleatório
	
	Atípico
	
	Consensual
	 
	Bilateral
	 
	Unilateral
	
	
	
	
	Como menciona na doutrina os contratos empresariais especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias. Possuindo as características de acordo com o seu tipo de pacto. Acontece que existem características são comuns a todos os contratos, tais como:
		
	 
	ser realizado entre no mínimo duas pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer;
	
	ser realizado unipessoal, e consensual: nasce da simples manifestação de vontade dos contratantes (ex.: o contrato de compra e venda mercantil, o qual estará perfeito e acabado logo que as partes acordem no preço, na coisa e nas condições);
	
	ser realizado unipessoal e as partes não conseguem prever, no início da contratação, como será executado (ex.: contrato de dívida de jogo).
	
	ser realizado unipessoal, tem um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer;
	
	ser realizado unipessoal e comutativo: as partes conseguem prever como será executado (ex.: contrato de representação comercial);
	
	A empresa ¿Frutos e Sabores¿, de propriedade de João Carlos, desenvolve suas atividades no ramo de compra, industrialização e venda de frutas,sucos e poupas. O negócio precisa se expandir e para isto faz-se necessário a aquisição de determinados bens duráveis e João Carlos busca o apoio de uma instituição financeira que lhe concederá o capital com garantia necessário para esta expansão. O contrato a ser firmado por João Carlos é:
		
	 
	Alienação fiduciária
	 
	Nenhuma das alternativas;
	
	Penhor;
	
	Arrendamento Mercantil
	
	Compra e venda;
	
	
	
	
	Considerando que os contratos empresariais especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias. Sendo assim algumas características são comuns a todos os contratos, podendo mencionar para realização do contrato, vigor no mínimo:
		
