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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 02 - TJPE

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18/11/2015
1
Professora Vanessa Alves
É a possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto.
Ou seja, é a compatibilidade entre ideias e conceitos que
permite ao leitor acompanhar a continuidade de raciocínio
em desenvolvimento.
Quando encontramos enunciados contraditórios, que geram
dificuldade a nossa compreensão, dizemos que houve
incoerência, como ocorre no exemplo abaixo:
E1: “No mundo não há indiferença, há apenas desinteresse
das pessoas para com os problemas sociais”.
FATORES DE COERÊNCIA:
Há um conjunto de fatores que colaboram para proporcionar
certa lógica ao desenvolvimento do raciocínio do autor. São
eles:
A) Elementos Linguísticos - as palavras usadas no texto, além
de acionar conhecimentos arquivados na memória do leitor,
funcionam como pistas da língua que ajudam o leitor a pescar
o sentido pretendido pelo autor, a sua linha argumentativa e
as conclusões às quais gostaria que chegasse. Assim, artifícios
linguísticos como: o uso de palavras do mesmo campo
semântico e a posição delas no enunciado podem gerar
interpretações curiosas.
E2: Tramita na câmara um projeto sobre preconceito da
deputada Rita Camata.
Tramita / câmara/projeto / deputada (mesmo campo
semântico)
E3: O congresso brasileiro precisa de novos parlamentares
novos que legislem honestamente.
Congresso/parlamentares/legislem (mesmo campo
semântico)
18/11/2015
2
B)Conhecimento de Mundo – todas as experiências vividas
são guardadas na nossa memória, de maneira que, quando
lemos um texto, só conseguimos entendê-lo inteiramente, se
reconhecermos as informações ali acionadas e
estabelecermos uma relação com o que já sabemos sobre o
tema.
E4: Se nos tempos de Hitler houvesse televisão em cadeia
mundial, ele não teria conseguido manter por tanto tempo
campos de concentração, nem fazer o gueto de Varsóvia.
• Hitler - pai do Nazismo
• Campos de concentração – locais de morte e aprisionamento
de judeus
• Gueto de Varsóvia – o mais famoso campo de concentração
Esses termos destacados devem fazer parte do conhecimento
de mundo do leitor (medianamente escolarizado e/ou
relativamente informado pelos meios de comunicação) ao
qual se dirige uma dissertação argumentativa.
C) Conhecimento Partilhado – cada indivíduo constrói a sua
própria enciclopédia de conhecimentos ao longo da vida,
mais ou menos igual à daqueles que vivem em um mesmo
ambiente social, político, econômico e cultural. Para que haja
compreensão entre dois interlocutores, por meio de texto, é
necessário que ambos partilhem de algumas classes de
conhecimentos.
D) Inferência – é um processo de raciocínio através do qual se
estabelece uma relação não explícita entre dois enunciados e
deles se chega a uma conclusão. É um dos tipos de raciocínio
mais utilizados no processo de interpretação, já que o texto,
por ser um mecanismo de economia linguística, não pode
nem deve dizer tudo. Como disse o escritor italiano Umberto
Eco, o texto é uma “máquina preguiçosa” e, por isso, sempre
há lacunas a serem preenchidas pelos leitores com seu
conhecimento de mundo e sua capacidade de inferir.
E5: “No Oriente Médio, há anos assistimos pela televisão ao
momento quase exato em que jovens palestinos se suicidam
assassinando jovens israelenses e em que soldados
israelenses se embrutecem matando jovens palestinos. Cada
qual dizendo defender sua própria terra, eles sacrificam e se
sacrificam, diante da indiferença do mundo”.
Inferências:
1. O Oriente Médio é palco de conflitos;
2.Há conflitos sangrentos entre palestinos e israelenses;
3. Há indiferença das pessoas diante desses conflitos
18/11/2015
3
Texto para Análise:
De um lado, o discurso disseminado da necessidade de combate ao
preconceito; de outro, o comodismo, a conivência diante das injustiças
sociais. O primeiro revela a enormidade do passo dado pela mentalidade
social no último século, enquanto o segundo aponta para os resquícios da
podridão-escondida nos grilhões da história. Outrossim, não é de hoje que
se convive com a discriminação, sem que, no entanto, medidas eficazes de
erradicação de tal política tenham sido encontradas.
Antes mesmo da expansão ultramarina, a qual empurraria o
mundo para a lubrificação da máquina escravocrata, ora indígena, ora
negra, já se podia encontrar discriminação nas entrelinhas da história. O
repúdio aos bárbaros, bem como o escárnio aos mouros “infiéis” são a
gênese dos sentimentos que hoje explodem em “skínheads”, com
promessas de morte a negros, judeus, homossexuais e outras minorias.
