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Contabilidade Básica

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GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 
Faculdade Estácio de Sá 
CONTABILIDADE
BÁSICA
 1° Período (Semestre)
 (07/03/2019 a 05/07/2019)
Contabilidade Básica
Aula 1 - Introdução à Contabilidade
Introdução
A Contabilidade exerce grande influência em nossa vida financeira.
Seu objetivo é apoiar a tomada de decisão a partir da contabilização de todos os números que podem afetar a situação econômica das Pessoas Físicas e Jurídicas.
Essa ciência é capaz de reunir dados e auxiliar a formulação de planejamentos mensais de gastos, balanços, entre outros programas que fazemos em nossa rotina.
Vamos nos aprofundar no assunto?
Bons estudos!
Objetivos
Determinar a finalidade da Contabilidade Básica.
Interpretar a disciplina em um contexto ético, em constante mudança.
Identificar as implicações organizacionais e as adaptações legais da Contabilidade com o advento da Tecnologia da Informação.
_________________________________________________________________________________
Terminologia da área
A Contabilidade enquanto ciência tem como função administrativa, segundo Marion (2015):
O que se pode perceber é que a Contabilidade se configura como uma importante ferramenta de apoio para que o gestor analise os riscos e auxilie no suporte técnico e lógico para as entidades.
Quando iniciamos os estudos sobre a ciência contábil, nós nos deparamos com o desafio da terminologia, que pode dificultar o entendimento da matéria.
Na língua portuguesa, encontramos palavras que, dependendo do ponto de vista em que são consideradas, assumem significados diferentes.
Vejamos alguns exemplos:
TÉCNICAS CONTÁBEIS
Para Ferreira (2015), a Contabilidade compreende o registro das operações da empresa em livros mantidos para essa finalidade.
O motivo do registro está no fato de que a Contabilidade tem como função controlar o patrimônio de uma Pessoa Física ou Jurídica, além de gerar as informações para o público com interesse.
O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Dessa forma, tem como objetivo permitir:
Para atingir esse fim, a Contabilidade utiliza várias técnicas, tais como:
INFORMAÇÕES CONTÁBIL-FINANCEIRAS
A Contabilidade se configura como uma importante ferramenta de apoio para que o gestor analise os riscos e dê suporte técnico e lógico para as entidades.
Para o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) (http://www.cpc.org.br/CPC), que trata do tema, o propósito do relatório contábil é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que as reporta – aquelas consideradas, de alguma forma, úteis aos
stakeholders(partes interessadas).
As pessoas interessadas nas informações contábil-financeiras podem ser:
De acordo com o CPC – Estrutura Conceitual
(http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/455_CPC00%20Pronunciamento.pdf), as demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista as finalidades específicas de cada usuário.
Sabemos, então, que um papel muito importante da Contabilidade é fornecer informação útil para a tomada de decisões econômicas.
De forma específica, a Contabilidade apresenta as seguintes funções:
· Função econômica
Apurar o resultado econômico do período, o qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo.
· Função administrativa
Controlar o patrimônio da entidade sobre os seguintes aspectos:
Estático – posição em determinado momento, como aquela apresentada no Balanço Patrimonial (BP);
Dinâmico – movimento ou mudanças qualitativas e quantitativas dos elementos.
ÁREAS ESPECÍFICAS
Para Iudícibus et al (2013), existem duas abordagens na Contabilidade que ganham status de teoria: a teoria normativa e a teoria positiva.
Como ciência social, a Contabilidade deve ser estudada em áreas específicas, com o intuito de aprimorar as técnicas no aspecto de determinadas atividades a partir de suas finalidades.
Todas essas áreas específicas se relacionam entre si, tais como:
É relevante entender a palavra entidade, que, para a Contabilidade, tem sentido amplo, pois muitos entendem apenas as organizações filantrópicas.
A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA
A abordagem da Contabilidade como ferramenta estratégica é fundamental, seja para os usuários:
VOCÊ SABIA?
Os estudos de Santos (2011) revelam que a Contabilidade já era reconhecida durante a Pré-história. Afinal, no Período Mesolítico, já se utilizavam, por meios de sinais pictográficos, sistemas contábeis registrados em fichas de barro, que continham, por exemplo:
· Símbolos de animais;
· Materiais têxteis;
· Recipientes;
· Metais etc.
Com base nessas constatações, podemos perceber que a Contabilidade vem evoluindo muito rápido a partir dos estudos da escola italiana e americana.
Nesse caso, os usuários podem identificar a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que reporta a informação, inclusive para auxiliar a avaliação de sua liquidez e solvência, suas necessidades em termos de financiamento adicional e o quão provavelmente bemsucedido será seu intento em angariar esse financiamento.
De acordo como o CPC 00 R1 a informação contábil precisa ter:
Relevância
Diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões.
As informações são relevantes quando fazem a diferença nas decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados ou corrigindo suas avaliações anteriores (valor confirmatório), ou ajudando-os nos processos para predizer resultados futuros (valor preditivo).
A relevância depende da natureza e também da materialidade (tamanho) do item em discussão.
Representação fidedigna
Diz respeito a três atributos: a informação precisa ser completa, neutra e livre de erro.
· Para ser completa, ela tem de conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno retratado.
· Para ser neutra, ela necessita estar desprovida de viés na seleção ou na apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos.
· Para ser livre de erro, o processo para obtenção da informação deve ser selecionado e aplicado sem equívocos.
A estimativa terá representação fidedigna se o montante for claramente descrito como tal, e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente reveladas.
Existem outras características qualitativas de melhoria das demonstrações contábeis – menos críticas, mas, ainda assim, altamente desejáveis.
De acordo com o CPC 00, são elas:
As características qualitativas tornam as informações mais úteis e confiáveis, pois buscam comunicar aos acionistas não controladores sobre a posição econômica e financeira das entidades das quais fazem parte.
ATIVIDADES
1 - A ciência contábil tem função importante na análise de relatórios que auxiliam os gestores na tomada de decisão. Por isso, o profissional de Contabilidade é considerado essencial no controle empresarial.
Analise as seguintes sentenças:
I. A função administrativa do profissional contábil é controlar o patrimônio da entidade apenas sobre o aspecto estático – posição em determinado momento, como aquela apresentada no balanço.
II. A função econômica do profissional contábil é apurar o resultado econômico do período, o qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo.
III. A Contabilidade compreende o registro das operações da empresa em livros mantidos para essa finalidade.
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) I e III.
d) II e III. (Resposta correta)
e) I, II e III.
2 - Entre as características qualitativas expressas pelo CPC nº 00, assinale a opção CORRETA:
a) A comparabilidade não permite a identificação e compreensão de similaridades e diferenças entre os itens.
b) A verificabilidade implica que diferentes observadores podem chegar a um consenso sobre o retrato de uma realidade econômica e, em certas circunstâncias, representar uma faixa de possíveis montantes com suas respectivas probabilidades. (Resposta correta)
c) Tempestividade significa que o profissional contábil está disponível a qualquer tempo para influenciar o usuário em suadecisão.
d) Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a incompreensível.
e) A relevância diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões.
3 - A informação é vital para um mercado mais eficiente e para a redução do custo do capital para a economia como um todo, mas o custo está sempre presente na geração da informação.
De acordo com o CPC 00 R1, discorra sobre os seguintes pontos: relevância e representação fidedigna.
Relevância
Aquela que diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões.
As informações são relevantes quando fazem a diferença nas decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados ou corrigindo suas avaliações anteriores (valor confirmatório), ou ajudando-os nos processos para predizer resultados futuros (valor preditivo).
