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ADMINISTRATIVO AULA 11

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DIREITO ADMINISTRATIVO - AULA 11 (31/08/12)
Continuação Princípios
Princípio da Moralidade:
c) Nepotismo cruzado, ou seja, troca de parentes.
- A vedação para o nepotismo é constitucional, e o CNJ tem competência para controlar o nepotismo, através de Resolução, já que este é o ato legislativo de que dispõe.
- Sobre o nepotismo, temos a Súmula Vinculante n. 13, STF.
- Agentes políticos estão fora da proibição da súmula.
- O STF discutiu a exigência de lei formal para proibir o nepotismo, e entendeu que esta lei é dispensável.
Princípio da Publicidade:
- Significa dar conhecimento, ciência dos atos praticados.
- A publicidade também significa início da produção de efeitos. Ou seja, a publicidade é condição de eficácia dos atos.
- O art. 61, p. único, L. 8.666/93 afirma que os contratos administrativos dependem de publicação. Isso quer dizer que a publicação é condição de eficácia, e é o início da produção de efeitos.
- Contrato administrativo não publicado é válido, mas não é eficaz, ou seja, não produzirá efeitos.
- A publicidade também dará início à contagem dos prazos. O prazo só começa a fluir a partir do momento em que se toma conhecimento.
- A publicidade representa um mecanismo de controle/fiscalização.
- Pergunta: Na licitação na modalidade convite não há publicidade? R: Esta informação é falsa, pois ao encaminhar carta convite aos convidados, haverá publicidade. Não se pode confundir a publicidade com a publicação. No convite não há publicação, mas há publicidade. Publicidade é gênero e publicação é espécie.
- Se o órgão público negar informações do interesse do cidadão, sobre uma determinada empresa, caberá Mandado de Segurança, pois só cabe Habeas data quando se quer obter/corrigir informações pessoais. Por não ser informações pessoais, vale o direito líquido e certo de informação, cabendo MS.
- O dever de publicidade está previsto nos arts. 37, caput; 5º, XXXIII (direito de informação), XXXIV (direito de certidão), LXXII (informações pessoais).
- Existem algumas hipóteses de exceção à publicidade. São elas:
Art. 5º, X, CF: direito à intimidade, a vida privada, a imagem e a honra das pessoas. Se violadas, haverá direito à indenização.
Art. 5º, XXXIII: Quando se colocar em risco a segurança da sociedade e do Estado.
Art. 5º, LX: atos processuais que, na forma da lei, são sigilosos. O sigilo poderá ser tanto no processo judicial como no administrativo. Ex: processo disciplinar.
- O art. 37, § 1º, CF traz o dever de publicidade. O dever de publicidade deve acontecer no caráter educativo, informativo e de orientação social. A desobediência do dever de publicidade caracteriza improbidade administrativa (art. 11, L. 8.429/92).
- Este dispositivo ainda traz o dever de impessoalidade, no sentido de que o administrador não pode fazer promoção pessoal. A desobediência deste dever também caracteriza improbidade administrativa (art. 11, L. 8.429/92).
- No caso de constar simplesmente o nome do administrador não caracteriza a promoção pessoal. O entendimento do STJ é de que tem de se observar com bom senso.
Princípio da Eficiência:
- A EC 19/98 (Emenda Administrativa) foi a que consagrou expressamente o princípio da eficiência na Constituição.
- Antes desta Emenda, já existia no Brasil o dever de eficiência. Mas antes era um princípio implícito na CF.
- Este princípio já existia de forma expressa no art. 6º, L. 8.987/95 (Lei do Serviço Público). Então, antes da EC 19/98, este princípio já estava expresso na norma infraconstitucional.
- Eficiência significa produtividade, agilidade (presteza), ausência de desperdícios e economia.
- Com a EC 19/98, com a introdução da eficiência no texto expresso da CF, verificaram-se algumas conseqüências:
Estabilidade dos servidores: houve alteração do art. 41, CF, pois a estabilidade ficou condicionada à eficiência. Para isso foi criada a avaliação especial de desempenho, que tornou-se requisito para a aquisição da estabilidade. Para controlar a eficiência durante o período de serviço, criou-se a avaliação periódica de desempenho.