	
	no mínimo quatro pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
	
	no mínimo três pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
	
	no mínimo sete pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
	 
	no mínimo duas pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
	
	no mínimo cinco pessoas diferentes, o pacto contratual vincular as partes contratantes a um elenco de direitos e deveres, o contrato dispor sobre um objeto que pode se traduzir numa obrigação de dar, fazer ou não fazer.
Aula 10
Nesta aula, você estudará o novo perfil da empresa contemporânea, sua função social e a necessidade de sua superação organizacional diante de uma crise econômico-financeira por meio do processo de recuperação judicial, extrajudicial e falência.
Com a promulgação da Lei 11.101/05, o Brasil passa a adotar duas formas de evitar a falência do devedor em crise.
O empresário e a sociedade empresária estão sujeitos à recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência.
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência da Empresa
Juízo competente
O juízo competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a
recuperação judicial ou decretar a falência será o do principal estabelecimento do devedor
ou da filial de empresa sediada fora do Brasil (art. 3).
Credores não admitidos
a) as obrigações a título gratuito;
b) as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial
ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
Efeitos da decretação da falência ou do deferimento do processamento da
recuperação judicial
De acordo com o art. 6º da LRF, uma vez decretada a falência ou deferido o
processamento da recuperação judicial, ocorrerá a suspensão:
a) da prescrição;
b) de ações e execuções, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio
solidário.
Uma vez suspensa a prescrição, esta voltará a fluir a partir do trânsito em julgado da
sentença de encerramento da falência ou da recuperação judicial. Na recuperação judicial,
a suspensão da prescrição e das ações e execuções será de 180 dias, restabelecendo-se,
após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e
execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
Por outro lado, as ações de conhecimento contra o devedor não se suspendem com a
falência ou com o processamento da recuperação, uma vez que não são execuções.
Assim, as demais ações não sujeitas à suspensão, bem como as reclamações trabalhistas
poderão requerer reserva do valor em discussão. Por fim, não se suspendem as
prescrições em que o falido ou a empresa em recuperação seja credor, bem como os
prazos decadenciais, seja ele credor ou devedor. Não se suspendem, ainda, as execuções
tributárias. 
Juízo de prevenção
A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição
para qualquer outro pedido, relativo ao mesmo devedor (art. 5º, § 8º).
Verificação e habilitação dos créditos
A LRF estabelece o mesmo regime de verificação dos créditos para a recuperação e para
a falência. A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base
na escrituração do devedor e nos documentos apresentados pelos credores (art. 7º). No
prazo de 15 dias, os credores poderão apresentar ao administrador judicial suas
habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. O credor que não
apresentar no prazo poderá fazê-lo na condição de credor retardatário (art. 10). Estão
dispensados da habilitação o fisco e os credores remanescentes da recuperação judicial.
Superadas as possíveis impugnações, os créditos habilitados serão incluídos no quadro
geral de credores.
Na falência, os credores serão pagos conforme sua classificação (art. 83). Nos casos de
recuperação judicial, os credores poderão pactuar forma diversa do quadro geral,
observada a preferência dos credores decorrentes das relações de trabalho.
Vamos entender agora o perfil de dois atores envolvidos nas relações judiciais e extrajudiciais.
Administrador Judicial-Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada.
Comite de credores-Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional.
Só poderá ser Administrador ou membro do Comitê a pessoa que não é legalmente impedida.
Atribuições do Comitê de Credores
As atribuições do comitê de Credores encontram-se previstas nos art. 27 da LRF. Da
análise do referido dispositivo temos que a principal função do Comitê de Credores é
fiscalizar o regular andamento do processo, comunicar ao juiz qualquer irregularidade,
apurar e emitir pareceres sobre quaisquer reclamações dos interessados e requere ao juiz
a convocação da Assembléia Geral de Credores.
Assembleia Geral de Credores
A Assembléia Geral de Credores deverá obedecer aos requisitos previstos no art. 36 no
que tange as formalidades de convocação. A assembléia será convocada pelo juiz pelas
hipóteses previstas em lei ou quando achar necessário. Poderá, ainda, ser convocada
pelos credores, desde que representem 25% do total do passivo. Sua competência
encontra-se prevista no art. 35 da LRF.
Observação: o poder da Assembléia Geral de Credores não se sobrepõe ao poder
jurisdicional.
Quorum de instalação
A Assembléia Geral de Credores se instala, em primeira convocação, com a presença de
credores que representem a maioria dos créditos em cada classe e, em segunda
