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Metodologia Científica

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Introdução à Metodologia Científica
O conhecimento humano vem da relação do homem com o mundo que o cerca. A interpretação ocorre através da percepção do mundo ao seu redor, sob diferentes visões. O conhecimento humano é transmitido dos antecessores para seus contemporâneos e descendentes. Os conhecimentos podem ser filosóficos (reflexão e raciocínio humano), teológico (verdade aceita), empírico (popular, percepção sensorial, experimentação) e o científico (conhecimento das causas e leis dos fenômenos, aprendizagem metódica e sistemática, abordagem exclusiva dos fatos, mundo mensurável, instrumentação).
----------------------------------------------------X----------------------------------------------------
Claude Bernard (1813 – 1878)
	Em 1862 – 63, ele publicou “Introdução à Medicina Experimental”, questionando a Medicina Empírica x Medicina Científica.
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	Ciência é o conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos (temas) de uma mesma natureza.
	Para ser um pesquisador deve-se ter mente científica, objetiva e racional; curiosidade (inata), sensibilidade e senso de observação; gosto pela precisão; ideias claras e imaginação ousada; paciência, perseverança e coragem; humildade, imparcialidade e respeito pela verdade (honestidade).
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	Segundo a resolução 196/96, para a realização de uma pesquisa científica deve ser seguido seus adendos, passando assim sobre um Comitê de Ética. Ela se baseia em quatro pilares: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. Isso porque pacientes não cobaias, ou seja, o médico não deve esquecer do paciente (vivo ou morto).
	A resolução 196/96 instituiu a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A Conep se baseia em quatro pilares: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça; isso porque pacientes não cobaias, ou seja, o médico não deve esquecer do paciente (vivo ou morto). Pela lei brasileira, menores de 18 anos (exceto emancipados), indígenas, encarcerados e asilados, não são considerados autônomos, assim a coação do participante não deve ser feita (autonomia). A beneficência é a comprovação de que a pesquisa trará benefícios sem que cause danos ao paciente (não-maleficência). A justiça é que se a pesquisa trouxer benefício para um grupo e para outro não, esse benefício deve-se tornar universalizado, ganhando os pacientes o direito de receber esse benefício pelo resto da vida, mesmo com a desistência do paciente da pesquisa (lembrar o caso que ocorreu nos EUA, da sífilis eu acho).
	Os termos de consentimento deve ser claro para que o paciente possa entender. Para isso, utiliza-se de termos usuais e não-médicos para que uma pessoa de baixo grau de instrução possa entender o que irá ser feito. Toda e qualquer instituição que trabalhe com humanos deve possuir um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), que estão registrados na Conep.
	A lei nº 11794 de outubro de 2008 define que o uso de animais fica reservado às instituições de ensino superior, bom como os animais a serem utilizados. Para isso existem o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), COBEA (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal) e CEUA (Comitê de Ética no Uso de Animais). Esses conselhos e lei visam a manutenção do bem-estar animal, sobre a criação e uso de animais para pesquisa. Há também os três R’s: Reduce, utilizar os animais na quantidade suficiente para a pesquisa; Refine, os materiais utilizados são os mesmo utilizados nos seres humanos, sendo equivalentes (para uso nos animais); Replace, tentativa de substituir os animais por outras técnicas sempre que possível.
Tipos de Pesquisas
	Há pesquisas em que apenas a observação é necessária, porém há outras em que a experimentação é necessária, bem como a interferência na mesma. Dentro do método de observação, existe a observação passiva e a observação ativa. Cada pesquisa possui um tipo de instrumentação específica, além de que toda grandeza tem que ser mensurável. Há pesquisas de demonstração, no qual o intuito é mostrar o funcionamento de algo já sabido. Para o teste de efetividade da pesquisa há a prova e a contraprova e a reprodutibilidade da mesma. A pesquisa deve seguir um rigor científico.
