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Resumo biologia celular 1 periodo medicina

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BIOLOGIA CELULAR 
MÉTODOS DE ESTUDO EM BIOLOGIA CELUL 
MICROSCOPIA 
Para a obtenção de um preparado permanente, fragmentos de tecidos e de órgãos necessitam 
ser fixados por processos químicos (p. ex. com formaldeído) ou físicos (p. ex. por congelação). 
Em seguida são submetidos a vários procedimentos após os quais os fragmentos podem ser 
cortados em um aparelho chamado micrótomo para obtenção das fatias que podem ser 
observadas em um microscópio de luz. 
Como a maioria dos cortes de tecidos e órgãos são incolores, os cortes precisam ser corados 
para que possam ser observados em um microscópio de luz. Finalmente, os cortes são 
cobertos por uma lamínula de vidro para sua proteção. 
 Processamento histológico 
1. Lavagem 
2. Desidratação 
3. Diafanizacao 
4. Embebição em parafina 
5. Inclusão 
6. Preparo de blocos 
7. Microtomia 
8. Desparafinização 
9. Hidratação 
10. Coloração 
11. Desidratação 
12. Montagem da lamina 
1. O Microscópio óptico 
Com um limite de resolução imposto pela natureza do comprimento de onda da luz, o 
microscópio óptico permite um aumento de até 1000 vezes. Três fatores são necessários para 
visualizar as células nesse aparelho: primeiro, uma luz brilhante deve ser focalizada sobre o 
espécime por lentes no condensador. Segundo, o espécime deve ser cuidadosamente 
preparado para permitir que a luz passe através dele. Terceiro, um conjunto apropriado de 
lentes (a objetiva e a ocular) deve ser arranjado para focalizar a imagem do espécime no olho. 
 
1.1 Microscopia de Luz 
Para a coleta e fixação da amostra, é necessário um fixador, com o objetivo de preservar os 
tecidos e manter suas estruturas da maneira mais semelhante possível ao que existem num in 
vivo, e alguns exemplos são o paraformaldeído e álcoois, e um líquido de imersão, que possui 
como objetivo aumentar o poder de resolução. Ainda existem técnicas de coloração, sendo as 
principais a basofilia, que usa corantes como a hematoxilina, que possui características básicas, 
e portanto, interage com substâncias ácidas, e a acidofilia, que usa corantes como a eosina, 
que possui características ácidas, e portanto, interage com substâncias básicas. 
 
1.2 Microscopia de Fluorescência 
Corantes fluorescentes são utilizados, além de duas fontes de luz – a primeira filtra a luz antes 
que ela alcance o espécime, passando apenas aqueles comprimentos de onda que excitam o 
agente fluorescente em particular, e o segundo repreende essa luz, e passam apenas aqueles 
comprimentos de onda emitidos quando o agente fluorescente emite fluorescência. A técnica 
utilizada pode ser a de imunofluorescência, que usa anticorpos para detectar proteínas 
específicas na célula (reação especifica). 
 
1.3 Microscopia de Contraste de Fases 
Nesse tipo, o estudo das células vivas é possível através da cultura de células vivas, que é a 
criação de um ambiente estéril afim de evitar contaminações num meio de cultura e 
nutrientes, possibilitando assim, a reprodução das células. A luz atravessa numa velocidade 
diferente as regiões da célula. 
 
1.4 Microscopia confocal a laser 
Consegue estabelecer diferentes planos opticos por secções de laser e pode até mesmo 
construir uma imagem em 3D 
 
2.1 Microscopia Eletrônica de Transmissão 
É, em princípio, similar a um microscópio óptico, mas ele utiliza um feixe de elétrons, em vez 
de um feixe deluz, e 3 bobinas magnéticas para focar o feixe, em vez das lentes de vidro. O 
espécime, que é colocado no vácuo, deve ser muito fino, e portanto é geralmente cortado com 
lâmina de diamante no ultra micrótomo. O contraste normalmente é introduzido corando-se o 
espécime com metais pesado eletrondensos, que absorvem ou espalham localmente os 
elétrons, removendo-os do feixe à medida que passam através do espécime. Ele tem um poder 
de aumento útil de até um milhão de vezes. 
 
2.2 Microscopia Eletrônica de Varredura 
Imagens tridimensionais são permitidas por esse tipo de microscópio, no qual os elétrons 
“batem e refletem”, possibilitando uma análise de superfície da célula. O depósito de materiais 
pesados também é utilizado. Serve para um estudo estrutural morfológico, visto que como o 
aumento é menor, os fragmentos são maiores. 
 
 Radioautografia: possibilita a localização de substancias radioativas nos 
tecidos. 
 
 Tecnicas de isolamento: 
 Centrifugação fracionada 
1. Via densidade 
2. Possível obter organelas em estado de pureza 
 Centrifugação contra-gradiente 
1. Preparo de um gradiente de sacarose 
2. Seguido por uma centrifugação 
 Isolamento celular por beidings (partículas biomagneticas) 
1. Pode ser negativo ou positivo (beiding se liga a partícula desejada) 
2. Seleciona as células através de uma ligação de partículas magnéticas com 
anticorpos ou marcadores de membrana específicos. 
3. Beidings atraídos por força magnética 
 
 Cultura de células 
1. Linhagens celulares primarias  dividem-se finitamente 
2. Linhagens imortalizadas/repique  infinitas 
3. Células tumorais 
 
BIOMOLÉCULAS 
 
Proteínas 
São macromoléculas formadas por aminoácidos. Podem ser classificadas por sua forma, em 
globulares, com interações como ponte de hidrogênio, ponte dissulfeto, interação hidrofóbica, 
etc, ou fibrosas, formadas por fibras de alta resistência física e insolubilidade em água. Ainda 
sobre sua classificação química, podem ser simples, quando são formadas só por aminoácidos, 
ou conjugadas, quando possuem um grupo prostético. O número de cadeias polipeptídicas 
também influencia na sua classificação, sendo monomérica, quando há somente uma, e 
multissubunitária quando há mais de uma (dentro dessas, ainda existem as oligoméricas, 
quando dentro das várias cadeias, algumas são idênticas). 
As proteínas possuem função estrutural, enzimática, o estentação,transporte,defesa e 
comunicação com o meio extracelular. 
As propriedades das cadeias laterais dos AA (principalmente por terem afinidade com a agua) 
são importantes para a conformação proteica e para sua função. 
1. Estrutura primária: sequencia linear de AA 
2. Estrutura secundária: Inter-relação de AA que estão mais próximos na sequencia 
linear. 
2.1 alfa-hélice: mantida por ptes de hidrogênio que se formam entre átomos de duas 
ligações peptídicas próximas 
2.2 folha beta pregueada: mantida por ptes de hidrogênio que se dispõem 
perpendicularmente a espinha dorsal. Ex: hemoglobina, lisozima 
3. Estrutura terciária: dobras na estrutura estabilizadas por interações entre radicais e os 
AA 
4. Estrutura quaternária: interação de duas ou mais cadeias 
Desnaturação proteica: alteração da estrutura da proteína sem ruptura das ligações peptídicas. 
Rompe-se somente a estrutura (secundaria e terciaria, principalmente). 
 
 
Lipídeos 
Grupo heterogêneo de substancias que compõem membranas, serve de reserva energética 
(triacilgliceróis), realiza sinalização intra e intercelular (homonio) , tem função digestiva (sais 
biliares), impermeabilizante (cera), anti-oxidante (vitamina A e E). 
Tem escassa polaridade. 
1. Cadeia cíclica: esteróis + glicerol 
2. Cadeia aberta: triacilglicerol + ac. Graxo + esfingolipídeos (reserva energéica + 
isolamento térmico+ proteção mecânica) 
 A esfingomielina forma a bainha de mielina (membrana plasmática da célula 
de Schwann) que circunda os axônios nas células nervosas. Na esclerose 
múltipla a perda da bainha de mielina leva à lentidão ou interrupção da 
transmissão nervosa). 
 Colesterol ruim = LDL  Lipoproteínas de baixa densidade e alto teor lipídico. 
Tendem a flutuar, podendo se prender nas paredes arteriais, formando placas 
de ateroma. Tem sua produção incrementada peloconsumo excessivo de 
gorduras saturadas. 
 Lipoproteínas são produzidas no intestino e no fígado. São transportadores de 
lipídeos na corrente sanguínea. 
 
