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1 Aula 2 – Microscopia e Composição química das células Sugestão de leitura: - Caps. 2 e 3: Microscopia e Bases macromoleculares da constituição celular Livro: Biologia Celular e Molecular. Autores: Junqueira, L.C. e Carneiro, J. Os conhecimentos sobre as células progridem à medida que as técnicas empregadas na investigação se aperfeiçoam. O estudo das células só foi possível graças ao uso do microscópio. O emprego desse aparelho em combinação com as técnicas de microtomia e coloração permitiu o estudo morfológico detalhado das células. Para se obter uma lâmina histológica de boa qualidades, algumas etapas são essenciais, como a coleta do material, a fixação e o processamento. As técnicas histológicas compreendem um conjunto de processos a que se submetem os tecidos a fim de que possam ser observados significativa e adequadamente permitindo o diagnóstico histológico ou patológico. A primeira etapa desse conjunto de processos diz respeito à coleta do material, que pode ser realizada por a) biópsia: retira-se fragmento do animal vivo (punções) ou b) necropsia: retirada do órgão com o animal morto. A segunda etapa é marcada pela fixação. Realizada imediatamente após a coleta/retirada do material. A fixação nada mais é do que o tratamento da peça histológica a fim de que possamos observar ao microscópio os componentes teciduais, com a morfologia e a composição química semelhantes às existentes no ser vivo. Objetivo da fixação: Visa impedir a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise) ou por ação bacteriana, preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos, assim como endurecer os tecidos tornando-os mais resistentes e favoráveis às etapas subsequentes da técnica histológica. Pode ser realizada por métodos químicos e/ou físicos. A terceira etapa corresponde à desidratação do material. Objetivo da desidratação: retirar a água do interior da célula a fim de permitir a impregnação da peça com parafina/resina. Para isto, a peça é submetida a banhos sucessivos em álcoois de teor crescente (ex.: 70%, 80%, 90% e 100%). A diafanização ou clareamento compreende a quarta etapa da rotina histológica. Tal processo corresponde à infiltração dos tecidos por um solvente da parafina/resina e ao mesmo tempo desalcolizante. Xilol é o solvente mais usado e retira toda água e álcool do material para que a parafina possa penetrar eficientemente no tecido. O tecido torna-se semi-translúcido, quase transparente. Utiliza-se 10 a 20 vezes o volume da peça. Outros agentes clareadores utilizados são: toluol, clorofórmio, benzol, entre outros. A quinta etapa corresponde ao processo de inclusão ou impregnação. Os tecidos são submetidos a banhos de parafina a 60°C, no interior de uma estufa. Em estado líquido, a parafina penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificada, certa dureza. Retira- se a peça da estufa e a coloca em temperatura ambiente para solidificar. A inclusão pode também ser feita com resina, celoidina, gelatina ou resorcina epóxi, sendo estas últimas usadas para microscopia eletrônica. Após a inclusão do material em parafina e/ou resina, leva-se o material para a microtomia, processo que envolve o corte do material em micrótomo, aparelho que possui navalha de aço. A espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 µm (micrômetros). É imprescindível para que haja transparência do tecido e assim uma boa visualização. Após a microtomia, os cortes deverão ser “colados” nas lâminas. Os cortes provenientes da microtomia são “enrugados”. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água e “pescados” com uma lâmina. A oitava e última etapa corresponde ao processo de coloração. A coloração tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros. O mecanismo das colorações está 2 relacionado a dois fatores: a) os corantes utilizados e b) os elementos a corar. Os corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e apresentam afinidade de combinação com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Podem ser naturais ou sintéticos. Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. As colorações possuem algo em particular que as diferenciam umas das outras. Após a coloração dos cortes histológicos, há a necessidade de montar as lâminas. A montagem das lâminas histológicas consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido. - Planos de corte histológicos: o estudo de cortes histológicos é sempre um desafio, pois estamos observando em duas dimensões objetos que apresentam três dimensões. Logo, cortes delgados de qualquer objeto precisam ser analisados levando em consideração que: a) o corte é apenas uma amostra muito pequena de um objeto muitas vezes maior; b) o corte não revela o que está à frente e atrás daquele objeto no momento em que ele foi cortado e c) o corte nem sempre revela a maneira e o ângulo em quem um objeto foi seccionado. Por estas razões, deve-se sempre examinar com muita atenção, os cortes ao microscópio na tentativa de interpretar corretamente as estruturas e pressupor a real organização destas. Para isso, considera-se sempre o eixo do corte, que pode ser transversal, longitudinal ou oblíquo. O material também pode ser seccionado em diferentes níveis de corte. Bases macromoleculares da constituição celular As moléculas que constituem as células são formadas pelos mesmos átomos encontrados em seres inanimados. Noventa e nove por cento da massa das células são formadas por hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio. Excluindo-se a água, existe nas células a predominância absoluta de compostos de carbono (compostos orgânicos), cujas propriedades químicas são mais adequadas à vida. A água não é uma molécula inerte, com a única função de preencher espaços; ao contrário, a água e os seus íons influem poderosamente na configuração e nas propriedades biológicas das macromoléculas. A quantidade de água e sais minerais na célula e nos organismos deve ser perfeitamente balanceada, qualificando o chamado equilíbrio hidrossalino. Esse equilíbrio é fator decisivo para a manutenção da homeostase de um organismo. Além disso, eles desempenham numerosos papéis de relevante importância para a vida da célula. A queda do teor de água, nas células e no organismo, abaixo de certo limite, gera uma situação de desequilíbrio hidrossalino, com repercussões nos mecanismos osmóticos e na estabilidade físico-química. Isso caracteriza a desidratação e põe em risco a vida da célula e do organismo. A quantidade de água varia em função da atividade do tecido ou órgão, da idade, do organismo e da espécie. A água é a substância mais abundante das células – 60-70% de seu peso, uma vez que ela é indispensável para o transporte de substâncias, tanto no interior da célula, como entre ela e o meio externo. Embora a molécula de água tenha uma carga neutra, os elétrons estão distribuídos assimetricamente, tornando a molécula polar. A molécula da água é morfológica e eletricamente assimétrica. Os dois átomos de H formam com o O um ângulo que, em média, é estimado em 104,9º. Portanto, apesar de ser representada pela fórmula H-O-H, a molécula de água não é um bastão reto. Por outro lado, devido à forte atração exercida pelo núcleo de oxigênio sobre os elétrons, esta molécula é relativamente positiva no lado dos3 dois H e negativa no lado do O, isto é, as moléculas de água são um dipolo. Por sua natureza dipolar, a água é um dos melhores solventes conhecidos. Ela dissolve muitas substâncias cristalinas e outros compostos iônicos porque sua tendência a se combinar com íons negativos ou positivos é, frequentemente, maior que a tendência de os íons se combinarem entre si. Ela representa o solvente universal dos líquidos orgânicos. É o solvente do sangue, da linfa, dos líquidos intersticiais nos tecidos e das secreções como a lágrima, o leite e o suor. É a fase dispersante de todo material citoplasmático. O citoplasma nada mais é do que uma solução coloidal de moléculas protéicas, glicídicas e lipídicas, imersas em água. Atua no transporte de substâncias entre o interior da célula e o meio extracelular. Grande número de reações químicas que se passam dentro dos organismos compreende reações de hidrólise, processos em que moléculas grandes de proteínas, lipídios e carboidratos se fragmentam em moléculas menores. Essas reações exigem a