	O ser humano não nasce pesquisador, mas nasce com a curiosidade, que é uma virtude para a pesquisa. Mas como nasce uma pergunta? “O pesquisador que não souber o que está procurando não compreenderá o que encontrar.” (Claude Bernard). “Sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas, mas os que formula as verdadeiras perguntas.” (Claude Lévi-Strauss). Os pensamentos surgem do cotidiano do médico, gerando dúvidas que não se completam, procurando assim, na literatura, podendo: 1) encontrar uma resposta explícita; 2) encontrar uma resposta incompleta; 3) a resposta não convencer; 4) a resposta ainda gerar novas dúvidas.
	Quando se faz uma pergunta, deve-se ter clareza, precisão, ser livre de conceitos prévios.
	A hipótese é uma explicação “provisória” das causas de um fenômeno. Pode ser: a priori (dedução de lei já conhecida); a posteriori (a partir da experiência); análoga (semelhança com fenômeno já explicado). Se uma hipótese é fundamentada e confirmada ela vira uma tese.
Elaboração de uma pesquisa
	Para se iniciar uma pesquisa, parte-se de uma hipótese nula (H0), ou seja, que não há diferença entre os objetos estudados, resultados ou grupos. Contrapondo a H0, há a hipótese alternativa/experimental (H1), quando pressupõe-se que há diferença entre os resultados ou grupos. Há também tipos de erros: erro α/tipo I, que rejeita a hipótese mas ela era verdadeira; erro β/tipo II, que aceita a hipótese mas ela é falsa.
	As variáveis devem ser controladas o máximo possível. As variáveis são aspectos ou dimensão de um fenômeno, que pode assumir diferentes valores. O conhecimento das variáveis é fundamental para a elaboração estratégica do método a ser empregado.
	As variáveis podem ser classificadas: por gênero, em dicotômicas (sim e não, presente ou ausente), contínuas (graduação, ponto-a-ponto) e descontínuas (não tem como medir, sem intervalos), sendo que a contínua pode ser transformada em dicotômica; espécie, independente (que não se consegue controle, interferência) ou dependente (que depende de uma variável independente) e interveniente (que tem como intervir na variável); controlável x não-controlável (tem controle ou não sobre a variável); e, no caso das Ciências Biológicas e da Saúde, cada organismo possui características multivariáveis.
	As pesquisas podem ser: básica, pura ou fundamental, que estuda apenas o fenômeno; a pesquisa aplicada, na qual já possui a pesquisa básica; histórica, que procura registros já existentes; descritiva, na qual descreve um fenômeno; experimental, que manipula/interfere nas variáveis; clínica, na qual deve ser resultado e passado por vários testes e multicêntrico; monodisciplinar, na qual tem abordagem de uma ciência disciplina, atualmente é voltado às ciências básicas; interdisciplinar, com abordagem de várias ciências sobre o mesmo assunto.
	A amostra (n) é o conjunto de elementos que participam da pesquisa. Ela deve possuir: qualidade (uniformidade na amostra), homogeneidade, tamanho (quanto maior o tamanho da amostra, mais consistente o resultado); técnica de amostragem adequada.
	A qualidade/homogeneidade depende ou da população ou do universo disponível. Para das homogeneidade à amostra, deve-se analisar os critérios de inclusão na amostra, que são as condições necessárias para fazer parte da amostra. Os critérios de exclusão são condições que impedem a participação na amostra, mesmo quando atenda aos critérios de inclusão.
	A população é a quantidade total de elementos, participando ou não do experimento. Ela depende da abordagem estatísticaescolhida e do intervalo de confiança (ρ=0,05 para a área da saúde), que deve possuir um tamanho mínimo.