Carboidratos 
Sua principal função é a nutritiva, graças ao grande potencial energético, mas também podem 
ser constituintes de membrana celular, MEC ou parede celular. Podem ser classificados de 
acordo com seu tamanho em monossacarídeos, que são os menores carboidratos, 
oligossacarídeos, que são a união entre poucos monossacarídeos, e polissacarídeos ou 
glicanos, que possuem centenas de milhares de monossacarídeos. 
1. Monossacarídeos: açúcares fundamentais; função estrutural e energética (ex: glicose, 
galactose) 
2. Dissacarídeos: ligação glicosídica entre mono (ex: lactose, sacarose, maltose) 
3. Oligossacarídeos: 3 a 10 monossacarideos 
4. Polissacarídeos: mais de 10 monossacarideos. Polímeros ramificados e lineares 
5. Glicogênio: polissacarídeo de reserva dos animais. Presente em fígado e musculo 
estriado esquelético 
 
Ácidos Nucleicos 
São macromoléculas formadas por nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua vez, é formado por 
um radical fosfato, um açúcar do grupo das pentoses, e uma base orgânica nitrogenada. 
Desses três componentes, somente o radical fosfato é invariável – o açúcar e as bases (púricas, 
A e G; e pirimídicas, T, C e U), são variáveis. 
Além do núcleo celular, o DNA está presente também nas mitocôndrias e cloroplastos, 
organelas que podem sintetizá-lo. A partir do DNA, são transcritas as moléculas de RNA, que 
podem ser RNAm, RNAt, e RNAr. 
Funções: armazenamento e disponibilização da informação biológica + carreadores de energia. 
 
MEMBRANA CELULAR 
 
A membrana possui funções como permeabilidade seletiva, interação celular, 
compartimentalização através de uma interferência externa mínima, participa das atividades 
bioquímicas, e ainda é responsável pela transdução de sinal e energia. É constituída de lipídeos 
(fosfolipídeos e glicolipídeos), carboidratos e proteínas. 
Os lipídeos estão presentes na bicamada. Impedem movimentos aleatórios de substâncias 
hidrossolúveis e são anfipáticos (cabeça hidrofílica x cauda hidrofóbica). Podem ser 
classificados em fosfolipídeos, esfingolipídeos e colesterol. 
A bicamada confere uma estrutura sem extremidades livres, capacidade de autoconstrução, e 
uma tendência a formar compartimentos selados. Facilita a fusão ou brotamento de 
membrana e a manutenção de um ambiente interno apropriado. 
Os carboidratos conferem uma ligação covalente entre lipídeos e proteínas, que constituem 
90% da membrana. Todos estão voltados para o meio extracelular e atuam, portanto, na 
mediação de interações da célula com seu meio. 
As proteínas determinam a lateralidade da membrana e podem ser divididas em três classes, 
de acordo com sua relação. As integrais ou intrínsecas são responsáveis pelo transporte, 
recepção, enzimas e são capazes de movimentos laterais dentro da membrana (ex:enzimas, 
glicoproteínas dos grupos sanguíneos M-N, proteínas transportadoras, receptores para 
hormônios). As periféricas ou extrínsecas estão localizadas inteiramente fora da bicamada, 
associadas por ligações não-covalentes, e internamente, são responsáveis por suporte 
mecânico e coberturas especializadas, enquanto externamente, são constituintes da MEC (ex: 
espectrina). Os estudos destas foi facilitado pelo estudo da membrana dos eritrócitos, visto 
que estes não possuem sistema interno de membranas. 
 Funções 
1. Transporte de solutos 
2. Produção e transmissão de sinais elétricos 
3. Receber estímulos externos  comunicação celular 
4. Possibilitar a permeabilidade seletiva 
5. Síntese de ATP 
6. Endocitose 
 Constituição química: 
 Lipídeos + proteínas + carboidratos 
 Possuem duas camadas lipídicas fluidas e continuas de características anfifílicas 
(anfipáticas)  forma micelas ou bicamadas 
 Mobilidade dos fosfolipídeos em difusão lateral + flip-flop (raro) + rotação + flexão 
 Fluidez da membrana 
 Diminuição da temperatura  diminuui a fluidez 
 Cadeias de carboidratos curtas ou com dupla ligação  diminui a fluidez 
 Cadeias retas ou hidrocarbonetos saturados  diminui a fluidez 
 Hidrocarbonetos insaturados CIS  aumenta a fluidez 
 Colesterol  diminui a rigidez e a permeabilidade  aumenta a rigidez  inibe a 
transição de fase 
 Assimetria da membrana 
Existe assimetria entre as duas faces da membrana plasmática, tanto na composição de 
lipídeos como nas proteínas. As proteínas periféricas estão concentradas na face 
citoplasmática da membrana. 
 Assimetria da bicamada lipídica: fosfolipídio de carga negativa na camada interna e 
glicolipídio na camada externa 
 
 
 Glicocálice 
Zona rica em resíduos de açúcares existente na periferia de praticamente todas as células 
(particularmente desenvolvido na região apical de algumas células epiteliais). 
 Constituição: 
1. Glicídios dos glicolipídios existentes na face externa 
2. Glicídios das glicoproteínas integrais da membrana plasmática ou glicoproteínas 
absorvidas após secreção (ex:fibronectina). 
3. Proteoglicana secretadas e absorvidas à superfície celular 
 Função: 
1. Proteção 
2. Reconhecimento celular 
 Glicoproteínas e glicolipideos das membranas 
São marcadores responsáveis pelos grupos sanguíneos. A determinação do grupo ABO deve-se 
a pequenas variações na estrutura dos hidratos de carbono presentes nos glicolipideos e 
glicoproteínas das membranas dos eritrócitos. 
 Reconhecimento e sinalização celular 
A superfície celular é dotada de especificidade  permite as células reconhecerem-se 
mutuamente. As proteínas da membrana atuam como receptores, atuando na sinalização 
celular. 
As proteínas da membrana provocam uma resposta imunitária quando penetram num 
organismo estranho (MHC  major histocompatibility complex) complexo principal de 
histocompatibilidade  grupo de moléculas glicoproteicas da membrana plasmática 
envolvidas no reconhecimento celular e resposta imunitária. 
 Especialização de membrana 
1. Microvilosidades (borda em escova) 
 Projeções digitiformes da superfície apical da célula 
 Eixo de microfilamentos de actina 
 Borda em escova 
 Função: aumentar a superfície de contato e absorção (epitélio intestinal e porções do 
néfron do rim) 
2. Cílios 
 Projeções celulares móveis 
 Estrutura de microtubulos 
 Função: movimento ciliar coordenado  corrente em um único sentido 
 Traqueia, tuba uterina, flagelos 
3. Estereocíios 
 Projeções digitiformes longas e ramificadas da superfície apical da célula epitelial 
 Microvilosidades  eixo de actina 
 Não são moveis 
 Função: aumentar a superfície de contato celular, participar da maturação de 
espermatozoides 
 Apenas no epidídimo 
 
 
Transporte através da membrana 
Algumas moléculas atravessam a bicamada mais facilmente que outras, dependendo de seus 
graus de polaridade, tamanhos e se estão carregadas ou não. Permeabilidade seletiva. 
Os transportadores diminuem a energia necessária para a difusão de moléculas através da 
membrana celular. 
As moléculas que não conseguem atravessar as membranas celulares através da bicamada, são 
transportadas mediante proteínas específicas. 
A atividade da bomba de sódio e potássio depende da fosforilação que acontece na 
mitocôndria. A bomba é uma enzima anti-porte que obtém energia pela hidrólise de ATP. 
 Transporte de pequenas moléculas e íons 
1. Passivo  sem consumo de energia 
1.1 difusão simples 
 Movimento de moléculas de acordo com o gradiente de concentração através dos 
lipídeos de membrana 
1.2 difusão facilitada 
 Passagem através de canais e transportadoresde membrana. Transporte de moléculas 
de acordo com o gradiente de concentração envolvendo proteínas da membrana 
 Aquaporina  canais para agua 
 Proteínas carreadoras: moléculas polares e grandes e sem carga.  glicose e sacarose 
 Canais iônicos  íons 
 Cotransporte  symport e antiport 
2. Ativo  com consumo de ATP 
 Transporte de moléculas contra o gradiente de concentração, com consumo direto de 
energia, envolvendo proteínas da membrana (bombas do tipo ATPase ex: bomba de 
sódio e potássio). 
 Controle dos canais iônicos: 
Regulados por voltagem  permanecem fechados quando a membrana esta despolarizada. 
Canais regulados por ligantes  canais receptores que, ao ligarem-se a ligantes específicos 
sofrem uma alteração na sua conformação, o que determina sua abertura. 
Canais regulados mecanicamente  abrem-se devido a uma tensão transmitida às membranas 
por fibras do citoesqueleto. 
 Transporte em massa 
1. Endocitose  fago/pinocitose 
 Entrada de materiais do meio extracelular ppara o meio intracelular para a formação 
de vesículas a partir da membrana plasmática. 
2. Exocitose 
 Libertação no meio extracelular do conteúdo de vesículas de secreção, cuja membrana 
se funde com a membrana plasmática. 
 