participação da água. Pelo seu elevado calor específico, a água contribui para a manutenção da temperatura nos animais homotermos (aves e mamíferos). Os polímeros celulares contém em sua estrutura grupamentos químicos que apresentam afinidade pela água HIDROFÍLICOS = POLARES; os que não tem afinidade HIDROFÓBICAS = APOLARES. Os lipídios, parafina e óleos são repelidos pela água. Existem também macromoléculas, geralmente alongadas, que apresentam uma região hidrofílica e outra hidrofóbica. São chamadas de moléculas anfipáticas, dotadas de capacidade de associar-se simultaneamente a água e a outros compostos hidrofílicos por uma de suas extremidades, e a compostos hidrofóbicos, pela outra extremidade. As moléculas anfipáticas exercem importantes funções biológicas e estão presentes nas membranas celulares. Já os sais minerais representam substâncias reguladoras do metabolismo celular. São obtidos pela ingestão de água e junto com alimentos como frutos, cereais, leite, peixes, etc. Os sais minerais têm participação nos mecanismos de osmose, estimulando, em função de suas concentrações, a entrada ou a saída de água na célula. São encontrados tanto nas células vivas quanto na natureza não-viva. Dissolvidos em água sob a forma de íons: na sua porcentagem modificam profundamente a permeabilidade, a viscosidade a capacidade de responder estímulos das células. Além disso, a concentração total dos íons minerais nos líquidos celulares tem relação com a entrada e saída de água na célula. A concentração dos sais na célula determina o grau de densidade do material intracelular em relação ao meio extracelular. Em função dessa diferença ou igualdade de concentração é que a célula vai se mostrar hipotônica, isotônica ou hipertônica em relação ao seu ambiente externo, justificando as correntes osmóticas ou de difusão através da sua membrana plasmática. Portanto, a água e os sais minerais são altamente importantes para a manutenção do equilíbrio hidrossalino, da pressão osmótica e da homeostase na célula. Os sais podem atuar nos organismos na sua forma cristalina ou dissociados em íons. Os sais de ferro são importantes para a formação da hemoglobina. A deficiência de ferro no organismo causa um dos tipos de anemia. Os sais de iodo têm papel relevante na ativação da glândula tireóide, cujos hormônios possuem iodo na sua fórmula. A falta de sais de iodo na alimentação ocasiona o bócio. Os fosfatos e carbonatos de cálcio participam na sua forma cristalina da composição da substância intercelular do tecido ósseo e do tecido conjuntivo da dentina. A carência desses sais na alimentação implica no desenvolvimento anormal de ossos e dentes, determinando o raquitismo. Como íons isolados, os fosfatos e carbonatos atuam no equilíbrio do pH celular. 4 Os íons de sódio e potássio têm ativa participação na transmissão dos impulsos nervosos através dos neurônios. Os íons cálcio atuam na contração das fibras musculares e no mecanismo de coagulação sangüínea. Os íons magnésio participam da formação da molécula de clorofila, essencial para a realização da fotossíntese. Os íons fósforo fazem parte da molécula do ATP (composto que armazena energia) e integra as moléculas de ácidos nucléicos (DNA e RNA). Os sais mais comuns na composição da matéria viva são os cloretos, os carbonatos, os fosfatos, os nitratos e os sulfatos (de sódio, de potássio, de cálcio, de magnésio e outros). Para facilitar o acontecimento das reações bioquímicas que ocorrem em uma célula. Imaginem como seriam reações à seco. É a mesma coisa que misturar dois pós e esperar eles reagir. É muito difícil. Portanto, a água e os sais minerais são altamente importantes para a manutenção do equilíbrio hidrossalino, da pressão osmótica e da homeostase na célula. Ácidos: Substâncias que liberam íons hidrogênio em soluções são denominadas ácidas; formam H⁺. Bases: Substâncias que reduzem íons hidrogênio em soluções são denominadas bases; formam OH⁻. As células também são constituídas de macromoléculas poliméricas. Os polímeros são constituídos pela repetição de unidades menores, chamados de monômeros. - Carboidratos: [C(H2O)]n - daí o nome "carboidrato" ou "hidratos de carbono”. Fornecem matéria