	A amostragem probabilística é quando não há critérios, é aleatória. Pode ser aleatória simples com reposição, quando há “reservas” caso ocorra algo com o elemento da amostra, ou sem reposição, na qual a amostra não se mantém constante. Pode ser por grupos, quando possuem certas características em comum. Pode ser sistemática, quando se cria um sistema para a coleta de amostras. Pode ser aleatória de múltiplo estágio, que é quando se realiza escolha aleatória em vários estágios da pesquisa. E pode ser estratificada, quando há estratos (estágios) de informações, sem variar a população, pode ser ou não proporcional, quando se quer uma amostra em relação a população, ou proporcional, quando elas são proporcionais à população.
	A amostragem não probabilística pode ser intencional, quando se determina a característica; por júris, quando é julgado pelo pesquisador; por tipicidade, quando é intencional e determina o tipo; por cotas, quando é pré-determinado com ou sem a relação com a população.
	Há vários tipos de estudos. Pode ser em relação à linha do tempo, que pode ser longitudinal, quando se analisa a amostra no tempo de estudo, podendo ser prospectivo, retrospectivo ou misto, sendo que nesse estudo, os elementos devem ser analisados mais de uma vez (prospectiva ou retrospectivamente); ou transversal, onde os elementos são estudados apenas uma única vez, com coleta de elementos ao longo da linha do tempo e o contato com o a amostra é dado por um momento determinado.
	O estudo pode ser documental, quando se analisam documentos. O estudo observacional é quando se observa os elementos, sem interferir no comportamento do mesmo. O estudo de levantamento (censo) faz uma análise de uma amostra. O estudo de caso é uma situação aleatória, no qual os elementos surgiram ao acaso, e o estudo procura entender melhor o caso. O estudo de campo é quando a coleta de informações ocorre num campo de pesquisa, fora de um ambiente controlado. Nos estudos de coorte há a seleção da população com características específicas, no qual o estudo é feito com a população e não com uma pequena amostra, pode durar anos e abrangem toda a curva de Gauss. O estudo comparativo faz comparação entre populações (caso-controle, experimento-controle).
	O estudo experimental é quando o pesquisador influencia no comportamento da amostra após a interferência. O estudo controlado é quando se possui um grupo controle, que vai possuir um comportamento esperado e padrão, e um grupo experimento (estudo caso-controle). O estudo placebo-experimento está sendo difícil de ser realizado por questões éticas, porém o placebo é útil para determinar o grau de sugestionamento do elemento, e está sendo utilizado em estudos psiquiátricos e outras áreas em que não há prejuízos ao paciente. O estudo auto-controlado é quando o mesmo elemento que serve de controle é o experimento, comparando o período de controle com o do pós-experimento.
	O estudo duplo cego e quando há omissão de informação para o elemento e para o avaliador/executor. O estudo triplo cego é quando até mesmo o pesquisador não possui noção dos métodos de intervenção em determinado elemento.
	Para se realizar um experimento animal deve-se: obter um modelo animal para uma doença humana, saber o grau de sofrimento para o animal, as variáveis controláveis, deve-se ter uma amostra homogênea (de qualidade), se haverá reposição de amostra (curva de aprendizado de cirurgião, por exemplo); ele é mais barato, não há perda de seguimento (a não ser por morte), e os resultados são extrapolados por similaridade e comparados aos humanos, por isso o modelo deve ser semelhante ao ser humano, senão a pesquisa fica restrita ao animal.
	Para se realizar um experimento clínico, deve-se passar por uma fase de estudos: fase 1, onde se analisa os efeitos colaterais; fase 2, em que se aplica o estudo em pessoas com a patologia; fase 3, onde se verifica a amplitude do medicamento em diferentes padrões; fase 4, em que se faz o estudo de eficiência da droga a longo prazo após liberação para uso comercial e efeitos conjunto com outros medicamentos e outras aplicações. Além disso, há a busca por voluntários (não devem ser enganado, iludidos, e devem saber que estão participando do experimento), adesão do paciente (desistir e continuar com o paciente), não há reposição caso haja desistência/óbito (exceto caso-controle), deve-se trabalhar com uma amostra disponível (doenças raras são um problema), e saber que existe um maior número de variáveis, que possui um maior custo porém com maior chance de aplicabilidade pós-clínica ser favorável.