convocação, com qualquer número de credores (art. 37, § 2º). Os credores poderão ser
representados por procuradores.
Quorum de deliberação
Como regra o quorum de deliberação será o de maioria simples (art. 42). Há, contudo,
duas situações em que a lei prevê quorum qualificado: a aprovação do plano de
recuperação e para a venda extraordinária de bens do falido.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação judicial?
A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do empregado e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Quem é legitimado a requerer a recuperação judicial?
O Empresário, A Sociedade Empresária, O Cônjuge Sobrevivente, Os Herdeiros, O Inventariante, O Sócio Remanescente.
Quais são os requisitospara requerer a recuperação judicial?
Exercer atividade regular há mais de dois anos.
Não ser falido e, se o foi, estarem extintas suas responsabilidades.
Não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial; sendo o devedor micro ou empresário de pequeno porte, o prazo é ampliado para oito anos.
Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime falimentar.
Credores sujeitos à recuperação judicial
Como regra, todos os credores existentes na data do pedido de recuperação, ainda que
não vencidos, estão sujeitos aos efeitos da recuperação judicial (art. 49). Portanto, aqueles
credores que vierem a se constituir depois do pedido de recuperação não serão incluídos,
bem como os bens dados em garantia real, as ações que demandem quantias ilíquidas, as
reclamações trabalhistas e as execuções tributárias.
Também estão excluídos dos efeitos da recuperação judicial, os credores titulares da
posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de
proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos contratos contenham cláusula de
irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de
proprietário em contrato de compra e venda com reserva de domínio, bem como os bancos
credores por adiantamento aos exportadores e câmaras de compensação e liquidação
financeira. Esses credores podem exercer seus direitos reais e contratuais, de acordo com
as respectivas legislações.
Meios de recuperação da empresa
O art. 50 da LRF enumera os meios de recuperação judicial da empresa. Trata-se, na
verdade, de rol exemplificativo. São eles:
a) dilação do prazo ou revisão das condições de pagamentos;
b) operações societárias;
c) alteração do controle societário, etc.
Fases do processo
O processo de recuperação judicial se divide em três fases:
a) postulatória – requerimento do benefício;
b) deliberativa – ocorre após a verificação dos créditos;
c) execução – fiscalização do cumprimento do plano de recuperação.
Requisitos da petição inicial 
O requerente deve instruir sua petição inicial observando as exigências dos arts. 48 e 51
da LRF.
Despacho de processamento da recuperação judicial
Estando em termos a documentação exigida pela lei, o juiz deferirá o processamento da
recuperação e no mesmo ato nomeará o administrador judicial e, entre outros efeitos,
ordenará a suspensão temporária de todas as ações e execuções (art. 52). Lembre-se,
contudo, de que nem todas as ações serão suspensas.
Plano de recuperação judicial
O instrumento mais importante do processo de recuperação judicial é o plano re
recuperação. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo
improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da
recuperação judicial, sob pena de convolação em falência. O plano de recuperação deverá
atender aos requisitos previstos no art. 53 da LRF.
Segundo a lei, o plano poderá alterar ou fazer novação dos créditos trabalhistas ou
decorrentes de acidente de trabalho, observado o disposto no art. 54 da LRF.
Procedimento de Recuperação Judicial
Uma vez apresentado e publicado o plano de recuperação, poderão os credores
apresentar sua objeção no prazo a ser fixado pelo juiz ou conforme o previsto em lei.
Havendo objeção de qualquer credor, o juiz convocará a Assembléia Geral de Credores
para deliberar sobre o plano de recuperação.
Após a juntada ao processo do plano aprovado pela assembléia ou decorrido o prazo para
objeções, o devedor apresentará certidões negativas de débitos tributários. Assim, se
apresentadas as certidões, o juiz deve conceder o benefício; caso contrário, deve indeferir
o pedido, uma vez que o CTN exige prova de quitação para a concessão da recuperação
judicial. Vide art. 68 da LRF.
Observação: atenção ao interpretar os prazos previstos no art. 55 da LRF; a lei deve ter
se confundido um pouco ao definir o prazo para a apresentação de objeção.
Concessão da recuperação judicial 
Aprovado o plano de recuperação em assembléia (respeitado o quorum) o juiz concederá a
recuperação judicial. Caso nenhum plano tenha sido aprovado, o juiz decretará a falência.
Contudo, há situações na lei em que o juiz poderá conceder a recuperação com base no
plano não aprovado pela assembléia, desde que de forma cumulativa (art. 58):
a) o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de
todos os créditos presentes, independentemente de suas classes;
b) a aprovação de duas das classes de credores , nos termos do art. 45 da LRF,
ou, caso haja somente duas classes com credores votantes, a aprovação de