Ademais, do mercantilismo ao capitalismo neoliberalista constitui-se a
necessidade da pobreza para untar a forma que se criou para o lucro.
Não se pode negar, entretanto, os avanços na mentalidade
social, ao longo do século XX em especial. Da pregação da “ausência de
alma” dos negros pela Igreja Católica à eleição de Nelson Mandela para
governar a África do Sul, passando por políticas vergonhosas como o
“apartheid”, instituído em 1948, a humanidade conheceu
amadurecimento considerável. Da “salvação” que o Cristianismo
supostamente representativa, impulsionando cruzadas e jesuítas, à
liberdade de culto e à, ao menos teórica, demarcação de terras
indígenas, esboçou-se a decência. Descobriu-se a importância da
diferença e ministrou-se a redução dos degraus da injustiça. Entretanto,
não se sabe, ainda, viver sem tal escada.
Contudo, o mesmo que reverenciou Hitler e abençoou Mussolini
não pode se orgulhar do passado que ostenta. Olhar para o espelho
representar, ainda, tarefa árdua para sociedades maculadas. O
enfrentamento, entretanto, há de se tornar mais fácil, se o reflexo se
mostrar raiz da primorosa árvore. Etapa tão necessária quanto superada
da escalada da igualdade.
Os textos pedem a presença de um sistema de “amarração
textual” com elos e nós que operam em seu interior,
costurando o sentido deles e, dessa forma, permitindo o
trânsito fácil do leitor pelos termos e conceitos já referidos ou
por referir sem perder o fio da meada. Este sistema de
amarração tem sido tecnicamente chamado de coesão
textual.
A VIDA DE CRIANÇA DAS RUAS
Assim que a gente chega aos países ditos em desenvolvimento, nos
assustamos com o número de crianças que encontramos nas ruas. Em Paris, um
jovem do Senegal achou estranho o número de cachorros que ele tinha visto nas
ruas. Procurava crianças, mas sua procura foi em vão, pois as crianças estavam na
escola.
Durante o dia, a criança das ruas se perde na grande massa dos meninos
mais pobres que procuram comida. Ela vai tentar ganhar a sua vida: ela vai
carregar as sacolas das mulheres que vão à feira, ela vai vender sacos plásticos aos
clientes que compram na feira; ela vai separar coisas do lixo, procurando ferro
velho ou pano, mas nesse trabalho muitas vezes são perseguidas por adultos que
também estão na procura de sobrevivência. Ela vai lavar carros, guardar veículos
em estacionamento, certamente mendigar. Ela recolherá os legumes e frutas que
não são mais vendíveis na feira. Em troca a uma ajuda dada a um comerciante da
feira, ela obterá o direito de dormir de noite embaixo de uma banca de feira.
Já é quase um reconhecimento da sociedade. Mas somente um bem
pequeno número tem acesso a esse nível.
18/11/2015
4
A criança não tem necessidade somente de pão, mas, sobretudo de
amor. Se ela deixou o lar familiar, foi, na maioria das vezes, porque ela não
encontrava mais nenhum amor: rejeitada, batida, ela não tinha mais o seu
lugar. E daqui em diante, será uma demanda de amor incessante: os
namorados, às vezes a prostituição, onde ele também não encontra o
amor.
A dureza da vida dessas crianças não deixa nenhum lugar ao amor.
Assim que elas nos encontram, é muito difícil fazê-las compreender que
nós agimos somente para o interesse delas, pelo amor por elas.
Para ela, expressamos uma linguagem tão nova: por que ele me dá
de comer? O que ele espera de mim?O amor é um conceito que a criança
das ruas procura inconscientemente, mas que ela não conhece. Assim que
ela descobrir que agimos por amor e somente por amor, então, teremos
ganhado.
Tudo está em jogo na rua para rapidamente destruir a criança.
Contrariamente a uma política defendida por certas organizações que
estimam que tem que ajudar as crianças das ruas mas deixá-las na rua, eu
estimo que há perigo de morte em deixar essa criança na rua: aí, logo ela
cai na delinquência, nas drogas, na prostituição. Resolver esse problema
necessita de meios específicos adaptados caso a caso. Precisa, sobretudo,
de educadores formados e motivados.
(http:www.enfants-des-rues.com/pages/pt/enfants– preambule-asp.
Acessado em 10/05/10. Adaptado).
COESÃO REFERENCIAL
ANÁFORA- Movimento referencial retrospectivo.
