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Contabilidade Básica 1

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Contabilidade Básica
Estamos acompanhando os lançamentos feitos na forma de diário, de razonete e agora vamos conferir e confirmar os lançamentos utilizando o balancete de verificação, já que a contabilidade é um trabalho contínuo.
O balancete de verificação nada mais é do que um relatório utilizado antes da elaboração das demonstrações contábeis e que, confrontando os saldos, verifica se o método das partidas dobradas foi seguido. 
É, portanto, uma ferramenta importante que possibilita que seja feito um subtotal das rotinas contábeis, permitindo que a pessoa responsável pela elaboração das demonstrações contábeis possa descobrir determinados erros e inconsistências antes da elaboração final dessas demonstrações.
O razonete ― uma versão simplificada do livro razão é também conhecido como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura. Isso permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis.
O razonete da conta Bancos apresenta o lado do débito (em que serão lançadas as entradas, conforme já vimos em resumo anterior) e o lado do crédito (em que serão lançadas as saídas).
Este raciocínio foi utilizado para uma conta de ativo (bancos). Mas como ficaria para uma conta de passivo? 
 Vamos utilizar a conta Fornecedora, para demonstrar o raciocínio:
Para iniciarmos o próximo tópico, relativo ao Balancete, é preciso apurar o saldo dos razonetes anteriormente apresentados.Isso acontece quando é traçada uma linha e o saldo da conta é apresentado de acordo com a natureza da conta.  
Vamos usar o exemplo da conta caixa que analisamos no PDF da página anterior.
Você se lembra que, de acordo com o método das partidas dobradas, todo valor lançado a débito possui um crédito correspondente? Como o próprio nome diz, ele serve para verificar se os saldos dos créditos são iguais ao saldo dos débitos.
Além disso, o balancete de verificação tem outras finalidades, como:
 Apresentar possíveis erros que acabem por distorcer a contabilidade, como o erro na natureza das contas. Se, por um acaso, a conta bancos apresentar saldo credor diferentemente da sua natureza que é devedora, o balancete de verificação apresentará este erro e será possível corrigi-lo antes de se efetuar o balanço patrimonial.
Mostrar as variações em cada elemento patrimonial, ou seja, se a conta aumentou ou diminui naquele determinado período.
O balancete de verificação poderá servir de base para a apuração do resultado e para a elaboração das mais diversas demonstrações contábeis.
Como foi dito anteriormente, comprovar definitivamente o seguimento do princípio das partidas dobradas, em que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.
Apresentar os saldos de todas as contas, uma vez que em suas colunas é possível ver o saldo inicial e as movimentações de cada conta apresentada nos razonetes.
Mesmo com tantas finalidades, o balancete não pode detectar alguns erros, como as contas com a natureza trocada, que acontece quando você esquece e lança a conta caixa com natureza credora.  Isso só será apresentado como uma inversão de valores, mas você precisa ficar extremamente atento e sempre lembrar-se da natureza das contas. Você também deve ficar extremamente ligado na hora de debitar e creditar corretamente as contas, pois o balancete não previne erros de inversão de lançamentos nas contas.
Tipos de Balancete
Existem três tipos de Balancete, mas, antes de conhecê-los, é preciso ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como:
1. A identificação da entidade em questão;
2. A data de elaboração;
3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas;
5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos.
Balancetes de duas colunas: Conhecido também como balancete sintético, esse é o tipo mais comum de balancete, pois é aquele de duas colunas, em que você trabalhará somente com o saldo das contas.
Balancete de quatro colunas conhecido também como analítico, pois permite a análise dos valores envolvidos apresenta a movimentação em cada conta.
Balancetes de seis colunas Também têm o modelo mais utilizado, que é o balancete de seis colunas, ou balancete complexo. Nele é possível ver o saldo do período anterior, o movimento atual e o saldo no final.
A elaboração do balancete requer alguns passos seguidos para que não ocorram erros. Veja quais são eles
1. Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro diário;
2. Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes;
3. Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a soma dos valores a débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta;
4. Posteriormente o balancete, de preferência o de seis colunas, que é o mais completo e permite a conferência de todos os valores, deverá ser elaborado;
5. Todas as contas utilizadas no razonetes deverão ser registradas no balancete;
6. Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras nas duas primeiras colunas do balancete;
7. Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de elaboração dos demonstrativos;
8. Por fim, deverão ser transferidos para a coluna Saldo Final os valores devedores e credores de cada conta. Estes valores serão obtidos nos razonetes confrontando-se o saldo inicial mais as entradas, menos as saída;
9. Deverá ser feita uma verificação final de todos os totais das colunas: checar se Saldo Inicial, Movimento e Saldo Final estão batendo, ou seja, se débito e crédito têm o mesmo valor em cada uma destas colunas;
10. Além disso, já na finalização da elaboração do balancete, deverão ser conferidas as naturezas das contas, isto é, se todas as contas foram contabilizadas corretamente e não estão com a natureza trocada, o que fará com que existam problemas na hora de finalizar as demonstrações contábeis.
Balancete de verificação
Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado:
• O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data;
• O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade;
• Os elementos mínimos que devem constar do balancete;
  