Racionalização da máquina administrativa (art. 169, CF): não se pode gastar tudo com folha de pagamento. Deve-se observar o limite estipulado na LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal). No seu art. 19, o limite para a União é 50%, para os Estados e Municípios o limite é 60%. Quem ultrapassar o limite terá que cortar. A redução será feita na seguinte ordem: 1º) cargos em comissão e funções de confiança (mínimo de 20% de corte); 2º) servidores não estáveis (quantos forem necessários – a escolha é conforme a importância); 3º) servidores estáveis (conforme a necessidade e importância). OBS: Só se passa à classe seguinte depois de observada a classe anterior. Quando se quer cortar os servidores, o instituto é a exoneração, que é diferente de demissão, por não ter natureza de pena/sanção. O cargo é extinto e só pode ser recriado com funções idênticas ou assemelhadas após 04 anos. Somente o servidor estável terá direito à indenização.
- A eficiência deve ser quanto aos meios e quanto aos resultados. Deve gastar o menor valor possível e obter o melhor resultado.
- Para a doutrina moderna, o princípio da eficiência ainda é uma utopia do constituinte de 1998.
Princípio da Isonomia:
- Conceito: tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na medida das suas desigualdades.
- Qual é a medida da desigualdade? Como definir os iguais e desiguais?
I – Identificar qual o fator de discriminação.
II – Verificar se está compatível com o objetivo da norma.
- Se o fator de discriminação está compatível com o objetivo da norma, não viola o Princípio da Isonomia. Se não compatível, viola.
- Exemplo: município realiza concurso para salva-vidas, sendo que os deficientes físicos de cadeiras de rodas não podem prestar concurso.
- Esta exclusão está compatível com o objetivo da norma não há violação do Princípio da Isonomia.
- Exemplo: concurso da polícia feminina, cujo edital veda a participação dos homens.
- Esta exclusão está compatível com o objetivo da norma não há violação do Princípio da Isonomia.
- Exemplo: concurso de delegado da Polícia Civil de SP, cujo edital vedava a participação de pessoas menores de 1,50m.
- Esse fator não é determinante e a exclusão não é compatível com o objetivo da norma viola o Princípio da Isonomia.
- Exemplo: concurso para gari, cujo edital previa que a pessoa deveria ter 5 dentes.
- Esta exclusão não é compatível com o objetivo da norma viola o Princípio da Isonomia.
- Para que um requisito vá ao edital ele precisa ser compatível, necessário à atribuição do cargo.
- Ademais, o requisito deve estar previsto na lei da carreira e previsto no edital.
- Em suma, o requisito deve: Compatível com a atribuição do cargo; Previsto na lei da carreira; Previsto no edital.
- Quanto ao exame psicotécnico, a Súmula 686, STF afirma que este exame depende de lei anterior. A jurisprudência, tanto do STF como do STJ, exige que existam critérios/parâmetros objetivo, tem que estar previsto na lei da carreira e deve haver o direito de recurso.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa:
- Previstos no art. 5.º, inciso LV, CF.
- Os processos administrativos e judiciais estão submetidos ao contraditório e a ampla defesa.
- Contraditório significa dar conhecimento; ciência da existência do processo. Significa, ainda, a formação da relação jurídica – construção da bilateralidade da relação processual.
- O contraditório está na base do devido processo legal – ninguém pode ser condenado sem ser chamado a participar do processo.
- A ampla defesa significa oportunidade de defesa – parte tem que ter o direito de se defender.
- E se, mesmo com a oportunidade dada, a parte não quis se defender? R: O Administrador cumpriu o Princípio da Ampla Defesa, mesmo assim, vez que ofereceu a oportunidade de defesa.
- Exigências para o exercício efetivo ampla da defesa:
A parte precisa ter direito à informação.
- Direito de cópias: a Administração tem que viabilizar as cópiasdo processo, sendo que a parte paga as defesa. 
- Não pode ser feita carga do processo.
- Produção de provas.
- As provas devem interferir no convencimento do julgador. Elas devem ser produzidas e avaliadas.
- A parte tem que ter direito a defesa previa – o direito de defesa deve ser prévio.
- Defesa prévia: É preciso conhecer as penas previamente (as sanções devem ser previamente definidas). O processo também deve ser previamente definido.
- Defesa técnica o advogado tem que estar presente no processo administrativo disciplinar?
R: Súmula 343, STJ o advogado tem que estar presente em todas as fases do PAD.
Súmula Vinculante n.º 5 o advogado não precisa estar presente em todas as fases. A defesa técnica volta a ser facultativa 
Essa súmula vem para afastar a presença do advogado, “matando” a Súmula 343, STJ.
- Direito de recurso a parte tem que ter direito de recorrer.
A decisão tem que ser fundamentada.
* Súmula Vinculante n.º 21 é inconstitucional a exigência de depósito prévio de dinheiro ou arrolamento de bens para o direito de recurso em qualquer processos administrativos.
* Súmula Vinculante n.º 3

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