pelo menos uma delas;
c) na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 dos
credores.
Recurso contra sentença concessiva de recuperação
A sentença concessiva de recuperação judicial desafia o recurso de agravo por
instrumento no prazo de 10 dias. O agravo poderá ser interposto por qualquer credor ou
pelo representante do Ministério Público (art. 59, § 2º).
Efeitos da concessão da recuperação judicial
Todos os credores anteriores ao pedido de recuperação estão sujeitos aos seus efeitos,
isto é, o plano de recuperação judicial implica a novação dos créditos anteriores ao pedido
e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das demais garantias
(art. 59).
Lembre-se, ao final, de que existem credores que não são atingidos pela recuperação.
Assim, uma vez não atingidos, não estarão sujeitos aos efeitos da concessão de
recuperação judicial.
Efeitos da recuperação em relação à administração da sociedade
Durante o procedimento de recuperação judicial, o devedor ou seus administradores serão
mantidos na administração da sociedade, sob fiscalização do Comitê de Credores, se
houver, e do administrador judicial. No entanto, se o devedor ou seus administradores não
forem pessoas idôneas, o juiz poderá afastá-los, nos termos do art. 64 da LRF. Uma vez
afastados, o juiz convocará a Assembléia Geral dos Credores para deliberar sobre o nome
do gestor judicial que assumirá a administração da sociedade. 
Enquanto a assembléia não deliberar sobre a escolha do gestor, cabe ao administrador
judicial exercer a função deste (art. 65).
Efeitos da recuperação em relação aos bens do devedor
Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o devedor não poderá alienar ou
onerar seus bens ou direitos de seu ativo permanente, salvo se evidente utilidade
reconhecida pelo juiz e depois de ouvido o Comitê de Credores, com exceção daqueles
previamente relacionados no plano de recuperação judicial. A inobservância desses
requisitos enseja a decretação da falência.
Atendimento ao plano de recuperação
Concedida a recuperação judicial, o devedor deverá cumprir todas as obrigações previstas
no plano de recuperação que se vencerem até dois anos depois da concessão da
recuperação judicial. Se durante esse período o devedor descumprir qualquer das
obrigações previstas no plano, ocorrerá a convolação da recuperação em falência. Uma
vez decretada a falência, os credores terão reconstituídos seus direitos e demais garantias
(art. 61).
Descumprimento do plano de recuperação
Como visto acima, se durante o prazo de dois anos o devedor descumprir qualquer uma de
suas obrigações, o credor requererá a convolação em falência. Após o referido prazo, o
credor poderá requerer a execução específica ou falência do devedor. Convolada a
recuperação judicial em falência, os credores decorrentes de obrigações contraídas pelo
devedor durante a recuperação, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores,
serão considerados extraconcursais.
Encerramento da recuperação judicial
Como regra, cumpridas as obrigações no prazo de até dois anos, o juiz decretará
por sentença o encerramento da recuperação judicial (art. 63).
Vamos estudar agora os conceitos relacionados ao microempresário e empresário de pequeno porte.
Considera-se microempresárioaquele que atinge faturamento bruto anual de R$ 244.000,00 e empresário de pequeno porte aquele cujo faturamento bruto anual varie entre R$ 244.000,01 e R$ 1.200.000,00.
Os microempresários e os empresários de pequeno porte poderão apresentar um plano especial de recuperação judicial.
Observação: o referido parcelamento diz respeito apenas ao passivo quirografário. As
dívidas tributárias e trabalhistas não são atingidas; portanto, devem ser honradas conforme
a legislação específica de cada uma. A aprovação ou rejeição do plano de recuperação
judicial cabe exclusivamente ao juiz, e não à Assembléia Geral de Credores. Com a
sentença concessiva do benefício, opera a suspensão das ações e execuções e a novação
das obrigações sujeitas ao plano. Por fim, os credores poderão opor objeções ao plano
especial. Nesse caso, o juiz chamará o devedor para que se manifeste na tentativa de
haver um acordo entre as partes. Caso contrário, o juiz decidirá o caso.
Convolação da Recuperação Judicial em Falência
O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial (art. 73):
a) por deliberação em Assembléia Geral de Credores;
b) pela não apresentação do plano pelo devedor;
c) quando houver sido rejeitado o plano de recuperação pela Assembléia Geral
de Credores;
d) por indeferimento da recuperação judicial;
e) por descumprimento das obrigações assumidas no plano de recuperação.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação extrajudicial?
Nem todos os credores serão atingidos pelo plano recuperação extrajudicial. Veja.
-Credores Trabalhistas
-Credores Tributários
-Credores Titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietários ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio.
-Credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para a exportação.