	Durante uma pesquisa, deve-se evitar erros e vícios. Os erros podem ser de amostragem, de metodologia (operador-dependente, com interferência do avaliador, observador-dependente), de instrumentação, de aferição; sendo que deve haver o reconhecimento/consideração dos erros, e dispersão dos erros (restrições, redistribuições e aleatorização).
	As pesquisas qualitativas são mais subjetivas, dependendo e sendo interferido pelo pesquisador ou pelo pesquisado. Há escalas, termômetros, mostradores que fazem a conversão subjetiva-objetiva, como a EVA (escala visual analógica); deve-se ter uma consideração histórica.
	O intervalo de confiança para as ciências biológicas é de 95% (ρ < 0,05). O ρ valor, quando comparado duas ou mais populações, é dado pelo grau de superposição. Se ele der menor que ρ < 0,05, as populações são consideradas diferentes; se der ρ > 0,05 as populações consideradas iguais. Em um experimento, esse ρ é calculado entre as amostras e no final de uma pesquisa (por exemplo entre medicamentos).
	Para se preparar uma pesquisa, então, deve-se especificar o objetivo (responder à pergunta inicial), escolher a maneira certa de se fazer o levantamento de dados, identificar as variáveis corretamente, delimitar entre pesquisa e projeto, determinar o tamanho e homogeneidade da amostra e o método estatístico, selecionar adequadamente o método e técnicas a serem utilizados, constituição da equipe, cronograma e orçamento, a submissão ao Comitê de Ética.
	Para a execução da pesquisa, deve-se fazer um ensaio piloto (verificar e planejar se a pesquisa está funcionando) e só pode ser feito após a aprovação pelo conselho de ética, coleta de dados, tabular/organizar todos os dados, analisar e interpretar os dados, discutir os dados (o porquê algo foi ou não significativo), e, após tudo isso, tirar a conclusão, com a redação do documento final.
Orientação para a Redação
	Para uma publicação, existem as normas da ABNT e a norma de Vancouver (1997, referências) e as institucionais (de revistas, congressos, eventos).
	 A estrutura do texto acadêmico independe do tema abordado, da finalidade. Ela possui três partes: os elementos pré-textuais, os elementos textuais, e os elementos pós-textuais.
	Os elementos pré-textuais devem conter obrigatoriamente: a capa, a folha de rostro, folha de aprovação; dedicatória, agradecimentos, epígrafe (opcionais); resumo, abstract, listas (ilustrações, siglas, símbolos), sumário.
	Os elementos textuais são: introdução, objetivo, método, resultados, discussão, conclusão; ou introdução (com objetivo), desenvolvimento (podendo haver subdivisões) e conclusão.
	Os elementos pós-textuais são referências, apêndices, anexos, glossário.
	A apresentação deve ser feita em folha A4, impressão no anverso e verso, tinta cor preta, gramatura 75 g/m² a 90g/m², destacar títulos (de texto e seções, em caixa alta). A seção primária pode ser feita em caixa alta e negrito; a secundária em caixa alta; a terciária em caixa baixa e negrito; a quaternária em caixa baixa; sempre alinhada à esquerda, um espaço entre o número e a primeira letra do título, evitar subdivisões excessivas, ser claro e objetivo nos títulos, uma linha entre o título e a seção, e entre a última linha do parágrafo e o título seguinte, evitar linha ou título órfão (se necessário utilizar espaçamento1,3). A numeração de páginas é de forma contínua a partir da folha de rostro e deve estar localizado na extremidade superior direita. Os parágrafos devem possuir recuo de 1,5 cm ou 3 cm da margem esquerda. No corpo do texto deve-se utilizar fonte Arial ou Times New Roman ou Calibri, tamanho 12, espaçamento 1,5 (1,3 se necessário). Para citações longas, notas de rodapé e legendas utiliza-se tamanho 10 e espaçamento simples.
