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Revisão Ciência Política - dia 24/05 – 19 Democracia Do conceito de democracia Há autores pessimistas em relação a democracia, na prática há dificuldades, é uma utopia, mas mesmo não sendo perfeita é a melhor forma de organização do poder. Hoje não há nenhuma outra possibilidade para assegurar a liberdade e igualdade que não seja a democracia, tanto é que é raro governo que não é democrático. Seja na forma direta, indireta ou semidireta, a democracia é do povo, pelo povo e para o povo, ele é soberano. A democracia direta: sua prática tradicional no Estado-cidade da Grécia O povo se reunia em praça pública para tratar sobre assuntos da pólis e tomar decisões. Porém não eram todos quem participavam da democracia grega, que excluía as mulheres, menores de 21 anos, escravos e estrangeiros, não era uma democracia de todos e sim dos que eram considerados cidadãos, tanto que há autores que dizem que até não houve democracia. A democracia direta funcionava porque o cidadão, homem livre, tinha seu escrevo e podia se ocupar com a vida pública e consentia o acesso a democracia. A progressão para a liberdade, segundo Kelsen, era somente para o cidadão e não para população. Realmente é um paradoxo, pois a democracia deveria ser para haver liberdade e igualdade, e a partir do momento em que somente parcela da sociedade tem direitos iguais, não há liberdade, então o homem, cidadão grego, participou diretamente das políticas públicas, o que é diferente do homem dos dias atuais, em que, na sua maioria, só vai até as urnas votar no seu representante e não acompanha e muitas vezes no ano seguinte nem se lembra em quem votou. As bases da democracia grega: a isonomia, a isotimia e a isagoria Tratamento igual garantia a igualdade, independentemente de sua classe, bastava ser cidadão. Abolir a hereditariedade das funções públicas é democrático, pois dava chance de igualdade para todos participarem de cargos públicos, porem também eram só para os cidadãos. O simples camponês poderia sobrepor a opinião de um aristocrata ou alguém de muitas posses, se tivesse fundamento. A democracia indireta (representativa) e a impossibilidade do retorno à democracia direta O povo elege um parlamentar para lhe representar. Ao pegarmos o Brasil como exemplo, mais de 200 milhões de habitantes, seria impossível reunir e coletar opiniões de todos, sendo assim necessários representantes Atualmente é só assim para representar todas as minorias e trazer liberdade e igualdade, só na democracia representativa, mas ela também não é perfeita, é uma utopia. Infelizmente nesse sistema o homem só exerce a democracia votando e muitas vezes como já citado, nem lembra em quem votou. 3.1 Os traços característicos da democracia indireta Esses traços são a prova de que o sistema indireto é o que hoje é o mais eficiente para uma grande nação para garantir a democracia e a liberdade e igualdade de todos, mesmo não sendo perfeito na prática. 3.2 A democracia semidireta A democracia semidireta é a mistura da democracia direta e indireta. Há mecanismos que fazem com que o povo participe de forma direta, mesmo sendo representado. Diferente da democracia indireta que o homem moderno, na sua maioria, se restringe apenas a votar. A democracia semidireta no século XX. Apogeu e declínio de seus institutos Apogeu foi devido a necessidade de participação do povo diretamente quando o regime era representado. Suíça foi o berço e até hoje em algumas partes utiliza o referendum como meio de participação direta. Combinação com o parlamentarismo com o governo semidireto não teve sucesso e após a Segunda Guerra Mundial as constituições modernas voltaram mais para intervenção popular direta e a semidireta entrou em declínio. Hoje é a vontade do partido, e não a do povo representada pelo seu representante, como deveria ser. Torna-se necessário haver partido com pensamentos e ideologias distintas para atender todas as minorias e poder representar todos e haver democracia. O povo se identifica com o partido quanto às suas ideias e o povo se sente acolhido e representado. As massas são representadas pelos partidos, quando deveria ser representada pelos seus representantes, para ele tentar efetivar todos os assuntos do seu povo que lhe representa e não os interesses do partido. Hoje a corrupção partidária é realmente um problema, o pensamento gira em torno de se manter no poder a qualquer custo e não de atender prioritariamente os anseios do povo que os elegem. Na hora de buscar votos o representante vai até uma massa e busca ouvir o povo em troca de representar seus desejos, mas quando eleito não segue o desejo dos seus eleitores e sim do partido. Não é possível votar no representante sem votar no partido, porque o representante segue o partido e não o povo. O que prova que o Estado é partidário e não representativo.
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