 
CITOESQUELETO 
 
 Complexa rede de proteínas filamentosas que se estende desde a membrana 
plasmática até a carioteca auxiliando na sustentação do grande volume citoplasmático 
das células. Estrutura altamente dinâmica. Presente em células eucariontes. 
Componente in intracelular dinâmico, responsável por: 
 Forma celular: mecânica e morfogênese. 
 Organização geral do citoplasma 
 Movimento celular: deslocamento celular e contração muscular. 
 Movimentos intracelulares: transporte de organelas de um lado para outro do 
citoplasma; segregação de cromossomos na mitose 
Constituído por: 
 Filamentos de actina  actina  microfilamentos 
- actina globular ou G = monomérica 
- actina F = filamentosa = vários monômeros. Extremidade + (local de deposição de 
novos monômeros); extremidade – (local de despolimerização de monômeros). 
-Polimerizacao de actina através de ATP, K+ e Mg2+ 
-Função estrutural/ sustentação  interação com proteínas motoras (miosina, princ.) 
-Encontram-se principalmente na região periférica da célula. 
-Apresentam-se sobre a forma de 2 colares de contas retorcidos 
Propriedades funcionais: 
- formar o anel contrátil – citocinese (início na telófase) 
-contração muscular 
-transporte intracelular 
-interacao com os receptores de membrana 
-forma celular 
-participa da locomoção celular  projeção 
-crescem por adição de monômeros em ambas as extremidades, sendo mais rápida na + 
- a despolimerização ocorre pela hidrolise de ATP ligado ao monômero de actina 
-nucleação com mais frequência na membrana plasmática 
-catalisada por proteínas ligadas a actina -ARPs 
-CITOCALASINA  reveste a extremidade + e impede a polimerização 
-FALOIDINA  liga-se e estabiliza os filamentos  impede a despolimerização 
 
Sistema contrátil: 
 Actina + miosina = geram forca 
 Tropomiosina + troponina = proteínas reguladoras 
O inicio da polimerização de moléculas de actina G num filamento (nucleação) é 
promovido por um dímero da proteína formina. 
 Organizacao dos filamentos de actina: 
1. A polimerização de actina pode formar feixes e redes, o que dá origem a estruturas 
tridimensionais complexas. 
2. A proteína alfa actina é uma proteína de união que possibilita a formação de feixes de 
espacamento longo, permitindo a contração celular 
3. Dímeros de filamina possibilitam a formação de redes de actina, as que normalmente 
se encontram sob a membrana plasmática, dando suporte celular. 
4. Mediante os chamados contatos f ocais, regiões da membrana plasmática ancoram-se 
na matriz extracelular com a participação de feixes de actina (fibraas de estresse) no 
lado cistolico e das proteínas de membrana integrinas. 
5. As microvilosidades de células absortivas intestinais possuem esqueleto de filamentos 
de actina entrelaçados por proteínas acessórias como a vilina e fimbrina. A ancoragem 
dos filamentos de actina à membrana plasmática esta mediada por MIOSINA I e 
CALMODULINA. 
 
 
A MIOSINA é uma proteína motor celular, capaz de converter energia química na forma de 
ATP em energia mecânica, gerando forca e movimento. 
 
 Filamentos intermediário  família das proteínas fibrosas 
- fibras proteicas duras e resistentes 
-elemento mais abundante do citoesqueleto 
-proteinas fibroas e alongadas 
-função de manter resistência e integridade das células. 
-comum em celulas epiteliais 
CITOPLASMÁTICO 
* queratina  desmossomos 
* vimentina  ocorrem em fibroblastos, glóbulos grancos, células musculares e 
filamentos gliais (SNC) 
*neurofilamentos (axônio)  células nervosa 
 NUCLEAR 
*lamina nuclear  recobre a superfície interna da membrana nuclear 
 Drogas que afetam os filamentos intermediários  ACRILAMIDA  neurotoxica 
Os desmossomos e hemidesmossomos são áreas de interação entre células e entre células e 
matriz extracelular com a partcipacao de filamentos intermediários de tipo queratinico. Nos 
desmossomos a queratina interage com proteínas de união que permitem uma forte ligação 
intercelular. Nos desmossomos a queratina interage com proteínas de união que permitem 
ligar a célula a matriz extracelular. 
Filamentos intermédios e microtubulos podem estar ligados por pontes de PLECTINA 
 
 Microtubulos  tubulina 
 Estrutura cilíndrica de heteropolimeros presentes em todo o citoplasma, 
empacotados ao redor de um núcleo central vazio. 13 protofilamentos 
lineares, cada um composto por subunidades alfa e beta tubulina – formando 
cilindro 
 Ora formam estruturas lábeis, ora formam organelas microtubulares estaveis 
 Sensíveis a drogas antimitoticas 
 Nascem no centrossomo (centro de nucleação) ou Mtoc 
 O alongamento de um microtubulo é rápido e a iniciação de um novo 
microtubulo é lenta. 
 Heterodimeros de TUBULINA alfa e beta, que polimerizam estruturas ocas 
denominadas microtubulos. As subunidades de beta tubulina ligam GTP, que, 
quando é hidrolisado muda a conformação da subunidade, tormando mais 
fraca a união intermolecular, facilitando, assism, a despolimerização do 
microtubulo. 
 A hidrolise de GTP pode explicar a habilidade dinâmica dos microtubulos 
 Assim como no caso dos filamentos de actina, nos microtubulos também 
acontece o fenômeno de treadmilling, onde GTP-tubulina são associados à 
extremidade mais e GDP-tubulina dissociados da extremidade menos, gerando 
estado de instabilidade dinâmica. Uma maior disponibilidade de GTP-tubulina 
induz o crescimento do microtubulo. Baixa disponibilidade de GTP-tubulina 
induz o encurtamento do microtubulo devido à despolimerização das GDP-
tubulina na extremidade mais. 
As proteínas acessórias MAP, CATASTROFINA e ESTATMINA, regulam a polimerização dos 
microtúbulos. 
 Proteínas motoras: cinesina (deslocam vesículas e organelas na direção +) e 
dineína (deslocam em direção -) ligam-se aos microtubulos e com a energia 
liberada pela hidrolise do ATP deslocam-se ao longo dos filamentos, 
transportando organelas e/ou vesículas intracelulares. 
 Síndrome de Kartagener  dineina ciliar é deficiente 
 Drogas que afetam os microtubulos: 
 Colchicina e vimblastina  bloqueia a polimerização através da ligação à moléculas 
livres de tubulina. 
 Taxol  promove a polimerização e estabiliza os microtúbulos. 
 
