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aula 6 estrutura da contabilidade brasileira

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
Estrutura da Contabilidade Brasileira 
Aula 6 
 
 
Profs. Edicreia dos Santos e Francisco Granatto 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
Oi, seja bem-vindo(a) à sexta aula de Estrutura da Contabilidade 
Brasileira. 
O contexto econômico empresarial tem passado por constantes e 
significativas mudanças nas últimas décadas e as empresas precisam se 
adequar a este novo cenário mais disputado, para que consigam se manter na 
disputa por produção de bens e serviços com maior qualidade aliado a preços 
baixos. As empresas que não se adaptarem correm sério risco de perder seu 
mercado. 
As informações sobre a empresa são de fundamental importância para 
que os gestores consigam ver o real estado em que se encontram e tomar 
decisões acertadas. Portanto, são necessárias constantes análises econômicas 
e financeiras sobre os seus demonstrativos. 
Diante do exposto, o objetivo da presente aula refere-se a explanar sobre 
a avaliação de desempenho empresarial e apresentar os principais indicadores 
aplicados nesta finalidade, descrevendo-os quanto a sua função, fórmula e 
interpretação. 
No material online, o professor Francisco apresenta os temas que serão 
abordados nesta aula. Não perca! 
Contextualizando 
A informação acompanha o homem desde a sua origem e constitui 
atualmente um dos bens mais preciosos no contexto empresarial, em 
decorrência das mudanças de paradigmas das organizações, dinâmica dos 
negócios e características dos usuários. Na análise de negócios, a informação 
extraída da contabilidade é entendida como a que modifica o conhecimento de 
seu usuário em relação à empresa, compreendendo aspectos econômico-
financeiros, físicos e de produtividade. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
A avaliação ou análise de desempenho se torna uma aliada e pode ser 
entendida com um processo de quantificação da eficiência e eficácia das 
decisões tomadas por determinada empresa e diversas podem ser as formas de 
sua avaliação. A análise das demonstrações financeiras visa o estudo do 
desempenho econômico-financeiro de uma empresa em determinado período 
passado, para diagnosticar qual é a sua posição atual e produzir resultados que 
sirvam de base para previsão de tendências futuras. 
Para os usuários externos, que são todas as pessoas ou grupos de 
pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem 
de publicações das demonstrações pela entidade, tais como: 
 Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a 
concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital 
emprestado; 
 Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para 
poder atuar no mercado; 
 Governo: necessita obter informações sobre as receitas e as despesas 
para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua 
parcela de tributação; 
 Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para 
poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além 
de medir a garantia de recebimento futuro; 
 Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de 
que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo 
acordado; 
 Investidores: pessoas interessadas em investir em determinada empresa; 
 Entre outros. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
A avaliação de desempenho é uma ferramenta de grande poder 
informativo, potencialmente capaz de indicar o desempenho isolado de uma 
empresa, comparar sua estrutura de capital, capacidade de solvência e 
capacidade de remuneração de capital com empresas do mesmo setor, atuando 
como base para a tomada de decisões quanto à determinação de financiamentos 
por credores e aplicação de recursos para investidores efetivos ou em potencial. 
Os índices são componentes na avaliação de desempenho e por meio 
deles são relacionadas as contas ou grupo de contas das demonstrações 
contábeis, a fim de evidenciar determinado aspecto da condição de uma 
empresa. A característica fundamental dos índices é fornecer visão ampla da 
situação econômica e financeira da empresa para proporcionar maior subsídio à 
análise. 
Através de índices, que servem como medidas de diversos aspectos 
econômicos e financeiros das empresas, podemos fazer um comparativo com 
um médico, que faz uso de alguns indicadores para elaborar o quadro clínico do 
paciente, como pressão e temperatura. Da mesma forma, os índices financeiros 
também permitem construir um quadro de avaliação da empresa. Todavia, 
apresentam diferenciais, por exemplo, enquanto o médico pode ter certeza de 
que há algo errado com o paciente que apresenta febre muito alta, na empresa, 
um endividamento elevado não significa que esteja à beira da insolvência. 
Tendo em vista a quantidade de índices disponíveis para uma avaliação 
empresarial, nem sempre se fará uso de todos os índices ou de grande 
quantidade deles. O conjunto de índices a ser utilizado é o que permita conhecer 
a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise, 
sendo que essa profundidade varia conforme o usuário. Quando ocorrer de um 
indivíduo interessado em adquirir a empresa ou realizar um processo de fusão 
com a empresa de que tenha propriedade, este indivíduo desejará uma análise 
aprofundada; se for o caso de um fornecedor, pode apenas querer informações 
rápidas sobre a empresa, a respeito de seu índice de liquidez, por exemplo. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
As análises de desempenho dividem-se em situação econômica e 
situação financeira. A econômica avalia a capacidade da empresa na geração 
de resultados e sua rentabilidade frente aos riscos inerentes à atividade e é 
evidenciada por meio dos Índices de Rentabilidade. A abordagem financeira 
busca avaliar a situação de caixa e a liquidez da empresa, e são evidenciadas 
pelos Índices de Estrutura do Capital e os Índices de Liquidez. 
A partir disso é possível abordar diversas temáticas sobre informações 
das demonstrações contábeis, como: 
 Análise Vertical; 
 Análise Horizontal; 
 Índices de Liquidez; 
 Estrutura do Capital; 
 Índices de Rentabilidade. 
No material online, o professor Francisco contextualiza o assunto da aula! 
Tema 1: Teoria de Análise Vertical 
A técnica denominada Análise Vertical constitui-se em um processo 
comparativo que busca acompanhar a evolução de apenas um item, 
identificando a participação percentual de cada componente da demonstração 
financeira em relação ao seu total, estabelecendo como 100% para o valor das 
Receitas Operacionais Líquidas na Demonstração do Resultado do Exercício e 
para o total do Ativo e Passivo no Balanço Patrimonial. 
Quando os números das demonstrações forem mapeados, cada valor 
deve ser comparado com esses totalizadores para verificar a composição. Por 
meio desta análise pode-se perceber a importância de cada conta em relação à 
demonstração financeira a que pertence e permite inferir se há itens fora das 
proporções normais, quando comparado a padrões estabelecidos com base em 
atividades do ramo ou da própria empresa. Como exemplos, temos a apuração 
da conta Caixa, quanto ele representa no total do Ativo; as dívidas com 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Fornecedores quanto correspondem ao total do Passivo; e se tratando da 
Demonstração do Resultado do Exercício, pode-seconstatar o percentual da 
participação de Despesas com Frete em relação às Receitas Operacionais 
Líquidas. 
Temos como fórmula de cálculo da Análise Vertical do Balanço 
Patrimonial (AVBP): 
 
