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PROCESSO DO TRABALHO II - Geral - EXAME

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NOÇÕES DE RECURSOS
CONCEITO: os recursos não possuem conceito legal, desta maneira a doutrina encarregou-se de conceitua-los como um meio processual idôneo, colocado à disposição das partes vencidas para uma reanalise de uma relação processual, no intuito de conseguir uma reforma, um esclarecimento ou ainda uma invalidação de uma decisão.
NATUREZA JURÍDICA: é considerado um direito subjetivo processual para o prolongamento ou um novo exercício do direito de ação.
FUNDAMENTOS: possui quatro fundamentos que justificam a sua existência: inconformismo da parte vencida; falibilidade humana; aprimoramento das decisões judiciais e forma de controle dos atos judiciais por instâncias superiores.
PRINCÍPIOS DO RECURSO NO PROCESSO DO TRABALHO:
Duplo grau de jurisdição: determina a possibilidade de uma decisão ser objeto de reanalise. A sua nomenclatura sofre críticas tendo em vista que não se restringe apenas à uma reanalise, pois na verdade enquanto não ocorrer o esgotamento das vias recursais ou o conformismo da parte, o caso poderá seguir sendo reanalisado. Este princípio não está expressamente previsto na CF ou tampouco é uma cláusula pétrea, desta forma para que ele possa ser exercido é necessário que o sujeito preencha os requisitos objetivos e subjetivos de cada recurso.
- Obs.: nas ações que envolvam a Fazenda Pública é obrigatório o chamado reexame necessário, ou seja, a aplicação automática do princípio do duplo grau de jurisdição, salvo nos casos onde o prejuízo ao erário seja inferior a 60 salários mínimos e a decisão esteja de acordo com súmula ou orientação jurisprudencial do STF ou do TST. 
Taxatividade: determina que só poderão ser usados recursos expressamente previstos na CLT, ou expressamente autorizados por ela (este princípio é baseado no princípio da subsidiariedade). 
A CLT prevê quatro recursos principais: 
Recurso ordinário;
Embargos de declaração;
Agravo;
Recurso de revista.
Ainda há mais dois recursos expressos que são usados apenas em alguns tribunais:
Embargos ao TST;
Agravo regimental.
Há três recursos que embora não previstos na CLT, são inerentes ao processo do trabalho:
Recurso extraordinário: previsão constitucional – art. 102, III. Tem prazo de 15 dias.
Pedido de revisão: usado nos casos de fixação de valor de alçada dos dissídios individuais.
Recurso adesivo: art. 997 do CPC.
Existe ainda o pedido de revisão (lei 5584/70) que deve ser tomado no prazo de 48 horas. E o recurso administrativo chamado de correição parcial – que visa coibir praticas pelo juiz contra a ordem processual, previsto nos artigos 682, XI e 709, II da CLT.
Unirrecorribilidade/singularidade/unicidade recursal: este princípio determina que no processo do trabalho só é permitido ingressar com um recurso para cada decisão.
- Exceção: segundo a corrente majoritária a exceção está nos casos que é cabível o embargos de declaração.
Variabilidade: permite que o recorrente troque de recurso entendo que o novo recurso seria o mais correto, para isto é necessário que o recurso novo esteja dentro do prazo. Este é um posicionamento minoritário, onde aqueles que o defendem alegam não haver prejuízo, pois estaríamos diante de uma desistência tácita de um recurso para admissão de outro.
- Obs.: a corrente majoritária é contrária a este princípio, bem como teria sido atingido pelo instituto da preclusão consumativa;
Fungibilidade/conversibilidade: possibilita que o próprio juiz faça conversão de um recurso em outro que seria o mais adequado. Todavia, para que isso seja possível deve haver o preenchimento de alguns requisitos:
Inexistência de erro grosseiro ou má-fé;
Discussão doutrinária sobre qual serio o recurso cabível;
O recurso interposto tem que ter sido feito no prazo do recurso que será convertido.
Vedação do reformatio in pejus: obriga aos órgãos julgadores do recurso a não reformas as decisões para torna-las mais prejudiciais aos recorrentes. Desta forma, aquele que recorre, no seu próprio recurso, pode ter sua situação mantida ou melhorada, nunca piorada. 
- Exceção: quando se tratar de matéria de ordem pública.
Vigência imediata da lei nova: a lei de natureza processual passa a produzir os seus efeitos de forma imediata, atingindo todos os processos em andamento, fazendo com que todos os atos a serem praticados observem a lei nova, ainda que prejudique as partes. Em se tratando de matéria processual não há direito adquirido.
Voluntariedade: o órgão julgador não poderá reconhecer de ofício matéria que não foi suscitada no recurso, exceto em casos de reexame necessário e matéria de ordem pública.