• O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC;
• O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
 Contas de Resultado
Anteriormente foi abordado o conceito de contas patrimoniais, que são aquelas que compõem o balanço das entidades: bens, direitos e obrigações. Agora veremos os dois últimos grupos de contas e que servem para que seja apurado o resultado das entidades: as contas de despesas e receitas. 
Essas contas são extremamente importantes para que as entidades possam verificar se estão tendo lucro ou prejuízo, e, assim, possam maximizar seus ganhos ou tentar reverter suas perdas. 
Vamos entender, nesta aula, o que são essas contas, qual a sua natureza, como são contabilizadas, como funcionam e qual o seu impacto no resultado das entidades.
De maneira adicional, as empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio.  
 
Lembre-se que a receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto as duas situações explicadas anteriormente.  
 
 
Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro.  
 
 
Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais.  
Como já estudamos, as receitaspodem ser definidas como entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber. 
 
Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. 
 
Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhos esporádicos. 
Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento:
Em relação à sua natureza, as receitas podem ser de: As operacionais são derivadas das vendas ou prestação de serviços. 
 
Observe que a receita operacional não poderia existir se a entidade não fosse capaz de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e, como se verá, incorrendo em despesas), produtos ou serviços que o mercado aceitasse. 
 
Assim, antes de tudo, receita é um fluxo de produtos ou serviços durante certo período contábil. Não esqueça!
Já os juros, por exemplo, são considerados receitas indiretas ou de outra natureza dentro da empresa, por não derivarem da atividade desta.
Pode-se afirmar que as três principais características das receitas são:
• Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa;
 
• O mercado é que dá a palavra final de seu valor;
 
• Está relacionada à produção de bens e serviços.
Um dos princípios inerentes ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido.  
 
Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas.
 
Dessa forma, a receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa.
Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores. Veja: 
 
• Seu valor pode ser medido com segurança;
• Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa;
• Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável.
Além disso, devem ser observados também os seguintes aspectos com relação a mercadorias e serviços:
• Os riscos relevantes e também os benefícios devem ser transferidos a quem os comprou;
• Não existe mais controle por parte do vendedor sobre as mercadorias ou serviços.
O momento exato de reconhecimento das receitas pode, contabilmente, ocorrer de três formas: 
Geralmente representa o registro da receita. 
 
Quando a mercadoria está entregue, os custos e despesas são, em sua grande maioria, conhecidos.
Aqui ocorre, geralmente, com serviços.
O valor da receita pode ser determinado por contrato ou acordo. 
Antes do faturamento, já existe a criação de um direito contra o cliente.
Quando é impossível medir o valor dos Ativos recebidos em troca da prestação de serviço ou venda de mercadoria. 
 
Pode ser que existam muitas despesas ainda não estimadas.
Despesas
 
As despesas são o sacríficio dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas. 
 
Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos, a redução de Ativos ou ainda uma criação de Passivos, ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.
 
Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. 
 
Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
 
• A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador.
Você tem muitas despesas?
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas.
Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. 
Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas.
Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas.
É o caso, por exemplo:
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa;
 
• a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas;
 
• o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
 
• as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção.
Todas estas despesas ajudam a empresa a funcionar de maneira harmoniosa, concorda? Fazendo com que as receitas sejam geradas com maior frequência e efetividade. 
   