AVBP: Elemento Patrimonial do Ativo ou do Passivo X 100 
Ativo ou Passivo Total 
 
Na análise do Balanço Patrimonial pode ser visualizada uma possível má 
administração das contas patrimoniais, pode-se se extrair informações da 
composição detalhada dos recursos tomados pela empresa, qual a participação 
dos capitais próprios e de terceiros. É importante frisar que a comparação dos 
índices com seus concorrentes permite saber se a alocação das origens de 
recursos na demonstração é típica ou não para aquele ramo de atividade. 
Neste sentido, quando for efetuado o levantamento dos percentuais, o 
analista focará sua análise nestes percentuais, deixando para trás os valores 
monetários absolutos, tornando possível verificar as tendências de forma mais 
objetiva. 
O quadro a seguir apresenta um exemplo do funcionamento da Análise 
Vertical no Balanço Patrimonial em uma estrutura modelo. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
 
Com a interpretação dos índices apresentados no quadro, é possível 
verificar, quanto ao Ativo Total, que a conta ‘Imobilizado’ se destaca, 
representando o maior componente do Ativo, com 50%. De modo geral, essa 
demonstração encontra-se com as contas com bons índices, demonstrando a 
sua saúde financeira. 
Para a avaliação na Demonstração de Resultado do Exercício (AVDRE), 
a fórmula é a seguinte: 
 
AVDRE: Elemento de Receita, Despesa ou Custo X 100 
Receita Operacional Líquida 
 
Ao colocar como valor total as Receitas Operacionais Líquidas (após 
deduções dos impostos e devoluções), esse tipo de análise mostra-se mais 
significativa pelo fato de atribuir à Receita Operacional Líquida (após deduções 
dos impostos e devoluções) o total de 100%, permitindo uma visão da estrutura 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
de custos e despesas da empresa em termos de comparativo sobre as vendas, 
possibilitando a análise de despesas com maior valor, estabelecendo uma 
relação de equilíbrio entre Despesa e Receita e ainda permitindo o controle de 
cada item da demonstração em função de seu percentual em relação à Receita. 
O quadro a seguir exemplifica a Análise Vertical na DRE de uma empresa 
modelo. 
 
Nota-se no exemplo que a Análise Vertical permite verificar a quantidade 
de recursos utilizados em cada item da demonstração. No caso, grande parte da 
receita concentra-se nos Custos de Produtos/Serviços Vendidos, 
correspondendo a 70% nos dois anos demonstrados. Essa análise possibilita ao 
gestor identificar os limitadores de desempenho da empresa. A Análise Vertical 
é complementada pela Análise Horizontal, que será apresentada no tópico a 
seguir. 
No material online, o professor discorre mais sobre a Análise 
Vertical. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
Tema 2: Teoria de Análise Horizontal 
A Análise Horizontal consiste na comparação entre valores de uma 
mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios, o que permite avaliar 
a evolução nominal dos vários itens de cada demonstração contábil em 
intervalos sequenciais de tempo, identificando a evolução dos diversos 
elementos patrimoniais e de resultados ao longo de determinado período, 
caracterizando uma análise longitudinal da empresa. 
A Análise Horizontal possui como principal finalidade apontar o 
crescimento de itens das Demonstrações Financeiras, como Balanço Patrimonial 
e Demonstração do Resultado do Exercício, em dois ou mais exercícios, por 
meio de comparação destes com um valor referencial ou base. 
Por ser a Análise Horizontal uma análise de evolução, crescimento ou 
diminuição que permite identificar a variação positiva ou negativa de um período 
em relação ao anterior, colocam-se como 100% todas as contas de um 
determinado período e faz-se relação percentual em cima dos dados desse 
período. O número calculado indica quanto o período subsequente é maior ou 
menor que o ano anterior. 
Por ser necessário utilizar vários períodos para a análise, essa sequência 
torna-se uma ferramenta importante para a construção de uma série histórica, 
indicando a variação de crescimento ou não, o que é importante para ajudar no 
estudo de tendência. Como fórmula da Análise Horizontal (AH) temos: 
 
AH: Valor do Período Atual/em questão X 100 - 100 
Valor do Período Anterior – Base 
 
Observe que na Análise Horizontal utiliza-se a técnica dos números 
índices, em que no primeiro ano de análise todos os valores são considerados 
iguais a 100 e nos anos seguintes a variação é o que exceder ou faltar para 
completar 100. É importante frisar que a Análise Vertical, vista no tópico anterior, 
reflete os efeitos que determinados procedimentos possam ter causado na 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
demonstração e também possibilita descobrir algumas das causas primárias, já 
a Análise Horizontal trabalha fundamentalmente com efeitos e dificilmente revela 
as causas da mudança. 
Portanto, esses métodos de análise devem ser utilizados como uma 
técnica só, pois em conjunto o nível de detalhamento possibilita localizar pontos 
específicos de falha, seus problemas e características, permitindo explicar os 
motivos de determinada situação. Assim, quando for possível visualizar algo fora 
do controle, essa análise vai cumprir seu papel. O quadro a seguir exemplifica a 
aplicação da Análise Horizontal na Demonstração do Resultado do Exercício de 
uma empresa modelo. 
 
Observa-se no exemplo que a Análise Horizontal foi aplicada em uma 
série de 3 anos, o que sem dúvidas poder-se-ia aplicar a uma série de trimestres 
ou meses, por exemplo. O primeiro ano (no caso 2013) foi atribuído 100% e a 
partir dos valores deste exercício é que se calculou a evolução para os demais 
anos, todos comparados com ele (2014/2013; 2015/2013, e assim 
sucessivamente). 
Detalhadamente, no demonstrativo em questão, é possível observar que 
as Receitas com Vendas estão em constante aumento, juntamente com as 
Despesas com Pessoal, que estão ligados à concretização das vendas. Pode-
se perceber que o Custo das Vendas aumentou 24% em 2014 e declinou em 
2015 para 19% em comparação ao ano base 2013. A conta Outras Despesas 
 
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11 
sofreu considerável oscilação no período, aumentando 20% no primeiro ano 
comparativo e posteriormente caindo 40%. 
Sintetizando 
As análises das demonstrações contábeis podem ser efetuadas por: 
Análise Vertical: por meio desta pode-se perceber a importância de cada 
conta em relação à demonstração financeira a que pertence e permite inferir se 
há itens fora das proporções normais, quando comparado a padrões 
estabelecidos com base em atividades do ramo ou da própria empresa. 
Análise Horizontal: consiste na comparação entre valores de uma 
mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios, identificando a 
evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de 
determinado período, caracterizando uma análise longitudinal da empresa. 
No material online, o professor fala mais sobre a Análise Horizontal! 
Tema 3: Teoria de Índices de Liquidez 
Liquidez apresenta-se como a conversão de um ativo em dinheiro e 
perante a isso a situação financeira é representada por índices extraídos do 
balanço patrimonial, que é uma representação estática da situação da empresa 
em um dado momento. 
Os indicadores de liquidez mostram a base dasituação financeira da 
empresa que, ao confrontar os ativos circulantes com as dívidas, procuram medir 
quão sólida é a base financeira da empresa, tornando possível verificar a 
composição das dívidas, as necessidades de capital de giro e ainda verificar 
itens como as aplicações em imobilizado. 
 