 
 
 Organizacao intracelular dos microtubulos 
1. Os centrossomos são os centros organizadores de microtubulos em células 
animais. São constituídos porum par de centríolos e material pericentriolar. 
2. Os centríolos são formados por 9 tripletes de microtubulos, de maneira 
semelhante aos corpos basais de cílios e flagelos. 
3. o comportamento dos microtubulos é regulado também por proteínas acessórias, 
denominadas MAPs (proteínas associadas a microtubulos)  MAP1, 
MAP2,MAP4,tau 
 O transporte de vesículas pelos microtubulos e moteores moleculares é altamente 
especifico. 
1. A KINESINA I transporta mRNA de actina em fibroblastos 
2. A DINEINA 
 A organização intracelular de organelas membranosas é responsabilidade dos 
microtubulos. 
 Colaboração na formação de cílios e flagelos. 
 Os microtubulos se ligam aos cromossomos condensados na metáfase 
 Formação do fuso mitótico: 
1. Os centrossomos se duplicam durante a interfase e migram na prófase, 
permitindo, após a desorganização do envelope nuclear, a ancoragem dos 
cromossomos na extremidade mais dos microtubulos. 
2. Na anafase A os cromossomos são separados pelo encurtamento dos 
miicrotubulos cinetocoricos e cromossômicos que despolimerizam. 
3. Na anafase B os microtubulos polares crescem e deslizam um sobre os outros, 
permitindo a separação dos centrossomas e facilitando a posterior citoquinese. Os 
microtubulos astrais encurtam-se se ancorando na membrana plasmática, 
ajudando na separação dos polos 
 
 CENTRÍOLOS: 
1. Par de estruturas cilíndricas 
2. Formam-se por duplicação de centríolos pre-existentes 
3. Mesmo tempo de duplicação do DNA 
4. Os dois centríolos de um par não são identicos 
 
 CÍLIOS 
1. Apêndices finos 
2. Movimento  ondas unidirecionais coordenadas  movimentos de 
chicote 
3. Movimentam células inteiras 
4. Rede de filtração de ar 
 
 FLAGELOS 
1. Geralmente único 
2. Estrutura 
3. semelgante ao cilio 
4. Mais longo 
5. Axonema  flagelos + proteínas associadas 
6. Desloaamento de células germinativaas masculina (espermatozode) em 
humanos 
 Cílios e flagelos: 9 pares periféricos e um central 
 FIBRAS DO FUSO 
1. Estruturas microtubulares 
2. Formam-se apenas durante a divisão celular 
3. Arrastam os cromossomos durante a divisão 
4. Formam-se a partir dos centriolos 
 
 
MATRIZ EXTRACELULAR 
 
 Complexo de componentes fibrosos que preenchem o espaço extracelular 
 Produzida e orientada principalmente pelas próprias células dentro dela 
 Conferem resistência a distensão e compressão 
 Aportar os nutrientes e eliminar os dejetos celulares 
 Promover pontos de fixação celular 
 Preencher espaços entre células 
 Patologicamente, retarda a penetração de microorganismos 
 Constituída por proteínas e polissacarídeos que se organizam em forma de rede 
 Responsável pela diversidade morfológica, funcional e patológica dos diversos tecidos 
 Abundante nos tecidos conjuntivos, como cartilagem, osso, derme 
 Escassa no tecido epitelial e nervoso 
 Pode ser calcificada para formar ossos e dentes 
 Forma substrato para o crescimento e diferenciação celular. 
Constituída por: 
1. Proteínas fibrosas  colágeno e elastina  arcabouço estrutural 
2. Glicoproteínas multiadesivas  fibronectina e laminina 
3. Glicosaminoglicanas e proteoglicana (glicoproteínas de adesão)  formam o gel 
hidrofílico substancia fundamental amorfa 
4. Plasma intersticial: H2O, proteínas, íons, aminoacidos 
 
 
 Glicosaminoglicanas (GAG) 
 Cadeia polissacaridea não ramificada de dímeros 
 4 princiipais tipos: acido hialuronico, dermatansulfato, condroinsulfato e 
heparansulfato. 
 Carga negativa: atraem sódio  formação de um gel pois possuem alta hidrofilia 
 Proteoglicanas 
 As GAG são ligadas num núcleo proteico formando as proteoglicanas 
 O núcleo proteico é produzido no RE e os polissacarídeos são adicionados no complexo 
de golgi 
 Glicoproteínas: 1 a 60% de acucares. 
 Proteoglicano: até 95% de acucares. 
 São difíceis de classificar devido a heterogeneidade  ex: agrecana 
 Funções: 
1. Sinalização: podem se ligar a receptores nas células e ativa-los ou bloquea-los 
2. Podem regular a atividade de proteínas secretadas: retem o material 
secretado 
3. São altamente organizados, podem associar entre si e com outras proteínas. 
 Proteoglicanas de alto peso molecular 
1. Agregantes  agrecan = cartilagens 
2. Não agregantes  perlecan = lamina basal do glomérulo (rim) 
 Proteoglicanas de baixo peso molecular 
1. Decorina: ligado as fibrilas de colágeno I; modula o crescimento da 
fibrila; liga-se ao TGF-B para crescimento celular. 
2. Fibromodulina: ligado às fibrilas de colágeno 
 Fibronectina e llaminina 
 São glicoproteínas alongadas e multiadesivas 
 Dímeros ligados por pontes dissulfeto 
 Vários sítios distintos de ligacao à outras moléculas; 
-sitio de colágeno; 
-sítio de heparina; 
-sítio de receptores 
-sítio de ligação à célula 
 Função: servem como pontes de união entre as células e a matriz extracelular 
 A fibronectina tem grande importância no desenvolvimento embrionário; presente no 
sangue; produzida por fibroblastos do tecido conjuntivo 
 A laminina participa da adesão das células a lamina basal 
 
 Integrinas 
 Proteínas de superfície trans-membrana 
 Domínio intracelular ligado a alfa-actinina e talina do citoesqueleto 
 Domínio extracelular ligado a macromoléculas da matriz 
 Constituem um complexo de receptores que preendem as células à matriz presnte em 
animais 
 São proteínas transmembrana formadas por heterodimeros de duas cadeias (alfa e 
beta) 
 Elas ligam-se fracamente à matriz, mas em grande numero, formam uma ligação do 
tipo velcro 
 Colágeno 
 Principal proteína fibrosa da matriz; mais abundante do corpo (25%) 
 Principal componente da pele 
 Ricos em aminoácidos prolina e glicina 
 Estrutura alongada e helicoidal em alfa de 3 polipeptideos 
 Principais tipos: colágeno de I a IV 
Colágeno tipo I, II e III formam fibrilas 
Colágeno tipo III  fibras do conjuntivo 
Colágeno tipo I  feixe de fibras 
 
 
 
 
 São encontrados na pele, tendões, osso maduro e córnea 
 Podem interagir com outras moléculas na matriz, formando estruturas em rede 
 Fibrilas de colágeno se agrupam em feixes  fibras de colágeno 
 Bastante resistentes a tensão 
 São sintetizados por ribossomos ligados ao RE 
 Após secreção os peptídeos são clivados convertendo-se em colágeno: fibrila de 
colágeno 
 Os popeptídeos evitam a formação de fibrilas dentro da célula 
 
 Síndrome de Eherles- Danlos  colágeno III. Genética. Pele frágil, vasos 
sanguíneos e articulações hiperflexiveis 
 Condrodisplasias  colágeno II. Cartilagens anormais, deformação de 
ossos e articulações 
 Osteogênese imperfeita  colágeno I 
 
 Elastina 
 Forma as fibras elásticas 
 Não tem estriacoes 
 Mais delgadas que as colágenas 
 Forma elástica de vasos, pele e pulmões 
 Longas fibras de colágeno são entrelaçadas com elastina 
 Proteína hidrofóbica 
 Principal proteína dos vasos sanguíneos 
 Fibras elásticas: 
1. Componente amorfo: elastina 
2. Componente fibrilar: microfibrila  fibrilina e glicoproteínas 
 Sindrome de marfam: mutações no gene da fibrina I; afeta tecido 
conjuntivo ricos em fibras elásticas e aorta fica sujeita a rupturas 
 
 Lâmina basal 
 Tipo de MEC localizada entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente ao 
redor das células musculares, vasos sanguíneos e linfáticos. 
 Rede de moléculas de colágeno IV embebida em inúmeras proteinas 
 Camadas finas e flexíveis 
 Forra todas as camadas de células epiteliais 
 Circulam células musculares, adiposas e de Schwann 
 Proliferaçãoe diferenciação do tecido epitelial 
 Sintetizada pelas células que repousam sobre ela 
 Formada por colágeno IV + proteoglicana do heparansulfato + laminina (principal 
proteína) 
 Participa da regeneração do tecido após lesão 
 
 
JUNÇÕES CELULARES 
 
 
 Junções aderentes  desmossomos 
 Placa arredondada constituída por membranas de 2 celulas vizinhas 
 Camada amorfa, elétron-densa na face citoplasmática de cada membrana:placa do 
desmossomo 
 Locais onde o citoesqueleto se prende a membrana celular 
 Só pode se fixar na célula se a concentração de Caa++ no meio extracelular é normal 
 Capacidade de adesão depende da presença de caderinas 
 Estrutura dos desmossomos: 
 CADERINAS: glicoproteínas integrais de membrana que prendem os 
desmossomos na membrana plasmaticca  desmogleína e desmocolina 
 DESMOPLAQUINAS I e II: glicoproteínas encontradas nas placas, ligam as 
caderinas aos filamentos intermediários 
 