Note ainda, que a despesa sempre será devedora.
E o tempo? Como é considerado nesta conta? O resultado econômico nada mais é do que as comparações do total de receitas com o total de despesas sendo considerado um mesmo intervalam de tempo para as duas. 
Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc.
Caso as receitas superem as despesas durante este período de tempo, o resultado do período será positivo, ou seja, pode-se dizer que foi gerado lucro no período, aumentando o seu patrimônio.
Entretanto, se o total de receitas incorridas não for suficiente para superar o total de despesas dentro de um mesmo período de tempo, temos um resultado negativo, chamado de prejuízo, que tem o poder de diminuir o patrimônio das entidades.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como:
 
• Vendas;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Impostos e taxas;
• Pesquisa e desenvolvimento.
 
Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos.
 
Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo:
 
• Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação.
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas. 
 
As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As perdas
A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. 
 
Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. 
 
Veja as características básicas da perda:
 
• Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios; 
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
Observe também que o reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas.
Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação. 
 
As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos.
Você sabe o que é depreciação? A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). 
Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza.
A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. 
 
O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem.
A depreciação também é um tipo de despesa ou custo (que possui o mesmo raciocínio da despesa), e sua contrapartida será uma conta retificadora do Ativo.
Regimes contábeis: de caixa e de competência
O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existemdiversas normatizações acerca dos regimes de escrituração.
 
A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°,  estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. 
Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
Não esqueça!
 
As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado.
Encerramento do Resultado
Você já compreende a diferença das contas patrimoniais e de resultado e sabe que estas contas deverão ser confrontadas para se apurar o lucro ou prejuízo. Então, podemos estudar os procedimentos necessários para que finalmente seja apurado o resultado. 
Nesta aula, você vai aprender a fazer o encerramento do resultado, ou seja, como encerrar as contas de despesa e receita e, desta forma, apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo — o que quer dizer que suas atividades estão sendo lucrativas ou não. 
Além disso, analisaremos a importância de uma sequência que é bastante lógica, necessária e simples para que possamos ter a Demonstração do Resultado do Exercício.
Encerramento do resultado do exercício
Você já viu o que são contas de resultado, mas será que você sabe qual é o mecanismo de encerramento destas contas e como acontece a transferência do resultado (lucro ou prejuízo) para o balanço patrimonial?
Não é na Demonstração do Balanço Patrimonial como você pode ter pensado. Então, onde é?
É a Demonstração do Resultado do Exercício que congrega e apresenta os saldos das contas de resultado. Mas como isso é possível?
Na verdade, é preciso que, em primeiro lugar, haja muita organização, depois é necessário uma série de procedimentos, que veremos a seguir, para que se chegue à apuração do resultado do exercício.
Para exemplificar, apresentaremos a apuração dos resultados de duas formas:
• a primeira de uma prestadora de serviços, que é um processo bem mais simplificado; e 
• a segunda de uma indústria, que é um processo mais complexo.
Prestadora de Serviço: A apuração de resultado consiste em um processo relativamente simples em que são confrontadas as despesas e as receitas e depois disso é obtido o lucro ou prejuízo do exercício. 
Entretanto, é necessário seguir um roteiro para que o encerramento do resultado seja feito de forma correta.
Após identificada a situação, qual seria o próximo passo?
É elaborar o balancete de verificação, para analisar e conferir se todos os saldos estão corretos. 
 
Neste caso, utilizaremos o balancete de duas colunas para facilitar o raciocínio.
Podemos verificar que os saldos estão de acordo com o princípio das partidas dobradas, ou seja, a soma dos débitos corresponde à soma dos créditos. 
 
Porém, é preciso confirmar também se as contas estão lançadas de acordo com a sua natureza. 
Neste exemplo, constatamos que todas as contas foram corretamente lançadas.
O outro passo é transferir os saldos das contas de resultado para uma conta chamada de Apuração do Resultado do Exercício (ARE). 
 
No caso da prestadora de serviço que estamos analisando existem somente duas contas de resultado e estas contas deverão ser transferidas à ARE.
 