Uma empresa com bons índices de liquidez apresenta condições de pagar 
suas dívidas em dia em função de outras variáveis, como prazo e renovação de 
dívidas. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
No Balanço Patrimonial as contas são classificadas conforme sua 
liquidez, ou seja, sua conversibilidade em moeda, portanto, existem ativos mais 
líquidos que outros. Por exemplo, a conta Caixa é mais líquida que Duplicatas a 
Receber. 
Por existirem ativos e passivos com diferentes características e prazos de 
realização, surgiu a necessidade de criação de diferentes indicadores de 
capacidade de pagamento, que são divididos em quatro índices: 
 Capacidade de pagamento imediato: indicador de Liquidez Imediata; 
 Capacidade de pagamento a curto prazo: indicador de Liquidez Corrente 
e de Liquidez Seca; 
 Capacidade de pagamento a longo prazo: índice de Liquidez Geral. 
O Índice de Liquidez Imediata evidencia o quanto a empresa dispõe 
imediatamente para saldar suas obrigações a curto prazo, apenas contando com 
os valores da conta em disponibilidade, sendo os valores em caixa, saldos 
bancários e aplicações financeiras de curto prazo disponível para resgate. 
A fórmula de liquidez imediata é a seguinte: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Liquidez 
Imediata 
Disponibilidades/ 
Passivo Circulante 
Quanto a empresa possui 
de disponibilidades para 
cada $ 1 de Passivo 
circulante 
Quanto maior, 
melhor 
 
Praticando a fórmula: 
 Período 1 Período 2 
Disponível + Títulos + Outros Ativos 1.100.274 1.100.736 
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 
 
 
Para efeitos de análise, o Índice de Liquidez Imediata é um índice sem 
muita relevância, pois relaciona o dinheiro disponível com valores que vencerão 
em datas mais variadas possíveis, embora em curto prazo. 
0,82 0,78 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
O Índice de Liquidez Corrente é considerado o principal e mais utilizado. 
Ele indica a quantidade de recursos que a empresa tem nos ativos circulantes 
para utilização no pagamento dos passivos circulantes vencíveis dentro de um 
ano, ou seja, curto prazo. Logo, quanto maior for essa relação, pressupõe-se 
que a empresa terá recursos suficientes para honrar seus compromissos de 
curto prazo. A construção da fórmula da liquidez corrente é: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Liquidez 
Corrente 
Ativo Circulante / 
Passivo Circulante 
Quanto a empresa possui de 
Ativo Circulante para cada $ 1 
de Passivo Circulante 
Quanto maior, 
melhor 
 
Praticando a fórmula com o exemplo: 
 Período 1 Período 2 
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 
 
 
Nos dois períodos, o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, e 
isso significa que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir 
as dívidas de curto prazo e ainda permitir uma folga de 46% e 61%, 
respectivamente, nos períodos 1 e 2. 
Quando a liquidez corrente é superior a 1, o excesso em relação ao 1 
deve-se à existência de capital circulante líquido (CCL). O CCL também pode 
ser encontrado através da diferença entre ativo circulante e passivo circulante 
(CCL = AC – PC). Assim, o CCL é a folga financeira a curto prazo (dadas às 
devidas restrições de conversibilidade e dinheiro no tempo) e indica que a 
empresa, além de possuir no ativo circulante todos os recursos do próprio 
passivo circulante para resgatá-lo, ainda possui um excedente que lhe dá uma 
certa margem de segurança. 
1,46 1,61 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
Por fim, o índice da liquidez corrente representa a margem de folga para 
manobra de prazos que visa equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto 
maiores os recursos, maior essa margem, maior a segurança da empresa e 
melhor a situação financeira. 
O Índice de Liquidez Seca visa medir o grau de excelência financeira, 
reduzindo-se a conta Estoques do Ativo Circulante, assim, quando conjugado da 
análise da liquidez corrente, é um reforço para considerar se a empresa tem uma 
liquidez firme. 
Enquanto se verificam esses riscos no ativo circulante, o passivo 
circulante é líquido e certo: deve ser pago no dia e na quantia estabelecida. Daí 
a ideia de excluir desse índice os estoques da empresa, pois o mesmo ainda terá 
de ser vendido para ser convertido em disponibilidade imediata e ainda corre o 
risco de obsolescência, roubo e deterioração, dentre outros. 
 
O índice de liquidez seca é obtido pela fórmula: 
 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Liquidez 
Seca 
AC - Estoques/ Passivo 
Circulante 
Quanto a empresa possui 
de ativo líquido para cada $ 
1 de Passivo circulante 
Quanto maior, 
melhor 
É importante salientar que a análise desse indicador deve levar em conta 
necessariamente o ramo de atividade, pois as empresas comerciais tendem a 
ter estoques mais facilmente realizáveis do que as empresas industriais, que têm 
seu ciclo operacional (período entre a data da compra até o recebimento de 
cliente) maior. 
Quando este indicador se apresenta baixo, não indica necessariamente 
comprometimento da situação financeira, sendo que, em certos casos, pode ser 
o reflexo de estoques excessivos. Com estoques elevados, caso a empresa 
tenha uma rotação de estoque muito baixa, pode demonstrar má gestão sobre o 
volume de compras de material para revenda ou industrialização. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Alguns autores, por experiência prática, entendem que coeficientes acima 
de 0,70 são aceitáveis para a indústria e acima de 0,50 são aceitáveis para o 
comércio. 
 