E1: Os jovens representam um segmento populacional de
grande vulnerabilidade ao HIV/Aids, entretanto, a epidemia
entre eles continua em grande parte invisível aos adultos e a
eles próprios.
E2: Os jovens representam um segmento populacional de
grande vulnerabilidade ao HIV/Aids, entretanto, a epidemia
entre eles continua em grande parte invisível aos adultos e
aos próprios Φ. (coesão feita por elipse).
CATÁFORA – Movimento referencial prospectivo.
E1: A epidemia entre eles continua em grande parte invisível
aos adultos e a eles próprios. Infelizmente os jovens
representam um segmento populacional de grande
vulnerabilidade ao HIV/Aids.
18/11/2015
5
COESÃO SEQUENCIAL
As orações, períodos ou porções textuais maiores são
encadeadas basicamente por operadores argumentativos
(conjunções, advérbios e expressões de ligação) que
estabelecem vários tipos de relações argumentativas. A esses
elementos de articulação que carregam em si uma
determinada orientação teórica chamamos operadores
argumentativos. Eles normalmente introduzem relações de:
PRIORIDADE - RELEVÂNCIA
Em primeiro lugar / antes de mais nada / primeiramente /
acima de tudo / precipuamente / principalmente /
primordialmente / sobretudo...
FREQUÊNCIA - DURAÇÃO - ORDEM - SUCESSÃO -
ANTERIORIDADE - POSTERIORIDADE
Então / enfim / logo / logo depois / imediatamente / logo
após / a princípio / pouco antes / pouco depois /
anteriormente / posteriormente / em seguida / afinal / por
fim / finalmente / agora / atualmente / hoje /
frequentemente / constantemente / às vezes /
eventualmente / por vezes / ocasionalmente / sempre /
raramente / não raro / ao mesmo tempo / simultaneamente
DÚVIDA
Talvez / provavelmente / possivelmente / quiçá / quem sabe /
é provável / não é certo / se é que...
CERTEZA - ÊNFASE
Decerto / por certo / certamente / indubitavelmente /
inquestionavelmente / sem dúvida / inegavelmente / com
toda certeza...
PROPÓSITO – INTENÇÃO-
Com o fim de / a fim de / com o propósito de...
MECANISMOS DE COESÃO (Relações deCoordenação)
 CONCLUSÃO, FECHAMENTO – logo, portanto, por isso, porconseguinte, pois (posposto ao verbo), etc.
Ex.: O país não investe em seu presente, PORTANTO exterminao seu futuro.
 ADIÇÃO, SOMA, ACRÉSCIMO – e, nem (e não), não só... mastambém, mas ainda, como também, etc.
Ex.: Estudar E ter cultura, as crianças necessitam disso.
18/11/2015
6
 ADVERSIDADE ,OPOSIÇÃO, CONTRASTE– mas, porém,entretanto, todavia, contudo, no entanto, etc.
Ex.: O país não investe em educação, MAS bilhões de reaissão desviados por políticos corruptos.
 ALTERNÂNCIA, ESCOLHA OU EXCLUSÃO – ou...ou; ora...ora;
já...já; seja... seja; quer... quer, etc.
Ex.: ORA estudam, ORA trabalham.
 EXPLICAÇÃO, JUSTIFICATIVA, MOTIVO, RAZÃO – porque, pois
(antes do verbo), que, porquanto, etc.
Ex.: Precisamos de educação, POIS o Brasil precisa investir
nessa área.
Relações de Subordinação:
 CAUSAIS (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma
vez que, como, etc.
Ex: Conseguiu diversas aprovações, visto que estudou bastante.
 CONDICIONAIS (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde
que, etc.
Ex: Se estudar adequadamente, terá êxito no concurso.
 CONSECUTIVAS (exprimem resultado, consequência): que
(precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que, etc.
Ex: Estudou tanto que conquistou a aprovação no concurso.
 COMPARATIVAS (exprimem comparação): como, que
(precedido de mais ou menos), etc.
Ex: O concurso é como uma verdadeira batalha na vida dos
candidatos.
 CONFORMATIVAS (exprimem conformidade): como,
conforme, segundo, etc.
Ex: Conforme foi mencionado, ele conquistou a aprovação.
 CONCESSIVAS (exprimem concessão): embora, se bem que,
ainda que, mesmo que, conquanto, etc.
Ex: Ainda que não tenha estudado muito, passou no
concurso.
 TEMPORAIS (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que,
desde que, assim que, etc.
Ex: Quando passar no concurso, terá estabilidade.
 FINAIS (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que,
etc.