Para que seja feito o encerramento do resultado, o saldo das contas (neste caso as despesas) deverá ser zerado.
Primeiro Passo
Os lançamentos ficariam no Diário da seguinte forma:
 
Resultado do exercício
a Impostos
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
Segundo Passo
Resultado do exercício
a Despesa com aluguel
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 1.000
 
Já nos razonetes o lançamento ficaria da seguinte forma:
É importante notar que o valor de impostos, que estava a débito na conta, foi zerado a crédito e transferido para a conta ARE como débito, ou seja, as contas mantêm a sua natureza. 
 
O mesmo ocorreu com a conta de Despesa com aluguel que era devedora. Esta foi zerada com um crédito e transferida para a conta ARE a débito, mantendo a sua natureza devedora.
Terceiro Passo : Agora no terceiro passo é preciso também transferir o saldo da conta de receitas para a ARE.
Isso será demonstrado a seguir, na forma de diário:
Receita de exercícios
a Resultado do exercício
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 5.000
E na forma de razonetes: Note que a conta da ARE que já possuía os dois lançamentos do encerramento das despesas recebeu agora um crédito referente à receita. 
 
No caso da conta de receitas, esta foi debitada (encerramento) e manteve a sua natureza na ARE, que é credora.
Quarto Passo
Na quarta etapa deverá ser apurado no razonete o saldo da conta da apuração do resultado do exercício. 
 
Este procedimento será feito após a transferência de todos os saldos de despesas e receitas e irá apresentar o lucro ou prejuízo do exercício.
Verifique que o saldo da conta em questão é credor, o que quer dizer que a empresa teve lucro. Pois, como é possível notar, a empresa teve mais receitas do que despesas. 
 
Caso ocorresse a situação em que as despesas fossem maiores do que as receitas, a ARE teria saldo devedor e a empresa teria prejuízo.
Quinto Passo
No quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial. 
 
Se houvesse prejuízo, deveria ser utilizada a conta Prejuízo.
Osni Moura Ribeiro (2010) ressalta que na vida real o resultado do exercício, quando for apresentado na forma de lucro, tem várias destinações: 
 
• Uma parte vai para o governo, como imposto de renda e contribuição social;
• Outra vai para aqueles agentes que tenham direito à participação na empresa, como empregados e administradores;
• Outra parte vai para a constituição de reservas;
• Outra poderá ser destinada ao aumento de capital;
 
• Também poderá haver destinação aos acionistas na forma de dividendos; 
• Além disso, no caso de prejuízos acumulados, os lucros poderão ser utilizados na compensação desses valores.
O raciocínio para o zeramento da ARE é o mesmo das outras contas. 
 
Neste caso, o ARE tem saldo devedor, certo? 
 
Assim, para zerar seu saldo, faremos um crédito e debitaremos a conta de Reservas (pois houve lucro).
 
Receita de exercícios
a Reservas
Transferência da conta ARE para Reservas (destinação dos lucros) ................ 2.000
Sexto Passo No quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial.
Indústria
Agora vamos analisar a apuração de resultado de uma indústria, ou seja, uma empresa que possui estoque de mercadorias, tendo, por isso, maior complexidade de lançamentos.
Já vimos como funciona o encerramento do exercício, agora é necessário aprender como as contas estão dispostas nesta nova demonstração, que se chama Demonstração do Resultado do Exercício.
Vamos analisar também a integração dessa demonstração com o Balanço Patrimonial, já que ela apresenta as chamadas contas de Resultado que não são dispostas no Balanço.
A DRE ― Demonstração do Resultado do Exercício ― é uma demonstração extremamente importante para a Contabilidade e para a tomada de decisão, pois apresenta o fluxo de informações econômicas das entidades, comprovando como ela obteve seu resultado.
Isso quer dizer que a DRE mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em um determinado período, permitindo que saibamos se ela está ganhando ou perdendo com suas atividades.
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
 
 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
A DRE pode causar alteração no patrimônio líquido? Sim. Basicamente a DRE apresenta as alterações que o Patrimônio Líquido sofre pelas receitas e pelas despesas, já que, como sabemos, as receitas aumentam o valor do patrimônio e as despesas o diminuem. 
Entretanto, o fluxo dessas contas não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado. Apesar de ser elaborada anualmente para fins de divulgação, a DRE normalmente é elaborada mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
E o que deve constar nela?
De acordo com a legislação, em síntese, as empresas deverão discriminar na DRE:
• A receita bruta com vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos (PIS, COFINS, ICMS, IPI); 
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
 
• Outras despesas que não sejam consideradas como operacionais (doações concedidas, deduzidas das receitas não consideradas operacionais ou lucro na venda de imobilizado);
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
O princípio da competência
Como vimos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado de receitas e despesas, evidenciando o resultado econômico da empresa, em um período, normalmente, de 12 meses. 
 