**Processamento do pedido de homologação De acordo com a lei, a homologação pode ser facultativa e obrigatória. Ambas seguirão o rito previsto no art. 164 da LRF. Efeitos da homologação O plano de recuperação produz efeitos após a sua homologação judicial, podendo, contudo, produzir efeitos anteriores à homologação, desde que se refira exclusivamente à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores signatários (art. 165). Rejeitado o plano pelo juiz, devolve-se aos credores signatários o direito de exigir seus créditos nas condições originais, deduzidos os valores efetivamente realizados.
O empresário e a sociedade empresária, para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial, deverão preencher os requisitos previstos no art. 161.
*requisitos- Se o devedor encontrar uma saída para a crise que enfrenta em conformidade com os credores, não precisará atender a nenhum dos requisitos previstos na lei. Assim, quando a lei impõe requisitos, está se referindo ao devedor que pretender levar seu acordo a homologação judicial. 
Obs.: após a distribuição do pedido de homologação, os credores que aderiram ao plano não podem mais desistir da adesão, salvo com a anuência dos demais signatários.
Vamos estudar agora a Falência? Você sabe o seu significado?
A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor, empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores.
Quem está sujeito à falência?
A falência atinge o empresário e a sociedade empresária, bem como o espólio do devedor empresário e aqueles que, embora expressamente proibidos, exercem atividades empresariais.
Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor apresente-se insolvente. No Brasil, a insolvência presume alguns elementos. Veja.
Impontualidade,Execução Frustrada e Prática de Atos de Falência.
No Brasil, a insolvência presume:
Impontualidade – sem relevante razão de direito, o devedor não paga, no vencimento,
obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma
ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos. Não basta o devedor estar em atraso; é
preciso que sua impontualidade seja injustificada (art. 94, I);
Execução frustrada – o executado por qualquer quantia líquida não paga, não deposita e
não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal (art. 94, II);
Prática de atos de falência – caracteriza-se a falência se o empresário incorrer nos atos
elencados no art. 94, III, da LRF.
 Juízo falimentar – universal
O juízo competente para o processamento da falência será o do principal estabelecimento
do devedor (art. 76).
Autofalência
O empresário que julgue não atender aos requisitos para a recuperação judicial deverá
requerer sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguir com sua
atividade empresarial.
Legitimidade ativa
Estão autorizados a requerer falência (art. 97):
a) o próprio devedor empresário (autofalência);
b) qualquer credor; se empresário, provar a condição de regular;
c) o cônjuge sobrevivente;
d) os herdeiros do devedor;
e) o inventariante;
f) o sócio ou acionista da sociedade;
g) o credor não domiciliado no Brasil, desde que preste caução. 
Hipóteses em que não será declarada
A falência requerida com base na impontualidade não será declarada se o requerido provar
as causas excludentes de falência previstas no art. 96 da LRF.
Responsabilidade dos sócios
Pela nova lei, os sócios solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais
terão sua falência decretada e ficarão sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em
relação à sociedade falida (art. 81). Os efeitos trazidos pela nova lei aplicam-se também
aos sócios que tenham se retirado da sociedade há menos de dois anos. Já a
responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos
administradores da sociedade falida será apurada no próprio juízo da falência,
independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o
passivo (art. 82). Todavia, a ação de responsabilização prescreverá em dois anos,
contados do trânsito em julgado do encerramento da falência.
Rito falimentar
A falência segue rito diferente em função de seu autor (arts. 94 a 96, 98 e 105 a 107).
Defesa do devedor impontual
Uma vez citado, o devedor poderá em 10 dias (art. 98):
a) depositar a importância equivalente ao seu débito, sem contestar (nesse caso,
extingue-se o processo de execução);
b) depositar e apresentar defesa (nesse caso, também, se extingue o processo
de execução);
c) não depositar, limitando-se a apresentar defesa (terá, então, sua falência
declarada).
RECURSOS
Sentença declaratória
Recebidas e cumprida as diligências, o juiz proferirá a sentença, declarando ou não a
falência. A sentença declaratória de falência desafia o recurso de agravo por instrumento
no prazo de 10 dias (art. 100). O agravo por instrumento pode ser interposto pelo falido,
pelo credor e pelo representante do Ministério Público. 
Sentença denegatória
Na sentença denegatória de falência, o juiz apreciou o mérito e julgou improcedente o
pedido do credor. Nesse caso, o recurso cabível será o de apelação, no prazo de 15 dias
(art. 100).
Termo legal
Proferida a sentença, o juiz fixará o termo legal da falência. Termo legal é o lapso temporal
anterior à falência, suscetível de investigação. O termo legal poderá retroagir, no máximo,
90 dias, contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do primeiro