Para que a aprovação se torne realidade, é necessário
muito esforço.
 PROPORCIONAIS (exprimem proporção): à proporção que, à
medida que, etc.
Ex: À medida que estuda, adquire mais conhecimentos.
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7
QUESTÕES PROPOSTAS
1.Assinale a alternativa que apresenta uma correta interrelação entre o
trecho destacado do enunciado e a relação semântica dada.
a) “algo que parece óbvio, mas tão difícil de realizar, não só nas políticas
públicas, mas também nas ações empresariais, como mostram inúmeros
exemplos da nossa história.” (COMPARAÇÃO)
b) “Para que isso se torne uma realidade no curto prazo, é fundamental o
esforço de cada um.” (CONDIÇÃO)
c) “se há alguma melhora nos nossos indicadores educacionais, eles ainda
estão longe de alcançar as metas de qualidade propostas pela sociedade.”
(CONFORMIDADE)
d) “o foco deve ser a equidade e os direitos do ser humano e, portanto, as
áreas sociais devem ser priorizadas.” (CONCLUSÃO)
e) “Prefeitos de todo o país tomaram posse discursando sobre cortes nos
orçamentos municipais, embora a maioria deles tenha ressaltado que o
social não sofrerá alterações.” (CAUSALIDADE)
2. Acerca das relações lógico-semânticas presentes no Texto
1, analise o que se afirma a seguir.
1. “os resultados do IDEB no Brasil vêm demonstrar o porquê da
dificuldade de o país atingir níveis sociais parecidos com os do
“primeiro” mundo, apesar das riquezas naturais, de certos
setores que alavancam a economia e das inteligências, que
não ficam atrás das melhores cabeças do mundo”. – Nesse
trecho, evidencia-se uma relação concessiva.
2.“Enquanto as autoridades não olharem com interesse o
problema da educação no Brasil, qualquer investimento social
não vai apresentar resultados duradouros.” – Nesse trecho, há
concomitância temporal entre as idéias apresentadas.
3.“A escola deveria ser o complemento, o que dá as
ferramentas, o estofo e o embasamento para o exercício da
cidadania, com seus direitos e deveres. Porém, infelizmente, o
que temos no nosso país são muitos maus modelos”. – Nesse
trecho, o termo sublinhado sinaliza uma mudança na
orientação argumentativa.
4.“Não adianta a tecnologia avançada, computadores de última
geração em casa ou nas salas de aula, se a criança não tiver a
cabeça feita, uma boa formação, que lhe oriente como
aproveitar de maneira inteligente todo esse conhecimento”. –
Nesse trecho, pode-se reconhecer uma relação condicional.

3. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no
segmento:
(A) O século XX escolheu a democracia como forma predominante de
governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto da maioria.
(B) Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade
invisível. Mas ela contribui para a formação da própria essência da
democracia...
(C) Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as
sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranças que
busquem consensos.
(D) Mas também não há democracia sem o Poder Judiciário,
encarregado de nos lembrar e imporum sistema legal...
(E) Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é
possível gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas.
18/11/2015
8
O preconceito racial provavelmente jamais será extinto, por ser parte
da condição humana e ter raízes profundas na história da espécie.
Mas pode ser reprimido por todos os meios compatíveis com os
valores e o sistema jurídico das sociedades abertas. É uma
empreitada permanente que, pela própria disseminação da
hediondez a ser combatida, transcende as fronteiras dos países.
Requer robustos acordos supranacionais que incentivem, em toda
parte, a educação baseada na tolerância e no respeito às diferenças,
a partir da premissa de que todos os seres humanos são
essencialmente iguais. A cooperação multilateral é indispensável
também para a denúncia das políticas de cunho racista, bem como
para a aprovação de leis compartilhadas que tipifiquem e punam,
com severidade, qualquer forma de discriminação entre as pessoas,
onde quer que ocorra.
O Estado de S.Paulo, Editorial, 23/4/2009 (com adaptações).
4. Com relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.
a) Na linha 2, o segmento “por ser” poderia ser substituído por uma
vez que é, desde que a forma verbal “ter” fosse alterada para tem, a
fim de que o período se mantivesse correto gramaticalmente.
b) A conjunção “Mas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação
original do período, ser substituída por qualquer uma destas
conjunções seguidas de vírgula: Porém, Contudo, Todavia, No
entanto.
c) Logo após a conjunção “Mas” (l.3), subentende-se a elipse da
expressão antecedente “O preconceito racial” (l.1).
d) A expressão “bem como” (l.13) estabelece uma relação de
finalidade entre as orações do período em que ela ocorre.

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