	Na estrutura básica da capa, é obrigatório: o nome da instituição e sub-setores, e nome do autor(es) no terço superior da página; título e subtítulo em caixa alta e negrito no terço médio da página; cidade e ano de entrega em caixa alta e no terço inferior da página; e todos devem estar centralizados. Na folha de rostro deve-se repetir todos os itens da capa, além da nota explicativa (espaçamento simples, margem direita, fonte 12; contendo a natureza do trabalho, instituição de ensino e orientação). A ficha catalográfica deve ser feita no verso da folha de rostro (feita por bibliotecários). A folha de aprovação deve conter o autor, o título, texto de apresentação da folha de rostro (nota explicativa), local, data, e banca examinadora (nome, titulação, IES). A dedicatória é opcional, é um texto curto, à direita na parte inferior. Os agradecimentos são opcionais, deve ser titulado “agradecimento”, centralizado, na parte superior, com mesma formatação do texto principal. A epígrafe é opcional, deve ser uma citação que reflete a filosofia do trabalho ou do autor do trabalho, e quando literal deve ser colocada entre aspas (indicar o autor, ano e fonte se possível; deve ser curta, alinhado à direita, na parte inferior. O resumo é obrigatório, sendo um texto conciso, parágrafo único, espaçamento simples, entre 250 e 500 palavras (300 em média), com estilo de linguagem clara, sem rebuscamentos e uso do tempo verbal passado, impessoal (voz passiva pronominal, ser autoexplicativo, possuir as informações mais importantes do texto (partes da introdução, objetivos, método, resultados e conclusão; estruturado ou não), proporcionalidade entre as partes, representação fiel do trabalho, evitar frases negativas, símbolos e contrações que não sejam de uso corrente, fórmulas, equações, citações; quase sempre “resumo ruim = trabalho ruim”; para sair bom é útil planejar o texto (ideias e palavras principais de cada parte, frases curtas e de construção simples). O abstract é a tradução fiel do resumo para outro idioma (inglês), é obrigatório para teses e dissertações de mestrado e doutorado. As listas são feitas para mais de três gravuras, é opcional e pode ser feito por categoria (tabelas, fotografias, gráficos, quadros, figuras e de abreviaturas, símbolos). O sumário é obrigatório, caixa alta, centralizado, mostrando a estrutura do documento a partir de suas divisões e seções principais, não inclui: folha de rostro, dedicatória, agradecimento e epígrafe; cópia fiel do título de capítulos e seções; no world pode-se inserir índice analítico.
	A introdução deve apresentar o tema procurando um a visão clara e objetiva, histórico/motivação, justificativa; apresentar a estrutura do documento, utilizando o tempo verbal presente ou passado, e desembocar no objetivo (o que se pretende atingir com o trabalho). 
O desenvolvimento é formado pela fundamentação teórica, revisão de literatura, apresentação e discussão de hipóteses, método (justificado, materiais, equipamentos e procedimentos), resultados (análise estatística), e discussão. 
O método compreende de amostra, delineamento, tipo de estudo, materiais e equipamentos, procedimento, meios de aferição, meios de análise dos resultados (testes estatísticos utilizados e nível de confiança adotado), uso do tempo verbal no passado, terminologia apropriada, não subestimar detalhes, explicações complementares para entendimento da ação, separa procedimentos distintos, objetividade, obedecer a cronologia, não omitir tempos e medidas, uso correto de unidades e abreviaturas, deve ser escrito de maneira impessoal e descrição precisa (como um manual de instruções). 
Nos resultados relatam-se os resultados, sem comentários (apenas colocam-se os dados), apresentados na mesma ordem dos procedimentos do método (estatísticas), uso de ilustrações para entendimento dos dados (não abusar).