O Índice de Liquidez Geral demonstra o quanto a empresa possui de 
recursos para quitar seus compromissos de curto e longo prazo, ou seja, suas 
dívidas totais. Quanto maior o índice de liquidez melhor a situação da empresa, 
pois supõe-se que ela conseguirá pagar todas as suas dívidas e ainda dispor de 
uma folga ou excedente. A fórmula da liquidez geral é a seguinte: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Liquidez 
Geral 
Ativo Circulante + RLP 
Passivo Circulante +PNC 
Quanto a empresa possui 
de ativo circulante + 
realizável para cada $ 1 de 
dívida 
Quanto maior, 
melhor 
 
Praticando a fórmula: 
 Período 1 Período 2 
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 
Realizável a Longo Prazo 0 0 
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 
Passivo Não Circulante 314.360 1.170.788 
 
 
A representação do índice de liquidez geral evidencia se existe ou não 
excesso de ativo circulante. Se existir, demonstra uma situação favorável, pois 
cobre todo o passivo a curto e a longo prazo, com significativa sobra, ou seja, a 
empresa consegue quitar todos os débitos de curto e longo prazos com folga 
financeira. 
1,18 0,88 
 
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16 
Alguns autores tomam por base o valor de 1,00 para julgar se o índice é 
bom ou não, porém a realidade e o ambiente da empresa podem interferir nessa 
interpretação. Muitas vezes, mesmo o índice sendo inferior a 1,00, o que 
significaria que a empresa não dispõe de recursos para honrar os compromissos, 
deve ser levado em conta que nemtodas as dívidas vencerão no mesmo tempo. 
Logo, supõe-se que a empresa terá um certo tempo para gerar recursos 
correntes. 
Um exemplo de análise de liquidez é o do Setor de Energia Elétrica na 
BOVESPA, encontrado no estudo publicado por Aquegawa e Souza em 2010, 
que teve como objetivo identificar impactos diretos e/ou indiretos provenientes 
da crise de 2008, analisando os Índices de Liquidez Geral, Circulante, Seca e 
Imediata dos anos 2004 a 2007 para projetar a tendência para 2008 e ao final 
comparando com o resultado obtido neste ano. 
 
Setor - Energia Elétrica: 
Índices de Liquidez Geral Corrente Seca Imediata 
Tendência para 2008 0,224092 0,088093 0,088093 0,486254 
Resultado de 2008 0,718228 1,22392 1,22392 0,491774 
Obs.: Liquidez Corrente é o mesmo que Liquidez Circulante. 
Índices de liquidez do Setor de Energia Elétrica. 
Fonte: Aquegawa e Souza (2010). 
 
Observa-se que os índices de liquidez corrente e seca possuem o mesmo 
valor, visto que o setor de Energia Elétrica não possui estoques. 
Sintetizando... 
Há quatro tipos de índices de liquidez: 
Liquidez imediata: evidencia o quanto a empresa dispõe imediatamente 
para saldar suas obrigações a curto prazo apenas contando com os valores 
considerados disponibilidades, sendo os valores em Caixa, Bancos e Aplicações 
Financeiras de curto prazo disponível para resgate. 
 
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17 
Liquidez corrente: indica a quantidade de recursos que a empresa tem 
nos ativos circulantes para utilização no pagamento dos passivos circulantes 
vencíveis a curto prazo. 
Liquidez seca: visa medir o grau de excelência financeira, reduzindo-se 
a conta Estoques do Ativo Circulante, assim, quando observado junto com a 
análise da liquidez corrente, é um reforço para considerar se a empresa tem uma 
liquidez firme. 
Liquidez geral: demonstra quanto a empresa possui de recursos para 
quitar seus compromissos de curto e longo prazo, ou seja, suas dívidas totais. 
No material online, o professor discorre mais sobre esse tema! 
Tema 4: Índices de Estrutura do Capital 
Os indicadores de estrutura do capital, também chamados de índices de 
endividamento, são utilizados para mensurar a composição das fontes de 
recursos de uma empresa, permitindo visualizar de que forma os recursos de 
terceiros estão sendo usados em comparação com o capital próprio. Além disso, 
fornecem elementos para analisar o grau de comprometimento da empresa 
perante seus credores, como também a sua capacidade de cumprir os 
compromissos financeiros assumidos a longo prazo. 
Os principais indicadores classificados neste grupo são denominados de: 
i. Endividamento Geral; 
ii. Participação de Capital de Terceiros; 
iii. Composição do Endividamento; 
iv. Imobilização do Patrimônio Líquido; 
v. Imobilização de Recursos Não Correntes. 
O indicador de Endividamento Geral (EG) apresenta o volume de 
aplicações de recursos financiadas por capital de terceiros, representadas no 
Balanço Patrimonial pelas contas de passivo circulante e passivo não circulante. 
Este indicador mostra o comprometimento do ativo da empresa para com capital 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
de terceiros que serão exigidos dela, no curto ou no longo prazo. Este índice é 
obtido através da seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
(Endividamento 
Geral) 
(PC+PNC) / Ativo Total x 100 
Quanto a empresa tem 
de capitais de terceiros 
para cada R$ 100,00 de 
ativo total 
Quanto menor, 
melhor 
Obs: PC: Passivo Circulante; PNC: Passivo Não Circulante 
 
A interpretação do Endividamento Geral permite assim verificar, por 
exemplo, quanto a empresa tem de capitais de terceiros para cada 100 reais de 
ativo total. Ressalta-se aqui que, por exemplo, a fórmula necessariamente não 
precisa ser multiplicada por 100, pois este artifício permite uma melhor 
interpretação do índice em percentuais. 
O próximo indicador é o de Participação de Capital de Terceiros e indica 
a relação entre capitais próprios e de terceiros e demonstra a parte de 
terceiros (passivo circulante e passivo não circulante) em relação ao capital 
próprio investido na empresa. Esse indicador relaciona, portanto, as duas 
grandes fontes de recursos: Capital Próprio e Capital de Terceiros. 
Indica risco ou dependência de terceiros por parte da empresa. Quando 
se aborda esse indicador se faz referência apenas do risco de insolvência e não 
da relação deste com o resultado obtido pela entidade. É calculado pela divisão 
do Capital de Terceiros pelo Capital Próprio. 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Participação de 
Capitais de Terceiros 
(Endividamento) 
(PC + PNC) / Patrimônio 
Líquido x 100 
Quanto a empresa 
tomou de capitais de 
terceiros para cada 
R$ 100,00 de capital 
próprio 
Quanto menor, 
melhor 
Obs: PC: Passivo Circulante; PNC: Passivo Não Circulante 
 
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19 
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior essa relação 
(CT/PL) menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a 
dependência a esses terceiros. É desse ângulo que se interpreta o índice de 
participação de capitais de terceiros. 
Já do ponto de vista de obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a 
empresa trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses 
capitais de terceiros for menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação 
nos negócios. Vamos acompanhar um exemplo exposto por Matarazzo (2003): 
 
 
 
 
 