Representação fidedigna
Aquela que diz respeito a três atributos: a informação precisa ser completa, neutra e livre de erro.
Para ser completa, ela tem de conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno retratado.
Para ser neutra, ela necessita estar desprovida de viés na seleção ou na apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos.
Para ser livre de erro, o processo para obtenção da informação deve ser selecionado e aplicado sem equívocos.
Contabilidade Básica
Aula 2 - Patrimônio – conceito e representação gráfica
INTRODUÇÃO
Nesta aula, identificaremos o patrimônio como objeto da Contabilidade.
Para isso, estudaremos suas classificações e apresentaremos sua representação gráfica (em forma de T), introduzindo as primeiras noções de ativoe passivo.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Reconhecer a importância do patrimônio.
Classificar o patrimônio e seus aspectos qualitativos e quantitativos.
Reproduzir a representação gráfica do patrimônio e a equação patrimonial.
_________________________________________________________________________________
PATRIMÔNIO
O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO: um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertencente a uma pessoa (Física ou Jurídica).
A finalidade da Contabilidade é controlar o patrimônio das entidades e identificar as alterações ocorridas em sua composição.
Quando desejamos saber a real situação da entidade devemos:
Assim saberemos a situação líquida.
Vídeo aula.
Vamos entender melhor esses componentes?
BENS
Os bens são capazes de satisfazer as necessidades humanas e são suscetíveis de avaliação econômica.
De acordo com Ferreira (2015), eles podem ser classificados como:
Bens corpóreos
Bens materiais, ou seja, aqueles que têm existência física, que podem ser tocados.
Exemplos:
1. Dinheiro;
1. Edificações;
1. Terrenos;
1. Veículos;
1. Móveis;
1. Utensílios;
1. Equipamentos de informática;
1. Máquinas e equipamentos industriais;
1. Instalações elétricas e hidráulicas;
1. Ferramentas;
1. Estoque (material de escritório, mercadorias, matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados).
Bens incorpóreos
Bens imateriais, ou seja, aqueles que não existem fisicamente.
Exemplos:
1. Programas de computador;
1. Marcas de propaganda;
1. Patente de fabricação;• Propriedade literária;
1. Propriedade científica.
Bens numerários
Bens que representam os recursos financeiros em dinheiro (reconhecidos como CAIXA).
Bens de consumo
Bens não duráveis, ou seja, aqueles que são consumidos em determinado espaço de tempo.
É necessário analisar com cuidado os gastos com esses bens.
Se comprados em grandes quantidades, eles podem ser lançados em estoque de almoxarifado, mas, se consumidos imediatamente em pequenas quantidades, podem ser lançados direto para a apuração do resultado.
Exemplo: Gastos com material de limpeza e de expediente.
Bens de transformação
Bens utilizados na fabricação de outros bens, ou seja, seus produtos. Eles são registrados em contas chamadas de Matéria-prima dentro do grupo Estoque.
Exemplo:
Madeira usada para construir mesa e cadeira.
Bens de venda
Bens produzidos e acabados ou adquiridos prontos de terceiros para revenda. Eles são lançados em Mercadoria, e os produtos acabados, dentro do grupo Estoque.
Bens de renda
Investimentos feitos pela entidade em ativos não destinados à atividade operacional. Apesar de não serem comprados com o intuito de vender, esses bens são fontes de recursos assim como outras receitas. Eles são registrados no grupo Investimentos.
Exemplo:
Aluguel de um terreno comprado para investimento.
Bens de uso
Bens destinados à atividade operacional da entidade.
Exemplos:
1. Veículos – usados na entrega de mercadoria;
1. Móveis e utensílios – usados nas tarefas do cotidiano da empresa;
1. Máquinas – usadas na produção.
DIREITOS
Ferreira (2015) afirma que, em sentido contábil, os direitos representam créditos, ou seja, valores a receber ou a recuperar nas transações com terceiros, como duplicatas e aluguéis.
Em sua maioria, eles decorrem da atividade operacional como uma venda a prazo.
Podemos citar como exemplos:
Em regra, os direitos são representados por títulos e documentos.
OBRIGAÇÕES
As obrigações são os valores que a entidade deve como resultado de eventos passados. Elas se dividem em:
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
Assinale a opção que contém apenas obrigações:
1. Clientes, capital e duplicatas a pagar.
1. Veículos, móveis e caixa.
1. Fornecedores, duplicatas a pagar e clientes.
1. Fornecedores, duplicadas a pagar e aluguéis a receber.
1. Fornecedores, duplicatas e salários a pagar. (Resposta correta)
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
De acordo com Ferreira (2015), a identificação dos elementos que compõem o patrimônio diz respeito a seu aspecto qualitativo. Já a mensuração desses elementos corresponde ao aspecto quantitativo.
A representação gráfica do patrimônio é feita da seguinte forma:
SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) deu uma definição bem simples para o Patrimônio Líquido (PL):
Para o BP estar em equilíbrio, o total dos valores do ATIVO deve ser igual ao total do PASSIVO. Mas, na prática, isso acontece raramente.
A diferença desses valores é chamada de Situação Líquida (SL). Assim, a equação fundamental do patrimônio é a seguinte:
A SL – que é sempre disposta no lado do PASSIVO – indica:
As possíveis SLs são:
Ativo e passivo podem ser iguais ou maiores do que zero, mas a SL pode ser maior, igual e menor do que zero.
TIPOS DE CAPITAL
Para Iudícibus et al(2013), existem quatro conceitos de capital. São eles:
Capital Nominal
Investimento inicial realizado pelos sócios de uma entidade e registrado em uma conta chamada de Capital ou Capital Social.
O Capital Nominal corresponde ao PL inicial e só sofre alterações quando:
1. Os sócios/proprietários realizam novos investimentos (aumento de capital) ou desinvestimentos (redução de capital);
1. Há geração de lucros (aumento do PL) ou prejuízos (diminuição do PL).
Capital Próprio
Recurso evidenciado no patrimônio como PL, pois o ativo é o patrimônio bruto. Esse recurso abrange o Capital Inicial dos sócios da empresa e suas variações.
Capital de Terceiros
Passivo que será exigido da entidade (passivo exigível), utilizado para financiar as atividades empresariais.
Capital Total
Valores disponíveis para a empresa, iguais à seguinte soma:
Capital Próprio + Capital de Terceiros
VOCÊ SABIA?
Uma questão recorrente em concurso público é aquela que aborda o tema da estática e da dinâmica patrimonial.
A situação estática (em repouso) do patrimônio é evidenciada no BP, e a dinâmica, na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
Na DRE, são declaradas as contas que alteram a SL do patrimônio (seu resultado) e modificam o Capital Próprio da entidade.
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
- Descreva qual é a principal característica dos capitais próprios e de terceiros.
R: Aplicação em operações principais e acessórias para obter o máximo de rendimento.
ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS
Para Ferreira (2015), em um gráfico patrimonial,é possível observar o total de recursos que a empresa obteve e que estão a sua disposição.
A Contabilidade identifica todos os fatos administrativos que resultam em origens e aplicações de recursos.
Os registros são feitos com destaque para onde o recurso foi aplicado e de onde foi originado. Sendo assim:
Como já vimos, o passivo representa obrigações com terceiros no período atual, decorrentes de eventos passados e que demandam o consumo de ativos para sua liquidação.
O passivo configura-se, então, como a origem dos recursos. Trata-se do Capital Total à disposição da entidade (Capital de Terceiros + Capital Próprio).
A empresa administra seu ativo para que este gere benefícios futuros, independente de ter forma física (tangíveis) ou não (intangíveis) – como é o caso das marcas e patentes. No ativo, estão, portanto, as aplicações de recursos.
Podemos citar como exemplos:
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Para registrar suas operações, a Contabilidade adota o método das partidas dobradas – exposto, oficialmente, pelo matemático italiano Luca Pacioli (http://www.accpr.org.br/frei-luca-pacioli/) (1445-1517), em 1494.
De acordo com esse raciocínio, o registro contábil implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.
Sendo assim:
Não existe DÉBITO sem CRÉDITO, ou seja, não existe APLICAÇÃO sem ORIGEM DE RECURSOS.
O débito e o crédito fazem parte de uma convenção bastante utilizada pela Contabilidade e estão presentes no razonete (livro-razão).
Assim:
 