As ilustrações devem possuir uma numeração própria, deve ser colocada próxima à citação (citação em parênteses ou como parte do texto). Pode ser composto por imagens, lâminas, plantas, gráficos, fluxogramas, com legendas claras e breves.
As tabelas são sínteses de dados estatísticos, com laterais abertas, apenas linhas verticais (cabeçalho), título na parte superior, sendo que fonte, notas, comentários, abreviações devem estar após a linha de fechamento; elas devem estar centralizadas; e caso a página acabe, repetir o cabeçalho na folha seguinte; deve possuir preferivelmente mais linhas que colunas.
	Tabela 1
	XXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXXX
	Fonte, legenda, abreviações
	
	Os quadros devem possuir informações qualitativas, e deve ser fechado em todas as laterais.
	
	Quadro 1
	XXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXX
	XXXXXXX
	Fonte, legenda, abreviações
	Na discussão, dever ser obedecida a mesma sequência dos capítulos, método e resultado, procurar dizer sobre os resultados significantes, se estão de acordo com a literatura, o que pode ter levado a resultados diferentes, razões para contradizer a teoria vigente.
	A conclusão é curta, texto objetivo, claro e fundamentado nos itens anteriores, mesmo a presença de conclusões negativas não invalidam o trabalho, e deve responder ao objetivo; restringir à conclusão as condições encontradas.
	Para facilitar a escrita, opta-se por escrever primeiramente o método, seguido por resultados, discussão, conclusão, introdução, resumo e abstract.
Citação de fontes
	Para a citação, há dois sistemas: o da ABNT e o de Vancouver. Na ABNT, no sistema autor-data não se usa notas de rodapé, faz-se a referência completa em ordem alfabética no final do documento. Para isso, coloca-se o nome do autor (sobrenome), ano e página; localizada dentro da pontuação.
	“Segundo Santos (1980, p.34) ...” ou “...uso exclusivo (SANTOS, 1980, p.34).”
	No sistema numérico de Vancouver, faz-se uma numeração contínua ([1], [2], [3]), feita à medida que as referências ocorrem, sendo que quando houver a repetição de um mesmo autor repete-se a numeração. É explicitado em fonte menor, sobrescrito, entre parênteses ou colchetes.
	Na ABNT, quando há autor entidade, é posto em caixa alta, por extenso ou uso de sigla somente se consagrada.
	“O IBGE (2001, p.233) divulgou que...” ou “O INSTITUO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2001, p.233) divulgou que...”
	Em Vancouver, no autor entidade utiliza-se as mesmas características que a ABNT, exceto as datas.
	Na ABNT, quando há dois autores, faz-se: “Santos e Alves (1988) ...” ou “... (SANTOS; ALVES, 1988)”; e quando há três autores: “Silva; Santos e Alves (1996) ...” ou “... (SILVA; SANTOS; ALVES, 1996)”.
	Na regra de Vancouver, essas mesmas situações com dois autores fica: “Santos e Alves (3) ...” ou “... efetivo (3)”; com três autores: “Silva, Santos e Alves (4) ...” ou “... resultado (4)”.
	Na ABNT, quando há mais de três autores, o nome deve vir acompanhado de “et al”: “Silva et al (1996, p.53-55)”. Em Vancouver, faz-se a mesma coisa, com a indexação numérica.
	Quando se cita vários documentos do mesmo autor, coloca-se os anos de publicação ou “a” e “b” (ABNT), ou várias indexações diferentes (5,6) ou se de anos iguais cada ano recebe uma citação (2001a=8)(2001b=9)(Vancouver).