Essa demonstração tem como base o princípio da competência e está delineada conforme outros dois princípios:
As receitas devem ser reconhecidas no exercício em que são realizadas, ou seja, deverão ser registradas, independentemente do recebimento, de acordo com o seu fato gerador.
Partindo do Princípio da Realização da Receita, este princípio trata sobre o confronto destas com as despesas.
 
Isso deverá acontecer no período em que as despesas ocorrerem, independentemente de seu pagamento, em virtude do raciocínio de que toda a receita deverá ter uma receita ou custo em contrapartida.  
E quanto à Apuração? A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo.
 
No caso de resultado positivo e havendo distribuição de lucros, este valor vai aparecer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. 
 
A DRE ao lado é considerada uma DRE completa. Ela é exigida por lei e possui todos os grupos de forma detalhada e destaque para os impostos. 
 
Entretanto, para pequenos comércios e empresas de pequeno porte poderá ser usada uma DRE simplificada.
A Receita Bruta, como sabemos, é o total que uma determinada entidade vende em um período. 
Nesse valor estão os impostos sobre vendas, as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (cancelamentos) que ocorrem no período. 
 
Veja abaixo os impostos sobre vendas mais comuns:
E as devoluções e abatimentos? Não podemos esquecer de que também devem ser reconhecidas as possíveis devoluções ― vendas canceladas por algum motivo (qualidade, preço, avarias) —, que podem ser parciais ou totais.
Além das devoluções, devem ser considerados os abatimentos, que são descontos já dados na nota fiscal.
A Hora do Lucro Bruto
Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a diferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Nesta etapa de apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os gastos como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado. 
O que sobrar servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro líquido).
As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, administração da empresa e financiamento das operações. 
Portanto, envolve tudo que é utilizado para a manutenção da atividade da empresa, mas não tem relação direta com a produção. 
Veja como elas estão divididas:
A venda abrange despesas diversas, como:
 
• Salário da área de vendas;
• Comissões sobre vendas; 
• Publicidade e propaganda;
• Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas);
• Marketing;
• Fretes e carretos;
• Materiais de embalagens, entre outros.
As despesas administrativas são aquelas geralmente gastas no escritório, utilizadas para a manutenção do negócio:
 
• As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na área administrativa;
• Aluguéis;
• Materiais de escritório; 
• Seguro;
 
• Depreciação;
• Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos.
As despesas financeiras estão diretamente relacionadas aos:
• Juros pagos ou incorridos; 
• Comissões bancárias;
• Descontos, entre outros. 
 
O importante é notar que nesta categoria as receitas devem ser compensadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nesta categoria deverá ser o valor líquido do confronto dos dois grupos. Se por um acaso o valor de Receitas Financeiras for maior do que a Despesa Financeira, o valor será deduzido de outras Despesas Operacionais.
Você conhece as formas de tributação nas empresas? No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas, de acordo com vários critérios previstos em lei. 
 
Agora vamos ver quais são os tipos mais comuns de lucro e sua relação com a tributação.
No Lucro Real, o cálculo do imposto será feito mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o valor do lucro real (ajustado) calculado em 31 de Dezembro. Adicionalmente, a parcela que exceder ao valor de R$240.000,00 estará sujeita à incidência adicional de uma alíquota de Imposto de Renda de 10%. É importante destacar que a base de tributação do Lucro Real não é apenas o Lucro Apurado pela contabilidade e sim o Lucro Ajustado.
Este, segundo disposições em lei, possui algumas particularidades com relação a adições e exclusões, ou seja, considera ou exclui alguns valores de sua base de cálculo.
Lucro Presumindo : Calcula o valor do imposto de acordo com percentuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade.
Simples Nacional: Especial para microempresas e empresas de pequeno porte.
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)
Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela.
A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros (do exercício) ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
Com o advento da Lei nº 11.638/07  não pode mais permanecer, nos balanços, saldo naconta de Lucros Acumulados. 
Por isso, todo resultado (Lucro do Exercício) deverá ser destinado na forma de reservas, podendo haver saldo somente na forma de Prejuízo Acumulado.
 