Duplo grau de jurisdição obrigatório: não pode ser confundido com o outro. No obrigatório não se trata de direito subjetivo das partes de ter uma decisão reapreciada pelo seu inconformismo, desta maneira não possui natureza recursal. Aqui estamos diante de uma situação que é condição de eficácia de uma decisão. Desta maneira ao observarmos o art. 496 do CPC, percebemos que uma sentença contra um entre público só terá eficácia se confirmada por um tribunal, devendo o representante do Estado recorrer das decisões que afetem o erário. Ainda que o representante do Estado não recorra, o juiz deverá fazer a remeça ex officio da decisão ao tribunal, caso o juiz não faça, o tribunal poderá avocar o processo para reexame necessário.
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS TRABALHISTAS:
Prazos uniformes: a regra no processo do trabalho é que os recurso possuam prazo unificados de 8 dias para interposição e apresentação dos recursos. Todavia, existem exceções: 
Embargos de declaração: prazo de 5 dias;
Recurso extraordinário: prazo de 15 dias;
Pedido de revisão: prazo de 48 horas;
Agravo regimental: estipulado prazo de acordo com o regimento interno de cada tribunal.
- Obs.¹: a Fazenda Pública possui prazo em quadruplo para contestar e em dobro para recorrer, contudo, por uma omissão legislativa o prazo para as contrarrazões é simples.
- Obs.²: o Ministério Público do Trabalho possui prazo em dobro para recorrer e simples para contrarazoar.
- Obs.³: no caso de litisconsorte com procuradores diferentes a regra do CPC diz que o prazo será contado em dobro (Art. 229 -  Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento). O TST por meio da OJ 310 diz que esta regra não se aplica aos processos trabalhistas por ferir princípio como o da celeridade e da simplicidade. Com a entrada do CPC 2015 esta regra está válida apenas em casos de processos físicos.
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: as decisões interlocutórias (aquelas que versam sobre incidentes durante o processo), não serão alvos de recursos imediatos, podendo ser discutidas apenas ao final, nos recursos que discutem mérito.
- Exceções: decisão do TRT contra Súmula ou OJ do TST; decisão que couber recurso no mesmo tribunal; decisão sobre incompetência absoluta ou relativa, neste último caso quando houver remessa a um tribunal.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS
Pressupostos são os requisitos que os recursos devem preencher para serem admintidos. Há das categorias de pressupostos:
Objetivo ou EXTRÍNSECO: aquilo que pode ser visualizado de maneira concreta.
Subjetivo ou INTRÍNSECO: para ser notado é necessairo analise mais técnica.
Estes pressupostos serão analisados em dois momentos, o primeiro no juízo a quo e o segundo no chamado ad quem. O juízo a quo é aquele onde o processo originou contra quem voce vai combater a decisão, e o juízo ad quem é aquele que vai julgar o recurso.
EXTRÍNSECO/OBJETIVO: 
Regularidade formal: são as formalidades que as peças recursais devem conter, tais como – endereçamento, fundamentação, qualificação, descrição dos fatos, pedidos e requerimento.
Obs.¹: tendo em vistaque no processo do trabalho admite-se qua a parte tenha o jus postulandi é aceitável que o recurso seja interposto por simples petição,quando a parte não for advogado ou assistida.
Obs.²: nos recursos do TST não pode haver interposição por simples petição, devendo preencher toda a regularidade.
Tempestividade: é o requisito que, atende a necessidade de conceder à parte, um prazo razoável para a preparação e apresentação do recurso contra a decisão insatisfatória, servindo também, como forma de consolidação da decisão judicial proferida, quando findo ou não observado o prazo recursal. Cada recurso, em decorrência taxatividade e da regularidade formal, tem seu prazo estipulado em lei, e a parte tem o dever de observá-lo, uma vez que o seu recurso deve ser interposto dentro do prazo fixado em lei, sob pena de ser impedido de recorrer.
Inexistencia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo: é a exigência de que não tenha ocorrido fato que conduza a extinção do direito de recorrer, ou que impeça a admissibilidade do recurso. A doutrina aponta alguns exemplos meramente exemplificativos acerca desse pressuposto recursal, sendo necessária a apresentação de alguns deles apenas a título de exemplificação. Exemplo de fato extintivo: Renúncia ao direito de recorrer e a desistência. Exemplo de fato impeditivo: reconhecimento do pedido, ausência do depósito de multa processual, prática de ato incompatível com o interesse de recorrer.
Preparo: é o pagamento antecipado das despesas processuais relativas à interposição de determinado recurso. Conforme determina o art. 511 do CPC, caso o preparo não seja realizado, o recurso será considerado deserto, ou seja, é como se parte tivesse desistido do julgamento do recurso: “Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.”
Deposito recursal: implica em ser uma forma de garantia da futura execução por quantia certa. O objetivo do depósito recursal é impor dificuldades à interposição de recursos protelatórios e até certo ponto garantir a execução da sentença. 