 Endividamento 
 
Esses dois indicadores mostram que, no período x1, para cada R$ 100,00 
de Capital Próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou $ 154,57 de Capitais 
de Terceiros e que, no período x2, para cada $ 100,00 de Capitais Próprios, 
tomou R$ 183,12 emprestados. 
Graficamente, esses índices podem ser visualizados da seguinte forma: 
 
Período x1 Período x2 
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185 
 
 
 1.655.317 2.576.865 
1.070.861 1.407.185 
= 
154,57% 
= 183,12% 
 
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20 
O próximo indicador de Composição do Endividamento (CE) possibilita 
evidenciar as dívidas de curto prazo em relação ao total das obrigações para 
com terceiros. Para calculá-lo é necessário contrapor as obrigações de curto 
prazo (passivo circulante) pelo total de capitais de terceiros, como apresentado 
na fórmula a seguir: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Composição do 
Endividamento 
PC / (PC +PNC) x 100 
Qual o % de obrigações a 
curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
Quanto menor, 
melhor 
Obs: PC: Passivo Circulante; PNC: Passivo Não Circulante 
 
A interpretação indica que quanto menor melhor, pois a empresa terá mais 
tempo para gerar recursos para honrar seus compromissos. Isto posto, 
acompanhe o exemplo baseado em Matarazzo (2003) para seu melhor 
entendimento: 
 
 
 
 
Composição do Endividamento 
 
Tais índices indicam que em x1 a empresa tinha 81,01% (mais de ¾) de 
suas dívidas vencíveis a curto prazo e que em x2 este percentual caiu para 54% 
(quase metade), melhorando aquilo que se pode chamar de perfil da dívida. 
Graficamente, tem-se a figura a seguir: 
Período x1 Período x2 
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865 
 
 
 
1.340.957 1.406.077 
1.655.318 2.756.865 
= 81,01% = 54% 
 
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21 
 
O gráfico apresenta, portanto, a composição do endividamento de curto 
prazo da empresa em comparação com o total de endividamento com terceiros 
(passivo circulante e passivo não circulante) multiplicado por 100 para se obter 
em percentual. 
O indicador denominado de Imobilização do Patrimônio Líquido (PL) 
ou Capital Próprio representa quanto do Patrimônio Líquido está aplicado nos 
Grupos de Contas: Imobilizado, Investimentos e Intangível, que representam as 
aplicações permanentes de recursos da empresa, ou seja, qual a parcela do 
Patrimônio Líquido foi imobilizada e quanto restou para financiar o capital de giro. 
A parcela do Patrimônio Líquido que fica destinada ao Ativo Circulante é 
chamada de Capital Circulante Próprio. O índice de Imobilização do PL é 
calculado pela divisão dos ativos de natureza permanente (investimento, 
imobilizado e intangível) pelo Patrimônio Líquido. 
Quanto mais a empresa investir no ativo imobilizado, menos recursos 
próprios sobrarão para o ativo circulante e em consequência maior será a 
dependência de capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. 
Sua fórmula é representada pela seguinte equação: 
 
 
 
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22 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Imobilização do 
Patrimônio Líquido 
(Ativo Não Circulante – 
RLP) / Patrimônio Líquido x 
100 
Quanto a empresa 
aplicou no Ativo 
Imobilizado para 
cada $ 100,00 de 
Patrimônio Líquido 
Quanto menor, 
melhor 
Obs: RLP – Realizável a longo Prazo 
 
Pelo exposto conclui-se que, quanto menor esse índice, melhor será a 
situação financeira da empresa, isso porque as aplicações de recursos do 
Patrimônio Líquido são mutuamente exclusivas do Ativo Circulante, Ativo 
Imobilizado e demais ativos. Quanto mais a empresa investir no ativo 
imobilizado, menos recursos próprios sobrarão para o ativo circulante e, em 
consequência, maior será a dependência a capitais de terceiros para o 
financiamento do ativo circulante. 
O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de patrimônio líquido 
suficiente para cobrir o ativo imobilizado e ainda sobrar uma parcela (Capital 
Circulante Próprio) suficiente para financiar o ativo circulante. Por suficiente 
entende-se que a empresa deve dispor de necessária liberdade de comprar e 
vender sem precisar sair o tempo todo correndo atrás de instituições financeiras. 
Acompanhe o exemplo baseado em Matarazzo (2003): 
 
 
 
 
 
Imobilização do PL 
 
 O cálculo destes índices mostra que, em x1, a empresa investiu em 
‘permanente’ (não existe mais a expressão legislação contábil brasileira, mas a 
mantemos aqui para aglutinar os Ativos Imobilizados, os Investimentos e os 
 Período x1 Período x2 
Ativo Não Circulante - RLP 765.698 1.714.879 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.125 
 
 
 
 
 
 
765.698 1.714.879 
1.070.861 1.407.125 
= 71,50% = 121,87% 
 
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23 
Ativos Intangíveis que são os três grupos de ativos mais imóveis), importância 
equivalente a 71,50% do patrimônio líquido e que, em x2, esse percentual subiu 
para 121,87%. 
O Indicador de Imobilização de Recursos Não Correntes indica quantos 
dos recursos não correntes foram convertidos em ativos de natureza permanente 
(investimentos, imobilizado e intangível). Pode-se considerar como recursos não 
correntes a soma do Patrimônio Líquido com o Passivo não Circulante. Como os 
ativos de natureza permanente têm vida útil longa, a empresa pode utilizar 
recurso com prazo de vencimento longo para financiá-los, sem comprometer o 
capital de giro da empresa. 
A parcela de recursos não correntes destinado aos ativos de natureza 
circulante também é chamada de Capital Circulante Líquido (CCL). Esse 
quociente é obtido pela divisão dos ativos de natureza permanente 
(investimento, imobilizado e intangível), ou seja, Ativo Não Circulante menos as 
Ativos Realizáveis a Longo Prazo; pela soma dos recursos não correntes 
(Patrimônio Líquido +Passivo Não Circulante). 
Sua fórmula é apresentada a seguir: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Imobilização dos 
Recursos Não 
Correntes 
(Ativo Não Circulante – RLP) 
/ (PNC + Patrimônio Líquido) 
* 100 
Que percentual dos 
recursos não 
correntes foi destinado 
ao ativo imobilizado. 
Quanto menor, 
melhor 
Obs: RLP: Realizável a longo Prazo; PNC: Passivo Não Circulante 
Uma consideração importante é que esse índice não deve em regra ser 
superior a 100%. Ainda que a empresa quase sempre tenha necessidade de 
ativo circulante (como é o caso das transportadoras) deve sempre existir um 
pequeno excesso de recursos não correntes, em relação às imobilizações, 
destinado ao ativo circulante. Vamos acompanhar o exemplo de Matarazzo 
(2003): 
 