 
 Junções aderente  hemidesmossomos 
 Meio desmossomo 
 Lamina basal: membrana que apoia o epitélio. O hemidesmossomo liga as células à 
lamina basal. 
 Contem desmoplaquinas, mas não desmogleina. 
 Placa citoplasmática + filamentos intermediários + integrinas 
 
 Junção aderente 
 Encontrada em diversos tecidos 
 Circunda as células na parte apical como um cinto continuo 
 São sensíveis aos ions de Ca++ 
 Zona aderente nas células epiteliais localizada abaixo das juncoes compactas 
 Nas células do epitélio intestinal, promove adesão entre as células e oferece local de 
apoio para os filamentos que penetram dos microvilos das células epiteliais. 
 Estrutura: 
 As células que interagem são unidas por caderinas – cinto de adesão 
 Actina se liga a caderina por meio de proteínas de ancorameento 
 
 Zonula de oclusão 
 Faixa continua em torno da porcao apical de certas células epiteliais 
 Função: 
1. Veda total ou parcialmente o transito de íons e moléculas entre as células 
2. Permite a existência de potenciais elétricos diferentes entre as regiões apical e 
basolateral 
 Principalmente encontradas na região apical do epitélio intestinal 
 Barreira, mantendo o conteúdo alimentar na luz do intestino 
 Impedem o transito intracelular 
 Impedem a migração de proteínas transmembrana da região apical para a basolateral 
das células. 
 
 Complexo juncional 
 Presente em vários epitélios 
 Compreende: zonula oclusiva + zonula aderente + uma fileira de desmossomos 
 
 Junções GAP/ comunicantes 
 Frequentes em células epiteliais de revestimento, glandulares, musculares, nervosas e 
cardíacas. 
 Principal função: estabelecer counicacao entre as células.. 
1. Permite que grupos celulares funcionem de modo coordenado e harmônico, 
formando um conjunto funcional; 
 Fenda repleta de proteína CONEXINA  6 proteinas 
 Canais formados permitem a passagem de íons, pequenas moléculas, nucleotídeos, 
aminoácidos, AMPc, etc. 
 Não passam macromoléculas 
 Cada junção é formada por conéxons 
 Presente nas células eletricamente excitáveis: neurônio, m.cardiaco, m.liso 
 Coordena atividades 
 Hepatócitos: coordena a liberação de glicose e degradação de glicogênio 
 Se abrem e fecham coordenadamente 
 Permeabilidade dependente de Ca++ e pH 
 
Núcleo 
 
 
 Aspectos morfológicos: variam de acordo com o tipo celular, acompanhando o 
formato da célula que o abriga. Pode ser arredondado, achatado ou elíptico. 
 Quantidade variável. A maioria é uninucleada, mas há células bi e multi 
nucleadas, como as fibras musculares. Algumas células uninucleadas, por uma 
patologia, podem se tornar multinucleada. 
 Na microscopia de luz, uma grande variedade de células pode ser reconhecida 
pelo número, formato e tamanho de seus núcleos. 
 Função: armazenamento do material genético e controle das atividades e 
funções celulares. A expressão gênica é diferenciada em cada tipo celular, em 
virtude de diferentes sinalizações recebidas para estimular ou inibir a 
transcrição e tradução gênica. 
 DNA -------> RNA ----------> proteínas 
 (dogma básico da biologia molecular) 
 
 O núcleo é o centro de coordenação das atividades da célula. É o portador do 
conjunto da mensagem hereditária. 
 Núcleo mitótico - é o núcleo durante a divisão celular, mitose ou meiose. 
 Não está envolvido por membrana e é composto apenas pelos cromossomos. 
 O núcleo interfásico é aquele no intervalo entre duas divisões celulares. É 
constituído de: 
 Envoltório nuclear, lâmina nuclear, cromatina e nucléolo 
 
Núcleo interfasico: 
 
A membrana externa do núcleo é revestida de ribossomos e é contínua com o REG. 
Na membrana interna, há filamentos intermediários do citoesqueleto, 
principalmente de proteínas chamadas lâminas A, B e C, que formam a lâmina nuclear. Sua 
função é manter a forma e dar suporte estrutural ao envoltório nuclear. É também o local onde 
as fibras de cromatina se ancoram. Há ligações das fibras cromatínicas com o envoltório 
nuclear. 
Há, ainda, presença de poros nessa dupla membrana, que comunicam o interior do 
núcleo com o citoplasma. É por aqui que ocorre o transporte de todas as moléculas que entram 
ou saem do núcleo (também chamado de complexo do poro). 
 Quando acontece a divisão celular, é necessário o grau máximo de condensação 
dos cromossomos e a separação das cromátides irmãs (ou dos cromossomos homólogos, no 
caso da meiose). Para isso, ocorre a fragmentação do envoltório nuclear, por forsforilação da 
lâmina nuclear. 
Após a mitose, há formação do envoltório nuclear nas duas células filhas. O que 
permite que a reconstituição seja feita da forma e no local correto é justamente a interação 
específica da cromatina com a lâmina nuclear. 
 
Complexo do poro - as membranas do envoltório nuclear são interrompidas por 
poros que comunicam o interior do núcleo com o citoplasma. A quantidade de poros varia de 
acordo com o tipo da célula e com o seu estágio funcional, por ex: células embrionárias têm alta 
atividade de síntese protéica, logo tem maior quantidade de poros. No espermatozóide maduro, 
há baixa atividade metabólica, portanto menor número de poros. 
Há um controle das proteínas (enzimas) que podem entrar ou sair do núcleo pelo 
complexo do poro, desde a formação estrutural, principalmente por proteínas de um grupo 
chamado nucleoporinas (+ de 30), que se organizam de múltiplas formas e fazem um controle 
rígido do que sai e do que entra por esse compartimento. 
 Os poros deixam passagem livre para moléculas pequenas, que o atravessam por 
meio de transporte passivo. Moléculas maiores devem ter um sinal reconhecido por proteínas 
do poro, que aumentam sua abertura - é um transporte ativo, com gasto de energia. É essa a 
forma de passagem do principal elemento que deixa o núcleo - o RNA, que pode ser uma 
molécula enorme, composta de vários códons. 
 Mecanismo de transporte: 
Ex: Há uma proteína sintetizada no citoplasma, e sua seqüência de sinalização é 
uma sequência nuclear. 
 Como essa proteína vai para o núcleo: Há uma família de proteínas e moléculas 
chamadas importinas, responsáveis por esse papel de transporte. Elas se ligam aos sinais de 
localização nuclear, e às nucleoporinas (O transporte do núcleo para o citoplasma funciona de 
maneira semelhante, mas é mediado por receptores de exportação chamadas exportinas). Após 
a realização do transporte, a importina não permanece dentro do núcleo, ela retorna ao 
citoplasma, para se ligar a outro sinal de localização nuclear de proteínas diversas. 
 Para esse transporte mediado pelas importinas e exportinas, há gasto 
de energia, proveniente não de ATP, mas de GTP,que será reduzido a 
GDP. 
 
Além das importinas e exportinas, há 3 moléculas importantes envolvidas no 
trasporte pelo poro : 
- Ran GAP, que fica do lado do citoplasma, próximo À membrana externa. Ela é 
ativadora da GTPase de RAN 
- A Ran GTP, que tem um sitio de ligação para GTP, e consegue hidrolisá-lo em GDP, 
com a ajuda da Ran GAP, que se associa a ela. Após a hidrolisação do GDP, a RAN GTP muda sua 
conformação estrutural, e vai atravessar o complexo do poro. 
- A Ran GEF, que fica no núcleo, associada a uma alça de cromatina, e funciona 
como fator de troca de guanina, retira o GDP da Ran GTP, e adiciona um GTP. A RAN GTP sai do 
núcleo, se associa novamente à RAN GAP, para reiniciar o ciclo de hidrolisação do GTP-GDP. Há 
um fluxo desses nucleotídeos, com mais GDP fora e mais GTP dentro do núcleo. 
Todo esse processo é feito, também, por associação dos nucleotídeos ligados às 
proteínas Rans com as integrinas e exportinas, para permitir a continuidade desse fluxo (as 
exportinas entram livres no nucleo, se ligam à RAN GTP, e as levam para fora do núcleo. Depois 
da hidrolisação do GTP em GDP com a ajuda da RANS GAP, a exportina para de reconhecê-la e 
se desliga da RANS GTP. A importina, que está no citoplasma, passa a reconhecer e se liga À 
RANS GTP que está com um GDP ligado à ela, e a ajuda a entrar no núcleo pelo poro, realizando 
o seu reconhecimento com as proteínas nucleoporinas. 
 