	As citações podem ser de forma indireta (redigida pelo autor, paráfrase). Ex. “De acordo com Silas (9)/(2003, p.56), a quantidade”. Pode ser apresentado através de um condensação (síntese de texto longo). Pode ser feita de forma direta: se tiver até três linhas, coloca-se dentro do texto , entre aspas; se possui mais de 3 linhas, cria-se um parágrafo separado, com fontemenor, espaço simples e alinhado com o parágrafo. Ex:
	XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
	Quando se quer enfatizar uma citação, colocar em negrito e informar o destaque “(sem grifo no original)”. Quando essa ênfase é do autor (cópia literal) colocar “(grifo no original)”.
	As citações de primeira mão é quando se obtém acesso à informação original; a de segunda mão são aquelas na qual outro ator cita um terceiro (traduções, citações, opiado por outro autor). Quando dor fazer a citação de citação, utiliza-se a expressão “apud”, como em “McLuhan apud Giovanni”, ou citado por, como em “McLuhan citado por Giovanni”. Em Vancouver, pode-se ainda apenas colocar a indexação.
	As notas de rodapé ocorrem apenas quando se faz referências ocasionais, indicação de fonte mais detalhada, apresentar tradução ou versão original, observações pertinentes ou comentários adicionais.
Elementos pós-textuais
	Nos elementos pós-textuais existem as referências, os apêndices, os anexos, e o glossário.
	Nas referências devem existir todo que for citado no corpo do texto. São informações imprescindíveis à identificação dos documentos. É composto por: SOBRENOME, PRENOME, TÍTULO DO LIVRO OU ARTIGO, NOME DA REVISTA DE PUBLICAÇÃO E ANO DE PUBLICAÇÃO, EDIÇÃO OU VOLUME, EDITORA, NÚMERO DA EDIÇÃO, PÁGINAS, ANO.
	Há informações complementares, como ISBN (livros), mês de publicação (revista), ISSN (revistas). Na ABNT, coloca-se o nome do autor por extenso; até 3 autores, separar com ponto e vírgula, se mais de três autores, utiliza-se “et al”, colocando ou não até o terceiro autor. Para Vancouver, coloca-se por extenso ou abreviado em escrita normal, e sem pontuação, e até seis autores separa-se por vírgula; no caso de mais de 6 autores; no caso de mais de seis coloca-se “et al” (Paula Josuê Bruginsk de ou Paula JB). Quando o autor possui “Júnior, Neto, Sobrinho”, coloca-se junto com o sobrenome, extenso ou abreviado, conforme a preferência do autor. Para sobrenomes compostos, coloca-los juntos. Preposições (de, van, von, di, al, Mc) são mantidas. Quando o autor é identidade, colocar a esfera de subordinação (BRASIL, Paraná, Curitiba) e a denominação completa do órgão. A citação de uma obra no todo:
Para os livros:
SOBRENOME, Prenome (do autor). Título: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora,data (ano de publicação).
Para os trabalhos acadêmicos, teses:
SOBRENOME, Prenome (do autor). Título: subtítulo. Ano. Número de páginas ou volumes. Categoria (grau e área) - Instituição, cidade, ano.
Para a citação de enciclopédia e dicionários:
Título. Local de publicação (Cidade): Editora, data (ano de publicação). Número de volumes (se houver).
Para normas técnicas:
INSTITUIÇÃO, Local da instituição. Título: subtítulo. Local, ano.
Para leis e decretos:
NOME DO PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei/Decreto n°. Data (dia e ano). Ementa. Dados do veículo da publicação da lei ou decreto.
	A citação de capítulos de livros:
SOBRENOME, Prenome (do autor do capítulo). Título do capítulo. In: SOBRENOME, Prenome (do autor do livro). Título do livro: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano. Volume, capítulo, p. inicial-final.
	A citação de parte de trabalhos publicados em eventos:
SOBRENOME, Prenome (do autor do trabalho). Título. In: NOME DO EVENTO, ano, local de realização. Título da publicação. Local da publicação (Cidade): Editora, ano. Páginas inicial-final do trabalho.