 
TERMINOLOGIAS CONTÁBEIS TERMOS DESCRIÇÃO 
Capital autorizado 
Limite já previsto para as Sociedades Anônimas relativo a novas subscrições de capital sem a necessidade de alteração estatutária. Em outras palavras, trata-se da situação em que já existe autorização prévia do estatuto para um possível aumento de capital. 
Ativo operacional 
Ativo aplicado nas atividades rotineiras da entidade. 
Capital circulante
 Também conhecido como ca pit al d e gir o , trata-se do ativo circulante, ou seja, dos bens e direitos de curto prazo. Fonte: Marion, 2015; Padoveze, 2014; Idudícibus,2013.
ATIVIDADE
1 - No último dia do exercício social, a empresa Green demonstrou o seguinte patrimônio devidamente registrado na Junta Comercial:
1. Bens = R$ 13.000,00;
1. Direitos = R$ 7.000,00;
1. Dívidas = R$ 9.000,00;
1. Capital social = R$ 10.000,00.
Com base nessas informações, podemos afirmar que, do ponto de vista contábil, o referido patrimônio apresenta: 
 a) Situação Líquida nula ou compensada.
1. Passivo a descoberto no valor de R$ 1.000,00.
1. Prejuízos acumulados no valor de R$ 1.000,00.
1. Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.000,00.
1. Patrimônio Líquido no valor de R$ 11.000,00. (Resposta correta)
2 - A demonstração contábil que tem por finalidade evidenciar, de forma qualitativa e quantitativa, a situação patrimonial e financeira da empresa, bem como dos atos registrados na escrituração contábil chama-se:
 a) Balancete de Verificação.
1. Balanço Patrimonial. (Resposta correta)
1. Demonstração de Fluxo de Caixa.
1. Demonstração do Valor Adicionado.
1. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Contabilidade Básica
Aula 3: Contas patrimoniais e de resultado 
INTRODUÇÃO
Nesta aula, aprenderemos a reconhecer, a classificar e a compreender o patrimônio. 
Já vimos que o patrimônio é o objeto da Contabilidade e que é classificado como bens, direitos e obrigações.
Agora, vamos estudar as teorias das contas – personalista, materialista e patrimonialista (adotada no Brasil) –, cujo propósito é classificar e interpretar essas operações contábeis.
Aqui, trabalharemos as contas patrimoniais e de resultado, classificando os ativos, os passivos, as despesas e as receitas.
Bons estudos! 
OBJETIVOS
Listar as contas e os grupos de classes de categorias econômicas semelhantes.
Classificar as contas patrimoniais e de resultado.
________________________________________________________________________________
Definição de contas
As contas (Nome técnico utilizado para identificar componentes patrimoniais ou de resultado. Nas contas, lançamos as aplicações e origens de recursos, bem como os valores a débito e a crédito.), exercem um importante papel no processo contábil: suprir os usuários acerca do patrimônio e de suas variações.
Isso é feito mediante o registro dos atos e fatos da administração econômica dos componentes do patrimônio e a formação dos resultados realizados em cada período.
Para cada bem ou agrupamentos de bens, de direitos, de obrigações ou de Situação Líquida (SL), há, portanto, uma conta específica.
Da mesma forma, as modificações do patrimônio (positivas ou negativas), oriundas das atividades da empresa, são demonstradas em operações contábeis.
Vamos entender melhor o assunto?
Registro contábil e passos do ciclo contábil
Para começar, é importante identificar os elementos indispensáveis para registrar os fatos nas contas. 
São eles:
Os passos do ciclo contábil, por sua vez, são:
Vídeo aula conteúdo interativo.
Natureza das contas
As contas funcionam por movimentos de débito e crédito. Para entendermos esse mecanismo, precisamos, primeiro, conhecer a natureza de cada conta. 
Vídeo aula conteúdo interativo.
Teorias das contas
Vamos conhecer, agora, as teorias das contas. São elas:
Teoria personalista
Aquela que engloba as seguintes contas:
1. Contas do proprietário – SL, receitas e despesas;
1. Contas dos agentes consignatários – bens (no ativo);
1. Contas dos correspondentes – direito (no ativo) ou obrigações (no passivo exigível).
Teoria materialista
Aquela que engloba as seguintes contas:
1. Contas integrais – ativo e passivo exigível;
1. Contas diferenciais – SL, receitas e despesas.
Teoria patrimonialista
1. Contas patrimoniais – ativo, passivo e SL;
1. Contas de resultado – receitas e despesas.
A tabela a seguir apresenta o resumo dessas teorias:
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
De acordo com a teoria personalista, as contas são classificadas como:
a) Integrais e diferenciais.
b) De proprietário e de agentes consignatários.
c) Do proprietário, dos agentes consignatários e correspondentes. (Resposta Correta)
d) Patrimoniais e de resultado.
e) Patrimoniais, dos agentes consignatários e dos correspondentes.
Aqui, vamos nos ater àquela adotada no Brasil: a teoria patrimonialista.
Contas patrimoniais
Como vimos, os bens, os direitos e as obrigações – ativo, passivo e PL, respectivamente – representam as contas patrimoniais. 
Vídeo aula conteúdo interativo.
As contas patrimoniais são utilizadas para apuração e controle do patrimônio.
Seus componentes podem ser considerados sob dois aspectos:
Montante: Quantidade monetária de cada um dos elementos patrimoniais.
Contas redutoras
Além do ativo, do passivo e do PL, também são consideradas patrimoniais as contas retificadoras ou redutoras, ou seja, negativas – aquelas que reduzem o saldo do grupo ao qual pertencem e acabam por retificá-lo. 
Essas contas não existem sozinhas, pois são utilizadas para subtrair os saldos de outras operações contábeis. 
As mais conhecidas do ativo são: 
Se estiverem no ativo, as contas redutoras terão saldo credor, mas, se estiverem no passivo ou no PL, terão natureza devedora. 
 A conta Cliente apresenta os seguintes dados:
• Natureza – devedora;
1. Saldo – R$ 200.000,00;
1. Valor aproximado de perda em liquidação duvidosa – 5%.
Nesse caso, deve ser aberta uma conta no valor de R$ 10.000,00 para retificar aquele de que o administrador pode dispor para pagar suas obrigações.
Logo, essa conta Cliente se evidencia da seguinte forma:
Clientes --------------------------------------------------------------------------- R$ 200.000,00
Perda estimada (líquida duvidosa) ------------------------------------------ (R$ 10.000,00) 
Existem poucas contas do passivo retificadoras. Entre estas, podemos citar: juros a apropriar ou a transcorrer. 
No caso do PL, há: 
Contas de resultadoAs contas de receitas, de custos e de despesas são consideradas temporárias, pois seus saldos são apurados a cada exercício. Chamamos isso de encerrarou zerara conta.
Seu saldo deve ser lançado em uma conta de resultado ou Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Depois disso, ele é transferido para o PL.
As contas de resultado dividem-se em:
Despesas
Aquelas que se caracterizam pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, com o objetivo de obter receitas. 
Exemplos:
1. Energia elétrica;
• Material de expediente;
1. Salários etc.
Existem contas que são representadas pelos seguintes gastos:
1. Comerciais – comissão, brindes e feiras;
1. Administrativos – 13º salário, férias, água, telefone e aluguel;
1. Financeiro – juros e despesas bancárias.
Receitas
Aquelas decorrentes das vendas ou das prestações de serviços, mas existem outras receitas operacionais, tais como venda de sucata, ganho na alienação de imobilizado etc.
Comparadas às despesas, há poucas receitas. 
As mais comuns são:
1. Descontos;
1. Juros ativos;
1. Vendas de mercadorias.
As contas de resultado provocam variações patrimoniais, porque as receitas geram 
lucros que aumentam o PL, e as despesas geram prejuízos que o diminuem.
Outras classificações de contas
Conforme relata Ferreira (2015), as contas também são classificadas de acordo com outros critérios, como mostra a tabela a seguir:
ATIVIDADE
1 - Ao longo da existência de uma entidade, podem acontecer vários fatos que refletem no patrimônio de forma positiva ou negativa.
Em relação aos fatos contábeis e a suas respectivas variações no patrimônio, assinale a opção INCORRETA:
( ) A insubsistência passiva ocorre quando algo que deixou de existir provocou efeito negativo no patrimônio da entidade. 
( ) Quando ocorre uma superveniência passiva, a situação líquida diminui. 
( ) As superveniências provocam sempre um aumento do passivo ou do ativo. 
(X) O desaparecimento de um bem é um exemplo de insubsistência do passivo.
( ) Toda insubsistência do passivo é ativa.
Gabarito: Um bem é classificado no ativo. Assim, quando aquele desaparece, estamos diante de uma insubsistência do ativo, que ocasiona uma redução no PL e, portanto, uma despesa.
2 - Assinale a opção que contém APENAS contas do proprietário:
( ) Juros ativos, caixa e despesas financeiras. 
(X) Capital social, comissões ativas e lucros acumulados. 
( ) Comissões passivas, mercadorias e receitas financeiras. 
 ( ) Descontos ativos, juros passivos e salários a pagar. 
 ( ) Juros passivos, capital social e veículos.
3 - Assinale a opção que contém APENAS contas integrais:
( ) Empréstimos bancários, caixa e despesas financeiras. 
( ) Capital social, bancos, conta movimento e lucros acumulados. 
( ) Comissão passivas, mercadorias e receita de aluguel. 
 ( ) Descontos ativos, juros passivos e salários a pagar. 
 (X) Fornecedores, salários a pagar e veículos.
Contabilidade Básica
Aula 4 - Plano de contas
INTRODUÇÃO
Nesta aula, estudaremos o plano de contas: um conjunto de normas que descreve o funcionamento de cada operação contábil.
Os elementos que compõem o patrimônio e as operações desenvolvidas variam significativamente de uma empresa para outra, já que elas podem realizar atividades industriais, comerciais, agrícolas, de serviços etc.
Em razão dessa diversidade, cada empresa pode ter um elenco próprio de contas. Trata-se de uma relação padronizada de contas a serem utilizadas no registro das operações pelos profissionais da área de Contabilidade.
Esse plano deve ser elaborado considerando as especificidades e a natureza das operações realizadas, bem como contemplar as necessidades de controle de informações quanto aos aspectos fiscais e gerenciais.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Identificar as contas do Patrimônio Líquido (PL).
__________________________________________________________________________________________________________________
CONTAS PATRIMONIAIS
Vamos conhecer, com mais detalhes, as contas patrimoniais. 
São elas:
Ativo
Todas as contas que representam os bens e os direitos. Pode ser classificado em:
Vídeo aula, conteúdo interativo.
Passivo