Cromatina - grau variável de condensação do material genético, DNA. O DNA, no 
núcleo, sempre estará associado a proteínas histonas (relacionadas com a compactação) e não 
histonas (relacionadas ao metabolismo - replicação, expressão gênica e estrutural). 
 
Nucleossomo - unidade estrutural básica da cromatina - 1º nível de compactação 
do DNA. Associação de 8 unidades de histonas, que formam um core central, um miolo, em volta 
do qual a dupla hélice vai se associar. Há também uma histona H1, de cópia única, que estabiliza 
a associação, e vai ser importante para o próximo grau de compactação. Há em torno de 200 
pares de bases, que dão quase duas voltas inteiras em volta desse octogono de histonas. 
A estrutura dos nucleossomos no DNA é semelhante a um colar de contas. O espaço 
entre um nucleossomo e outro na fita de DNA tem cerca de 80 pares de bases (o fio do colar de 
contas). 
 Depois, os nucleossomos são empacotados numa espiral irregular ou distribuição 
solenoide. São dobras do colar de contas sobre ele mesmo. Essa estrutura é chamada de fita 
solenóide, e tem cerca de 30 nm de espessura. 
 A presença de outras proteínas funciona como uma espécie de suporte à 
cromatina. Outras proteínas, além das histonas, também participam da organização, a partir do 
momento em que o condensamento se intensifica. Funcionam como um suporte/esqueleto 
sobre o qual o DNA se organiza. 
 
 
 Proteínas ligam-se a sequências específicas de DNA - inibem a 
transcrição gênica ou agem como fatores que estimulam a transcrição. 
 
Cromatina 
- eucromatina - menos condensada, geneticamente ativa. Aspecto claro ao 
microscópio 
- heterocromatina - mais condensada, geneticamente inativa. Aspecto escuro ao 
microscópio. Maior parte do DNA encontra-se assim na célula. Há dois tipos: a) constitutiva e b) 
facultativa 
A heterocromativa constitutiva a princípio não transcreve mesmo qualquer 
proteína. Já a facultativa, dependendo da célula, pode ou não entrar em atividade. 
A região dos centrômeros é constituída a heterocromatina constitutiva, para 
proteção do próprio dna. 
No par de cromossomos sexuais em mulheres, um deles é ativo e outro não, 
apresentando um exemplo de heterocromatina facultativa (corpúsculo de Barr). Isso vai variar 
do tipo celular, como já vimos. No caso da cor da pelagem de gatos, há expressão de genes de 
cor nos dois cromossomos X (gatas tem mais variações de pelo que gatos) 
 
Nucléolo 
Não é limitado por membrana. 
O DNA do nucléolo é chamado organizador do nucléolo. Origina os RNAr que são 
conjugados com proteínas vindas do citoplasma. São formados a partir de alças no DNA, em que 
há um acumulo eletrodenso na microscopia eletrônica. 
As subunidades dos ribossomos ficam no nucleolo até serem enviadas para o 
citoplasma. Depois de montadas, elas saem pelo complexo do poro e vão pro citoplasma realizar 
a sua função. 
No exemplo do slide, estavam relacionados aos cromossomos 13,14,15,21 e 22. 
Na divisão celular, o nucléolo se desfaz, pois não há síntese proteica. 
Realiza a síntese de RNAe e partículas ribossomais; o processamento de alguns 
RNAt; montagem de outros complexos de RNA-proteínas, e ampla variedade de complexos 
ribonucleoproteicos. 
Geralmente temos predomínio de cromatina frouxa e nucléolos bem evidentes e 
grandes em células que estão realizando alta síntese proteica - necessários muitos ribossomos. 
Numa microscopia de luz, outra evidência de alta síntese proteica são as manchas 
basófilas (corantes básicos interagindo com estruturas ácidas - corpúsculos de nis), que mostram 
os reticulos rugosos desenvolvidos, com muitos ribossomos associados à sua superfície. Aqui, 
há um acúmulo dos 3 principais típos de RNAs, envolvidos na tradução de proteínas. 
Na microscopia eletrônica, o indício de alta síntese proteíca é o grande número de 
complexos do poro - trafego intenso de partículas para dentro e para fora do núcleo durante 
essa atividade de produção de proteínas na célula. 
 
Mitose 
 
Mitose - uma célula gera duas células filhas genéticamente iguais a ela. Num 
organismo multicelular, esse é o processo que propicia sua existência - surgem milhares de 
células a partir de uma célula só, o gameta. 
Para sua ocorrência, é essencial a replicação do material genético na intérfase. Para 
a movimentação dos cromossomos, durante a citocinese, há a formação de um fuso mitótico de 
microtubulos, e um anel contractil de filamentos de actina. 
A mitose se divide em algumas fases: 
1. prófase: 
Há condensação dos cromossomos, início da formação do fuso mitótico e 
desaparecimento dos nucléolos. Os microtubulos do fuso são criados a partir dos centrossomos. 
Há uma série de moléculas que desencadeiam a condensação dos cromossomos, 
como já visto. 
Há dois polos de onde se irradiam microtubulos, após a duplicação dos centros 
criadores de microtubulos - os centrossomos. Eles formam dois pólos para o qual migrarão os 
cromossomos. 
Os nucléolos são locais de síntese de unidades ribossomais, o que não ocorre 
durante a divisão. As alças onde há a síntese de RNAr também se retraem e dispersam, e não se 
observa mais a região do nucléolo na célula. 
Na prófase, ainda há o envoltório nuclear. 
 
2. prómetáfase 
É uma fase bem curta, mas importante para a biologia celular. 
O envoltório nuclear sofre desagregação e os cromossomos estão mais 
condensados, mas ainda não se apresentam ordenados. 
Os cromossomos estão ligados através do cinetocoro a fibras de microtubulos 
(microtubulos cinetocoriais). São submetidos a movimentos ativos, uma vez que não há mais 
envoltório nuclear. Começa a migração dos cromossomos para os pólos. 
Outras fibras do fuso (microtubulos polares) estendem-se para além do plano 
equatorial. 
Cada cromossomo possui dois cinetocoros. São estruturas, placas protéicas 
aderentes ao centrômero (centro de constrição primária), sendo o local de ligação dos 
microtubulos cinetocoriais. Isso visa proteger a estrutura física e causar o mínimo de dano 
possível ao DNA. Desse modo, a tração não é feita por uma ligação dos tubulos diretamente ao 
DNA condensado, mas a essas placas protéicas. 
Um ponto de checagem do processo da mitose é verificar se todos os cromossomos 
estão ligados a fibrasdo fuso pela região dos cinetocoros. Se isso não tiver ocorrido da forma 
certa, a divisão celular pára. 
 *esquema no alberts de capa vermelha - ligação dos microtubulos ao cinetocoro. 
 