	A citação de artigos em periódicos:
SOBRENOME, Prenome (do autor do artigo). Título do artigo. Título do periódico, local da publicação (Cidade), n° do volume, n° do fascículo, páginas inicial-final, mês. Ano.
	PS: a abreviação do nome do periódico deve ser feito de acordo com o ISSN-ISO
	A citação de documentos digitais é de acordo com a regras anteriores, e deve-se colocar: “versão digital disponível em” e “acesso em”.
	No apêndice deve-se colocar um texto feito pelo próprio autor do trabalho, como questionários, procedimentos detalhados, trabalhos anteriores (continuidade). Ele é uma informação complementar. É caracterizado por letras (Apêndice A, B).
	O anexo é composto por textos complementares feitos por outros autores que não do trabalho. Também são identificados por letras (Anexo A).
	O glossário é utilizado para explicitar termos mais específicos.
Incidência e Prevalência
	No momento 0, faz-se a contagem da quantidade de pessoas doentes no início. No momento 1, apareceram mais doentes.
	A prevalência é quantidade de casos naquele momento. A incidência é quando casos novos surgiram entre dois momentos. A incidência serve para descobrir/analisar a “evolução” de uma doença (comparação entre dois ou mais períodos).
	A prevalência é a fração d um grupo e pessoas que apresenta uma condição clínica em um determinado ponto do tempo. A incidência é uma fração de um grupo de pessoas, inicialmente livre de uma condição clínica, que a desenvolve ao longo de um período de tempo (casos novos). 
	O aumento da incidência e a queda da prevalência marca a história natural da doença, marcando ou uma rápida cura ou uma alta mortalidade. Com o diagnóstico precoce e o seu tratamento pode ser observado uma alta incidência, alta prevalência e baixa mortalidade.
*Deve-se avaliar os eventos que interferiram nos números de prevalência e incidência.
	O coeficiente de incidência pode ser utilizado para comparar a incidência entre duas áreas de pesquisa. Se as populações forem discrepantes e os coeficientes de incidência forem próximos, a que possui menor população possui a maior incidência (coeficiente de incidência é dado por 10, 100 mil habitantes).
	O odds ratio (OR) ou razão de chances é possibilidade de um indivíduo desenvolver a doença quando exposto à determinada condição, levando em conta a variabilidade fatorial (dado de infinitas faces).
	O risco relativo (RR) é a proporção entre a incidência de não expostos com expostos (uma população com outra).
	
	Condições
	Patologia
	
	Doentes
	Não Doentes
	Total
	Expostos
	A
	B
	A+B
	Não Expostos
	C
	D
	C+D
Acurácia, Sensibilidade, Especificidade, Valor Preditivo Positivo e Valor Preditivo Negativo
	Sensibilidade, especificidade e acurácia medem a efetividade da técnica; servem para analisar a escolha apropriada de um exame que deve ser comparada com o padrão-ouro.
	TESTE
	DOENÇA
	TOTAL
	
	POSITIVO
	NEGATIVO
	
	POSITIVO
	A
	B
	A+B
	NEGATIVO
	C
	D
	C+D
	TOTAL
	A+C
	B+D
	A+B+C+D
	
A acurácia é a medida simples da qualidade do teste de um teste diagnóstico. Representa o grau de acerto do teste (positivo-positivo e negativo-negativo).
	A sensibilidade é a proporção dos indivíduos com a doença que têm teste positivo para a doença. Um teste sensível raramente deixa de encontrar pessoas com a doença.
	A taxa de falso negativo é o número de indivíduos dentre os doentes com teste negativo.
	A especificidade é a proporção dos indivíduos sem a doença que tem um teste negativo.
	A taxa de falso positivo é o número de indivíduos dentre os sem doença, com teste positivo.
	O valor preditivo positivo (VPP) de um teste é a probabilidade da doença estar em um paciente com teste positivo.
	O valor preditivo negativo (VPN) de um teste é a probabilidade de um paciente sadio com teste negativo possuir a doença.

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