 
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24 
 
 
 
 
 
Imobilização dos 
 
 
Recursos Não Correntes 
Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente, 
respectivamente, em x1 e x2, 55,28% e 66,52% dos recursos não correntes. 
Sintetizando... 
Há quatro tipos de Índices de Endividamento: 
Endividamento Geral: revela quanto a empresa aplica de recursos de 
terceiros no Ativo Total. 
Composição do Endividamento: indica o percentual de obrigações a 
curto prazo em relação às obrigações totais. 
Imobilização do Patrimônio Líquido: avalia quanto do Patrimônio 
Líquido a empresa investiu em Ativo Imobilizado, Intangível e Investimentos. 
Imobilização de Recursos Não Recorrentes: avalia quanto dos 
recursos não recorrentes (Patrimônio Líquido e Exigível a Longo Prazo) a 
empresa investiu em Ativo Imobilizado, Intangível e Investimentos. 
No material online, o professor fala em mais detalhes sobre esse tema! 
Tema 5: Índices de Rentabilidade 
Os usuários dos resultados da análise, como os investidores e 
fornecedores, esperam que o capital investido seja remunerado, desejam ter 
certeza que a empresa possa gerar recursos suficientes para honrar seus ativos 
e, ainda, quitar obrigações. A obtenção dessas informações é possível com a 
extração desses índices, que buscam a identificação do retorno sobre 
investimento total, retorno sobre vendas e o retorno sobre capital próprio, 
 Período x1 Período x2 
Ativo Não Circulante - RLP 765.698 1.714.879 
Passivo Não Circulante 314.360 1.170.788 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.125 
 
 
 
 
 
 
765.698 1.714.879 
1.385.224 2.577.973 
= 55,28% = 66,52% 
 
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25 
portanto, uma avaliação não apenas da produtividade, mas sobretudo da 
lucratividade do negócio. 
 O termo rentabilidade se origina do conceito de renda. É uma relação do 
valor bruto obtido com o valor do investimento realizado, buscando mensurar 
qual o retorno obtido após os valores investidos em um negócio ou aplicação. 
Esse segmento da Análise Econômica Financeira é caracterizado como 
fundamental, pois se trata do critério universal de avaliação do desempenho 
global da empresa, e inquestionavelmente aceito em todo o mundo para 
avaliação de projetos de investimento. 
A Rentabilidade do Ativo, sigla ROA, do inglês Return on Assets, mostra 
quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao ativo, representando 
uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Este 
indicador não é exatamente uma medida de rentabilidade de capital, mas sim 
uma medida da capacidade da empresa em gerar lucrolíquido e assim poder 
capitalizar-se. É uma medida do desempenho comparativo da empresa ano a 
ano e resulta da seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Rentabilidade do 
Ativo 
Lucro líquido / Ativo 
Total x 100 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 de 
investimento total 
Quanto maior, 
melhor 
 
Exemplificando esse indicador, temos: 
 
 
 
Rentabilidade do Ativo 
 
 Período 1 Período 2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Ativo 2.726.178 3.984.050 
 
 
 
223.741 167.116 
2.726.178 3.984.050 
= 8,20% 4,19% 
 
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26 
Para cada R$ 100,00 de ativos, a empresa no período x1 obtém de lucro 
R$8,20 e no período x2 R$4,19 denotando uma perda de rentabilidade de um 
período para o outro. 
O próximo índice, Rentabilidade do Patrimônio Líquido ou Return on 
Equity (ROE), demonstra quanto de ganho os acionistas ou proprietários tiveram 
em virtude do capital investido na empresa. É o indicador definitivo da 
rentabilidade do investimento próprio e seu cálculo permite conhecer quanto a 
administração, fazendo uso dos recursos entregues pelos sócios, obteve de 
rendimento com a estrutura de despesas financeiras e da relação existente entre 
recursos próprios e de terceiros. 
Além disso, possibilita a comparação com outras oportunidades de 
investimento disponíveis no mercado, identificando se a decisão de investir na 
empresa em análise foi correta. 
A obtenção desse índice se dá pela divisão do Lucro Líquido pelo 
Patrimônio Líquido, obtido por meio da fórmula a seguir: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Rentabilidade do 
Patrimônio 
Líquido 
Lucro líquido / 
Patrimônio Líquido x 
100 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 de 
capital próprio investido. 
Quanto maior, 
melhor. 
Exemplo: 
 
 
 
 
Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido 
 
 223.741 167.116 
1.070.861 1.407.185 
= 20,89% = 1,88% 
 Período x1 Período x2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185 
 
 
 
 
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27 
Conforme exemplo, para cada $ 100,00 de Capital Próprio investido, a 
empresa conseguiu $ 20,89 de Lucro no período 1. No período 2, entretanto, 
ocorreu uma queda acentuada na rentabilidade da empresa, porém, de 
aproximadamente 10%. 
Sintetizando... 
Índices de rentabilidade: 
ROA: avalia quanto a empresa obteve de retorno (lucro líquido) em 
relação ao total das aplicações realizadas em seu ativo. 
ROE: apresenta a comparação do lucro gerado em decorrência do 
investimento realizado pelos sócios da empresa. 
Há outros indicadores de rentabilidade relacionados às vendas que 
possibilitam a avaliação dos resultados operacionais da empresa, refletindo o 
quanto ela gerou de recursos por meio de suas atividades. O sucesso de uma 
empresa depende, em primeiro lugar, de um volume de vendas adequado, que 
tem relação direta com o montante de investimentos. 
Não se pode dizer que uma empresa está vendendo pouco ou muito se 
olharmos apenas para o valor absoluto das vendas. Se analisarmos o contexto, 
uma empresa que vende dez milhões por mês tem vendas elevadas se seu ativo 
é de 5 milhões, porém se o ativo for de 200 milhões, suas vendas são baixas. 
Portanto, o Giro do Ativo mede o volume de vendas da empresa em 
relação ao seu ativo total. A variação neste índice pode ter diferentes causas, 
como a retração do mercado como um todo, a perda de participação de mercado 
e ainda ser decorrente da estratégia da empresa. 
O índice do giro do ativo pode ser obtivo a partir da seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Giro do Ativo 
Receita Operacional 
Líquida 
Ativo Total 
Quanto a empresa vendeu 
para cada $ 1 de 
investimento total 
Quanto maior, 
melhor 
Obs.: Receita Operacional Líquida é igual a Vendas Líquidas 
 
 
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28 
Exemplificando o Giro do Ativo: 
 