protesto por falta de pagamento, excluindo-se, os protestos que tenham sido cancelados
(art. 99, II).
Efeitos da sentença declaratória
A sentença declaratória de falência produz uma série de efeitos.
1- Quanto aos direitos dos credores – Vencimento por antecipação das obrigações
do falido (art. 77) e a suspensão das ações, execuções e dos juros – contra a
massa não são exigíveis jurosvencidos após a decretação da falência (art. 124).
De acordo com a lei, após a quebra não correm mais juros enquanto não for pago o
valor principal. Excetuam-se da suspensão dos juros as obrigações decorrentes de
garantia real, bem como os credores debenturistas.
2- Quanto à pessoa do falido – Impõe inúmeras obrigações, dentre as quais: assinar
aos autos, desde que intimado da decisão, termo de comparecimento, com a
indicação do nome e sua qualificação (art. 104). O falido, entretanto, tem o direito
de fiscalizar a administração da massa.
3- Quanto aos bens do falido – A falência atinge todos os bens do devedor, inclusive
direitos e ações, salvo aqueles bens absolutamente impenhoráveis e inalienáveis,
bem como a meação do cônjuge e as substâncias entorpecentes ou que causam
dependência física ou psíquica (art. 108).
4- Quanto aos contratos do falido – Os contratos bilaterais não se resolvem pela
falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento
reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou se for necessário à
manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê (art.
117); nos unilaterais (nos quais só uma das partes possui obrigações) o
administrador judicial, mediante autorização do comitê, poderá dar cumprimento ao 
contrato, se esse fato reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for
necessário à manutenção e preservação de seus ativos, realizando o pagamento
da prestação pela qual está obrigada (art. 118). Os contratos de conta-corrente,
embora sejam bilaterais, se resolvem com a falência, devendo ser encerrados (art.
121).
Lacração do estabelecimento
O estabelecimento será lacrado sempre que houver risco para a execução da arrecadação
ou para a preservação dos bens da massa falida ou dos interesses dos credores (art. 109).
Revogação de atos praticados pelo falido antes da falência
Alguns atos praticados pelo falido antes da falência poderão ser revogados, tenha ou não o
contratante conhecimento da situação econômica do falido. Se revogados pelo juiz, os
bens devem ser restituídos à massa em espécie, com todos os acessórios; não sendo
possível, deverá o falido providenciar a indenização correspondente (arts. 129 e 130).
É importante ressaltar que alguns atos objetivamente ineficazes (previstos nos incisos I a
III e VI do art. 129) não perdem a eficácia se estavam previstos no plano de recuperação.
Ação revocatória
É instrumento adequado para reaver os bens transferidos a terceiros. Deve ser proposta
pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministério Público no prazo de três
anos, contados da decretação da falência (art. 132).
Administração da falência
Como visto anteriormente, cabe ao administrador judicial a administração da falência.
Restituição ou embargos de terceiros
O administrador judicial, quando nomeado, providenciará a arrecadação dos bens do falido
em favor da massa. Há situações em que parte desses bens encontra-se protegida por
direito real ou decorrente de contrato. Dessa forma, se arrecadados, ensejarão o pedido de
restituição ou embargos de terceiros pelo legítimo proprietário (art. 85).
Verificação dos créditos 
Vide comentários anteriores.
Classificação dos créditos
Depois de o administrador realizar o atendimento aos credores da massa e as restituições
em dinheiro (art. 84), deverá efetuar o pagamento dos demais créditos, os quais são
classificados conforme sua origem, na seguinte ordem (art. 83):
a) créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários mínimos
por credor, e os decorrentes de acidente de trabalho;
b) créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
c) créditos tributários;
d) créditos com privilégio especial;
e) créditos com privilégio geral;
f) créditos quirografários;
g) créditos subquirografários.
Liquidação
Nessa fase ocorrerá a realização do ativo para pagamento do passivo do devedor falido
(art. 139).
O administrador deve pagar primeiramente os credores da massa; em seguida as
restituições em dinheiro; os credores da falida; e finalmente, restando recursos, os sócios
(art. 149).
Encerramento da falência
Após o julgamento das contas do administrador judicial, este apresentará em juízo o
relatório final no prazo de 10 dias, indicando o valor do ativo e do produto de sua
realização, o valor do passivo e o dos pagamentos feitos aos credores, e especificará
justificadamente as responsabilidades com que continuará o falido. Apresentado o relatório
final, o juiz encerrará a falência por sentença. Contra a sentença de encerramento cabe
recurso de apelação (art. 155). Porém, para que o falido possa reabilitar-se à prática das
atividades empresariais, ainda é necessário que sejam julgadas extintas suas obrigações.
Exercicios
O empresário e a __Sociedade_empresária estão sujeitos a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e à __Falencia___.
	