- Caso a condenação seja superior ao teto deposita-se o valor do teto.
- Quando houver penhora ou depósito de bens como garantia nos autos, desconta-se o valor deste e o complemento é feito por meio de depósito.
- Se o recorrente perde o recurso o valor depositado será destinado para arcar com a condenação ou parte dela.
- Se o recorrente tiver seu recurso provido o valor depositado será levantado e devolvido a ele.
INTRÍNSECO/SUBJETIVO: 
Cabimento: configura-se quando a decisão judicial é passível de ser combatida e ainda quando a parte utiliza o recurso adequado para o combate da decisão. Se a parte utiliza uma via não correta, o juiz poderá negar seguimento ao recurso, não conhecendo o mesmo por falta de pressupostos subjetivos, contudo, se preenchido os requisitos legais da conversibilidade o juiz poderá aplicar o princípio da fungibilidade.
Legitimidade das partes: possuem legitimidade para ingressar com recurso trabalhista, as partes vencidas, o Ministério Público do Trabalho (quando houver interesse público) e terceiros interessados.
Interesse processual ou interesse de agir: a parte só poderá recorrer se houver necessidade da busca da alteração da decisão, bem como o recurso tem que produzir efeito desejado pelo pedido, de atender o interesse da parte. É necessário que a parte não aceite a decisao de forma expressa ou tácita, desta forma, se há pagamento ou reintegração de funcionário faltaria interesse de agir.
				RECURSO ORDINÁRIO
É aquele utilizado no processo do trabalho, tanto para combater as decisões definitivas/de mérito, quando as terminativas/processuais. 
Podem ser decisões definitivas ou de mérito:
Quando o juiz acolhe ou rejeita o pedido;
Quando o réu reconhece a procedência do pedido;
Quando as partes transigem e o juiz homologa;
Quando é pronunciado prescrição ou decadência;
Quando o autor renuncia o pedido.
A decisões terminativas ou processuais são:
Quando a petição inicial for indeferida;
Quando o processo é extinto por inércia das partes;
Quando há abandono da causa;
Pela ausência dos pressupostos ou condições da ação;
Pela perempção, litispendência, convenção de arbitragem, etc.
Alguns doutrinadores dizem que o recurso ordinário é o mais importante do processo do trabalho, pois ele é equiparado a apelação dos processos. Encontra-se fundamento legal no art. 895 da CLT.
Ele poderá ser utilizado para combater as decisões definitivas ou terminativas a cima descritas, prolatados pelo juiz singular, varas do trabalho, e ainda pelo TRT nos casos onde o processo for originário dos tribunais.
É composto por duas peças: a interposição que será endereçada para aquele que prolatou a decisão e será objeto de recurso; e as razoes recursais que serão endereçadas ao órgão que irá julgar o recurso.
- Obs.: o prazo para apresentação da interposição e das razoes é comum, de 8 dias.
As custas processuais e depósito recursal são devidos no recurso ordinário.
Procedimento do recurso ordinário:
No rito ordinário: o recurso é recebido para análise de admissibilidade, sem prazo; em segundo lugar se for matéria de interesse público é remetido ao MPT para parecer escrito; terceiro o relator faz seu voto e compartilha com o revisor que expressa seu voto e compartilha com o vogal para também realizar seu voto.
No rito sumaríssimo: em primeiro deve ser imediatamente distribuído e o relator deverá libera-lo em 10 dias com análise de admissibilidade e o relatório, para que a secretaria coloque imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; em segundo o MPT fará seu parecer de forma oral na própria sessão de julgamento, se for o caso registra na certidão; em terceiro se a decisão for contraria a sentença constará os fundamentos na certidão, porém no caso de confirmação da sentença constará apenas que ela foi confirmada pelos próprios fundamentos e a certidão servirá como acórdão.
Poderá haver turma especializada para julgar recurso ordinário oriundo de procedimento sumaríssimo.
Súmulas impeditivas:
É um instituto trazido pela Lei 11276/06, que impossibilita o recurso ordinário quando a sentença tiver como fundamento súmula dos tribunais superiores. Há três correntes sobre o uso deste instituto:
1ª) Deve ser admitida quando a decisão toma por base Súmula do TST;
2ª) Não deve ser admitida porque impede a atualização jurisprudencial;
3º) Pode ser admitida nos casos em que a decisão se baseia em Súmulas do TST ou do STF.
Obs.: a doutrina diz que os tribunais que aceitam a súmula impeditiva devem aceitar a criação de um incidente de atualização jurisprudencial.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração são recursos destinados para o próprio juiz que proferiu a sentença ou acórdão, com a função de sanar algum vício existente na decisão, não reforma decisão, apenas esclarece-a. Assim toda sentença ou acórdão pode sofre embargos.