orgânica que a célula transforma em energia. Açúcares mais simples são chamados de monossacarídeos, que por sua vez se unem para formar moléculas maiores como os dissacarídeos ou polissacarídeos. São moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções: a) Fonte e reserva de energia; b) Estrutural; c) Matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas. Os carboidratos podem ser classificados em: a) monossacarídeos; b) dissacarídeos; c) oligossacarídeos e d) polissacarídeos. • Exemplo: glicose - Fonte de energia para as células. A glicose é quebrada em moléculas menores em uma série de reações que liberam energia. - Lipídios: Alta solubilidade em solventes orgânicos e baixa solubilidade em água. Motivo: presença de muitas cadeias abertas e de anéis benzênicos. Os lipídios são moléculas importantes para os seres vivos. São classificados em: 1. lipídios simples (a. ácidos graxos; b. gorduras neutras [mono, di e triglicerídios]; c. ceras; c1. ésteres de esterol e c2. ésteres não-esteroidais) e 2. lipídios compostos: Por hidrólise derivam: além do glicerol, 2 hidroxilas esterificadas com ácidos graxos e uma com ácido fosfórico. Freqüentemente associados à membrana: a. fosfolipídios, a1. ácidos fosfatídicos, lecitinas, cefalinas etc; a2. Plasmógenos; a3. esfingomielinas (presentes na bainha de mielina); a4. Reprosídeos; a5. Cebrosídeos; b. glicolipídios e c. lipoproteínas. Os Ácidos Graxos são componentes das Membranas Celulares – LIPÍDIOS. Têm duas regiões quimicamente distintas: Uma hidrofóbica e a outra hidrofílica. Ácidos graxos saturados: não tem nenhuma dupla ligação entre seus átomos de carbono, e o número de hidrogênios é o máximo possível. Comum das gorduras animais. Ácidos graxos insaturados: uma ou mais duplas ligações ao longo da cadeia; as duplas ligações determinam um encurtamento nas moléculas. Os ácidos graxos são armazenados como reserva de energia na forma de lipídios por meio de uma ligação com o glicerol (triglicerídeos). São insolúveis em água. Os fosfolipídios são os principais constituintes das membranas celulares: dois grupos do glicerol estão ligados aos ácidos graxos e o terceiro ao ácido fosfórico. Os esteróides são lipídios derivados do colesterol. Atuam, nos organismos, 5 como hormônios. A testosterona é o hormônio sexual masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por muitas das características femininas. O Colesterol é um tipode gordura presente no organismo dos seres humanos, e é essencial para o bom funcionamento do mesmo. O HDL é chamado de o bom colesterol, e o LDL de mau colesterol. Quando consumido em excesso, o colesterol se deposita nas paredes das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos, dependendo de onde o colesterol ficar acumulado, ele pode levar o indivíduo a ter dor no peito, infarto e até acidente vascular cerebral, também chamado de derrame. LDL é a sigla de Low Density Lipoproteins, que significa proteínas de baixa densidade, e acredita-se que elas sejam as piores para os seres humanos. O LDL também é chamado de mau colesterol. O LDL é o responsável por transportar o colesterol do fígado, até as células de vários outros tecidos, trazendo vários danos aos vasos sanguíneos. O LDL é diretamente relacionado as doenças cardíacas. Também o responsável por promover o depósito da gordura nas paredes das artérias e corresponde a 75% do total do colesterol em circulação. Já o HDL é a sigla de High Density Lipoproteins, que significa proteínas de alta densidade, também conhecido como o “bom colesterol”. O HDL é capaz de absorver os cristais de colesterol, que são depositados nas artérias, removendo-o das artérias e transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado. O HDL é chamado de “bom colesterol”, pois, uma vez que o indivíduo possui níveis elevados deste tipo de colesterol, ele pode se tornar benefíco, reduzindo o risco de doenças do coração. - Ácidos nucléicos: constituem os armazenadores e transmissores de informação nos seres vivos. Os seres vivos possuem dois tipos: a) Ácido desoxirribonucleico (DNA) e b) ácido ribonucleico (RNA). Apresentam 2 atividades básicas na célula: 1. Armazenamento e transmissão das informações genéticas para a descendência (DNA). 