	
		1.
		A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa.São legitimados para requerer a recuperação judicial EXCETO.
		
	
	
	
	
	O sócio remanescente.
	
	
	O inventariante.
	
	
	O cônjuge sobrevivente.
	
	
	Os herdeiros.
	
	 
	A reunião de fato.
	
	
		2.
		A expressão da figura do Síndico, na Lei de Falências anterior de 1945, foi substituída pela terminologia:
		
	
	
	
	
	Credor Quirografário.
	
	
	Assembléia dos Credores.
	
	
	Auditor Independente.
	
	
	Comitê dos Credores.
	
	 
	Administrador Judicial.
	
	
	
		3.
		Assinale a opção correta acerca da recuperação extrajudicial.
		
	
	
	
	
	A recuperação extrajudicial não necessita da homologação judicial para que produza efeitos.
	
	 
	A recuperação extrajudicial possui como pressuposto não ter obtido recuperação extrajudicial há menos de 5 anos.
	
	
	A recuperação extrajudicial afasta o empresário do exercício da empresa.
	
	
	A recuperação extrajudicial possui como princípios norteadores a celeridade e a economia processual.
	
	 
	A recuperação extrajudicial possui a homologação obrigatória quando o plano de recuperação foi aprovado por no mínimo 3/5 dos credores.
	
	
	
		4.
		Quais os dois órgãos importantes na Recuperação Judicial?
		
	
	
	
	
	Administrador Judicial é uma execução coletiva movida contra um devedor, empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores e o Comitê de Credores idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada
	
	
	Administradores Judiciais serão convocados pelo juiz pelas hipóteses previstas em lei ou quando achar necessário e o Comitê de Credores idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada
	
	
	Administrador Judicial quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços e o Comitê de Credores idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada
	
	 
	Administrador Judicial, Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada e o Comitê de Credores Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional.
	
	
	Administrador Judicial - Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional e o Comitê de Credores idôneo, preferencialmente advogado,economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada
	
	
		5.
		Na promoção da recuperação judicial é fundamental a participação do Ministério Público, das partes e do Juiz, bem como dos seguintes órgãos:
		
	
	
	
	
	Comitê de Devedores, Comitê de Credores e Comitê dos Trabalhadores;
	
	
	Assembleia Geral de Devedores, Assembleia Geral de Credores e Assembleia de Trabalhadores;
	
	
	Comitê de Devedores, Assembleia Geral de Credores e Administrador Judicial;
	
	
	Todas as alternativas estão incorretas;
	
	 
	Comitê de Credores, Assembléia Geral de Credores e Administrador Judicial;
	
	
	
		6.
		A recuperação judicial tem por objetivo tornar viável a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Visa, portanto, permitir que a empresa não paralise seu funcionamento, dando-lhe nova chance de êxito. O juiz pode decretar a falência durante o processo de recuperação judicial.
		
	
	
	
	
	pela apresentação pelo credor do plano de recuperação no prazo de 15 dias improrrogáveis;
	
	 
	pela não apresentação pelo devedor do plano de recuperação no prazo de 60 dias improrrogáveis;
	
	
	pela não apresentação pelo devedor do plano de recuperação no prazo de 40 dias improrrogáveis.
	
	 
	pela não apresentação pelo credor do plano de recuperação no prazo de 60 dias improrrogáveis;
	
	
	pela apresentação pelo devedor do plano de recuperação no prazo de 60 dias improrrogáveis;

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