Pode-se dizer, assim, que a DLPA é um instrumento de ligação entre a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial.
DRE e seus subgrupos 
A seguir veja a estrutura básica da DRE com os principais subgrupos demonstrados: 
MODELO DA DRE 
Receita Operacional Bruta (Vendas e Serviços) 
(-) Deduções da Receita Bruta
 (=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custos das Vendas 
(=) Resultado Operacional Bruto 
 Despesas Financeiras (-) Despesas Administrativas (-/+) Outras despesas/receitas 
 Outras Despesas
 Outras Receitas (=) Lucro ou Prejuízo Operacional (=) Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro 
 (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro (=) Lucro Líquido Antes das Participações
 (-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias (=) Resultado Líquido do Exercício.
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é uma das últimas etapas do processo que começa com os Lançamentos Contábeis, passa pelos Razonetes e pelo Balancete de Verificação, e termina na Demonstração do Resultado do Exercício e no Balanço Patrimonial. 
Como verificaremos nesta aula, esta demonstração é obrigatória e extremamente importante, pois demonstra o fluxo financeiro na empresa.
É no Balanço Patrimonial que é possível verificar os bens, direitos e obrigações, bem como o fluxo financeiro que ocorre nas entidades. 
Além disso, é uma demonstração extremamente importante para vários tipos de análises que fornecem aos interessados — como acionistas, sócios e proprietários — informações para a tomada de decisão.
Você lembra o que é Balanço Patrimonial? É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e
patrimonial de uma entidade numa determinada data. Representando, portanto, uma posição estática, sintética e ordenada da mesma.
Conforme vimos na aula 3, o Balanço apresenta a seguinte estrutura:
No Ativo Circulante, os valores  são rapidamente conversíveis em moeda ou já são moeda efetivamente.
No Ativo Não Circulante estão os valores que ainda possuem prazo de resgate maior, como as aplicações financeiras com prazo superior a 360 dias ou o imobilizado da empresa.
No Passivo Circulante estão as dívidas que deverão ser pagas em até 360 dias.
No Passivo Não Circulante ficam as dívidas com prazo superior a 360 dias.
Já o Patrimônio Líquido é o grupo que apresenta os valores não exigíveis e que pertencem aos sócios.
Os Ativos (bens e direitos), que são considerados como aplicações dos recursos;
• Os Passivos (exigibilidades e obrigações); e 
• O Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total do Ativo e do Passivo.
Note que o Balanço apresenta a situação patrimonial da empresa de forma equilibrada, apresentando bens, direitos e obrigações em um único relatório.
Agora vamos analisar um resumo ordenado dos principais grupos e contas do Balanço Patrimonial:
Ativo
Característica, sentido e definição
Cada um dos elementos que integram o Ativo tem a característica de oferecer um benefício econômico futuro ou provável e que são obtidos ou controlados por uma determinada entidade, em consequência de transações que ocorreram no passado, certo?
Outro sentido possível para o Ativo, é que seus valores são controlados por uma determinada entidade, e podem, de alguma forma, gerar fluxos de caixa, ou seja, gerar dinheiro para a empresa.
Além disso, podemos defini-lo como a potencialidade de serviços em sua essência, que irão gerar, de forma direta ou indireta, imediatamente ou no futuro, fluxos de caixa. Para que determinado bem seja considerado um Ativo é preciso considerar as seguintes características simultâneas: • Bens ou direitos;
• Propriedade (há exceções, que podem ser ilustradas pela figura do leasing financeiro);
• Mensurável em dinheiro;
• Benefícios presentes ou futuros.
Tipos de Ativos
Pode-se afirmar que o ativo possui quatro grupos principais:
Ativos tangíveis: Como vimos na aula 2, podem ser consideráveis tangíveis os Ativos que de certa forma podem ser tocados, medidos, ou mensurados de alguma forma. 
 