Hipóteses – art. 897-a da CLT:
Omissão: quando na decisão proferida o juiz deixa de analisar algum pedido feito pelas partes.
Contradição: quando a sentença traz em si decisão contrária ao que determinam as provas apresentadas nos autos.
Obscuridade: quando a decisão terminativa for ininteligível, ou seja, as partes não conseguem a interpretação prevista pelo juiz.
Manifesto equivoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso: quando o acórdão faz a análise errônea dos pressupostos; desta forma essa hipótese só é possível quando se tratar de acórdão, pois a sentença não faz análise de pressupostos extrínsecos.
Prazo: 5 dias – caput do art. 897-A da CLT. O art. 1026 do CPC afirma que os embargos interrompem prazo para interposição de recursos.
Art. 897-A da CLT: Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecosdo recurso.
EMBARGOS PROTELATÓRIOS
Art. 1026, ₴ 2º e ₴3º da CLT: determinam estes que se os embargos forem usados apenas como uma forma de interromper prazo, o Tribunal aplicará multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa, podendo este ser pago apenas na execução do processo. Mas se depois disso, ainda entrar com outro embargo, fica condicionado a pagar em depósito o valor de 10% da causa para ser possível interpor qualquer outro recurso.
Efeito modificativo: OJ 142 do TST – toda vez, antes que for dar tal efeito, o Tribunal deve intimar parte para que esta se manifeste sobre a outra. Se não manifestar a parte e o efeito ocorrer na vara não causa nulidade, mas se ocorrer no Tribunal será passível de nulidade.
“Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaração opostos contra sentença.”
EMBARGOS DO TST
Tem por natureza jurídica a força recursal. E prazo de 8 dias para ser proposto. Os embargos são recursos que visam unificar as decisões não unânimes prolatadas por turmas ou seções do TST. Temos dois tipos de embargos:
De divergência: é utilizado nos casos de decisões não unânimes, de matéria coletiva proferidas pelas turmas do TST ou por SDC (Seção de Dissídios Coletivos). Isto ocorre nos processos originários do TST ou nos casos de rever sentença normativa do próprio TST (art. 894, I da CLT).
Infringentes: podem ser interpostos contra decisão não unânime, de matéria individual das turmas do próprio Tribunal ou das SDI (Seção de Dissídios Individuais). Pode ainda quando contrariar Súmula ou OJ do TST e também súmula vinculante do STF (art. 894, II da CLT).
 No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
Conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
RECURSO DE REVISTA
É recurso eminentemente técnico que via a unificação de jurisprudências divergentes entre os Tribunais Regionais do Trabalho de decisão prolatada em dissídio individual originaria nas varas ou juízes do trabalho. São devidos preparos para entrar com este recurso.
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
Pressupostos:
Prequestionamento: súmula 297 do TST – matéria será prequestionada quando expressamente na decisão for abordada a tese a respeito.
Súmula 126: não cabe recurso de revista se tiver que analisar fatos e provas novamente.
Juízo de admissibilidade:
Juízo a quo: TRT – presidente da turma que prolatou decisão.
Juízo ad quem: TST – peça de razão vai para uma das 8 turmas.
1ª hipótese: interpretação de lei federal dada por TRT, turma ou seção de dissídios individual do TST que seja confirmada pelo TRT.
2ª hipótese: súmula vinculante do TST ou STF.
3ª hipótese: OJ do TST.
AGRAVO – ART. 897 DA CLT
PRAZO: 8 DIAS
AGRAVO DE PETIÇÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Alínea ‘a’: decisão definitivas ou terminativas na execução.
Alínea ‘b’: serve para destrancar recurso denegado no juízo a quo.
₴1º: o agravante deve delimitar as matérias e valores impugnados, de forma a permitir a execução imediata. Aqui não há recurso genérico, nem suspensivo.
₴2º: se interposto contra o despacho que não recebe agravo de petição, não suspende a execução da sentença.
₴3º: execução no TRT: quem julga é o próprio TRT.
- execução no juiz do trabalho ou vara: quem julga é o TRT.
- decisão de juiz singular: também cabe ao TRT.
₴4º: sempre será julgado por autoridade que julgaria o agravo. Ou por Tribunal que jugará o recurso principal.
₴5º - Formação do agravo, deve conter cópia:
Decisão agravada;
Das procurações outorgadas do agravante e do agravado;
Da certidão das respectivas intimações;
Da inicial;
Da contestação;
Da decisão originária;
Do depósito recursal: principal e agravo;
Comprovante de recolhimento das custas e do depósito recursal.
*Se faltar algum dos citados acima, caracteriza falta de pressuposto extrínseco.
₴6º - O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal.
₴8º: se for envolvido INSS, será julgado em processo apartado.

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