 
 
 
Giro do Ativo 
 
A empresa vendeu, no período x1, $ 1,76 para cada $ 1,00 investido: o 
volume de vendas atingiu 1,76 vezes o volume de investimento. 
No período x2, houve queda acentuada do volume relativo de vendas: 
para cada $ 1,00 investido a empresa vendeu $ 1,11, ou seja, o volume de 
vendas gerado pelo total empatado no ativo foi de 76% no período 1 e 11% no 
período 2, ambos superiores a 1. 
Graficamente, podemos visualizar esses índices da seguinte forma na 
figura a seguir: 
 
 Período x1 Período x2 
Receita Operacional Líquida 4.793.123 4.425.866 
Ativos 2.726.178 3.984.050 
 
 
 
4.793.123 4.425.866 
2.726.178 3.984.050 
= 1,76 = 1,11 
 
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29 
A Margem Líquida é outro índice que, juntamente com RPL e ROA, é um 
dos principais indicadores de retorno dos investimentos. Também conhecida 
como taxa de lucratividade, oferece a informação de quanto a empresa 
conseguiu transformar em lucro de cada unidade monetária vendida. É o 
quociente que mede o grau de sucesso da empresa em termos de lucro sobre 
as vendas. É obtido pelo confronto do Lucro Líquido com as Vendas Líquidas 
(receitas operacionais líquidas). 
Assim sendo, representa quanto a empresa obtém de lucro para cada real 
em receita, obtido depois de pagar todos os seus impostos e despesas. Quanto 
maior a margem da empresa, certamente melhor será a contribuição para a 
análise. Obtêm-se este indicador com a seguinte fórmula: 
Exemplo: 
 
 
 
 
Margem Líquida 
 
Como se vê, houve uma considerável queda na margem de lucro da 
empresa; isso significa que a empresa auferiu menor lucro e ganhou muito 
menos por unidade vendida. Para cada $100 vendidos, obteve no período 1 
$4,66 de lucro, e no período 2, houve uma queda de $3,77. 
Parâmetro de Comparação: Esse indicador é comparável com qualquer 
outra empresa, independente do porte. A margem líquida deve ser analisada 
juntamente com os índices de giro do ativo e de rentabilidade do ativo, pois de 
nada adianta a empresa ter um alto giro do ativo e não possuir uma margem de 
lucro. Também é interessante que esse lucro seja o suficiente para remunerar 
seus ativos, conforme visto anteriormente no índice ROA. 
 Período 1 Período 2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Receita Operacional Líquida 4.793.123 4.425.866 
 
 
223.741 167.116 
4.793.123 4.425.866 
= 4,66% = 3,77% 
 
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30 
O quadro a seguir apresenta os valores dos Setores Farmacêutico e de 
Vestuário entre os anos de 2012 e 2014. 
 
Confira mais informações sobre o tema com o professor no material 
online! 
Trocando Ideias 
Para aprofundar os conhecimentos sobre os indicativos, acesse o 
seguinte artigo: 
http://aulasprofscarpin.blogspot.com.br/p/analise-de-demonstracoes-
contabeis.html 
Estude também o artigo sobre Modelo de Avaliação de Desempenho 
Econômico-Financeiro: 
https://www.researchgate.net/profile/Sandro_Bortoluzzi/publication/2624
81724_Multicriteria_performance_evaluation_as_an_aid_for_management_of_
companies_Implementation_in_a_service_company/links/54ec83680cf2465f53
2f893e.pdf 
Na prática dos analistas de mercado, conheça os indicadoresmais 
utilizados: 
http://www.infomoney.com.br/educacao/guias/noticia/568514/analise-
financeira-conheca-indicadores-mais-usados-pelos-analistas 
 
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31 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/indicadores-de-
desempenho-ferramentas-para-uma-gestao-mais-competente/28575/ 
Na Prática 
(Adaptado de TudoMastigadinho, 2009) 
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da 
Perdigão S/A dos anos de 2006 e 2007 estão demonstrados a seguir: 
BALANÇO PATRIMONIAL - NEGÓCIO FORTE S/A (em milhares de reais) 
 2014 2015 2014 2015 
A T I V O PASSIVO 
CIRCULANTE 2.188.607,00 2.845.033,00 CIRCULANTE 1.129.910,00 1.251.553,00 
Disponibilidades 778.594,00 336.565,00 Fornecedores 332.573,00 486.562,00 
Bens numerários 778.594,00 336.565,00 
Empréstimos a 
pagar 
548.664,00 546.979,00 
Créditos 763.932,00 1.771.814,00 
Impostos e 
contribuições 
27.345,00 25.016,00 
Aplicações 
financeiras 
39.088,00 783.930,00 
Salários a 
pagar e 
provisões 
102.815,00 115.425,00 
Contas a Receber 
de Clientes 
555.708,00 701.584,00 
Dividendos e 
juros sobre o 
capital próprio 
59.007,00 35.991,00 
Impostos a 
recuperar 
83.232,00 146.907,00 
Participação 
dos Adm. e 
funcionários 
37.956,00 14.491,00 
Impostos sobre a 
renda diferidos 
5.911,00 44.177,00 Outros débitos 21.550,00 27.089,00 
Outros créditos 79.993,00 95.216,00 
 
Estoques 646.081,00 736.654,00 
Produtos 
acabados 
próprios 
646.081,00 736.654,00 
 
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE 
1.436.464,00 1.984.383,00 
PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE 
1.272.366,00 1.433.981,00 
REALIZÁVEL A 
LONGO PRAZO 
220.294,00 238.705,00 
Instituições 
financeiras 
1.125.374,00 1.287.073,00 
Aplicações 
financeiras 
91.638,00 80.046,00 
Impostos e 
contribuições 
sociais 
1.152,00 2.290,00 
Títulos a receber 38.395,00 44.287,00 
Impostos 
diferidos 
19.465,00 24.844,00 
Impostos a 
recuperar 
18.198,00 38.167,00 
Provisões para 
contingências 
126.375,00 118.900,00 
 