Contas que representam as obrigações e o Patrimônio Líquido (PL). Pode ser classificado em:
Vídeo aula, conteúdo interativo.
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
Conta patrimonial é aquela que indica:
( ) O custo dos produtos vendidos por indústria.
( ) Os impostos já pagos incidentes sobre a venda.
( ) As vendas realizadas em um período.
(X) O ICMS a recolher ao Estado.
( )O encargo de depreciação de bens do ativo não circulante.
Gabarito
As contas patrimoniais incluem: ativo, passivo exigível e PL.
CONTAS DE RESULTADO
Vamos entender melhor, agora, as contas de resultado, que aparecem durante o exercício e se encerram no final deste. São elas:
APRESENTAÇÃO DAS CONTAS
As contas são apresentadas nos seguintes níveis:
Exemplo:
Veja um exemplo de plano de contas:
Nível 1 Ativo
Nível 2 Ativo Circulante
Nível 3 Caixa e Equivalentes de caixa 
Nível 4 Bancos Conta Movimento
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
Uma empresa adquiriu para uso geral de seu estabelecimento um microcomputador, uma impressora e acessórios correspondentes, que foram registrados na conta:
(X) Móveis e utensílios.
( ) Máquinas e equipamentos da fábrica.
( ) Material de escritório.
( ) Material de consumo.
( ) Investimentos permanentes.
Gabarito
A conta Móveis e utensílios equipamentos de informática, mesas, cadeiras, estantes etc.
ATIVIDADE
Um plano de contas possui variações técnicas que indicam o tipo de código a ser utilizado. Existem quatro grandes grupos de contas que recebem, normalmente, os códigos 1, 2, 3 e 4, conforme mostra a tabela a seguir:
Assinale a opção que informa a representação do código 1.1.11.10 – rubrica Contas a receber:
(X) Conta analítica
( ) Elemento descritivo
( ) Elemento informativo
( ) Conta sintética
( ) Subconta
Gabarito
O plano de contas deve conter, no mínimo, quatro níveis. São eles:
Nível 1 – Ativo (grupo);
Nível 2 – Ativo circulante (subgrupo);
Contabilidade Básica
Aula 5 - Registros contábeis – atos/fatos 
INTRODUÇÃO
Na aula anterior, trabalhamos o plano de contas, evidenciando os níveis e as classificações das contas patrimoniais e de resultado.
Até aqui, descobrimos que as contas são muito importantes para os registros contábeis, pois permitem a escrituração dos acontecimentos responsáveis pela gestão patrimonial da empresa.
Nesta aula, estudaremos esses registros, classificando os atos e fatos administrativos.
A finalidade da técnica de registro contábil é controlar o patrimônio e suas variações. O método é processado mediante lançamentos em livros destinados ao registro das operações que afetam o patrimônio – o que chamamos de escrituração.
Trata-se da representação gráfica dos fatos contábeis por meio da exposição dos efeitos que estes produziram sobre o patrimônio. Como regra, a escrituração envolve o reconhecimento e o registro de eventos passados.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Classificar os atos e fatos contábeis.
Explicar a modificação do Patrimônio Líquido (PL) e da Situação Líquida (SL) pelos fatos administrativos.
__________________________________________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
O patrimônio das empresas está em constante movimento, devido aos acontecimentos que ocorrem diariamente. Disso resulta a importância do registro contábil.
Registro Contábil: Registro que origina um lançamento contábil, o qual deve ser suportado em documentação hábil e idônea.
Vídeo aula.
Para que possamos compreender a essência dessa mutação patrimonial, precisamos classificar as contas. Vejamos algumas delas:
Caixa
1. Código: 1.1.1.001;
1. Ativo;
1. Circulante;
1. Disponibilidades;
1. Função: abrigar os numerários em tesouraria (dinheiro no caixa da empresa);
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: recebimento de duplicatas, vendas à vista (em dinheiro), saques bancários etc.;
1. Creditada: em todos osdesembolsos (em dinheiro) – pagamentos de títulos, de despesas etc.
Bancos
1. Código: 1.1.1.002;
1. Ativo;
1. Circulante;
1. Disponibilidades;
1. Função: abrigar toda a movimentação bancária da empresa (banco conta movimento);
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: pelos valores depositados em banco e pela aquisição de empréstimos;
1. Creditada: pelos pagamentos em cheques ou pelas diminuições na conta corrente.
Clientes nacionais
1. Código: 1.1.2.002;
1. Ativo;
1. Circulante;
1. Direitos;
1. Função: abrigar os valores a receber provenientes de vendas a prazo;
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: no ato da venda a prazo para recebimento até exercício social seguinte;
1. Creditada: pelo recebimento da duplicata (quando o cliente a resgata).
Estoque mercadoria revenda
1. Código: 1.1.3.001;
1. Ativo;
1. Circulante;
1. Estoques;
1. Função: abrigar os valores das mercadorias destinadas à venda;
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: nas compras de mercadorias;
1. Creditada: nas vendas de mercadorias, nas perdas por avarias ou sinistros.
Seguros a apropriar
1. Código: 1.1.4.001;
1. Ativo;
1. Circulante;
1. Despesas do exercício seguinte;
1. Função: abrigar os valores relativos a seguros pagos com competência futura;
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: no ato da contratação e do pagamento do seguro;
1. Creditada: pela apropriação mensal de parcela proporcional ao número de meses.
Veículos
1. Código: 1.3.2.005;
1. Ativo;
1. Permanente;
1. Imobilizado;
1. Função: abrigar os valores de aquisição dos veículos de uso na empresa;
1. Natureza: devedora;
1. Debitada: na compra do veículo ou em reavaliações deste;
1. Creditada: na venda de veículos ou baixa por desuso, avaria ou sinistro.
Depreciação acumulada veículos
1. Código: 1.3.2.006;
1. Ativo;
1. Imobilizado;
1. Função: retificar o valor dos veículos pelas perdas de valor devido ao uso ou à obsolescência;
1. Natureza: credora;
1. Debitada: na baixa do bem por venda, desuso, avaria, sinistro etc.
ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos são acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no patrimônio. 
Exemplos:
Alguns são considerados relevantes, quando seus efeitos se materializam no futuro, traduzindo-se em modificações no patrimônio. Esses atos devem ser registrados pela Contabilidade por meio das contas de compensações.
Contas de compensação: Também denominadas contas extrapatrimoniais, estas constituem um sistema próprio de contas destinadas ao registro dos atos administrativos relevantes.
FATOS ADMINISTRATIVOS
Fatos administrativos ou contábeis são os acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido (PL).
Devido a essa modificação, esses fatos devem ser contabilizados por meio das contas patrimoniais e de resultados.
Os fatos administrativos podem ser classificados em três grupos:
Vamos entendê-los!
Vídeo aula.
FATOS PERMUTATIVOS
Aqueles que permutam os elementos componentes do ativo ou do passivo sem modificar o valor do PL. Nesse caso, pode ocorrer troca entre os elementos do ativo, do passivo e entre ambos simultaneamente.
A permutação pode ser:
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
Analise o caso a seguir:
A empresa Aquisições comprou 100 ônibus à vista para substituir sua frota. Esse evento
contábil representa um fato: 
a) Permutativo ente elementos do passivo.
b) Modificativo entre elementos do ativo e do passivo.
c) Permutativo entre elementos do ativo. (Resposta Correta)
d) Modificativo no passivo não circulante.
e) Misto diminutivo no ativo e no passivo.
Gabarito: Neste caso, houve, simultaneamente, aumento e diminuição no ativo (permutativo).
FATOS MODIFICATIVOS
Aqueles que modificam o PL e que envolvem contas de resultado (receitas e despesas).
Vídeo Aula.
FATOS MISTOS
Aqueles que envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um modificativo, e que podem, portanto, acarretar alterações no ativo e no PL, no passivo e no PL, ou no ativo, no passivo e no PL simultaneamente.
Os fatos mistos são capazes de provocar aumento ou diminuição no patrimônio.
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
O fato contábil da quitação ou liquidação de um crédito de curto prazo causa no patrimônio o seguinte efeito: 
a) Diminuição do ativo disponível e do passivo circulante.
b) Aumento do ativo disponível e do passivo circulante.
c) Diminuição e aumento simultâneos do passivo circulante.
d) Diminuição e aumento simultâneos do ativo circulante. (Resposta correta)
e) Nenhum, pois o fato é permutativo.
Gabarito
Neste caso, a liquidação do crédito acarreta entrada de bem numerário, gerando um débito na conta Caixa e aumentando o ativo circulante. A saída de direito origina um crédito na conta Duplicatas a receber e reduz o ativo circulante. Logo, há redução e aumento simultâneos do Ativo circulante, e o PL permanece constante, o que representa um fato permutativo.
Para facilitar a compreensão dos tipos de fatos administrativos, analise a tabela a seguir:
ATIVIDADE
1 - Analise o lançamento a seguir:
D - Fornecedores ----------------------- R$ 250,00
D - Despesas financeiras --------------- R$ 50,00
C - Banco conta movimento ---------- R$ 150,00 
C - Títulos a pagar --------------------- R$ 150,00
Esse lançamento caracteriza um fato contábil:
a) Misto aumentativo.
b) Misto diminutivo. (Resposta Correta)
c) Modificativo diminutivo.
d) Modificativo aumentativo.
e) Permutativo.
Gabarito
Este é um fato contábil misto diminutivo, pois o lançamento ocasionou redução do:
Ativo = R$ 150,00;
Passivo = R$ 100,00;
2 - Analise as afirmativas abaixo:
I. - Atos administrativos são os acontecimentos que modificam o PL.
II. - Fatos mistos são aqueles que envolvem, ao mesmo tempo, um fato modificativo e um permutativo.
III. - Os fatos permutativos envolvem somente contas patrimoniais.
IV. - Os fatos modificativos envolvem apenas uma conta patrimonial, e uma ou mais contas de resultado ou do PL.
Estão corretas:
1. II – III - IV. (Resposta Correta)
1. I – II - III.
1. I – III - IV.
1. I – II – IV.
1. Nenhuma das alternativas.
3 - Se os saldos das contas de PL, ativo e passivo aumentam, os lançamentos nelas efetuados representam, respectivamente:
1. Crédito, débito e crédito. (resposta correta)
1. Crédito, crédito e débito.
1. Débito, débito e crédito.
1. Débito, crédito e débito.
e)Crédito, crédito e crédito. 
Gabarito:
Em geral, as contas do ativo aumentam a débito, enquanto as do passivo exigível e do PL, a crédito.
Contabilidade Básica
Aula 6 - Razonete e balancete de verificação
INTRODUÇÃO
Na aula anterior, analisamos o registro contábil, classificando os atos e fatos administrativos.