A separação das cromátides irmãs se dá pelo encurtamento dos microtubulos, que 
ocorre por meio da despolimerização mais intensa na extremidade (+). Acontece que a ligação 
dos microtubulos à placa proteica também se dá na extremidade (+). Como os microtubulos não 
se separam do cinetocoro, então? 
Porque a ligação dos microtubulos não se dá diretamente ao cinetocoro, mas por 
meio de um anel de proteínas motoras, e de outras proteínas, que desliza sobre o microtubulo 
durante sua despolimerização, arrastando o anel de ligação de proteínas do cinetocoro. 
3. metáfase 
Os cromossomos atingem o grau máximo de condensação e alinham-se no plano 
equatorial da célula, formando a placa metafásica. As placas cinetocóricas ficam orientadas na 
direção dos polos. 
4. Anáfase 
Com o encurtamento dos microtubulos, as cromátides irmãs se separam 
sincronicamente e migram para os polos opostos. Os microtubulos do cinetocoro ficam mais 
curtos, e os polos do fuso também se distanciam. Ambos os processos contribuem para a 
segregação dos cromossomos. 
Há a atuação de proteínas que vão romper as ligações entre as cromátides irmãs 
(isso só ocorre nessa fase justamente porque há outras preteínas que as mantém juntas até 
então, para não perder cromátides pelos caminhos da divisão). 
Dois processos diferentes separam as cromátides irmãs na anáfase 
 Anáfase A. 
Há fibras do fuso cinetocoriais que se ligam às placas proteicas. Há as polares, que 
não se ligam a estas placas, e há as fibras astrais. 
Na anáfase A, a separação se dá pelo encurtamento das fibras do fuso cinetocoriais. 
 Anáfase B. 
A extremidade menos das fibras estão inseridas nos Centrossomos. Proteínas 
motoras entre uma fibra do fuso polar e outro permitem o deslizamento, e isso movimenta não 
as cromátides diretamente, mas os pólos, os centrossomos. Indiretamente, os microtubulos 
cinetocoriais também acabam se separando. Isso não auxilia a separação das cromátides irmãs. 
As fibras do fuso astrais também tem proteínas motoras, e deslizam sobre a 
membrana plasmática adjacente, "puxando" os centrossomos mais para as extremidades da 
célula. 
 5. telófase 
Os dois conjuntos de cromossomos filhos chegam aos pólos e se descondensam. 
Ocorre a reconstituição do envoltório nuclear e a reorganização dos nucléolos. No final da 
telófase ocorre a citocinese (divisão do citoplasma). 
Há importante ação da lâmina nuclear para a formação de novo envoltório em volta 
do material genético que foi separado. Ela tem não só função estrutural em sua reorganização, 
mas também de determinação dos locais corretos para ancoragem da cromatina. 
 Proteínas devem passar do citoplasma para o núcleo e vice versa, e para isso 
devem ter seus respectivos peptídeos sinais de localização. A maioria das proteínas uma vez 
direcionada para o seu destino, se cliva do peptídeo sinal, o que não ocorre com a proteínas do 
núcleo. 
 CITOCINESE 
Ocorre apena nas células animais. 
No final da anáfase, forma-se uma constrição ao nível da zona equatorial da célula 
mãe, que progride e divide o citpoplasma, levando à separação das células filhas. É simultânea 
às várias fases de divisão celular. 
A divisão do citoplasma deve-se a ação de filamentos de actina, dispostos em feixe 
e interligados por moléculas de miosina II, que formam um anel contractil. 
Para a divisão não basta a duplicação dos cromossomos. É necessária também a 
multiplicação de citosol e organelas. A formação do anel deve se dar no meio da célula, para que 
as células filhas sejam semelhantes em conteúdo citoplasmático. 
O estrangulamento, como é de se imaginar, ocorre de fora para dentro. 
Algumas células, no entanto, reposicionam seu fuso para se dividirem 
assimetricamente. Ex. formação de corpúsculos polares na criação de gametas. 
Em determinado momento do desenvolvimento do organismo multicelular, porém, 
a divisão celular deve ser assimétrica. Esse é o principal mecanismo do processo de 
diferenciação celular. 
 
Meiose 
 
Reprodução assexuada: descendentes geneticamente iguais ao organismo mãe. 
Reprodução sexuada: descendentes geneticamente diferentes entre si e dos pais 
(soma do genoma de dois indivíduos). 
São necessários dois indivíduos, a união de seus gametas. Esses gametas, portanto, 
vão ter que ter metade do número de cromossomos da espécie. 
Células germinativas humanas - espermatozóide e óvulo. 
 
A meiose resulta na formaçao de células com um número haploide de 
cromossomos, o qual retorna ao número diplóide normal com a fertilização. 
É uma divisão reducional e equacional - divide na metade, mas todas as células 
filhas recebem a mesma quantidade de material genético 
Recombinação genética: crossing over e segregação aleatória dos cromossomos. 
Necessária para gerar a diversidade genética enorme que se verifica entre os organismos que se 
reproduzem sexuadamente. 
 Divisão entre meiose I, ou divisão reducional, e meiose II, ou divisão equacional. 
As fases da prófase I serão determinada pelo arranjo em que os pares de 
cromossomos homólogos estarão, para a realização do crossing over. 
 Prófase I 
 Permite que ocorra recombinação genética (permuta, crossing over). 
É dividida em 5 estágios - alterações morfológicas associadas com a formação e a 
desassociação do complexo sinaptonêmico. 
Esta fase pode durar semanas, meses ou anos - a mulher inicia a meiose ainda 
durante a gestação, e ela fica estacionada em prófase I por anos, até a puberdade. É subdividida 
em 5 fases, de acordo com as laterações morfológicas desses cromossomos: 
 Leptóteno - início da condensação. 
 Zigótono - aproximação e pareamento entre os cromossomos homólogos, 
formando a estrutura chamada bivalente. Formação do complexo sinaptotênico - 2 elementos 
laterais, e um elemento central. Uma estrutura, principalmente protéica, é formada para manter 
um grau de associação muito íntimo entre os pares de homólogos. Está relacionada com a 
associação do pareamento, que facilita a posterior ocorrência de permuta, recombinação. 
A permuta é um corte no pedaço da cromátide e troca com uma parte semelhante, 
correspondente, de outro cromossomo HOMÓLOGO. Se isso não é feito corretamente, há dano 
genético às células. 
 Paquiteno - troca de segmentos de regiões homólogas (mãe/pai) - crossing over. 
Quebra do DNA no mesmo nível das duas cromátides homólogas 
Formação de quiasma, onde há o cruzamento entre os fragmentos dos homólogos. 
No momento, o complexo sinaptonenico está associado à estrutura. A observação dos 
quiasmata (chiasma, disposição em cruz) - é a evidência citológica do crossing over. 
No mesmo par de homólogos, podem ocorrer até 3 trocas - quiasmata. 
 Diplóteno - Desinapse: remoção do complexo sinaptonêmico 
Início da separação entre os homólogos 
 Diacinese - aumento da repulsão entre os homólogos 
Terminalização dos quiasmata. Separação da relação íntima formada para o 
crossing over. 
Ligação de cada homólogo às fibras do fuso, por microtubulos. A ligação é 
necessária para o tracionamento, para que todos os homólogos possam se dirigir para a região 
equatorial da célula. 
 A partir daqui, seguem as demais fases I, à semelhança da mitose: metáfase I e 
anáfase I 
 Intercinese - é o estado transitório entre a meiose I e a meiose II. Não ocorre 
qualquer replicação do dna. 
 Prófase II - 
Metáfase - alinhamento dos cromossomos em si no centro da célula 
Anáfase II - separação das cromátides irmãs. Migração para os polos da célula. 
Telófase II -descondensação e volta do envoltório nuclear. 
 Os eventos da meiose II seguem semelhantes aos já descritos na mitose. 
 A meiose I é reducional! 
 Célula diploide -> célula diplóide com material duplicado -> célula haploide com 
material duplicado - > célula haploide com material separado. 
 Anomalias numéricas dos cromossomos: 
Aneuplodia 
Estado em que existe uma variação face ao número normal de cromossomos. As 
situações mais comuns referem-se a um cromossomo a mais - trissomias (2n + 1), ou a menos 
(2n - 1). 
A aneuploidia ocorre pela não disjunção meiótica ou mitótica, ou ainda pelo atraso 
de migração de um cromossomo em anáfase. 
O mecanismo mais comum é a não disjunção meiótica durante uma das divisões 
meioticas, geralmente a anáfase I. 
Ocorrência em 3 a 4% das gestações em humanos. 
 
Exemplos mais comuns de aneuoloidia no homem 
1. Trissomias: presença de três cromossomos homólogos em vez do par normal. O 
exemplo mais comum é a trissomia do 21, que causa a síndrome de down 
2. Monossomias: existe apenas um cromossomo representativo em vez do par. 
São mutações quase sempre letais; 
Para a maioria das trissomias existe uma preponderância para a origem materna 
do cromossomo extra, o que está relacionado com a idade materna, uma vez que a mulher já 
nasce com seus gametas estacionados em prófase I - os ovócitos I. 
 