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32 
Impostos sobre a 
renda diferidos 
47.220,00 49.476,00 
Outras 
obrigações 
0,00 874,00 
Depósitos e 
cauções 
10.612,00 13.005,00 
Contas a receber 
de clientes 
10.502,00 11.427,00 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
1.222.795,00 2.143.882,00 
Outros direitos 3.729,00 2.297,00 
Capital social 
realizado 
800.000,00 1.600.000,00 
Investimentos 15.616,00 19.813,00 
Reserva de 
lucros 
423.610,00 505.687,00 
Imobilizado 1.106.726,00 1.570.342,00 
Ações em 
tesouraria 
-815,00 -815,00 
Intangível 93.828,00 155.523,00 
Participação de 
Acionistas 
Minoritários 
0,00 39.010,00 
TOTAL DO 
ATIVO 
3.625.071,00 4.829.416,00 
TOTAL DO 
PASSIVO + PL 
3.625.071,00 4.829.416,00 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
NEGÓCIO FORTE S/A (em milhares de reais) 
 2014 2015 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 5.873.297,00 6.105.961,00 
Abatimento sobre vendas - - 
(-) Deduções de vendas 728.121,00 896.203,00 
Devoluções - - 
RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 5.145.176,00 5.209.758,00 
(-) Custo das mercadorias vendidas 3.685.910,00 3.865.660,00 
LUCRO BRUTO 1.459.266,00 1.344.098,00 
(-) Despesas operacionais 920.957,00 1.134.269,00 
 Vendas 845.643,00 1.070.853,00 
 Gerais e administrativas 56.897,00 72.275,00 
 Honorários dos administradores 9.506,00 9.558,00 
 (+) Outros resultados operacionais 8.911,00 18.417,00 
LUCRO OPERACIONAL (EFETIVO) 538.309,00 209.829,00 
(-) Financeiras líquidas 82.726,00 129.327,00 
Investimento em controladas - - 
(-) Receitas (despesas) não operacionais 4.457,00 6.177,00 
LUCRO ANTES IR 451.126,00 74.325,00 
Provisão p/ IR e CSLL 62.528,00 61.559,00 
Participações funcionários no lucro 22.777,00 9.934,00 
Participação dos administradores 4.857,00 1.576,00 
Participação dos minoritários - 7.121,00 
LUCRO LÍQUIDO 360.964,00 117.253,00 
 
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A partir desses demonstrativos, elabore as Análises Horizontal e Vertical 
e aplique os Índices de Liquidez, Índices de Estrutura de Capital e Índices de 
Rentabilidade. 
Confira a resolução do exercício no material online. 
Síntese 
De acordo com os índices abordados nessa aula, pode-se evidenciar as 
informações de uma entidade relacionadas à situação financeira, destacando a 
capacidade de liquidez, a estrutura de capital da empresa e a situação 
econômica que reflete as mudanças patrimoniais do resultado obtido em um 
determinado período. Entretanto, é necessário destacar que, para se entender 
bem as análises realizadas sob estes índices, o analista deve ter um conjunto de 
informações e conhecimentos básicos para um entendimento mais aprofundado 
das vantagens e limitações da análise econômico-financeira. 
Assim, um dos fatores mais importantes é entender as premissas básicas 
contábeis que determinam a forma pela qual os próprios demonstrativos, objetos 
de análise, são levantados ou produzidos. O objetivo principal da construção de 
indicadores é obter uma visão ampla da situação econômica e financeira da 
empresa em determinado período. 
As principais informações fornecidas por esta técnica são as capacidades 
de liquidez de obrigações de curto, médio e longo prazo, a composição do capital 
e eficácia nos retornos sobre o investimento total e capital próprio. 
Os índices servem como medida dos diversos aspectos econômicos e 
financeiros das empresas, mas não se pode tomar decisões analisando a medida 
encontrada em apenas um índice. O importante não é o cálculo de grande 
número de índices, mas de um conjunto de índices que permita conhecer a 
situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise. 
No entanto, alguns cuidados devem ser observados na análise, como a 
comparação direta de empresas do mesmo setor com tamanhos diferentes e a 
análise direta de empresas que atuam em setores diferentes. Adicionalmente, 
 
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deve-se dar atenção para empresas com atividades sazonais, cuja flutuação de 
contas ao longo do ano pode atrapalhar a comparação de resultados, e também 
eventos extraordinários ou temporários, como crises econômicas nacionais, que 
podem afetar o desempenho financeiro de empresas de forma isolada em um 
determinado período. 
 
Assista às considerações finais do professor sobre os conteúdos 
abordados nesta rota no material online. 
Referências 
ALMEIDA, Luiz. Fórmula para o cálculo da análise vertical no Balanço 
Patrimonial (BP). 2014. Disponível em: 
<http://www.dificuldadefinanceira.com.br/index.php/2014/04/17/formula-para-o-
calculo-da-analise-vertical-no-balanco-patrimonial-bp/>. Acesso em 14 de abril 
de 2016. 
AQUEGAWA, Haroldo Paulo; SOUZA, Emerson Santana de. Sustentabilidade 
financeira a partir dos índices de liquidez e ciclo financeiro: uma análise 
setorial do portfólio ISE frente à crise de 2008. In: CONGRESSO USP - 
CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 10., 2010, São Paulo. Anais... São 
Paulo: USP, 2010. 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque 
econômico-financeiro. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de Administração Financeira.2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2011. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento 
Técnico CPC 00 (R1): Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro (2011). Disponível em: < 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/149_CPC00_R1_Rel_AudPubl
ica.pdf>. Acesso em 13 de abril de 2016. 
 
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INDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanço. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
LEITE, Alberto Lima. Demonstrações Financeiras: Elaboração e Interpretação 
de Análise Horizontal e Vertical. 2014. Disponível em: 
<https://www.linkedin.com/pulse/20140719215110-77112920-
demonstra%C3%A7%C3%B5es-financeiras-elabora%C3%A7%C3%A3o-e-
interpreta%C3%A7%C3%A3o-de-an%C3%A1lise-horizontal-e-vertical>. Acesso 
em 13 de abril de 2016. 
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade 
empresarial. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
PRIORITY PARTNERS, Strategic Consulting. Análises Vertical e Horizontal. 
2015. Disponível em: <http://p1p.com.br/blog/analise-vertical-e-horizontal/>. 
Acesso em 12 de abril de 2016. 
SILVA. José P. Análise Financeira de Empresas. São Paulo: Atlas, 9ª ed. 2008. 
TRADERBOL SA. Análise Fundamentalista: Margem Líquida. 2015. Disponível 
em: <http://www.investimentonabolsa.com/2015/04/analise-fundamentalista-
margem-liquida.html>. Acesso em 14 de abril de 2016. 
TUDOMASTIGADINHO. Análise das Demonstrações Contábeis. 2009. 
Disponível em: <http://tudomastigadinho.blogspot.com.br/2009/03/analise-de-
demonstracoes-contabeis_3624.html>. Acesso em 02 de maio de 2016. 
YAMAMOTO, M. M.; SALOTTI, B. M. Informação Contábil: estudos sobre a 
sua divulgação no mercado de capitais. São Paulo: Atlas, 2006.

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