Pode-se afirmar que estes integram o patrimônio físico das entidades, e podem ser exemplificados por máquinas, instalações, terrenos, entre outros.
Neste grupo surgirá a seguinte estrutura:
 
Veículos
(-) Depreciação acumulada de veículos
 
Máquinas e equipamentos
(-) Depreciação acumulada de máquinas e equipamentos
 
Esses valores são retificadores das contas do Permanente, ou seja, corrigem o valor dos itens deste grupo, e isto é utilizado para evidenciar a perda do valor econômico destes bens.
Ativos Intangíveis: Vimos também na aula 2 que os ativos intangíveis (que deverão possuir as mesmas características de reconhecimento dos tangíveis) são aqueles oriundos da aquisição de direitos ou serviços. 
 
Entram neste contexto os direitos autorais, marcas e patentes, fundo de comércio, licenças, locações, entre outros que possibilitem benefícios futuros, mas que não possuam as mesmas características corpóreas dos tangíveis.
Ativos Monetários: São aqueles que podem ser expressos ou transformados em moeda, e cujos valores nominais são definidos pelo título ou documento que o suporta.
Nesta categoria também podem ser reconhecidos os valores como as disponibilidades em forma de caixa, bancos, títulos a receber, depósitos entre outros que possuam estas características.
 
Neste grupo será apresentada, em algumas empresas, a seguinte estrutura:
 
Clientes
(-) Provisão Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa
Ativos não Monetários: Os Ativos Não Monetários são representados basicamente por bens e direitos de existência física. 
 
Este conceito aplica-se aos bens imobilizados e suas depreciações, bem como investimentos, estoques, adiantamentos a fornecedores, funcionários e estoques.
Nas empresas industriais, por exemplo, o estoque é dividido em etapas, de acordo com o processo produtivo:
• Estoque de produtos em processo — são os itens necessários à fabricação de um determinado produto final, que se encontram nas diversas fases da produção;
• Estoque de matéria-prima ― composto pelo estoque das principais matérias que irão compor o produto;
 