Ciclo celular 
 
Tudo o que ocorre com a célula depende de sinalização - divisão, diferenciação, 
sobrevivência e morte. 
 A sinalização irá desencadear o ciclo celular. Estudamos, até agora, apenas a parte 
M do ciclo. Ainda não estudamos a intérfase, que é dividida em G1, S e G2. 
 Para a célula entrar em mitose, é necessária a duplicação do material genético, que 
ocorre na fase S. 
 Fases do ciclo celular: 
G1: crescimento e preparação para a replicação dos cromossomos 
S: síntese de DNA 
G2 preparação para a divisão mitótica. 
M: mitose propriamente dita. Separação das cromátides e constituição de dois 
núcleos (cariocinese). 
Durante a mitose, a síntese de DNA é interrompida. No final da mitose, ocorre a 
citocinese, resultando em duas células idênticas à original. 
Não adianta duplicar o DNA e não duplicar o resto da célula. A fase G1 é direcionada 
para isso, multiplicação de organelas e preparação para a posterior replicação do DNA que 
ocorrerá na fase S. Não pode faltar nada para o início da fase S. 
A G2 serve para verificação se todos os elementos para a divisão celular estão 
presentes. É um ponto de checagem e complementação. 
O tempo de duração da fase G1 é muito variável, pois é muito influenciado por 
fatores extracelulares. O da S costuma variar menos. Condições fisiológicas e patológicas vão 
influenciar, portanto, o início, a duração e o fim do ciclo celular. 
Há células que estão constantemente em ciclo celular, constante proliferação, há 
células que se diferenciam e podem ou não voltar a se dividir, e outras que, uma vez em repouso, 
tendo iniciado a fase denominada G0 (que não antecede a mitose), não podem mais voltar ao 
ciclo celular. Então, as células podem: 
 
 Iniciar uma nova fase de síntese após uma fase pós mitótica de duração normal 
(células embrionárias células do epitélio intestinal, linfático, medula ossea) 
 Entrar em uma fase pós mitotica prolongada - fase G0, de repouso, 
permanecendo num estado de quiescência. Poodem entrar mais tarde em ciclo no fim de G1 
(hepatócitos, células do musculo liso, ver demais). 
 Há Células que após entrarem na fase de repouso, não conseguem mais iniciar 
um novo ciclo celular, ou seja, retornar para G1 a fim de se preparar para uma nova divisão 
mitótica. Ex. célula musculas esquelética, neurônio 
 No controle das divisões celulares intervêm dois tipos moleculares: 
1. Ciclinas g1 (ciclina D), ciclina S (ciclinas E e A) e ciclinas mitóticas (ciclinas B e A). 
As ciclinas são polipeptídeos cuja concentração oscila ao longo do ciclo celular. 
2. Cinases dependentes de ciclinas (Cdks): Cdk4 e Cdk6 (fase g1), Cdk2 (case S) e 
Cdk1 (fase M). A sua concentração é constante ao longo do ciclo celular. 
As ciclinas sofrem um ciclo de síntese e degradação a cada ciclo celular. 
 A ação das proteínas cinases é forsforilar uma molécula alfa, de serina e treonina, 
mas só consegue fazer isso se tiver associada a ela uma ciclina. Ao retirar a ciclina, "desliga-se" 
a cinase. 
É com essa forsforilação de moléculas alfa que o ciclo celular é controlado. 
As ciclinas são sintetizadas e degradadas a cada ciclo, ou seja, são muito labeis. As 
CDK não são degradadas a cada ciclo, pois são dependentes das ciclinas. 
 O start para que a célula entre no ciclo celular é um fator de crescimento. Após o 
sinal, as ciclinas entram em ação, cada qual para uma das fases prévias à fase M. 
 
Fases do controle do ciclo celular: 
 
1. O acrescimo das ciclinas G1 origina a formação de complexos com as CDK4 e 6, 
preparando as células para a replicação.: 
 Ativação de fatores de transcrição que promovem a transcrição de genes que 
codificam para a enzima da replicação 
 Indução da degradação dos inibidores da fase S através da sua forsforilação e 
ubiquitinação - associado ao material genético temos proteínas histonas e não histonas, que 
atuarão na condensação, replicação, transcrição e inibição. 
2. A ativação de S-Cdk (ciclina + cinase), no final de G1, dá a partida e inicia a 
replicação de DNA. 
A S-Cdk também impede a formação de novos complexos pré-replicação. Por este 
fato cada cromossomo só se replica uma vez. São necessários fatores que impeçam a replicação 
desordenada, para que ela ocorra uma vez só, parando a maquinaria de replicação. 
 3. À medida que a replicação prossegue, a ciclina G1 é destruida e, no final da fase 
S, o nível de ciclinas mitóticas (ciclinas A e B) começa a subir. 
 4. O fator promotor de mitose (MPF) M-CDK (ciclina B +ckd1) forsforila proteínas 
que promovem: 
a. A degradação do envoltório nuclear - forsforilação da lâmina nuclear. 
b. A construção do fuso mitótico - Forsforilação de maps e formação das proteínas 
associadas aos microtúbulos. 
c. A condensação da cromatina e formação dos cromossomos (prófase) - 
forsforilação da histona H1 
d. O alinhamento dos cromossomos na placa metafásica. 
e. Fragmentação do complexo de golgi e do retículo plasmático, para dividir suas 
porções entre as células filhas 
 Por trás de todos os acontecimentos do ciclo celular, há a atuação dessas 
moléculas - ciclinas e CDKs variadas. 
 5. o fator promotor da mitose ativa o complexo promotor da anáfase (APC) - 
separação das cromátides irmãs para polos opostos da célula - um complexo do tipo ubiquitina 
ligase, o qual origina: 
a. Separação das cromátides irmãs 
b. A destruição das ciclinas mitóticas no final da mitose. O APC favorece a ligação 
da ubiquitina às ciclinas mitóticas (a ubiquitina é reconhecida por proteases citoplasmáticas e 
desse modo ocorre a degradação da ciclina. É uma sinalização de destruição de proteínas). 
Até a anafase existe uma proteína de ligação entre as duas cromátides irmãs, 
chamada coesina. Quem distrói a coesina é uma molécula chamada separase. Até o momento 
da separação, ligada à separase existe uma molécula chamada securina. O APC destroi a 
securina, que para de inibir a separase, e ela age separando as cromátides irmãs para que elas 
possam migrar para postos opostos da célula. 
c. O decrescimo da atividade das CDKs mitóticas permite a reorganização do 
envoltório nuclear e do aparelho golgi; no final, ocorre a citocinese. 
 
Principais pontos de controle no ciclo celular: 
 No final de G1, antes da S, (ponto de restrição) 
 Transcrição G2/M, antes do início da mitose 
 Durantea mitose, na metáfase. 
 
O ponto de controle G1 (ou ponto de restrição): período do ciclo, no final de G1. 
Verifica se : 
a. A célula possui dimensão suficiente para se dividir? Existem nutrientes 
suficientes para todas as células filhas? E organelas suficientes? 
b. O DNA está intacto antes de entrar em S? 
As células que não recebem um sinal para continuar o ciclo saem e entram em G0. 
 O ponto de controle no final de G2 assegura que a replicação ocorreu bem e o DNA 
não contém erros. 
 O ponto de controle na metáfase assegura que todos os cromossomos se 
encontram associados a um microtúbulo cinetocorial. 
 A proteína citoplasmática p53 controla o estado do DNA em g1 antes que a célula 
entre na fase S. 
A p53 regula os mecanismos da proliferação celular, atuando ao nível de transcrição 
do DNA. 
Caso existam lesões no DNA, a própria célula sintetiza a p53. A p53 funciona como 
fator de transcrição, promovendo a expressão dos genes reguladores que codificam a proteína 
p21. A p21 vai inibir o complexo g1/SCDK e isso bloquia a entrada em S. 
 Se a p53 não induzir a ação da p21, a célula com lesões graves continua a proliferar 
desordenadamente, originando um tumor. Cerca de 50% dos tumores malignos humanos 
apresentam mutações nos genes da proteína p53. 
DNA danificado (por injúria) ou mal replicado gera um sinal para retardar a entrada 
na fase S do ciclo celular de mamíferos. A parada em G1 gera apoptose. A parada em g2 gera 
um provável reparo no DNA. Isso em organismos pluricelulares. Em unicelulares, a apoptose 
acabaria com a população, de modo que os erros e modificações no DNA se perpetuam.

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