Conforme observamos, os atos administrativos são acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações imediatas no patrimônio.
Já os fatos contábeis geram variações nos valores patrimoniais, podendo ou não modificar o Patrimônio Líquido (PL).
Nesta aula, estudaremos o razonete e o balancete de verificação contábil.
O razonete – também denominado gráfico Tou conta em T– é importante porque é capaz de realizar o controle individualizado das contas para conhecer seus saldos. Isso possibilita a apuração de resultados e a elaboração de demonstrações contábeis, como o balancete de verificação, o Balanço Patrimonial (BP) etc.
Os balancetes são relações de contas extraídas do livro-razão (ou de razonete) com seus saldos devedores e credores. Eles podem diferir uns dos outros quanto ao número de colunas destinadas ao lançamento dos valores.
Sua elaboração é muito fácil: cada conta é transferida do razonete para o balancete com seu respectivo saldo.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Registrar lançamentos contábeis.
Elaborar o balancete de verificação.
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RAZONETE
Para compreendermos os lançamentos a débito e a crédito nas contas patrimoniais e de resultado, vamos elaborar os razonetes.
Para facilitar a conciliação e verificação de lançamentos, utilizamos o razonete emT, no qual consta apenas o título da conta, as colunas do débito (à esquerda) e do crédito (à direita) para registro dos respectivos valores.
Veja um exemplo:
Vídeo aula.
, Independente da natureza das contas, o lado direito do razonete sempre será utilizado para lançar o débito, e o lado esquerdo, para lançar o crédito.
Conforme estudamos nas aulas anteriores a respeito da escrituração contábil, cada operação é objeto de um lançamento, ou seja, do registro de fatos contábeis, que são processados com base no método das partidas dobradas.
Inicialmente, esse método envolvia apenas uma conta a débito e uma a crédito. Atualmente, um lançamento pode abranger um ou mais débitos e um ou mais créditos.
De acordo com o número de contas debitadas e creditadas, podemos identificar quatro fórmulas de lançamento. São elas:
Vejamos alguns exemplos de lançamento:
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
A versão simplificada do livro-razão denomina-se:
a) Balancete
b) Razonete (Resposta correta)
c) Balanço
d) Diário
e) Demonstração do Resultado do Exercício
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
O balancete de verificação é uma demonstração que relaciona cada conta com seu respectivo saldo devedor ou credor.
Nesse caso, os lançamentos serão corretamente efetuados se o total da coluna dos saldos devedores for igual ao total da coluna dos saldos credores.
Para muitas entidades, sua estrutura tem três colunas, organizadas da seguinte forma:
Existem, também, outros modelos de balancete, nos quais as informações aparecem assim lançadas:
Veja um exemplo de balancete:
Algumas observações sobre o balancete de verificação:
Balancete de verificação inicial = Contas patrimoniais + Contas de resultado
Balancete de verificação final = Contas patrimoniais
VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO!
A relação de contas extraída do livro-razão, com seus saldos devedores e credores, denomina-se: 
a) Razonete
b) Balanço
c) Balancete (resposta correta)
d) Razão
e) inventário
f) Justificativa
1 - A empresa Beta comprou vários objetos por R$ 7.000,00, mas só pagou metade na hora, deixando o restante para pagar um mês depois, com desconto de 20%.
Os empregados recebem apenas R$ 230,00 de comissão, mas pagam R$ 80,00 de refeições feitas na própria empresa, cujo custo para esta é de R$ 50,00.
Como essa firma começou a operar com capital de apenas R$ 2.000,00, podemos dizer que, agora, ela possui Capital Próprio de:
a) R$ 7.550,00
b) R$ 7.000,00
c) R$ 6.300,00
d) R$ 2.550,00
e) R$ 2.500,00 (resposta correta)
Gabarito
Registro da aquisição das compras
D – Mercadorias --------------- 7.000,00
C – Caixa ---------------------- 3.500,00
C – Fornecedor -------------- 3.500,00
Registro do pagamento restante das compras com desconto de 20%
D – Fornecedor ----------------- 3.500,00
C – Caixa ------------------------ 2.800,00
C – Desconto condicional obtido ----- 700,00
Registro das comissões
D – Despesas com comissões
C – Caixa ------------------------------------- 230,00
Registro das refeições
D – Caixa
C – Receita de refeições -------------------------- 80,00
D – Custo das refeições
C – Estoque ----------------------------------------- 50,00
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita das refeições ----------------- 80,00
(-) Custo das refeições ---------------- (50,00)
= Lucro bruto ---------------------------- 30,00
(-) Despesas com comissões ---------- (230,00)
(+) Descontos obtidos ------------------ 700,00
= Lucro líquido -------------------------- 500,00
PL = Capital Social + Lucros acumulados
PL = 2.000 + 500 = 2.500
2 - Assinale a opção que contém somente contas de saldo devedor:
a) Capital, contas a pagar, empréstimos bancários e caixa.
b) Impostos, salários, caixa, juros ativos e fornecedores.
c) Clientes, fornecedores, caixa, mercadorias e imóveis.
d) Impostos, clientes, juros passivos, caixa e salários. (resposta correta)
e) Veículos, estoque, impostos a recolher e provisão para férias.
Contabilidade Básica
Aula 7 - Apuração de Resultado do Exercício
INTRODUÇÃO
Nas aulas anteriores, aprendemos a registrar os fatos administrativos (ou contábeis), evidenciando o razonete e elaborando o balancete de verificação.
Nesta aula, conheceremos os procedimentos necessários para apurar o resultado do exercício, mas de forma simplificada, com poucos dados, de modo que possamos dominar bem esta parte da matéria.
A Apuração do Resultado do Exercício (ARE) das empresas envolve uma série de processos. Entre estes, destacamos:
· A elaboração do balancete de verificação, do livro-razão, de inventários físicos de bens de uso e de outros materiais (mercadorias, produtos, materiais de expediente etc.), bem como de conciliações e de ajustes de saldos de contas;
· A apuração do resultado bruto, do resultado líquido, de cálculos e de contabilizações de tributos incidentes sobre o lucro líquido (Imposto de Renda e Contribuição Social), bem como de participações, de reservas e de dividendos;
· A elaboração das diversas demonstrações contábeis.
Apurar o resultado do exercício consiste, portanto, em verificar, por meio das contas de resultado (despesas e receitas), se a movimentação do patrimônio da empresa apresentou lucro ou prejuízo durante o exercício social.
Vamos entender melhor o assunto?
OBJTIVOS
Classificar as contas de resultado operacionais.
Categorizar as contas como outras receitas e despesas operacionais.
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Resultado do exercício 
O resultado do exercício é utilizado para avaliar o desempenho econômico da entidade.
Por isso, conhecer o resultado obtido com a venda de mercadorias, de produtos ou serviços é de suma importância para o empresário em sua tomada de decisão. Afinal, essa é a atividade operacional das empresas.
Podemos obter o resultado com mercadorias vendidas por meio da seguinte operação:
Após esse momento, serão adicionados e subtraídos os demais valores para a apuração final do resultado do exercício. 
Veja:
Agora, vamos identificar a sequência ideal dos procedimentos que devem ser tomados para tal apuração:
Podemos elaborar uma Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) de forma dedutiva. Vejamos um exemplo:
Suponha que, fim do ano 2009, a companhia A apresentou os seguintes valores:
A demonstração do resultado do exercício ficaria da seguinte forma:
E quanto ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)? O que sabemos sobre ele?
De que forma o CMV é apurado?
De que maneira é possível calcular o valor do CMV?
Isso pode ser feito de duas formas, pelos seguintes inventários:
Inventário periódico
Quando necessitamos apurar o Resultado Com a venda das Mercadorias (RCM), realizamos um levantamento físico para a avaliação do estoque de mercadorias existente naquela data.
A partir da diferença entre o total das mercadorias disponíveis para venda durante o período e esse estoque final (apurado de forma extracontábil), obtemos o CMV nesse período. Nesse caso, utilizamos, portanto, a contagem física.
Inventário permanente
Este controle permanente é efetuado sobre todas as mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é, sobre o CMV e sobre as mercadorias que não foram vendidas (estoque final).
A partir da soma dos custos de todas as vendas, obtemos o CMV total do período. Nesse caso, utilizamos as fichas de controle de estoque.
Principalmente nas médias e grandes empresas, há a necessidade de controle contínuo do valor do estoque de mercadorias. Conseguimos isso por meio da baixa, em cada venda, do CMV.
O processo de baixa de cada venda no CMV acontece da seguinte forma:
Após cada operação de venda e sua contabilização, teremos a conta de vendas atualizada: CMV com o total do custo acumulado e Mercadorias refletindo o valor exato em estoque.
Vamos analisar uma situação:
Uma empresa possui estoque de mercadorias no valor de R$ 15.000 e vende a metade dele por R$ 10.000 a prazo.
Como contabilizar a operação de compra e venda?
Resposta: 
a) D - Cliente| C - Vendas 10.000
b) D - CMV | C - Mercadorias 7.500
Se, após essas transações, a empresa adquirisse mais mercadorias por R$ 6.000 a prazo e apurasse o resultado, como ficaria o seu estoque?
Resposta : 
Gabarito
a) D - Mercadorias | C - Fornecedores 6.000
Pelo encerramento das contas de resultado, chegamos à seguinte conclusão:
d) D - Vendas | C - Resultado 10.000
e) D - Resultado | C - CMV 7.500
No sistema do inventário permanente, o controle do estoque de mercadorias pode ser simplificado com o uso de uma ficha de controle.
Vejamos sua aplicação:
Data: 01/06/X1 – Estoque inicial e mercadoria (ventiladores) de R$ 10.000 (10 unidades compradas a R$ 1.000 cada uma)
Data: 02/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.000
Data: 10/06/x1 – Compra de 4 unidades a R$ 1.000 cada uma
Data: 23/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.500
1. Em 02/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.000 D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 10/06: D - MERCADORIAS
C - CAIXA ....................................... 4.000
Em 23/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.500 D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 30/06: D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 12.000 (CONF FICHA ESTOQUE)