• Estoque de produtos acabados — é aquele estoque composto por produtos que já tiveram o seu processo finalizado. São materiais que estão em depósito e que estão prontos para expedição ou entrega.
Pode-se definir Passivo como um sacrifício provável, que originará benefícios futuros e que são resultantes de obrigações presentes.
Por isso, a essência da exigibilidade está baseada em obrigações, deveres ou responsabilidades.
O Passivo deverá incorporar os seguintes conceitos: 
 A obrigação deve existir no primeiro momento, apesar de estar ligada a uma transação ou evento do passado. O passivo representa, em sua maioria de contas, o reflexo de transações passadas. É dessa forma porque contas como fornecedores, impostos, salários, contas diversas a pagar, entre outras, representam transações ocorridas anteriormente. 
 As provisões e deveres devem ser incluídos, baseados em necessidades de realização de pagamentos futuros. Seguindo o Princípio da Competência e a Convenção do Conservadorismo, as provisões deverão ser feitas de acordo com o fato gerador, e, desde que minimamente estimáveis, deverão ser incorporadas ao passivo, refletindo, assim, a verdadeira situação de endividamento da entidade.
 Não é necessário que o valor seja conhecido com exatidão para que seja feita a provisão, o que configura a Exigibilidade Contingente. São exemplos desses Passivos as ações judiciais, devido à Convenção do Conservadorismo, que escolhe maior avaliação para o Passivo. Ou seja, verificando a possibilidade da ação judicial efetivamenteocorrer, esta já deve ser registrada, independente de um valor preciso ou, ainda, data estipulada para pagamento.
 Deve haver um valor de vencimento determinável e a expectativa de que seja exigido pagamento. Este tópico está relacionado à maioria dos passivos, porém as ações judiciais perdem esta característica. 
 O beneficiário da dívida deverá ser reconhecido até o momento do pagamento, podendo ser um elemento específico ou um grupo. Reconhecimento do Passivo Com relação ao Passivo, devem ser observadas as seguintes características relativas ao seu reconhecimento: 
 É preciso observar que a obrigação surge quando se obtém o direito de utilização de bens ou serviços, ocorrendo o reconhecimento, da contrapartida, seja ela Ativo ou Despesa; 
 É mensurável, ou seja, é possível avaliar monetariamente tal elemento por uma quantia definida ou estimada; 
 É relevante, ou seja, de acordo com o princípio da Oportunidade ou Convenção da Materialidade, a obrigação precisa apresentar valor relevante para que seja registrada;
 É precisa. Porém, o momento em que a transação ocorre nem sempre é claro. Uma despesa deve ser reconhecida quando os bens ou serviços são consumidos ou utilizados no processo de geração de receita. Se a obrigação de pagamento por esses bens e serviços ainda não tiver sido reconhecida, isso deverá ocorrer após o momento em que as despesas são reconhecidas. Em muitos casos, porém, os bens e serviços são recebidos antes de serem utilizados. Nesse caso, tanto o Ativo, quanto o Passivo devem ser contabilizados a menos, evidentemente, que o pagamento seja feito imediatamente.
Você sabia que existem vários tipos de Passivo?
O passivo apresenta as obrigações em ordem decrescente de liquidez. Veja:
Passivos Monetários
São obrigações em termos nominais, ou seja, envolvem o pagamento de quantias pré-determinadas. Com relação aos Passivos Circulantes, normalmente têm vencimento de curto prazo. Assim, podem ter o seu valor apresentado pelo valor de face.
Já nos Passivos Não Circulantes, o valor tende a ser representativo. Dessa forma, eles devem ser avaliados por seu valor presente. 
Passivos Não Monetários
São configurados como obrigações de fornecimento de bens e serviços que possuem uma determinada quantidade e qualidade. Como exemplos temos os adiantamentos de clientes, que foram valores recebidos anteriormente e que deverão ser honrados pela empresa na forma de entrega de bem ou serviço.
Passivos Onerosos
São aqueles que custam à empresa mensalmente juros e encargos. Como, por exemplo, financiamentos e empréstimos.
Passivos Não Onerosos
São aqueles sobre os quais a empresa não paga encargos, pois decorrem da atividade normal dela. Exemplos: duplicatas a pagar, fornecedores, empréstimos, entre outros que não possuem juros em sua composição.
Passivos Exigíveis Fixos
Não variam com o volume de Renda da empresa. 
Os exemplos mais comuns são as contas de salários dos funcionários, que recebem valores fixos todos os meses. 
Os Passivos Exigíveis também podem ser: Exigíveis Coligavam: Nesse modelo, as dívidas com coligadas são as mantidas com as empresas do mesmo grupo.
Terceiros: São advindas de dívidas junto a empresas que não possuem nenhuma ligação com a empresa, tendo, assim, maior risco. 
Quirografários: Neste modelo, em caso de falência, as dívidas serão liquidadas nessa ordem:
• Empregados e Encargos Sociais; 
• Dívidas com garantias reais (hipotecas, penhor mercantil);
• Governo (impostos, outros). 
Passivos Variáveis
Guardam certa relação com o volume de vendas. São exemplos os impostos que aumentam ou diminuem conforme a quantidade vendida.
De forma simples, Patrimônio Líquido pode ser definido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo. 
Porém, o detalhamento deste grupo pode ser aprofundado, pois contém, entre outros recursos conferidos pelos acionistas, reservas que representam distribuição de lucros, ajustes de capital, entre outros.
Também fazem parte do Patrimônio Líquido:
• Valores pagos por acionistas; 
• Doações para investimentos recebidas de terceiros; 
• Valores integralizados pelos sócios;
• Capital integralizado pelos sócios;
• Reservas de lucros;
• Reservas especiais de capital;
•  (-) Prejuízos Acumulados;
•  (-) Ações em tesouraria.
Para que serve uma reserva?
Sua criação pode ser exigida por disposição estatutária ou legal e serve para proteger a entidade e seus credores dos efeitos de possíveis perdas. Muitas vezes, a existência e o valor dessas reservas são considerados relevantes para a tomada de decisões. 
 
As reservas estão distribuídas da seguinte forma:
a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado;
b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007); 
f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007);
g) Até 31/12/2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01/01/2008, a respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros.

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