2. Tradução da informação genética em proteínas (DNA e RNA). Ácidos nucléicos tem como unidade básica os nucleotídeos (base nitrogenada + pentose + ácido fosfórico). O DNA é formado por duas cadeias de ácidos nucléicos helicoidais que compõem uma dupla hélice. Toda informação genética de um organismo vivo encontra-se “acumulada” nesta molécula. As bases nitrogenadas que a compõem são: adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G). Já o RNA é uma molécula formada por uma única cadeia de nucleotídeos. Apresenta as mesmas bases nitrogenadas que o DNA, com exceção da timina (T). No RNA a timina é substituída por uma uracila (U). É necessário saber que existem pelo menos três moléculas de RNA: a) RNA mensageiro (RNAm): leva a informação genética, copiada do DNA, que estabelece a sequência de aminoácidos na proteína; b) RNA ribossômico (RNAr): representa 50% dos ribossomos, que é a estrutura que proporciona o apoio molecular para as reações químicas que originam a síntese protéica e c) RNA transportador (RNAt): identificam e transportam os aminoácidos até o ribossomo. - Proteínas: É uma macromolécula cujos monômeros são aminoácidos, unidos por ligações peptídicas. As proteínas são partes constituintes dos tecidos biológicos e muitas delas funcionam como enzimas. Juntamente com os açúcares e lipídios constituem a alimentação básica dos animais. Existem 20 tipos de aminoácidos, cada um deles com uma cadeia lateral diferente, compondo todos os tipos de proteínas. De acordo com as cadeias laterais podem ser: ácidos, básicos, polares e não-polares. São abreviados usando-se as três primeiras letras da nomenclatura inglesa (salvo cinco exceções). As proteínas desempenham papel estrutural, enzimático, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sangüínea e transporte; e podem se associar a outros grupos não protéicos – glicoproteínas, lipoproteínas. Na estrutura das proteínas podem distinguir 4 níveis sucessivos de organização: a) 6 estrutura primária: compreende a sequência de aminoácidos que formam a cadeia protéica; b) estrutura secundária: diz respeito à configuração espacial da proteína; c) estrutura terciária: é consequência da formação de novas dobraduras nas estruturas secundárias, que dá lugar a configuração tridimensional da proteína e d) estrutura quaternária: resulta da combinação de dois ou mais polipeptídeos. As proteínas são classificadas em: 1. Fibrosas: cadeias longas, filamentosas. Estáveis e insolúveis. Ex. ß queratina e colágeno. 2. Globulares: compactas e enroladas. Ex: imunoglobulinas (anticorpos) em geral, clorofila. Propriedades das proteínas: As proteínas podem denaturar. Isto acontece quando, por ação de substâncias químicas ou do calor as proteínas sofrem alteração da estrutura terciária ou a quebra das ligações não covalentes da estrutura quaternária. As proteínas perdem a sua conformação e, conseqüentemente, a sua funcionalidade. A denaturação pode ser: reversível ou irreversível. Dependendo da forma pela qual a proteína foi denaturada, sua conformação nativa pode ser recuperada (renaturação). Para isso é necessária a retirada lenta do agente denaturante. Função biológica das proteínas: 1. Estrutural ou plástica: São aquelas que participam dos tecidos dando-lhes rigidez, consistência e elasticidade. São dadas pelas proteínas estruturais: colágeno, actina, miosina, queratina, fibrinogênio, albumina e outras; 2. Hormonal: Exercem alguma função específica sobre algum órgão ou estrutura de um organismo. Ex. insulina (embora tecnicamente a insulina seja considerada apenas um polipeptídeo, devido a seu pequeno tamanho); 3. Defesa: Os anticorpos (imunoglobulinas) são proteínas que realizam a defesa dos organismos contra substâncias estranhas; 4. Energética: Obtenção de energia a partir dos aminoácidos que compõem as proteínas; 5. Enzimática: Enzimas são substâncias capazes de acelerar as reações bioquímicas como, por exemplo, as lipases. Todas as enzimas são consideradas proteínas; 6. Condutora de gases: O transporte de gases (Ex. O2 e CO2) é realizado por proteínas como a hemoglobina e hemocianina.
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