Devemos analisar todas as possibilidades de atribuições de valor, sempre com base no custo (valor de aquisição). Os principais critérios são:
Preço específico
PEPS ou FIFO - Damos baixa no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS) – também conhecido como FIFO (da expressão em inglês First-In-First-Out).
Assim, à medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixa a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas.
UEPS ou LIFO*
*Que não é mais aceito pelas normas internacionais.
Média ponderada móvel - O valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, esse valor será calculado com base na divisão do custo do estoque pelas unidades existentes.
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Já sabemos que, para apuração do RCM, no caso do inventário periódico, precisamos do levantamento físico do estoque. Isso nos oferece uma informação extracontábil.
Logo:
De acordo com a Receita Federal do Brasil:
Para o cálculo da depreciação do período, a taxa de depreciação deve ser sempre aplicada sobre o valor de aquisição do bem – se NÃO apresentar valor residual!
Valor residual: Valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
Por isso, primeiro, RETIRAMOS esse valor.
Exemplo:
Carro = 100.000
Valor residual = 10.000 (10%) → 100.000 - 10.000 = 90.000
É sobre esse valor (90.000) que vamos aplicar a taxa de depreciação.
Mas, além da depreciação, é preciso verificar, pelo menos anualmente, a eventual necessidade de reconhecimento de perda por redução do valor recuperável do ativo, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado, a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo.
No entanto, por vezes, os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo e deve ser incluída em seu valor contábil.
Por exemplo, a depreciação de máquinas e de equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. Por isso, de acordo com Ferrari (2014), utilizamos os métodos linear (ou de quotas constantes) e da soma dos dígitos.
Saiba mais
, Para entender melhor a questão, acesse o Pronunciamento Técnico CPC 16 - Estoques (http://www.cpc.org.br/CPC/DocumentosEmitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47).
MÉTODO LINEAR
Método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem em cada período.
Vejamos uma aplicação desse método:
No início de janeiro, a empresa comprou um veículo com vida útil estimada de 5 anos pelo valor de R$ 30.000,00, sem valor residual estimado. Qual será o valor da depreciação?
Solução:
No final do primeiro ano, devemos reconhecer a despesa de depreciação de:
R$ 30.000,00 : 5 = R$ 6.000,00 por ano
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por 12:
R$ 6.000,00 : 12 = R$ 500,00 por mês
Se considerarmos um valor residual de R$ 3.000,00, o valor anual da depreciação será:
(R$ 30.000,00 - R$ 3.000,00) : 5 = R$ 5.400,00 por ano
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por 12:
R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00 por mês
A contabilização do valor da depreciação mensal será efetuada da seguinte forma: débito de despesa de depreciação e crédito da conta Depreciação Acumulada.
Portanto, o lançamento será:
Débito: Despesa de Depreciação = R$ 450,00;
Crédito: Depreciação Acumulada = R$ 450,00.
No final do primeiro ano, o Ativo Imobilizado da empresa deverá ser apresentado no BP da seguinte maneira:
Veículos = R$ 30.000,00
(-) Depreciação Acumulada (R$ 6.000,00) = R$ 24.000,00
Dessa forma, o leitor do BP saberá a idade aproximada do Ativo Imobilizado da empresa.
DEPRECIAÇÃO
Já entendemos que a depreciação é a diminuição parcelada de valor que os bens de uso da empresa sofrem.
Trata-se de considerar como despesa ou custo do período uma parte do valor gasto na compra desses bens de uso.
Nesse contexto, alguns conceitos são importantes. Vejamos:
Desgaste pelo uso
Enfraquecimento da capacidade de produção.
Ação do tempo
Exposição aos rigores das variações atmosféricas, como o frio, o calor, a chuva, o sol, a umidade, a maresia etc.
Obsolescência
Em decorrência da evolução tecnológica, os bens se tornam ultrapassados, antiquados, arcaicos e caem em desuso.
A taxa de depreciação é aquela a partir da qual podemos esperar a utilização econômica do bem.
Devemos elaborar cálculos de depreciação com base nos prazos e nas taxas que, até então, eram fixados pela legislação tributária.
Entretanto, periodicamente, as empresas utilizam o critério da recuperabilidade, que consiste na revisão e no ajuste dos critérios usados para a determinação da vida útil econômica.
A legislação tributária, no RIR/99 (artigos 305 a 323), disciplina esse assunto determinando as contas sujeitas à depreciação, bem como fixando prazos, taxas e critérios.
Com o advento da Lei nº 11.638/2007 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm), cujos efeitos passaram a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2008, as regras para a fixação do prazo e da taxa de depreciação – que, até então, era definida pelo fisco –, mudaram: agora, prevalece o prazo de vida útil econômica do bem.
No parágrafo 3º do artigo 183 dessa lei, consta que as empresas deverão efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado, e para revisar e ajustar os critérios utilizados para a determinação da vida útil – causas que justificam a depreciação.
Atenção
A depreciação somente se inicia quando o bem está em condições de uso e de operação. Do contrário, não haverá mais cálculo nem contabilização, permanecendo o valor do bem e a depreciação acumulada com idêntico valor, até que haja reavaliação.
Amortização 
A amortização– que tem o mesmo sentido da depreciação – é o valor correspondente à recuperação dos investimentos feitos em bens intangíveis ou de valores aplicados em despesas que contribuam para a formação de resultados de mais de um exercício contábil, os quais serão lançados como custo ou encargo em cada exercício.
Trata-se, portanto, do desgaste do valor econômico do capital aplicado em bens intangíveis do ativo, necessáriosà manutenção da empresa, ou seja, o desgaste de bens imateriais.
Há uma conta de resultado (Amortização) e uma conta patrimonial (Amortização Acumulada).
Os bens do ativo intangível com vida útil indefinida não devem ser amortizados, pois, nesses casos, serão feitos testes de recuperabilidade.
EXAUSTÃO
A exaustão é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e de outros recursos naturais esgotáveis.
Nesse caso, existe uma perda de valor, porque as imobilizações suscetíveis de exploração – como, por exemplo, as reservas minerais e vegetais (bosques, florestas, jazidas etc.) – se esgotam no decorrer do tempo.
Aqui, devemos aplicar os mesmos métodos utilizados para a depreciação. Logo, seu lançamento é: 
D - Exaustão
C - Exaustão Acumulada
ATIVIDADES
1 - Em 2 de janeiro de 2012, uma empresa comercial adquiriu mercadorias no valor de R$ 7.000,00, pagando 30% à vista, e o restante, em fevereiro do mesmo ano. No dia 10 de janeiro, a empresa vendeu todas essas mercadorias por R$ 
15.000,00, recebendo 50% à vista, e o restante, em fevereiro do mesmo ano.
Sabendo que utiliza o regime de competência, o resultado apurado pela empresa comercial com a venda dessas mercadorias foi:
a) R$ 5.400,00 em janeiro de 2012.
b) R$ 8.000,00 em janeiro de 2012. (Resposta correta)
c) R$ 12.900,00 em janeiro de 2012.
d) R$ 5.400,00 em janeiro de 2012 e R$ 2.600,00 em fevereiro de 2012.
e) R$ 500,00 em janeiro de 2012 e R$ 7.500,00 em fevereiro de 2012.
Gabarito:
Registro da receita de venda
D – Caixa--------------- 7.500,00
D – Contas a receber ---------------------- 7.500,00
C – Receita -------------- 15.000,00
Registro da baixa do estoque
D – CMV
C – Estoque de mercadorias ------------------------ 7.000,00
Resultado = 15.000 - 7.000 = 8.000,00
2 - Assinale a opção que apresenta apenas contas cujos saldos devem ser encerrados no fim do exercício: 
a) Salários, aluguéis a pagar e receitas financeiras.
b) Juros passivos, seguros a vencer e juros ativos.
c) Salários antecipados, receitas de vendas e encargos de depreciação.
d) Aluguéis passivos, receitas de vendas e despesas de seguros. (Resposta Correta)
e) Aluguéis a vencer, receitas de aluguéis e salários a pagar.
3 - Quando da apuração de resultado positivo, o lucro é transferido para o PL por meio do seguinte lançamento:
a) Débito – Resultado/Crédito – Lucros ou Prejuízos Acumulados (Resposta Correta)
b) Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados/Crédito – Resultado
c) Débito – Receita/Crédito – Lucros ou Prejuízos Acumulados
d) Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados/Crédito – Receita
e) Débito – Receita/Crédito – Resultado
Contabilidade Básica
Aula 8 - Demonstração do Resultado do Exercício
INTRODUÇÃO
Nesta aula, abordaremos a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), enfatizando as operações com mercadorias.
A DRE retrata a acumulação dos gastos e das perdas de uma entidade em determinado período, revelando a dinâmica do negócio – sob a ótica das origens (receitas) e das aplicações de recursos (custos, despesas, impostos, contribuições e participações) – bem como o resultado obtido (lucro ou prejuízo).
Assim, a DRE tem como objetivo principal apresentar, de forma resumida e vertical, o resultado das operações realizadas pela entidade durante o exercício social.
O conhecimento desse resultado é fundamental para as empresas, pois sua atividade é comprar e vender mercadorias, produtos e serviços.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Identificar o resultado com mercadorias.
Reconhecer a importância da análise desse resultado.
Estrutura da DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) apresenta todos os itens de 
receita (Elevação de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de entradas ou de aumentos de ativos, ou, ainda, de reduções de passivos que resultam em aumento do Patrimônio Líquido, com exceção daqueles relativos a contribuições de capital feitas por proprietários.)
 e despesa (Em sentido restrito, utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produção de receitas. O que caracteriza a despesa é o fato de tratar de expirações de termos de serviços relacionados, direta ou indiretamente, com a produção ou com a venda do produto (serviço) da entidade),
 reconhecidos no período, excluindo aqueles relativos a outros resultados abrangentes.
As estruturas da DRE e da Demonstração do Resultado do Exercício Abrangente (DRA) incluem:
Em termos legais, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 trata sobre a DRE.
Lei nº 6.404/1976 
 
“Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
 
III - as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
 
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobra a Renda e a provisão para o imposto; 
 
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência aos empregados, que não se caracterizem como despesa; 
 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício, serão computados: 
 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e 
 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos”
Além disso, devemos obedecer, ainda, ao regime de competência dos exercícios para as receitas e despesas que serão reconhecidas quando auferidas ou incorridas, independente do efetivo recebimento ou pagamento.
Vamos conhecer a estrutura da DRE. Iremos dividir a estrutura para que possamos apresentar a descrição de cada item.
Estrutura da DRE
Receita bruta de vendas ou receita operacional bruta - (Receita total de vendas ou prestação de serviços no período de apuração, que pode ser identificada com base na soma do faturamento bruto da entidade.)
(-) Deduções da receita bruta
(-) Devoluções de vendas – (As mercadorias compradas retornam do cliente ao fornecedor por estar em desacordo com o pedido)
(-) Abatimentos sobre vendas - (Caso esteja insatisfeito com a mercadoria adquirida por culpa do fornecedor e não julgar necessário devolvê-la, o cliente pode entrar em acordo com o fornecedor e exigir um abatimento, a fim de evitar a devolução.)
 (-) Descontos incondicionais concedidos – (Descontos dados incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independem das condições de pagamento.)
(-) ISS / ICMS / PIS e COFINS sobre vendas - (Tributos que incidem sobre as vendas.)
(=) Receita líquida de vendas ou receita operacional líquida – (Resultado da subtração da receita bruta de vendas pelas deduções de vendas.)
(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (Custo efetivo das mercadorias pelo método de apuração e absorção, mediante o qual os custos fixos e variáveis dos produtos vendidos são deduzidos da receita líquida.)
(=) Resultado operacional bruto (Lucro ou prejuízo operacional bruto após a dedução de Custo das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços Prestados da receita operacional líquida.)
(-) Despesas com vendas - (Gastos com a comercialização e distribuição das mercadorias ou dos produtos.)
Exemplos:
• Comissões de vendedores;
• Propaganda e publicidade;
• Brindes;
• Embalagens;
• Despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa;
• Frete sobre vendas a cargo do fornecedor etc.
(-) Despesas gerais e administrativas – (Despesas que ocorrem no processo de administração e de funcionamento da empresa.)
Exemplos: 
• Salários;
• 13º salário;
• Férias;
• Encargossociais;
• Assistência médica e social;
• Transporte;
• Honorários da diretoria;
• Aluguéis;
• Seguros;
• IPTU;
• Energia elétrica;
• Telefone;
• Água e esgoto;
• Material de expediente;
• Depreciação;
• Amortização.
(-) Outras despesas operacionais (Apesar de não serem comerciais, financeiras ou administrativas, estas também são consideradas despesas operacionais.)
Exemplo: Perda com Equivalência Patrimonial.
(+) Outras receitas operacionais 
Exemplos:
• Aluguéis ativos ou receita de aluguéis;
• Reversão de provisões;
• Receita de dividendos;
• Receita de Equivalência Patrimonial.
(-) Despesas financeiras – (Remunerações aos capitais de terceiros que financiam as atividades da empresa.)
Exemplos:
• Juros passivos ou despesas de juros;
• Descontos concedidos ou condicionais concedidos.
(+) Receitas financeiras – 
Exemplos:
• Juros ativos – juros ganhos em aplicações financeiras, em concessão de empréstimos a terceiros, cobrados por atraso no pagamento de duplicatas por clientes;
• Descontos condicionais obtidos;
• Variações monetárias ativas – correção pós-fixada ativa e ganhos cambiais.
(+) Outras receitas – (Receitas do período que não estão diretamente ligadas à atividade-fim da empresa.)
Exemplos:
• Ganho obtido com a venda de bens do ativo não circulante;
• Reversão da provisão para perdas prováveis da realização de investimentos;
• Receitas decorrentes de eventos que resultem no aumento da porcentagem no capital social de coligada ou controlada.
(-) Outras despesas - (Despesas do período que não estão diretamente ligadas à atividade-fim da empresa.)
Exemplos:
• Valor contábil do bem do ativo não circulante (custo do bem) por ocasião de sua alienação;
• Despesas decorrentes da constituição de provisão para perdas prováveis da realização de investimentos;
• Despesas decorrentes de eventos que resultem na redução de porcentagem no capital social de coligada ou controlada.
(=) Resultado operacional líquido
(-) CSLL ou despesa com provisão para CSLL 
(=) Resultado do exercício antes do Imposto de Renda
(-) Despesa com provisão do Imposto de Renda 
(=) Resultado do exercício após o Imposto de Renda
(-) Despesa com participações societárias sobre o lucro
Participações de debêntures 
Participações de empregados 
Participações de administradores 
Participações de partes beneficiárias – Fundos de assistência e previdência de empregados 
(=) Resultado líquido do exercício – Lucro/Prejuízo Líquido por Ação
Vídeo aula
Eliminação de receitas e despesas não operacionais
A Medida Provisória n° 449/2008 (que foi convertida na Lei nº 11.941/2009 (glossário)) acatou mais esta regra existente nas normas internacionais:
A não segregação dos resultados em operacionais e não operacionais.
Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas e orientações), as entidades deverão apresentar “outras receitas/despesas” no grupo operacional, e não após a linha do “resultado operacional”.
De acordo com o Decreto nº 3.000/1999 (glossário) – Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999):
Atenção
Nesse modelo, o resultado significa lucro ou prejuízo!
Em outras palavras:
· Resultado operacional bruto = Lucro ou prejuízo operacional bruto, ou lucro ou prejuízo bruto; 
· Resultado operacional líquido = Lucro ou prejuízo operacional líquido; 
· Resultado do exercício antes do Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício antes do Imposto de Renda; 
· Resultado do exercício após o Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício após o Imposto de Renda.
Se existir prejuízo, não haverá Imposto de Renda a pagar, e os resultados antes e após o Imposto de Renda serão iguais, ou seja: 
Resultado líquido do exercício = Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucros ou prejuízos acumulados
Com a publicação da Lei nº 11.638/2007 (glossário), a conta “Lucros ou prejuízos acumulados” foi extinta como componente do Patrimônio Líquido e passou a ser chamada de “Prejuízos acumulados”.
Atenção
A não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida das Sociedades por Ações, e não das demais sociedades e entidades.
Além disso, de acordo com a Lei nº 10.303/2001 (glossário), o lucro do período que não for distribuído para reservas ou dividendos também deverá ser partilhado como dividendos adicionais.
Conforme destacam os itens 42 e 43 da Deliberação CVM nº 565/2008, a conta “Lucros acumulados” permanecerá nos planos de contas.
Essa conta continuará sendo usada para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas e os ajustes de exercícios anteriores, a fim de distribuir os resultados em suas várias formas e de destinar valores para reservas de lucros.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo incidente sobre o lucro da empresa após ajustes, conforme destacado a seguir:
(+) ADIÇÕES
(-) Participações Estatutárias sobre o Lucro
Como já vimos, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 – Lei das S/A – define que as Participações Estatutárias sobre o Lucro (PEL) são:
 
“VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência aos empregados, que não se caracterizem como despesa;”.
A base de cálculo da PEL é a seguinte: 
(=) Resultado do exercício após o Imposto de Renda
(-) Saldo da conta Prejuízos acumulados 
O artigo 190 da mesma lei afirma que:
“As participações de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada”. 
De acordo com o RIR/1999:
“Art. 462. Podem ser deduzidas do lucro líquido do período de apuração as participações nos lucros da pessoa jurídica: 
- asseguradas as debêntures de sua emissão; 
- atribuídas a seus empregados segundo normas gerais aplicáveis, sem discriminações, a todos que se encontrem na mesma situação, por dispositivo do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da assembleia de acionistas ou sócios quotistas;
- atribuídas aos trabalhadores da empresa, nos termos da Medida Provisória nº 1.769-55, de 1999 (art. 359)”.
Esse regulamento também estabelece que as participações de partes beneficiárias de sua emissão e de administradores não são dedutíveis na apuração do lucro real. 
No caso específico da apuração da base de cálculo da CSLL, todas as PEL são dedutíveis, visto que não há restrição legal a respeito.
(-) Exclusões
As exclusões representam valores a serem subtraídos da base de cálculo da CSLL.
(-) Compensações – base de cálculo da CSLL
As compensações referem-se ao saldo da base de cálculo negativa da CSLL de períodos anteriores, que diminuirá a base em períodos futuros até zerar esse saldo. 
É passível de compensação o saldo correspondente à base de cálculo negativa, apurada a partir do ano-calendário de 1992. 
Assim como a legislação do Imposto de Renda, há a limitação de compensação da base de cálculo negativa da CSLL em 30% (trinta por cento) do lucro líquido após adições e exclusões.
Atenção:
 Se depois dos ajustes (adições, exclusões e compensações), a base de cálculo da CSLL for negativa (menor do que zero), não haverá CSLL no período.
Vejamos alguns exemplos:
Despesas indedutíveis
· Despesas com provisões – EXCETO para férias e para 13º salário; 
· Perda com Equivalência Patrimonial;
· Despesas relativas à depreciação, à amortização, à manutenção, aos seguros, aos tributos etc. com bens não relacionados à produção ou à comercialização de bens e serviços; 
· Despesas com brindes;
· Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
· Excesso de juros sobre o Capital Próprio;
· Outras adições.
Receitas não tributáveis
· Ganho de Equivalência Patrimonial;
· Receita de dividendos;
· Reversão de provisões indedutíveis;
· Juros sobre o Capital Próprio.
Resultado do exercício antes do Imposto de RendaO resultado do exercício antes do Imposto de Renda é calculado subtraindo-se o resultado operacional líquido da CSLL do período.
Caso não haja CSLL no período, esse resultado será igual ao resultado operacional líquido. Logo:
(=) Resultado operacional líquido
(-) CSLL ou despesa com provisão para CSLL
(=) Resultado do exercício antes do Imposto de Renda
Alíquota e adicional do IRPJ 
A alíquota do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas é de 15%.
Além do imposto cobrado a essa alíquota, será cobrado um adicional de 10% sobre a parcela do lucro real (presumido ou arbitrado) que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração.
Vejamos:
Lucro Líquido por Ação
Esta é a última informação da DRE e corresponde ao lucro líquido do exercício (caso haja lucro no período) dividido pelo número total de ações da empresa. Logo:
Lucro Líquido por Ação (LLA) = LLEx/Total de ações
ATIVIDADE
 Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no primeiro bimestre de 2011:
· 03/01/2011 – 40 unidades a R$ 30,00;
· 24/01/2011 – 50 unidades a R$ 24,00;
· 01/02/2011 – 50 unidades a R$ 20,00;
· 15/02/2011 – 60 unidades a R$ 20,00.
A empresa não apresentava estoque inicial. No dia 10/02/2011, foram vendidas 120 unidades de produtos a R$ 40,00 cada uma.
Aqui, não consideraremos a incidência de ICMS nas operações de compra e venda. O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.
No dia 28/02/2011, o lucro bruto com mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o valor unitário de custo em estoques de produtos são de:
· R$ 1.800,00 e 80 unidades a R$ 20,00 cada. (Resposta Correta)
· R$ 1.885,71 e 80 unidades a R$ 24,29 cada.
· R$ 1.980,00 e 80 unidades a R$ 23,50 cada.
· R$ 2.040,00 e 80 unidades a R$ 23,00 cada.
· R$ 1.500,00 e 70 unidades a R$ 22,00 cada.
Gabarito
· 1ª compra - 40 unidades X R$ 30,00 = R$ 1.200,00
2ª compra - 50 unidades X R$ 24,00 = R$ 1.200,00
3ª compra - 30 unidades X R$ 20,00 = R$ 600,00
Total das vendas - 120 unidades
Total das vendas - R$ 3.000,00 - R$ 1.200,00 = R$ 1.800,00
2 - Uma sociedade empresária apresentou o balancete de verificação (glossário) levantado em 31/07/2013.
Com base nos dados desse balancete e desconsiderando a incidência tributária, o valor do lucro líquido é:
· R$ 5.950,00
· R$ 6.200,00
· R$ 6.600,00 (Resposta Correta)
· R$ 6.850,00
· R$ 6.000,00
Gabarito
Lucro antes do resultado financeiro - 5.580,00
Receitas Financeiras - 1.470,00
Despesas Financeiras - (450,00)
Lucro ou prejuízo do exercício - 6.600,00
3 - Em relação à DRE, analise as afirmativas a seguir:
I - Nesta, as receitas e despesas são apropriadas ao período em função de sua inocorrência, da vinculação da receita a despesas e de seu impacto no caixa da entidade. 
II- Sua finalidade é evidenciar o ganho, tendo em vista as necessidades de informações do usuário externo, bem como fornecer os dados essenciais à análise da formação do resultado dos exercícios. 
III - Seu caráter é econômico (relacionado à riqueza da entidade) e não financeiro (relacionado a dinheiro). 
IV. Com esta, o gestor da entidade tem uma visão estratégica, determinando o melhor caminho a ser seguido pela organização para o aumento de sua lucratividade, o que o permite definir a redução de custos e de despesas sem comprometer a qualidade dos produtos e serviços.
Considerando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA:
· V, V, V, V
· V, V, F, F
· F, V, V, V ( Resposta Correta)
· F, F, V, V
· F, V, V, F
 Modelo de Balancete:
Contabilidade Básica
Aula 9 - Balanço Patrimonial
INTRODUÇÃO 
Nesta aula, trataremos do Balanço Patrimonial (BP).
Conforme CPC 26 (R1) e respeitada a legislação, o BP deve apresentar as contas dos elementos patrimoniais que registram (bens, obrigações e situação líquida), agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
Por ser uma representação gráfica do patrimônio, o BP é considerado uma das principais demonstrações contábeis, pois reflete a posição financeira em determinado momento – normalmente no fim do ano de um período prefixado.
Vamos entender melhor o assunto?
OBJETIVOS
Identificar as disposições das contas no BP.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
De acordo com o CPC 26 (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57), as demonstrações contábeis proporcionam informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos Fluxos de Caixa da entidade.
Além disso, tais demonstrações apresentam os resultados da atuação da administração face a seus deveres e a suas responsabilidades na gestão dos recursos.
Um elemento da demonstração contábil deve ser reconhecido se:
Vídeo aula
Saiba mais
A mensuração é um processo que consiste em determinar os montantes monetários, por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
No momento da publicação das demonstrações contábeis, algumas informações devem ser divulgadas em destaque. São elas: 
O nome da entidade às quais as demonstrações contábeis dizem respeito, ou outro meio que permita sua identificação;
Se as demonstrações contábeis se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades;
A data de encerramento do período de reporte, ou o período coberto pelo conjunto de demonstrações contábeis ou Notas Explicativas;
A moeda de apresentação, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento? Id=9);
O nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações contábeis.
Saiba mais: Abaixo um conjunto completo das demonstrações contábeis.Conjunto completo das demonstrações contábeis
 
 
a) Balanço Patrimonial ao final do período; 
 
(b1) Demonstração do resultado do período; 
 
(b2) Demonstração do Resultado Abrangente do período; 
 
(c) Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido do período; 
 
(d) Demonstração dos Fluxos de Caixa do período; 
 
(e) Notas Explicativas compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; 
 
(f) Balanço Patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou, ainda, quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis; 
 
(g) Demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador, ou mesmo se apresentada voluntariamente.
ESTRUTURA BÁSICA DO BALANÇO PATRIMONIAL
Vamos estudar, aqui, a demonstração mais importante para a Contabilidade: o Balanço Patrimonial (BP).
De acordo com as Leis nº 11.638/2007 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm) e nº 11.941/2009 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm), o BP é destinado a evidenciar em determinada data a real situação financeira de uma entidade.
O Novo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm)) destaca:
Vídeo aula
Portanto, o BP deve apresentar a saúde financeira de uma entidade. Sua elaboração precisa atender as normas contábeis e estar de acordo com os princípios da Contabilidade.
Sobre o BP, as demonstrações contábeis informam as variações dos:
Vamos entender melhor esses itens?
CLASSIFICAÇÕES DAS CONTAS
De acordo com o artigo 178 da Lei nº 6.404/1976 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm), as contas são classificadas do seguinte modo:
Os

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